sexta-feira, maio 30

Regional Sul prossegue em Vila do Bispo

Passados mais de dois meses após o arranque do Campeonato Regional de Ralis do Sul, a acção está de volta com o Rali de Vila do Bispo, que se disputa no dia 1 de Junho.

O Clube Automóvel do Algarve decidiu manter os mesmos troços usados na época passada, usando nova denominação. A principal novidade reside no aumento de extensão, com 5 especias especias cronometradas graças à passagem tripla no troço de Budens, a que se juntam mais duas passagens na especial de Raposeira, totalizando 56,6 quilómetros cronometrados.

Tendo em conta a actual conjuntura nos ralis, a lista de inscritos com 32 concorrentes, é deveras interessante, representando um novo fôlego competitivo no campeonato regional, que se saúda veemente.

O favoritismo recaiu na dupla Luís Mota / Ricardo Domingos em Mitsubishi Lancer EVO IV, que começou a temporada com uma vitória esclarecedora em Martinlongo, e viram os principais adversários fora de contenda. Em viatura idêntica, José Neves / José Jesus, aparecem moralizados após a exibição em Monchique e prometem dificultar a tarefa a Mota. Ausente na primeira prova, Paulo Nascimento regressa com um Ford Escort Cosworth “afinado”, prometendo intrometer-se nos lugares cimeiros. João Monteiro regressa ao regional num 4x4, o Ford Sierra Cosworth com que se sagrou campeão em 2004. Há que contar também com António Lampreia, Bruno Andrade e Nuno Fontaínhas, pilotos reconhecidamente rápidos que ocupam os lugares cimeiros no regional.

Entre as viaturas de tracção dianteira, a equipa Gil Antunes / Daniel Amaral em Opel Astra GSi parte como favorita, principalmente depois da exibição no “lamaçal” de Martinlongo, em que inclusivamente discutiu a vitória à geral. Rui Coimbra, que contará com os préstimos do experiente João Lelo, quer finalizar uma sequência infeliz de abandonos, e certamente não deixar de lutar pela Divisão 1. Também a armada Peugeot tem uma palavra, com José Carlos Paté e Marco Gonçalves, à procura da posição condizente com o andamento e potencial da viatura.

Na classe I, predominam os Peugeot 205 GTi 1.6. Encabaçada por Vasco Tintim, também Nuno Venâncio e o regressado Ledesma dos Santos, prometem uma luta de “leões”.

Infelizmente, a Promoção continua pouco concorrida. Numa luta a dois, Alexandre Ramos em Peugeot 106, e Carlos Marreiros num Opel Corsa, são os únicos inscritos.

Paralelamente ao Campeonato Regional decorrerá o RallyMix, que voltará apenas a contar com motos e quads. Para além das duplas passagens nos troços de Budens e Raposeira, efectuarão uma especial final no Parque Eólico.

A vertente competitiva está marcada para a manhã de Domingo, com partida para o primeiro concorrente às 10:00 e chegada às 13:25.
Foto: Rogério AE86

Leia Mais

quarta-feira, maio 28

O Sérvio Voador

Milos Komljenovic é um nome que passa quase despercebido no pelotão do mundial junior. A única referência nacional, refere-se à participação no Rally de Portugal de 2007, com um Renault Clio S1600, e andava a discutir com os Citroën C2 R2 os lugares mais baixos do JWRC.

No passado Rali da Sardenha, Milos Komljenovic teve o seu momento de glória. Não pelos resultados alcançados, mas pelo espectular salto que deu no Monte Lerno. Impulsionado pela expressão “Red Bul dá-te asas”, o eslovaco não se fez rogado… e voou. O final foi o esperado, com os agradecimentos ao público.


Leia Mais

terça-feira, maio 27

Rossetti em grande


A dupla Luca Rossetti/Matteo Chiarcossi continuam a sua senda vitoriosa. Desta vez conquistaram o primeiro lugar no mítico Rali Targa Fiorio, superiorizando-se de forma clara aos restantes adversários. A quase meio minuto, a segunda posição ficou entregue a Paulo Andreucci em Mitsubishi Lancer EVO IX, seguidos pelos Punto’s oficiais de Andrea Navarra e Renato Travaglia. Estes três concorrentes ficaram separados por apenas 5 segundos.

No topo, a imagem ilustrativa é do Rali de Portugal, aquando do final do rali. O Márcio Charata no lado direito, e eu, que aproveitei para “promover” o Rali Vinho Madeira juntos do vencedor da prova.

Os agradecimentos estedem-se ao André Lavadinho pela cedência de imagem.

Leia Mais

Armada espanhola nos Açores

Não estou a falar de guerras ibéricas, mas dentro de algumas semanas decorrerá um “duelo de hermanos” por terras açoreanas. A organização do Sata Rally Açores, Event Support do IRC, efectivou esforços no mercado espanhol para levar alguns dos seus melhores pilotos à prova insular. O esforço foi bem sucedido:

O cabeça de cartaz é Enrique Garcia Ojeda, campeão em título do IRC, que participará com um Peugeot 207 S2000. O piloto marcou presença na apresentação da prova - VIP Hotel, Ponta Delgada.
O piloto que participou nos últimos anos no mundial, Xavi Pons, também foi confirmado. A viatura será um Mitsubishi Lancer EVO IX, semelhante ao usado no campeonato espanhol de terra.

O conhecido piloto paraplégico, Albert Llovera, estará à partida com o Fiat Grande Punto S2000, naquela que será a sua estreia em solo nacional.

Alexandre Villanueva e Pedro Font completam o lote de confirmados na prova, e marcarão presença com Mitsubishi Lancer EVO IX.

Dependente da logística, Nani Roma, também deverá se juntar a esta lista. O piloto oficial de TT da Mitsubishi, que recentemente participou no Transibérico e estreou o Pajero DID, é participante assíduo no campeonato espanhol de terra.

O Sata Rally dos Açores será um verdadeiro embate PORTUGAL-ESPANHA.

Leia Mais

Kubica e a paixão pelos ralis

“Sabes porque um fotógrafo de ralis é melhor que um fotógrafo de Fórmula 1?” – Foi com esta questão que Robert Kubica confrontou um fotógrafo espanhol destacado para o Grande Prémio de Espanha. A surpreendente resposta: “Porque o primeiro só tem uma oportunidade de captar o ângulo perfeito, enquanto que no circuito tem cinquenta voltas para o fazer!”. Esta afirmação apanhou alguns elementos do “paddock” de surpresa, não só pelo oportunismo, mas também pelo facto de mostrar conhecedor e adepto da modalidade.

Piloto principal da BMW Sauber, na Fórmula 1, o polaco conseguiu colocar a modalidade em primeiro plano no seu país. Este “embaixador” dos desportos motorizados, atravessa um bom momento de forma, alcançando uma série de bons resultados: no passado fim-de-semana foi segundo classificado no Circuito do Mónaco, e conta com uma pole position no Bahrain. Perspectiva-se num futuro a primeira vitória, e quem sabe algo mais.

Ligado prioritariamente à Fórmula 1, não põe de parte uma incursão nos ralis. Alías o próprio confirmou que um dia gostaria de se dedicar aos ralis, principalmente pela diversão. Confessou ter recebido um convite para ser piloto de ralis, mas contando com o apoio familiar, a opção recaiu pelos monolugares, que mais tarde deu os seus frutos - entre outros vitória na World Series by Renault.

A paixão não se queda pela condução: “Gosto muito de ralis. Se estou em casa e não tenho nada que fazer vou vê-los, sem problema nenhum estaciono a viatura e desloco-me para os troços como os restantes espectadores, caminhando seis quilómetros se necessário. Gosto de estudar os mapas, procurar os melhores sítios e como chegar a eles. Agrada-me o sistema dos ralis, pois existe um maior contacto com os pilotos. Na F1 os espectadores estão longe da a pista e da realidade” – disse Kubica.

O ano passado foi notada a sua presença nos ralis da Córsega e Sardenha. O seu conhecimento não se fica por aí -demonstrando à vontade com o WRC, sempre lançava uma afirmação como “Este ano existiu pouca neve na Suécia” ou “Próxima prova - México?”
Fez uma "perninha" com um carros de ralis, melhor dizendo… drifting:



Reportagem Rallyes.net

Leia Mais

segunda-feira, maio 26

Rally de Portugal 2008 - Best Moments

Leia Mais

sexta-feira, maio 23

Citroën com futuro incerto

A Citroën apresenta um futuro incerto no plano desportivo mundial, ou pelo menos não “abriu o jogo”.

O director desportivo Olivier Quesnel mostrou-se satisfeito com o rumo que a FIA tomou para os novos WRC, a partir de 2010. Mas ao mesmo tempo também afirmou que ainda não têm uma viatura base para desenvolver um S2000. Os regulamentos obrigam a construir primeiro um S2000 convencional, antes de evoluir para um S2000 Turbo, o futuro World Rally Car.

Por outro lado, o futuro poderá passar pelo DTM. Há umas semanas atrás o próprio Quesnel afirmou que a promoção e o marketing do campeonato de turismos era muito eficaz, e que o mundial de ralis tinha muito a aprender, insinuando que a Citroën podia se juntar à Mercedes e Audi.

Leia Mais

quarta-feira, maio 21

Correndo sem matrícula

Não diria que querem acabar com os ralis, mas uma medida governamental promete tornar ainda mais difícil enfrentar as provas da FPAK dentro da legalidade.

Passo a citar um artigo do RalisMadeira: "Segundo publicação no Diário da República do dia 6 de Maio, todas as viaturas com matrícula entre 1 de Janeiro de 1980 e 31 de Dezembro de 2000 que não tenham comparecido às inspecções periódicas nos prazos estabelecidos, que não tenham pago os respectivos impostos, quer seja imposto municipal, imposto de circulação ou seguro de responsabilidade civil, terão as suas matrículas… canceladas!
No Decreto-Lei nº 78/2008 artigo 5º afirma-se que “…são ainda canceladas oficiosamente as matrículas de veículos matriculados entre 1 de Janeiro de 1980 e 31 de Dezembro de 2000 que não tenham sido submetidos a inspecção periódica obrigatória após 1 de Janeiro de 2003…”. Não estando nenhuma viatura de competição apta para verificar com sucesso e sabendo que é necessário a matrícula para se poder participar em provas de estrada, este Decreto-Lei assume-se como uma barreira a ser ultrapassada pelos dirigentes madeirenses (NO CASO NACIONAIS) . Atenção que esta lei não atinge só as viaturas VSH's e Clássicas mas também alguns Citroën's Saxo, Toyota's Starlet, Fiat's Cinquecento, etc., uma vez que foram produzidos entre as datas acima estipuladas

Como as viaturas de competição não podem efectuar Inspeções Peridócas Obrigatórias com sucesso, tornando a interpretação desta lei óbvia. As matrículas portuguesa de viaturas de competição, de 1980 a 2000 serão canceladas, a menos que tenham feito IPO após 2003 (praticamente impossível – a menos que a viatura tenha sido reconstruída).

Contornar a situação parece não parece ser fácil. As opções podem passar por alterar documentação, adquirindo a de viaturas de estrada com IPO, mas que com o tempo serão abrangidas por esta situação. Arranjar documentação estrangeira parece a opção a seguir, mas também essa via parece pouco credível, pois noutro decreto-de-lei obriga a que as viaturas que circulem em estradas portugueses (provas nacionais) possuam IPO, e para tal matricula nacional. Outra medida passará por regime de excepção, ou por licenças alternativas a este tipo de viaturas … ou mais drasticamente circular ilegalmente com essas viaturas.

Se as entidades governamentais se preocupassem com a alarmante escalada dos preços dos combustiveis, era tempo mais bem empregue.

Leia Mais

terça-feira, maio 20

Onde pára o público?

A edição do Rali de Portugal foi uma das mais disputadas, com muito candidatos às posições cimeiras e alterações constantes no decorrer do evento. A vertente desportiva foi um sucesso, mas a prova também ficou marcada pela falta de público. Foi notado pelos espectadores, pela imprensa, pelos organizadores e principalmente pelos pilotos, que aludiram ao facto com alguma surpresa.

Analisando o sucedido, há que encontrar causas para este afastamento. Certamente não será apenas uma, mas um conjunto de variáveis que podem minimamente justificar a ausência destes importantes figurantes.

A localização da prova é apontada como predominante sobre as restantes. Reconhecidamente, o Algarve e Baixo Alentejo possuem um conjunto de características que permitem organizar um rali mediante os parâmetros exigidos pela FIA. Com um traçado muito interessante e compacto, do agrado da maioria dos concorrentes, localização turística com meios hoteleiros, destacando a proximidade entre aeroporto e parques de assistência, tem as características ideiais para uma prova do WRC. Mas falta a cultura do rali. É do conhecimento geral que a maior massa adepta, a “aficcion” dos ralis está no Norte. Foram mais de três décadas de ralis, com troços míticos. Tanto que também levavam a alguns exageros, com autênticas molduras humanas, conhecidas internacionalmente como os “toureiros”, que abriam mediante a passagem das viaturas. Ir ao rali foi um ritual repetido ano após ano, que passou entre gerações, que identificavam zonas de prova, como autênticos santuários: Arganil, Luílhas, Lameirinha, Fafe, Vizo ou Ponte de Lima. A saída em 2001, motivada pelas más condições climatéricas nesse ano, e também a uma “ajudinha” de bastidores, fechou um ciclo de um dos melhores ralis do mundial.

Mas também são adeptos diferentes. Adeptos que partilhavam de uma cultura do acidente, que não identificam o concorrente, e às vezes nem a viatura, mas que gostam do salto, do charco, e acima de tudo do acidente. No Rali do F.C.Porto, no salto de Fafe-Lameirinha, concorrentes como Armindo Araújo, Miguel Campos ou Bruno Magalhães foram apupados e vaiados. Aliás, os mais aplaudidos eram os do regional VSH, que davam espectáculo, mas também deixavam a “carroça” numa valeta.

No Algarve, apenas 2007, e com o WRC se recriou alguma dessa mística. Locais como Malhada do Rico, Alcaria do Cume, Cova da Muda ou Santana da Serra já fazem parte de um novo vocabulário. Alguns dos “amantes” dos ralis deslocaram-se a sul, aliados a muitos espanhois e fizeram uma bonita moldura humana, embora longe de outros tempos, mas que se assemelha à maioria dos ralis do WRC.

Uma disputa Norte-Sul só é válida quando os argumentos servem para melhorar o rali, e não para criar separatismos, que é o que acontece actualmente. A questão principal, e que já teve resposta negativa por alguns adeptos, é: Será melhor ter WRC em Portugal no Algarve? Ou não ter?

Outro dos pontos apontados é o excesso de zelo na segurança. Foram criadas Zonas Espectáculo, locais exclusivos destinados ao público, que parecem autênticos “currais”. Junto a estes estão colocados vários “marshalls” e/ou agentes de autoridade, que não permitem qualquer infracção, o mesmo será dizer que possam afastar ou mesmo tocar nas faixas delineadoras da zona. Infelizmente, estes locais por vezes não estão bem colocados, e não permitem uma boa visualização da prova, pelo que a procura de outros locais quase é impossível. O público gosta de ter alguma autonomia, na escolha dos locais. Neste parâmtero também destaco a falta de acessos ou o desconhecimento dos mesmos, que não beneficia a procura dos espectadores.

O facto da prova ser prontuável para o IRC, mesmo contando com concorrentes e equipas oficiais, não é tão atraente como uma prova do campeonato mundial. Nem para os portugueses, nem para os fâs estrangeiros, nomeadamente, os espanhóis, que apesar de presentes eram em número reduzido.

Também foram apontadas algumas falhas na promoção do evento, principalmente nos meios de comunicação genéricos. O destaque ao evento, foi dado a nível local, mas também através dos sites da especialidade na Internet. A Antena 1, Antena 3, algumas rádios locais, e a RTP também efectuaram um trabalho interessante, principalmente nos directos, que funcionou de duas formas: Para além de promover e divulgar a modalidade, também ajudou ao afastamento de alguns adeptos, que preferiram ficar em casa, “sentados no sofá” a disfrutar das cobertura em directo.

A conjuntura financeira actual dos portugueses também não é a mais favorável. Uma deslocação acarreta custos elevados, que necessitam ser calculados, a que se juntam a comida e dormida. A prova também calha num ano com muitos feriados, ou possíveis “pontes”, que influenciam na escolha do uso a dar a esses “ bónus”. Finalmente, os dois primeiros dias de prova disputaram-se em dias de semana em horário laboral. Não é possível sacrificar dias de trabalho para assistir aos ralis. No Sábado foi visível um aumento de público, proviniente de vários pontos do pais.

Outro pontos também tiveram influência, mas penso que o essencial foi referido. Não podia deixar de salientar o sucesso da Super-Especial. Realizada no centro de Faro, contou com uma moldura humana muito interessante, com mais de 10.000 espectadores. Não sendo uma lotação esgotada, ultrapassou em muito as expectativas, principalmente devido às dificuldades de acesso e à hora que se realizou: 18:00. Fica apenas uma chamada de atenção, para que se torne mais apelativo, os concorrentes deviam ter percorrido o troço em ordem inversa, permitindo aos espectadores atrasados acompanhassem os melhores concorrentes, a fim também de evitar a “debandada” para os concorrentes com número alto.

Para o próximo ano o Rali de Portugal volta ao WRC, mas também está incluído no Intercontinental Rally Challenge, existindo uma chance de regressar aos troços a norte do Tejo. Não será fácil, pois já tem 3 provas internacionais, uma delas como Event Support – Sata Rally dos Açores, que poderá aproveitar a situação para captar o IRC. Por outro lado, a aproximação do ACP a outros eventos da Eurosport, como o WTCC e o Transibérico poderá servir como escape a uma penalização pela não realização da prova portuguesa.

Acredito que o mundial regresse eventualmente a esses troços, mas já existiram muitas mudanças e a mística apregoada será nostálgica. Regressará uma nova vaga, diferente, que se adaptará aos tempos modernos.

Leia Mais

segunda-feira, maio 19

E vão 40 para Loeb

E o record de Loeb e Elena não pára de aumentar. Desta vez somaram mais um triunfo no Rally da Sardenha – Itália, aumentando assim para quatro dezenas de vitórias WRC.
A vitória de Sebastien Loeb ficou deliniada na primeira etapa, quando soube aproveitar alguns deslizes dos principais adversários, nomeadamente dos pilotos da Ford, para somar preciosos segundos e dosear andamentos. Mas esqueçam as facilidades de provas anteriores, pois teve que defender nos últimos troços do rali, pois viu os Ford aproximarem-se perigosamente, acabando apenas com 10,5 segundos de vantagem.

Mikko Hirvonen saiu prejudicado no primeiro dia por abrir os troços. Queixando-se dos pisos escorregadios da ilha italiana, o finlandês conseguiu manter a viatura na estrada, sem perder muito tempo. Atacou no segundo dia, mas foi surpreendido por Jari-Matti Latvala, acabando empatado a etapa. No terceiro dia conseguiu distanciar do seu colega, e foi ao encalce de Loeb. Apesar de ao ter conseguido a vitória, continua na liderança do mundial.
Jari-Matti Latvala, começou o rali ao ataque, mas um pião, seguido de um toque que danificou o Ford Focus, e um furo fizeram-no cair na classificação. Protagonizou uma excelente recuperação no dia2, acabando empatado com Hirvonen na 2ª posição, depois de vencer todas as especiais. Mas não conseguiu repetir a façanha no último dia: um toque numa barreira fê-lo perder algum tempo e baixar o ritmo, contentando-se com a terceira posição. Sendo uma das figuras da prova, falta consistência a Latvala, pois o ímpeto agressivo e rápido com que ataca as provas especiais dão bons resultados, mas aumentam a probabilidade de erros, que levam a despistes, furos e por vezes ao abandono.

Jogando em casa, Gigi Galli quis mostrar serviço. Começou o shakedown ao ataque, e fez o mesmo na prova… até furar. Perdendo algum tempo, deixou ficou longe dos lugares do pódio, mas foi gradualmente subindo na classificação até finalizar numa merecida quarta posição.
Dani Sordo foi surpreendente no dia 1, quando conseguiu acompanhar Sebastien Loeb, acabando o dia com uma “dobradinha” nas tabela classificativa. Depois, o espanhol não conseguiu aguentar o ritmo, nem os adversários. Queixando-se de problemas de suspensão, caiu na classificação, acabando na quinta posição. Continua a manifestar insuficiência em pisos de terra, pelo menos em relação a Loeb e aos finlandeses da Ford.
Chris Atkinson acabou o rali na sexta posição, queixando-se muito da falta de tracção do Subaru Impreza. Mesmo assim somou importantes pontos que o permitem colocar na 3ª posição do campeonato. Já seu colega Petter Solberg conseguiu finalizar o primeiro dia na 3ª posição, mas foi perdeu muitos lugares na classificação no dia 2, devido a problemas no Subaru e a um furo.
Henning Solberg (Ford) e Urmo Aava (Citroën) fecharam o lote de concorrentes em lugares pontuáveis.
Supresa aconteceu no mundial junior com Michal Kosciusko, em Suzuki Ignis S1600, a alcançar a sua primeira vitória. Sem retirar mérito ao concorrente polaco, foi altamente beneficiado pelos problemas e abandonos dos principais adversários: Martin Prokop e Sebastien Oigier. Na segunda posição ficou Alessandro Bettega, e no terceiro lugar Aaron Burkhart.

Leia Mais

Pedro Peres regressa às vitórias em Arganil

Pedro Peres e Tiago Ferreira regressaram às vitórias em Arganil e subiram até ao segundo lugar na classificação do Campeonato Open de Ralis. Ao vencer quatro das seis especiais de classificação, o piloto portuense justificou plenamente o triunfo.Numa prova, onde alguns dos adversários não conseguiram terminar, a dupla do Ford Escort Cosworth não se livrou de um valente susto, pois capotou na terceira especial, mas conseguiu, mesmo assim, levar de vencida a primeira prova disputada em pisos de terra. Com este resultado Pedro Peres sagrou-se vencedor do Troféu Regional de Ralis Centro, pelo segundo ano consecutivo.

Já para Ricardo Teodósio e Pedro Conde foi a primeira vez que terminaram um rali, e logo no segundo lugar da geral, num rali onde a embraiagem do Mitsubishi Lancer Evo IV fez questão de não ajudar.
Fora da luta pelas primeiras posições do campeonato, Raul Aguiar esteve em Arganil em grande evidência, ao colocar o seu Mitsubishi Lancer Evo IV no último degrau do pódio. O piloto do Buçaco, até nem surpreendeu os mais atentos, até porque, no ano passado, conseguiu igual resultado na prova organizada pelo Clube Automóvel do Centro (CAC).

Num rali onde os carros de tracção total tinham clara vantagem sobre as viaturas de duas rodas motrizes, Vítor Santos chegou ao quarto posto depois de ter visto o líder do campeonato, Jorge Santos, ser penalizado no final em cinco minutos por, alegadamente, ter passado antes do tempo o primeiro controlo da segunda especial do dia. Um erro que atirou o piloto do Citroen Saxo Kit-Car para a 12ª posição mas permitiu, mesmo assim, sair de Arganil na liderança do Open de Ralis. Interessante foi a prova de José Lopes que conseguiu, com o seu Peugeot 205 Gti terminar na quinta posição, na frente de Pedro Raimundo que venceu sem dificuldades entre os concorrentes do Campeonato de Portugal Júnior de Ralis.

Os troços do Rali de Arganil deixaram alguns candidatos às primeiras posições fora de prova, tendo Luís Mota (transmissão), João Ruivo(despiste) e Octávio Nogueira (despiste) sido aqueles que mais prejudicados saíram da primeira passagem pelos pisos de terra, pois não amealharam qualquer ponto para as contas finais.

Em Arganil estiveram também os concorrentes do Troféu FastBravo, tendo Filipe Teixeira alcançado a primeira vitória do ano, num rali onde o líder, João Barros Leite, não conseguiu qualquer ponto.

Leia Mais

sexta-feira, maio 16

Jean-Joseph passeou nas 2 Rodas Motrizes

Com poucos inscritos em viaturas de duas rodas motrizes, Simon Jean-Joseph e Jack Boyére venceram sem oposição. Cumpriram o que lhes foi pedido, nomeadamente, mostrar o novo Citroën C2 R2 Max aos potenciais compradores portugueses. Finalizar a prova e vencer entre as duas rodas motrizes foi positivo, mas principalmente também demonstrou todo o potencial desta nova viatura, que comparativiamente à versão é muito mais competitiva, sem descurar a vertente "espectáculo".

Com um pódio completamente Citroën, na segunda posição ficou Paulo Antunes que venceu o Challenge C2. O piloto navegado por Hugo Magalhães adoptou uma toada ofensiva, como tem sido habitual no trófeu monomarca, e superiorizou-se aos demais.


Rodrigo Ferreira foi 16º classificado e segundo entre os C2 nacionais, ficando a 59 segundos de Paulo Antunes. Este concorrente também praticamente rodou isolado, pois os adversários directos foram atingidos pelos mais diversos problemas.


Seguiu-se Isaac Portela, que voltou a fazer dupla com Saul Campanário, devido à saída de Jorge Carvalho. Ficou a mais de 3 minutos de Paulo Antunes, mas somou importantes pontos, graças ao terceiro lugar no Troféu C2.


Marco Cavigioli venceu entre os Diesel, pois foi o único a finalizar a prova, com um Fiat Punto Diesel 8V. Também somou por vitória a classe 2WD implementada pelo IRC, pois não tinha adversários. Estas duas vitórias não espelham o desempenho na estrada, tal foi a pobreza de andamento. Estorvou os concorrentes que o precediam em quase todo o rali, e se passou incolume a problemas graves, foi graças ao “ritmo de passeio” que adoptou.


Seguiram-se os últimos Citroën C2: Paulo Neto que regressou à competição, e foi gradualmente aumentando o ritmo competitivo; Carlos Costa que teve uma prova para esquecer, com muitos problemas que o fizeram perder mais de 30 minutos; e a fechar o rali, Carlos Lopes e Marina Redol no Citroën C2 da Carreto 18, que conseguiram a proeza de acabar o rali a mais de 2 horas de Rossetti e a 1 hora do penúltimo.


Finalmente, registo para os abandonos de Pedro Leal (Fiat Stilo JTD) e Francisco Barros Leite (Seat Ibiza Cupra) na primeira e segunda etapa respectivamente, e também para Carlos Matos em Renault Clio, o único S1600 no Rali, com problemas de caixa de velocidades.

Leia Mais

Bruno Magalhães esmaga concorrência

Em termos do nacional, o Rali de Portugal veio comprovar que Bruno Magalhães está muito à frente da concorrência. Atravessa um bom momento de forma, com uma estrutura profissional e competente ao seu dispôr. Mostrou ser capaz de rivalizar com os principais concorrentes internacionais, e não fosse o azar na especial de S.Brás de Alportel, também tinha possibilidade de lutar pela vitória no rali. Sem surpresa venceu as duas etapas no “nacional”, e ainda se qualificou como melhor português. Assim averbou mais 15 pontos (10 geral + 5 bonificação), e aumentou a vantagem no CPR. Actualmente, os principais rivais apenas pensam no segundo lugar, e efectivamente, na actual conjuntura dificilmente poderão aspirar a mais.

Fernando Peres e José Pedro Silva estiveram em destaque na Super Especial, averbando o melhor tempo entre os concorrentes nacionais. Depois foram um sem número de problemas que afligiram a equipa “Açoreana”: Furos, Caixa de Velocidades e Motor condicionaram a prstação. Mas entre os azarados, foi dos que menos ficou prejudicado, conseguindo acabar o rali no segundo lugar entre os portugueses. Um terceiro lugar no segundo dia, ainda lhe deu bonificação de 3 pontos, passando para liderança do Agrupamento Nacional de Produção.

Um das surpresas do rali foi protagonizada por Adruzilo Lopes e André Cortinhas em Subaru Impreza Spec C N11. A experiência veio ao de cima e um excelente trabalho da ARC Sport permitiram que andasse nos lugares cimeiros. Um toque na especial de Ourique1, desalinhou a viatura, sendo uma "luta" para trazê-la ao Parque Fechado. Foi ultrapassado na última especial por Fernando Peres. Mesmo assim fecha o top ten do rali e o pódio do nacional. O Segundo lugar no 1º dia de prova rendeu 4 pontos de bonificação, a juntar aos 6 finais, totalizou 10 pontos nesta ronda.

Na quarta posição ficaram Vitor Pascoal e Joaquim Duarte, no Peugeot 207 S2000 da Amarante Rally Team. Tiveram uma prova completamente desastrada. Enquanto o Peugeot não deu problemas, andaram constantemente atrás dos melhores carros da Produção nacional. Depois voltaram os problemas do “safety mode”, com o Peugeot 207 a não passar das 4.000 r.p.m.. O resultado foi muito melhor que a exibição. Acabou na quarta posição e efectuou um 3º lugar no primeiro dia, totalizando 8 pontos. Alguns elementos referiram que Vitor Pascoal com o Subaru (viatura menos desenvolvida) conseguiu os mesmos ou melhores resultados, com menor orçamento e maior competitividade. Necessita urgentemente de competitividade, fiabilidade e bons resultados.

Na quinta posição nacional o outro S2000 nacional, o Fiat Punto de Nuno Barroso Pereira. Numa prova que demonstrou mais do mesmo, ou seja dificuldade em explorar o potencial da viatura, embora não possa ser comparada com os outros Punto’s presentes no rali. Fez uma prova isolada, ainda passando com alguns percalços, como um toque na especial de S.Brás, que deixou marcas na viatura. Completou o rali e somou importantes pontos para o campeonato.

José Pedro Fontes e António Costa desejaram veementemente que o Rali de Portugal acabasse. Passaram por tudo, desde furos a problemas mecânicos, principalmente com a cedência de suspensão, que os fez perder mais de 10 minutos e “afundar” na classificação. O Fiat Punto arrastou-se em algumas especiais do primeiro dia, de tal forma, que terminaram na 12ª posição entre os portugueses. Valeu o segundo dia para subir na classificação até ao sexto lugar final, e sem percalços na etapa, ocupar um lugar que normalmente é o seu, o 2º entre os portugueses.

A fechar os lugares pontuáveis, os dois primeiros concorrentes do Challenge C2, Paulo Antunes e Rodrigo Ferreira que se destacaram dos demais Citroën.

Na luta Diesel foram distribuidas as pontuações. Francisco Barros Leite saiu vitorioso na primeira etapa, enquanto que Pedro Leal venceu a segunda. Ambos abandonaram as etapas que não venceram.

A zeros ficou Bernardo Sousa. Quase venceu o primeiro dia, graças ao despiste de Bruno Magalhães e a um andamento que surpreendeu. Mas deitou tudo a perder quando exagerou na passagem de um ribeiro, partindo as pás da ventoinha e danificando o radiador. Voltou no Super Rally para amealhar alguns pontos, mas voltou a errar na 1ª especial do dia. Primeiro foi vítima de um furo, e depois despistou-se, terminando a participação na prova portuguesa.

Leia Mais

quinta-feira, maio 15

WRC - Greatest Drivers Tribute

Leia Mais

quarta-feira, maio 14

Vitor Sá abandona ralis

Com o desenrolar dos preparativos, testes e acção do Rali de Portugal, ainda não foi mencionado o anúncio do abandono de Vitor Sá do regional madeirense.

Esta decisão vem no seguimento do abandono por despiste após o Rali da Calheta, que deixou o Peugeot 207 S2000 da Sá Competições em mau estado. Contando com a rivalidade de Alexandre Camacho, que se encontra num bom momento de forma, com uma viatura equilibrada preparada por uma equipa profissional, e o facto da Barroso Sport não conseguir colocar o Peugeot na Madeira a tempo da próxima prova, Vitor Sá ficou com o regional comprometido. É de conhecimento público as dificuldades na adaptação à viatura, tanto que até contratou os serviços de Dani Solá para auxiliar na preparação do Rali da Calheta, e reconheceu que neste momento muito dificilmente conseguirá arranjar meios para rivalizar com Alexandre Camacho, não tendo como objectivo o vice-campeonato.
No entanto, Vitor Sá anunciou a intensão de participar esporadicamente em algumas provas, nomeadamente o Rali Vinho Madeira.

Sá sai com dez títulos regionais, deixando para trás anos de sucesso, onde obteve mais de 60 vitórias nas provas madeirenses, com diversas viaturas, como o Renault Mégane Maxi, Peugeot 306 Maxi, Subaru Impreza WRX e WRC, Peugeot 206 S1600, Renault Clio S1600 e Fiat Punto S2000. Um dos momentos altos foi a vitória no Rali Vinho Madeira de 2004, a primeira de um madeirense numa prova pontuável para o europeu. Sua parceria com Ornelas Camacho é de longa data, mas também contou com nomes como João Vieira e Humberto Freitas na navegação.

Não sendo um adeus definitivo, funciona como um até já.

Leia Mais

Os Abandonos

O Rali de Portugal foi fértil em abandonos. De todos os tipos e para todos os gostos, desde os principais protagonistas, aos menos rápidos, desde o ínicio até à ligação para o último troço. Se a qualidade fosse medida nas desistências, certamente era uma prova para recordar.

O “mundialista” François Duval voltou aos ralis de terra, enquanto espera pela fase de asfalto do WRC. Convidado pela organização, tripulou um Fiat Punto S2000 da Procar. Com o estatuto FIA A, ostentou o número 1 de porta e teve a díficil tarefa de abrir os troços. Nas primeiras especiais, foi batido constantemente pelos principais adversários, mas nas segundas passagens foi melhorando os tempos, beneficiando em Loulé2 por ser o único a passar com o tempo seco. No final do primeiro dia ocupava a 3ª posição, a 15,7 segundos da liderança. No segundo dia começou ao ataque, ultrapassando Nicolas Vouilloz na especial de Ourique, e aproximando-se de Luca Rossetti. Infelizmente, um problema com um rolamento do Fiat antes da especial 10, levou ao abandono, quando estava em condições de lutar pela vitória.

O animador de serviço foi Didier Auriol. Com um Punto S2000 da Grifone, e navegado por Denis Giraudet, deu espectáculo de início até ao abandono, sendo o concorrente mais aplaudido da Super Especial, dando continuidade a essa exuberância na estrada. O segredo do sucesso, o estilo de condução à anos 80/90, “jogando” a viatura nas curvas, optando pelo “slide” e “drift”. Mesmo com uma condução desfavorável ao cronómetro, subiu à 3ª posição do Rali. Desistiu antes da especial 11 (Santana da Serra 2) com problemas de suspensão.

De regresso a Portugal, Armindo Araújo teve uma prova para esquecer. Afirmando que o objectivo seria preparar o mundial de ralis, contava com uma luta pelos lugares cimeiros, principalmente com os concorrentes do PWRC. Depois de um excelente 3º lugar na super-especial, a participação no Rali de Portugal ficou-se na especial nº2 – Loulé 1, quando o turbo do Mitsubishi Lancer deixou de colaborar ( embora mais parecesse problemas de motor). De regresso no segundo dia, mostrou mais do mesmo, com uma viatura pouco colaborante. Apenas nas últimas especiais teve o carro minimamente em condições, mas seria difícil arranjar termo de comparação, pois os restantes elementos do pelotão abradaram o ritmo. Mesmo assim, destaque para o 3º tempo da geral em Ourique 2, apenas batido por Basso e Stohl. Comparativamente aos rivais do mundial, tanto Aigner como Hanninen tiveram uma prova mais proveitosa, levando vantagem para as provas do PWRC.

Representando as cores da Kronos Team Belux, Freddy Loix regressou ao Rali de Portugal com um Peugeot 207 S2000. Com o rótulo de “ultrapassado”, o piloto belga quis deixar a impressão contrária, e quase o conseguiu. Depois de uma entrada comedida, venceu o troço de Vascão 1 de forma convincente, mas de seguida voltou a perder tempo em S.Brás. Loix decidiu atacar na segunda secção, mas um furo em Loulé fê-lo perder mais de dois minutos, quando registava o melhor tempo nos parciais. Na especial seguinte, o extintor disparou no interior da viatura e após uma desconcentração bateu numa rocha furando novamente. Para além de danificar a transmissão da viatura, também não possuia mais suplentes, quando faltavam duas ligações e uma especial para a assistência. Optou por não regressar no segundo dia de prova, assistindo ao rali na estrada.

Brice Tirabassi regressou a Portugal e teve um desempenho positivo. Andando constantemente nos lugares da frente, ocupava a sexta posição com o Peugeot 207 S2000, quando um despiste na especial de Ourique 1, terminou com a prestação do francês.

A passagem de Anton Alen no Rali de Portugal foi curta. Problemas de transmissão no Fiat Punto da Abarth, no primeiro troço de sexta-feira levaram ao abandono, ainda antes da vertente competitiva começar. Foi mais notória a presença de Markku Alen nas assistências, pois opta por não assitir às passagens do filho. No segundo dia de prova, participou nos primeiros 3 troços, registando um 2º e 4º tempos às geral, em Ourique e Almodôvar, respectivamente. À semelhança do que aconteceu com Navarra na Madeira, abandonou após a primeira ronda.

Frustante, deve ser o adjectivo que melhor descreve o espírito de Dani Solá nas especiais do Rali de Portugal. O piloto espanhol queixou-se de problemas com o motor do Punto S2000 da Procar. A trabalhar a apenas 3 cilindros e com falta de potência, “arrastou-se” até ao início da especial 11-Santana da Serra 2, altura que a viatura cedeu. Fica apenas a dúvida se o piloto esteve a 100%.

O regresso de Miguel Campos, inserido no BF Goodrich Drivers Team era um dos motivos de interesse do rali. Alguma expectativa no seu desempenho, principalmente motivada pela escolha do piloto famalicense e pela adaptação nos testes. Na prova a falta de ritmo e experiência nestas viaturas vieram ao de cima, rodando atrás do pelotão internacional. Para ajudar na discrição o facto de ter rodado no pó de adversários durante duas especiais. No segundo dia dia queixou-se de alguns problemas mecânicos na viatura, nomeadamente a perda de potência. Acabou o rali na oitava posição, mas a quebra do alternador após a última especial impediu o português de trazer a viatura para a assistência, e parque fechado. Um final inglório para Miguel Campos, numa prova em que se esperava mais do piloto.

O húngaro Janos Toth, em Peugeot 207 S2000 passou praticamente despercebido no Rali de Portugal. Desistiu nos dois dias de prova, ambas por avaria mecânica.

O francês Julien Maurin, navegado pelo experiente Gilles Thimonier, num Subaru Impreza WRX teve uma prova para esquecer. Muitos problemas com a viatura nas primeiras especiais fizeram-no penalizar 4:30. Apesar de circular entre os concorrentes mais atrasados era reconhecida uma espectacularidade na passagem pelos troços, que não consistia com o lugar na tabela classificativa. A prova acabou a duas especiais do fim com a cedência da transmissão do Subaru.

Uma das exibições mais aguardadas era de Bernardo Sousa, principalmente no entrosamento com Jorge Carvalho num Mitsubishi Lancer EVO IX da Red Bull. Os mais cépticos apontavam o abandono por despiste como certo, mas o madeirense surpreendeu tudo e todos quando ocupou a liderança da classificação reservada aos portugueses (8º da geral). Mesmo queixando-se de alguns problemas numa roda (após um toque), Bernardo Sousa imprimiu um andamento rápido, e tinha tudo para vencer o primeira dia entre os portugueses. Uma passagem exuberante num ribeira, danificou as pás da ventoinha e o radiador, promovendo o abandono após a especial de Loulé 2, última do dia. Ingressou no Super Rally, mas furou na primeira PE, perdendo alguns minutos na troca de pneus. Percorreu mais alguns quilómetros e despistou-se, abandonando de vez o rali de Portugal. Se por um lado, surpreendeu no primeiro dia, por outro voltou às despistes, dando razão aqueles que apontam como errada a atitude de Bernardo Sousa.

Leia Mais

terça-feira, maio 13

Rossetti triunfa no Rali de Portugal

A equipa italiana Luca Rossetti e Matteo Chiarcossi, em Peugeot 207 S2000, sagrou-se vencedora do Rali de Portugal, edição de 2008, a contar para o Intercontinental Rally Challenge. Numa prova com mais de uma dezena de candidatos, Rossetti trazia na bagagem três vitórias em outras tantas participações no IRC, e estatisticamente seria o principal candidato, embora o factor sorte foi proponderante nos seus resultados. Surpreendendo pelo ritmo imposto, tem o mérito de adaptar ao conceito da viatura S2000, e à proibição da mousse anti-furo. O mesmo será dizer que consegue andar depressa, poupando a mecânica e evitando o desgaste do pneu. Já o havia feito em Instambul e voltou a fazê-lo no Rali de Portugal. Foi o único concorrente que evitou problemas, travando uma luta titânica com Nicolas Vouilloz durante o primeiro dia, e a espaços contou com a rivalidade de Bruno Magalhães e François Duval. Sai de Portugal com mais um triunfo, subindo o seu recorde para quatro vitórias em outras tantas participações, aumentando a liderança no IRC. Verificando a estrutura que o acompanha, as limitações orçamentais e as equipas oficiais que defronta, todos os seus sucessos são meritórios e memoráveis.

Preocupante o facto dos restantes concorrentes terem sofrido problemas ou percalços. Desde suspensões quebradas, a eixos de transmissão partidos, rolamentos, motores, e muitos furos, tudo foi determinante para o escalonamento final do rali. Tal como antevia, a fiabilidade destas viaturas (N4), tanto S2000 como convencionais, deixa muito a desejar, mas não que atingisse tais proporções. Pior se pensarmos que os futuros WRC passam pelas evoluções destas viaturas, que teoricamente serão mais susceptíveis a problemas.

Protagonizando uma das surpresas da prova, a segunda posição ficou na posse de Jan Kopecky e Petr Stary, em Peugeot 207 S2000. Os testes no fim-de-semana que antecedeu a prova deixaram bons indicadores para o Rali de Portugal, no entanto após as primeiras especiais percebeu-se que a equipa não tinha argumentos para discutir a vitória. Para piorar a situação problemas de caixa de velocidades fizeram abrandar o ritmo no primeiro dia. Mantendo-se no mesmo nível foi somando bons tempos, sem distanciar-se dos concorrentes que discutiam os lugares cimeiros. Conforme estes eram assolados por problemas, alguns deles abandonos, a equipa da Champion Racing subiu na classificação, até alcançar o segundo lugar a três especiais do fim do rali.

Num pódio totalmente Peugeot, Nicolas Vouilloz ocupou a terceira posição. Estando no lote dos favoritos à vitória, não deixou os créditos por mãos alheias, travando com Rossetti uma batalha ao segundo na primeira etapa. Chegou a liderar a prova, mas optou por levantar o pé na última especial do dia, com o intuito de deixar Rossetti abrir a estrada no dia final. Essa estratégia não trouxe frutos, muito pelo contrário. Foi claramente batido nas especiais matinais de Sábado, perdendo muito tempo para Rossetti, e vendo François Duval lhe retirar a segunda posição. Na ânsia de recuperar na primeira passagem pela especial de Almodôvar, furou e perdeu mais de dois minutos, perdendo alguns lugares e a possibilidade de discutir a vitória. Do mal menor, recuperou duas posições a Hanninen e Auriol, subindo ao último lugar do pódio, mantendo o segundo lugar no IRC.

Um forcing final permitiu que Giandomenico Basso e Mittia Dotta subissem ao quarto, sagrando os melhores (e únicos) representantes da Abarth no rali. Depois do abandono no Rally de Instambul, e de um capotanço nos testes no Algarve, a confiança de Giandomenico Basso estava abalada. Intuitivamente, o piloto italiano queria demonstrar o contrário, e fê-lo da melhor forma iniciando o rali ao ataque e intrometendo-se entre os homens da Peugeot. Mas na especial 6, Vascão 2, Basso furou e perde mais de três minutos descendo para a décima posição. Decidido a inverter a maré de azar que lhe acompanha, entrou ao ataque na segunda etapa e ultrapassou Bruno Magalhães na especial de Santa da Serra. Aproveitando os azares dos adversários foi subindo na tabela classificativa. Com Hanninen a mais de um minuto, encetou uma perseguição ao finlandês que deu os seus frutos na última especial, superiorizando-o por 2,5 segundos.

Convidado pela organização, Juho Hanninen foi o melhor dos Mitsubishi Lancer, acabando a prova na quinta posição. Tripulando um EVO IX da Ar Vidal, o piloto finlandês não fez jus ao estatuto de piloto espectáculo, muito pelo contrário, efectuou uma prova muito sóbria, mas eficaz. Sem grandes exuberâncias efectou alguns bons cronos e sai de Portugal com melhor resultado que seus rivais no PWRC (Aigner, Armindo e Bernardo sousa) . Por pouco não segurou Basso atrás de si, mas com uma viatura que não a sua, sem as especificações a que está habituado, pouco mais podia fazer.

Na sexta posição ficou a melhor equipa portuguesa, Bruno Magalhães / Mário Castro em Peugeot 207 S2000. Tinham o intuito de dar o seu melhor, e se possível discutir a vitórias. As coisas até nem correram mal, pois à terceira especial da prova estavam na liderança, com 2,7 segundos de vantagem para Vouilloz e 5,9 para Basso. Mas a primeira passagem por São Brás de Alportel foi decisiva. Na parte final da especial, sairam de estrada, capotando numa zona com piso escorregadio. Mesmo saindo de estrada lentamente e sem grandes estragos, levaram mais de 3 minutos a colocar o carro de novo operacional. Juntaram-se ao extenso lote de concorrentes afastados da vitória. A estratégia da equipa mudou, e concentrou-se apenas no campeonato nacional. Com duas pontuações em jogo no campeonato português, abdicaram da luta com os concorrentes do IRC, e jogaram pelo seguro.

Tripulando um Peugeot 207 da Munaretto, Manfred Stohl, navegado por Ilka Minor, estreava-se no IRC e num S2000. Demonstrando o profissionalismo e competitividade a que nos acostumou, efectuou uma rápida adaptação ao veículo, com intromissão nos lugares cimeiros. Mas na segunda secção do primeiro dia, o motor do 207 S2000 foi pouco colaborante. Falta de potência fê-lo perder algum tempo, e posições. Acabou a primeira etapa na 12º posição. Beneficiou da vaga de abandonos do segundo dia para recuperar até à sétima posição final.

O austríaco Andreas Aigner aproveitou o Rali de Portugal para preparar o mundial de Produção. Inserido na equipa Red Bull, o colega de Bernardo Sousa teve uma relação difícil com o piso português, mais precisamente com os pneus Pirelli e os furos que condicionaram o seu rali. Furou nas especiais do Vascão 1 e Loulé 2, totalizando mais de 6 minutos perdidos e caindo na geral. Efectuou uma prova isolada, subindo no último dia de prova até ao oitavo lugar. Fica para história a sua vitória no último troço do rali, o único alcançado por um Grupo N convencional não S2000, na edição de 2008.

Fernando Peres e José Pedro Silva acabaram na nona posição, com o Mitsubishi Lancer EVO IX. Numa prova onde normalmente é atingido pelos azares, este ano não foi excepção – furos, problemas com caixa de velocidades e de motor, tudo afligiu-os no primeiro dia de prova. No segundo dia isento de problemas conseguiram ultrapassar Adruzilo Lopes e Vitor Pascoal na última especial do rali.

Uma das surpresas veio da parte de Adruzilo Lopes e André Cortinhas. Com um Subaru Impreza Spec C da ARC Sport, conseguiram superiorizar concorrentes mais bem equipados. Arrisco a dizer que com a viatura mais antiga do pelotão fez valer do experiência para arrecadar um lugar nos dez primeiros. A posição não foi melhor, porque um toque na especial de Ourique 1 deixou algumas mazelas no Subaru, e influenciou no comportamento da viatura.
Como no IRC a regra do Super Rally não se aplica na classificação final, apenas 22 concorrentes cumpriram o rali na totalidade.

Leia Mais

segunda-feira, maio 12

Rally de Portugal 2008 - IRC - Santana da Serra - 1 / 2

Leia Mais

Rally de Portugal 2008 - IRC - S.Brás 1

Leia Mais

domingo, maio 11

Rali de Portugal – Dia 2

Sete da manhã, preparado para arrancar para os troços. Desta vez contando com mais dois elementos na comitiva – Celso e Telmo, prontinhos para “comer pó e chuva”. O plano para o dia 2 era muito semelhante ao anterior: acompanhar as passagens na primeira especial das secções e se possível seguir para a última especial.

Já com a companhia do Zé, o destino foi a ZE 2 de Santana da Serra. Numa zona com alguma visibilidade e de fácil acesso, não foi estranho o facto de existir algum público, que mais tarde foi confirmada ter sido a zona com mais público do rali. Para primeira passagem, na parte de dentro da curva, dava para ficar a centímetros das viaturas, que ao passarem apontavam para o interior da curva. Luca Rossetti passou num ritmo verdadeiramente infernal, que deixou tudo o público ao rubro. Nesse local já levava vantagem sobre Vouilloz, que veio a confirmar no final com diferença superior a 16 segundos, sendo este último também ultrapassado por Vouilloz.

Numa zona com alguma malta, também e propício a alguma “galhofa”, que o diga os elementos da organização que tentavam colocar a publicidade da “Vodafone” na curva, que tiveram de ouvir todo o género de piropos, como o “Aí não”, “Só dá TMN”, ou “Aqui não existe rede”.

Teimosamente, a chuva teimava em aparecer, mas nunca mais do que 3 ou 4 minutos continuos de aguaceiros. Se por um lado foi incomodativa, por outro beneficiou a visibilidade, pois diminiu o pó levantando pela passagem dos concorrentes.

Como não podia deixar de ser o pelotão foi fechado pelo Carlos Lopes. A fama da lentidão deste concorrente ultrapassa-o, mas mesmo os que tinham dúvidas comprovaram mediante a passagem vagarosa, a mais de 5 minutos do concorrente que o antecedia. Quem não partilhou da mesma opinião, foi um fotografo presente, que após constatar o “apoio moral da comitiva”, desafiou-nos a alugar um Citröen C2 e efectuar melhor, pois falar é fácil, e só quem está lá dentro é que sabe. Certamente trata-se de um cliente, pois também foi dos poucos elementos que esperaram pelo último concorrente.

No intervalo entre as especiais, foi com Rouxinol Faduncho e um “Hotal Cabinda” ou um “Esgadanhado” que animou momentaneamente a malta. A promessa de febras pelos novos elementos ficou gorada, quando “sacaram” de umas sandes de omolete. O mesmo se aplicando da expectativa de uma mini fresquinha, que foi rematada com a oferenda de um… Bongo. Quem estava em alta era o Estrelinha e companhia. Com muitas minis, e um grelhador assava uns belos nacos de carne, depois de passar mais uma noite no local.

Uma ressalva para um grupo de amigos nortenhos que são adeptos do Quim Santos e se deslocou ao Algarve para acompanhar mais uma edição do Rali de Portugal. Na pessoa do Tó Luís, apressou a cumprimentar e congratular pelo trabalho efectuado no Ralisasul, principalmente no tópico do Joaquim Santos. Sempre animado conferenciou ser o 29ª Rali de Portugal consecutivo, e preparar-se para um 30ª “dourado”. Ao mesmo tempo confirmou a existência de contactos para uma festa de campeões… mas o segredo ainda é a alma do negócio.

A segunda passagem começou com alguma chuva, que tornava-se cada vez mais incomodativa. Desta vez a escolha da parte exterior da curva, num barranco revelou-se acertada, pois com maior ângulo de visão era possível ter outra perspectiva da passagem da caravana. Os andamentos eram mais contidos, principalmente depois dos muitos abandonos na primeira secção, e também dos problemas que afligiram alguns concorrentes. Neste altura o destaque ia para as boas exibições de Giandomenico Basso, Juho Hanninen e Andreas Aigner.

Infelizmente, em secções mais compactas tornou-se impossível deslocar a tempo para a última especial: Almodôvar. A opção passou por seguir para o parque fechado, e postiorimente acompanhar o pódio.
Aproveitando o passe de acesso às zonas de equipa deslocamo-nos para a assistência do Rossetti. Com a entrada de viaturas no parque de assistência, e constante mobilidade de jornalista, aproveitamos (eu e Márcio) para cumprimentar o justo vencedor do rali, e tirar uma foto com o mesmo (desconheço o paradeiro da imagem).

Para acabar o rali em beleza, acompanhamos a cerimónia do pódio, ao longe, pois a confusão era demasiada. Nisto, chega um sms dando conta que o grupo apareceu em directo na emissão da RTP. Que bela imagem televisiva. Já na vinda para a viatura cruzamos com os melhores portugueses: Bruno Magalhães/Mário Castro, a quem cumprimentamos e congratulamos pelo resultado.

Foi um Rali em cheio, desde os testes, shakedown, super-especial, dia 1, dia 2, parque de assistência e pódio. Valeu pela competitividade, mas também pela companhia. Foram uns belos dias, passados com malta 5 estrelas.

Leia Mais

sexta-feira, maio 9

Rali de Portugal – Dia 1

O primeiro dia do Rali de Portugal era marcado pelas passagens nos troços de Loulé, Vascão e São Brás. Como devemos sempre começar pelo início, a escolha para acompanhar a “caravana” recaiu no troço de Loulé, propriamente próximo da Z.E. 2, ao pé da lixeira da Cortelha. A companhia cinco estrelas, sempre cheia de boa disposição, mas o cheiro. Aquilo entranhava nos poros, que o mínimo eram dores de cabeças. Mas lá ensinava o outro, que ao fim de algum tempo começa a passar despercebido.

Não existia muito público, mas os que apareciam eram dos bons, ou seja, malta que conhece o local, e sabe que têm uma boa panorâmica, onde é possível acompanhar as viaturas num bom espaço de tempo. A primeira especial arrancou, e uma pequena desilusão: Marcus Gronholm não “abanava a barca”. A dupla de cunhados finlandesa mais parecia preocupada em andar para a frente do que brindar o público com algum espectáculo. Veículo de segurança tem função mas com WRC é diferente, para mais quando é figura de cartaz. Avançando…

O grande número de concorrentes passíveis de efectuar um rali interessante, promoveu uma luta ao segundo. Alguns passaram de forma espectacular, com uma exuberância, e lutando contra o cronómetro, que até dava gosto. Mas como previa, a fiabilidade destas viaturas não é elevada, e as primeiras vítimas apareceram. Armindo Araújo passara com o motor a falhar, e abandonou metros à frente, embora a causa tenha sido o turbo. Pior, Anton Alen com problemas de transmissão quase nem “aqueceu”. Dani Solá também tinha prestação muito fraca, perdendo muito tempo dos concorrentes da frente. Aproveitando tirava alguns tempos parciais, e comparava-os com os tempos finais transmitidos pela Antena 3 – rádio oficial. Impressionante a luta entre os homens da frente, ao segundo: Vouilloz, Rossetti, Duval, Bruno Magalhães, Basso, Loix, Kopecky, Stohl, todos muito próximos. O espectacúlo foi deixado para Didier Auriol, que mandava-se para as curvas e atravessava o Punto de maneira espectacular – vem da escola dos Grupo A, que andava todos atravessados. As prestações negativas ficam para Marco Cavigioli num Punto diesel, que perdia muito tempo e prejudicou o concorrente que o precedia (Pedro Leal), e aos S2000 portugueses – José Pedro Fontes, Nuno Barroso Pereira e Vitor Pascoal, que tinham exibições muito modestas, que mesmo sem problemas, eram suplantados pela concorrência directa.

O acompanhamento da prova efectuado pelo rádio dava conta da grande competitividade. A passagem de Bruno Magalhães para a liderança foi a notícia do momento, mas o despiste na especial seguinte que o fez perder mais de 3 minutos, foi o “balde de água fria”. A esperança de uma vitória portuguesa ficou por ai: Armindo desistiu, Bruno atrasou e Miguel Campos não conseguiu acompanhar os demais S2000. Por outro lado, a surpresa veio da Madeira. Com todos os azares da concorrência, e com mérito, Bernardo Sousa chegava a melhor português, e calava alguns críticos que agoiravam a saída de Carlos Magalhães.

A segunda passagem na Cortelha veio acompanhada pela chuva. Depois do pó, a chuva para assentar no casaquinho, no cabelo, na pele: Rali sem “comer” pó e chuva, não é rali. Já com algumas baixas no pelotão, Duval aproveitou-se do tempo seco (passou antes de começar a chover) para recuperar algum tempo. Simon Jean-Joseph apesar de conduzir um pequeno C2 R2 Max dava espectáculo e liderava os 2WD. Completamente endiabrado, Freddy Loix foi azarado, pois quando à entrada da curva da lixeira, furou, e quase instantaneamente o pneu separou-se da roda. Parou logo à frente, quando estava a fazer um bom tempo (foi definitivo este furo, pois abandonou na especial seguinte devido a outro furo, pois não tinha mais pneus – levou apenas 1 suplente). Rossetti passou à campeão, pois entrou pela parte de fora e jogou-se para dentro da curva, aliando a rapidez ao espectáculo (e sempre sem furar). Mas, o Nicolas Vouilloz não quis ficar atrás, e repetiu a dose. Para variar o homem do espectáculo – Didier Auriol (afinal valeu a pena convidá-lo, pois para além do espectáculo até andou muito depressa).

Depois da especial, tempo de regressar a Faro. Ou não, à passagem das Bicas, apesar do traçado com mau piso, seguimos um grupo de viaturas, e fomos dar com a ZE 3 da última especial do dia: São Brás. Apesar do acesso complicado, estavam alguns espectadores, entre eles a Auto Estelinha estava em força. A luta pela liderança estava ao rubro entre Rossetti e Vouilloz, que passaram no mesmo segundo, com o francês a levantar o pé, com o intuito de sair atrás para o último dia (estratégia do mundial). A sequência de curvas até era conhecida do regional, mas com aquela malta do IRC e Nacional era muito espectacular. José Pedro Fontes passou furado, apenas mais um azar a juntar a tantos outros: furos, problemas mecânicos, eixo traseiro partido, enfim, mais um calvário do piloto da Fiat Vodafone. Estranhamente, Bernardo Sousa teimava em não aparecer, e pensou-se no pior – “Abraçado a uma árvore”. Passou depois, a ritmo lento. A causa de lentidão: pás da ventoinha partidas, e radiador avariado. Razão: entrada numa ribeira à campeão. Efeito: Sobreaquecimento do motor. Resultado: Perdeu o lugar de melhor português, e pior abandonou após a especial, quando apenas faltava a ligação ao Parque de Assistência. Pedro Leal também foi azarado, pois passou no local em bom ritmo, mas viria a desistir à frente, devido a um toque ter danificado a suspensão dianteira. Fernando Peres também passou muito lentamente, vítima de furo.

Passamos pelo Parque de Assistência, e com cartão VIP (deixei de ser povão por instantes) percorri as zonas das equipas. Numa delas Rossetti (o líder) era entrevistado para a Eurosport. Enquanto esperavamos entregaram um cartão da equipa, e “validamos” com um autografo do italiano. Simpático, ainda trocou umas palavras, mediante algumas perguntas, gracejando sobre o facto de abrir os troço: “Seguimos o trilho do Gronholm”. Outro momento digno de destaque, foi quando cruzamos com Markku Alen. A lenda do Rali de Portugal estava na Abarth, acompanhando a prova do filho.

Depois de uma passagem pelas diferentes assistências e stands, e algumas animadas trocas de palavras com alguns conhecidos, era tempo de recolher a casa.

Amanha de manhã há mais do mesmo.

Leia Mais

quinta-feira, maio 8

Super Especial de Faro

A decisão de efectuar Super Especial do Rali de Portugal em Faro, pareceu um pouco arriscada. Primeiro por ser um dia de semana e às 18:00, depois era em asfalto e num traçado sinuoso do Parque de estacionamento de São Francisco, e também porque a divulgação não era suficiente, e foi notório no shakedown.

Qual não foi o espanto de ver “uma casa” preenchida, passando as minhas melhores previsões. Começando com a colocação de 3 grandes bancadas para VIP’s, mas que também esteve a espaços disponível para o público em geral, passando por um traçado interessante com zonas em que era possível acompanhar grande sequência de curvas. Positivo também o facto do Parque de Partida ser dentro do Largo de São Francisco, permitindo uma relação concorrente/espectador próxima. Era possível cruzar com François Duval, Manfred Stohl ou mesmo com o Marcus Gronholm. Outro dos pontos altos residiu no desfile de alguns clássicos convidados: Aston Martin, Porsche, Ferrari, BMW 2002, Ford Escort, Fiat Bertone, Corolla, Celica, Isetta, Mini Morris, Fiat 500, e mesmo alguns “calhambeques” deram ar da sua graça.

Bonita a separação dos VIP’s da malta “pobre”. A bela da “febra” estava do lado de dentro do percurso, junto dos maquinões, enquanto que a “ralé” via os carros por uma grade… quase como ver o Sol aos quadradinho… neste caso os carros.

Um pouco mais a sério, um ponto que deve ser alterado consiste na ordem de partida dos concorrentes. Ao partirem numa super-especial pela ordem ascendente, o público irá abandonar o local gradualmente enquanto os mais rápidos acabam o percurso. Principalmente pela hora de começo, 18:00, ser uma hora que a classe trabalhadora começa a abandonar os emrpegos, seria benéfico deixar o melhor para o fim. Ganhava a organização, os concorrentes e o público.

A especificação das viaturas para terra, e o traçado sinuoso não permitiu grandes “invenções”. Notava-se quem andava para o relógio, e quem dava espectáculo. Os Mitsubishi eram animadores, mas o “velhinho” Didier Auriol é que colocou o público em sentido com uma condução muito agressiva e espectacular.

Na vertente competitiva, Luca Rossetti manteve o impeto da Super Especial e assumiu a liderança do Rali. Nicolas Vouilloz foi segundo a 0,6 segundos, enquanto que Armindo Araújo, Brice Tirabassi a um surpreendente Fernando Peres partilharam o terceiro posto, a 0,7 segundos. Basso foi 6ª, José Pedro Fontes 7º, Kopecky 8º, Duval 9º e Loix fechou os 10 primeiros, a 1,9 segundos do líder.

Carlos Matos venceu entre os duas rodas motrizes, superiorizando a Simon Jean-Joseph e Pedro Leal, que curiosamente efectuaram o mesmo tempo. Marcus Gronholm também esteve muito bem, embora o tempo averbado pelo ex-campeão do mundo não foi o mais rápido.

Azarados foram Carlos Costa e Valter Gomes que não finalizaram a Super Especial averbando mais 3 minutos que o líder. No caso do piloto do C2 foi um problema de motor, já Valter Gomes não é de conhecimento público.

Amanhã cedinho, a caminho da serra… que o rali vai passar.

Leia Mais

Shakedown do Rali de Portugal

Decorreu esta manhã o shakedown do Rali de Portugal. Como habitualmente a zona escolhida foi o Vale Judeu, no troço também usado no Rali de Loulé. Pela positiva o facto de já ser bem conhecida dos adeptos dos ralis, que rumam para as zonas espectáculos, e pelo facto de ser relativamente perto do Parque de Assistência. Pela negativa, o traçado e especificidade do percurso ser diferente das especiais de classificação percorridas no Rali de Portugal.

Das 8:00 às 12:00 percorreram os concorrentes prioritários, e alguns dos não prioritários, em ritmo muito interessante. Alguns pilotos andaram muito depressa, como se o rali já tivesse começado, enquanto outros estou em crer que ainda não abriram o jogo. A espectacularidade e exuberância de algumas passagens foi evidente: Juho Hanninen, Andreas Aigner, Manfred Stohl, Didier Auriol, Fernando Peres, Bernardo Sousa e Valter Gomes deliciaram o público com belos slides. Por outro lado, Luca Rossetti e o Bruno Magalhães começaram ao ataque. Mas o Ford Focus WRC de Marcus Gronholm colocava todos os presentes em sentido. Sem pressões de competição, e apenas pensando na diversão, Gronholm brindava os presentes com passagens espectaculares.

Apesar de alguns slides mais arrojados, apenas o Vitor Pascoal teve um pequeno percalço, com o Peugeot 207 S2000 a sair momentaneamente de estrada, mas rapidamente regressou ao traçado.

Nota negativa para o pouco público. Até em provas do regional/Open compareceu mais público. Eram pilotos, navegadores, mecânicos, controladores, elementos ligados às organizações e às equipas de ralis, fotografos e alguns jornalistas. Valeu pelo show, pelas numerosas passagens das viaturas, mas também pelo convívio com os “suspeitos do costume”.

Quanto a resultados, foi Luca Rossetti quem averbou o melhor tempo, demonstrado que atravessa um bom momento de forma, e que as vitórias não foram em vão. Bruno Magalhães foi segundo a 1,4 segundos, enquanto que Anton Alen foi o terceiro, e melhor Punto, a 2,4 segundos. Surpresa veio da parte de Tirabassi que efectuou o quarto tempo, seguido por François Duval (Fiat) e Manfred Stohl (Peugeot).

Leia Mais

Shakedown Rally de Portugal 2008

Leia Mais

quarta-feira, maio 7

On-Board Testes do Jan Kopecky

O prometido é devido e finalmente consegui disponibilizar o filme dos testes do Kopecky. Para manter a qualidade original, e som (não tem legendas), decidi colocar através do Rapidshare.

Infelizmente o Rapidshare prima pela complicação, pelo que deixo alguns dos passos a seguir:

LINK (Clique para Abrir)

1) Na tabela da página inicial irá encontrar uma tabela. Na última linha estará uma frase Select your Download e há que escolher a opção FREE (a menos que tenham uma conta Rapidshare).


2) De seguida abrirá uma nova página que dirá: Download ticket reserved. In xxx minutes your download will be ready.


3) Assim que chegar a zero minutos, deverá aparecer um conjunto de números e letras, com uns bonecos em cima (de cães e gatos). (Estes tipos do Rapidshare deviam ser mortos à chapada.)


4 ) Aparece a mensagem: No premium user. Please enter all letters having a CAT/DOG below. É necessário colocar apenas as letras que têm o cão ou o gato.


Normalmente são apenas 4 letras, que deve ser inserido no quadrado onde diz Four letters with a CAT:


5) Depois carregar no botão "download via ??????"


6)Deverá abrir ou guardar no disco.


Dá algum trabalho, mas é espectacular o on-board dentro do 207 S2000.

Leia Mais

IRC Portugal: Os portugueses

Depois de alguns perfis representativos dos principais pilotos internacionais também há que efectuar referência aos concorrentes portugueses. Há muito que não se via tanta qualidade num plantel, e acima de tudo a possibilidade real da vitória ficar entregue a um português. Melhor o facto de se cruzarem 3 concorrentes que dominaram as competições nacionais: Bruno Magalhães, Armindo Araújo e Miguel Campos, isto sem esquecer que ainda estão mais dois campeões nacionais em prova, Adruzilo Lopes e Fernando Peres, que atravessa em fase muito positiva, tanto no campeonato nacional, como nos Açores onde se tem revelado imbativel.

Bruno Magalhães e Mário Castro são apontados pela imprensa nacional e estrangeira, assim como grande parte dos adeptos nacionais, como principais candidatos à vitórias. Inseridos numa equipa profissional como a Peugeot Sport, com uma viatura extremamente competitiva (207 S2000) e atravessando um excelente momento de forma, traduzido num sequência de triunfos sem rival, terá finalmente a oportunidade de defrontar rivais de peso, e mostrar além fronteiras o seu potencial. Confrontado com a questão sobre os objectivos, não esconde o facto que vencer seria o melhor, mas a preocupação maior será mesmo na fiabilidade e nos furos, que ultimamente são factores de selecção no escalonamento final.


De regresso a território nacional, Armindo Araújo e Miguel Ramalho são outros concorrentes que aspiram o primeiro lugar. Na verdade que os S2000 são forte adversário, poderá apostar no conhecimento do terreno, mas principalmente na fiabilidade dos pneus da Pirelli, que parecem melhores em termos de resistência do que os BF Goodrich. O tetra-campeão nacional (duas vezes com a Citroën e duas com a Mitsubishi) quer regressar aos resultados, que teimosamente lhe têm fugido nas últimas temporadas, ou seja desde que ingressou no mundial de produção. A rapidez de Araújo é reconhecida além fronteiras, e apenas lhe faltando a fiabilidade para regressar aos triunfos. Curiosamente, já tem 3 vitórias na prova portuguesa: em 2003 e 2004 em Citroën Saxo Kit Car, e em 2006 num Mitsubishi Lancer EVO VIII MR, onde deu um recital de condução frente aos restantes concorrentes. Aliás, Armindo é um vencedor nato, onde correu venceu: Promoção, Troféu Saxo, Fórmula 3, Duas Rodas Motrizes e Títulos Nacionais, apenas faltando a Produção Mundial.


Vencedor do BF Goodrich Drivers Team, Miguel Campos volta à ribalta dos ralis, com uma viatura competitiva, numa estrutura profissional, e confiando a navegação a Paulo Babo para regressar ao topo dos ralis. O triunfo neste concurso foi a forma de reconhecer a competitivade e capacidade de adaptação de Miguel Campos a qualquer tipo de viatura. Desde os tempos dos AX, ao Seat Ibiza, sem esquecer o dominío absoluto do agrupamento de Produção no final dos anos 90 e 2000, ou mesmo a adaptação rápida ao Peugeot 206 WRC, com o qual conquistou um título nacional e um vice-campeonato europeu, o piloto de Famalicão demonstrou vontade de vencer. A presença na Peugeot de 2001 a 2005 será benéfica para esta adaptação. Os primeiros testes com o Peugeot 207 S2000 confirmaram as expectativas, com uma adaptação rápida e convincente, antevendo um participação positiva no Rali de Portugal.


Depois de um início de temporada cheio de sucesso, e surpresa, Bernardo Sousa estreia-se na navegação de Jorge Carvalho, substituindo Carlos Magalhães. As opiniões sobre esta troca, na sua maioria, são desfavoráveis, pois a experiência poderá fazer falta no decorrer do Rali de Portugal. Tanto que as apostas na sua desistência são muitas, e predominantemente por acidente. A troca poderá deixar mossas, ou pelo contrário aumentar o nível de competitividade (ou seja andar nos extremos).


José Pedro Fontes e António Costa apostam no Fiat Punto S2000 para lutar pelos lugares cimeiros. Consciente das suas limitações, recorda que o Fiat é menos evoluído que os oficiais, e terá pela frente um conjunto de concorrentes variado, que lhe dificultará a missão de “brilhar”.


Depois vêm pilotos como Fernando Peres, Adruzilo Lopes, Vitor Pascoal ou Pedro Meireles, que têm condução, ou máquinas passíveis de entrar num lugar entre os dez primeiros. Finalmente, uma palavrinha para Pedro Leal, que num Fiat Sitlo JTD poderá ter em Simon Jean-Joseph um rival à altura, no Citroën C2 R2 Max. A luta pelas duas rodas motrizes provavelmente passará por estes dois concorrentes, mas como podem existir surpresas, ou deslizes, também há que contar com Francisco Barros Leite, Carlos Matos ou mesmo Paulo Antunes, que tem demonstrado um ritmo diabólico no pequeno Citroën C2.

Leia Mais

terça-feira, maio 6

IRC Portugal: Anton Alen

Uma das mais jovens promessas dos ralis é Anton Alen. Apostando na qualidade, mas também no nome a Fiat tem no finlandês a esperança de voltar aos bons resultados, principalmente nos pisos de terra.

Nascido a 3 de Junho de 1983 em Helsínquia, trouxe geneticamente o virtuosismo do seu pai, Markku Alen, sem esquecer a grandeza: actualmente apenas em altura, mas num futuro quem sabe.

Estreou-se em 2004, participando em algumas provas finlandesas com um Renault Clio RS de Produção. No ano seguinte, com a equipa ST Motors, tripulou um Mitsubishi Lancer EVO VII no campeonato finlandês, mas também fez algumas incursões fora-de-portas como foi o caso dos Ralis Coppa Liburna e Della Marca (Troféu Terra italiana) e Rally Mavro Rodo na Grécia. Efectuou o primeiro Rali no Mundial, o Rali da Finlândia conquistando o 11º lugar no Grupo N, embora sob regime do Super Rally.

O ano de 2006 foi preenchido. Navegado por Jussi Aariainen, participou em algumas provas do Mundial, vencendo o agrupamento de Produção na Finlândia e no Rally de Gales, com um Subaru Impreza WRX. Participou no campeonato italiano de ralis e o troféu de ralis de terra, sempre com o Subaru, e também em algumas provas nórdicas, optando nestes casos por um Mitsubishi Lancer EVO VII.

Em 2007 participou em algumas provas do IRC defendendo as “cores” da Fiat, obtendo o seu ponto alto na vitória do rapidíssimo Rali da Russia. Também participou no Rali da Finlândia, mas não finalizou a prova com problemas no Fiat Punto.

A rapidez e competividade deu-lhe o direito de disputar a temporada completa do IRC com a equipa Fiat. Na primeira prova, Rally de Instambul, foi o melhor representante da marca italiana, acabando na 3ª posição, após um início problemático.

Actualmente, seu companheiro de equipa é Timo Alanne, que antigamente navegava Kosti Katajamaki. Esta é a sua segunda presença no Rali de Portugal, pois navegou Katajamaki em 2005 num Suzuki Ignis S1600.

É um dos candidatos à vitória no Rali de Portugal, e terá em Markku Alen um apoiante e conselheiro.

Leia Mais

Segunda: dia de testes

A segunda-feira foi fértil em dia de testes: Fiat Abarth, Fiat Vodafone, Armindo Araújo, Nuno Barroso Pereira, Kronos e Miguel Campos testaram as respectivas máquinas. Com a companhia do Rui Fonseca (Mondegosport) e Paulo Homem (Ralis.Online) deu para captar mais algumas imagens, mesmo alternando de locais e ficando pouco tempo em cada.

Primeira paragem: Bicas (São Brás). Em rodagem estiveram o Anton Alen, o Giandomenico Basso e o José Pedro Fontes. Comparativamente aos rivais da Peugeot (e falo dos testes do Kopecky e Kronos) aparentam ter menor aproveitamento da potência, pois a viatura não conseguia aproveitá-la para ganhar tracção. Mas também estive pouco tempo (1 hora e meia) no local, por que podia apenas ser problemas na suspensão, ou setup menos correcto. O certo é que na parte da tarde o Giandomenico Basso despistou-se e deixou a viatura em mau estado, tanto que a equipa mandou vir uma suplente de Itália. No caso do José Pedro Fontes, poderá dizer que é um Punto 2ª linha: e notava-se pois não conseguia igualar a prestação dos oficias. Poderá primar pelo espectacúlo.

O destino seguinte foi o Javali, onde testavam o Armindo Araújo e o Nuno Barroso Pereira. Infelizmente, a ocasião não foi a melhor, pois tínhamos pouco tempo, e ambas as equipas andavam a experimentar algumas afinações, pelo que apenas assisti a 3 passagens do Armindo e 2 do Nuno Barroso Pereira. O Armindo Araújo andava com um mecânico da equipa para verificar o comportamento da viatura, principalmente testando os pneus Pirelli que espera usar nas próximas provas do mundial. As passagens não foram muito vistosas, mas certamente na prova isso mudará: para mais depois de uma vitória categórica no Racing Show Caixa Nova em Vigo, uma espécie de corrida dos campeões, derrotando na final o Juha Kankkunen. Quem também assistia aos testes era o Paolo Andreucci, que foi perempetório quando perguntaram quais os objectivos para portugal: Não participa na prova porque... “No money”. Uma das “minhas apostas” para a prova fica de fora. O destaque na viatura do Nuno Barroso Pereira vai para a nova decoração. Com tons roxos e amarelo visa dar maior projecção aos patrocinadores BPN e município de Portimão, respectivamente.

Próximo destino: Almodovar, para assistir aos testes das Kronos, mas principalmente porque tratava do primeiro contacto do Miguel Campos com o Peugeot 207 S2000. Decorria um almoço, com serviço catering, com o intuito de promover a equipa e os pilotos, e o convívio com os demais jornalistas. Como acompanhava o Paulo e o Rui também tive direito a “manjar”, e com fiquei na mesa com a malta da Peugeot portuguesa que também assistiu ao teste. Bruno Magalhães estava confiante e explicou-nos a estratégia da equipa: Verificar o primeiro troço e comparar com os demais, e depois pensar na vitória, num pódio ou no campeonato, embora ambicione o triunfo. Como estava com uma blusa com um logotipo madeirense, afirmou que se fosse na Madeira o caso era outro. Foi preciso andar um bom bocado para encontrar dois locais interessantes para filmar: um gancho e posteriormente uma passagem na água. O Miguel Campos adaptou-se rapidamente à viatura, e deixou bons indicadores, pelo que os objectivos da Kronos (ter um piloto competitivo) parecem alcançados. Nicolas Voillouz teve problemas na viatura (suspensão) numa das sessões, pelo que o teste esteve interrompido 30 minutos. Loix optou apenas por rodar na manhã e hora de almoço.

Foi um dia preenchido, com muito calor e muito pó. O Rui deixou uma pergunta no ar: “Mas porque é que a gente gosta disto?”... e a resposta é uma incógnita – Porque sim. As filmagens já estão disponíveis na net, pelo que provavelmente já as viram.
FIAT ABARTH / FIAT VODAFONE


ARMINDO ARAÚJO / NUNO BARROSO PEREIRA

KRONOS BF GOODRICH / MIGUEL CAMPOS

Leia Mais

segunda-feira, maio 5

Há dias de Sorte

Pois, há dias em que tudo corre bem, muito melhor do que esperado... e hoje foi um desses dias.

Como fiz na temporada passada, de câmara em punho fui acompanhar alguns dos testes de preparação para o Rali de Portugal. Com o Márcio, desloquei-me às Serra de São Brás para acompanhar a sessão de testes da equipa checa Kopecky Motorsport, com a dupla Jan Kopecky/Petr Stary num Peugeot 207 S2000. Apesar do muito calor que se fez sentir, captei algumas boas imagens na parte matinal. A primeira e agradável surpresa foi o Peugeot 207 S2000. É único, com uma “cantada” fenomenal e uma característica particular (motor atmosférico) que permite um estilo de condução único que até é capaz de ser mais espectacular que os WRC.

Há hora de almoço abordei o Jan Kopecky para lhe oferecer um dvd com imagens dos testes passados com o Fabia WRC. A receptividade foi enorme, mas não esperava receber em troca um livro do mundial com fotos brutais. E o dia estava ganho... pensava eu.

Veio a parte da tarde, com mais passagens, muito calor e uma máquina pouco colaborante que ansiava por uma cassete de limpeza. Na despedida, pedi que me assinasse o livro, para ficar como recordação... mas ele supreendeu a dobrar. Ofereceu as filmagens on-board das últimas passagens nos troços. Bem.... nem há palavras para descrever.

Pessoalmente, ganhei o dia, a semana, o mês, e o ano com este gesto espectacular.
Como não podia deixar de ser, partilho convosco.
Nota: As filmagens on-board não estão incluídas no clip, porque existiu um problema de compatibilidade entre as filmagens e os sites de divulgação público como o Youtube e o VideoGoogle. Fica para a próxima.


Leia Mais

sábado, maio 3

IRC: Freddy Loix

O veterano piloto Freddy Loix volta em grande às provas internacionais, representando a Kronos, naquela que é apontada como a estrutura favorita ao IRC. O belga trás na “bagagem” muitas temporadas no mundial de ralis, ao serviço de diferentes marcas, mas nunca esteve em posição de discutir os lugares cimeiros, desempenhando funções de segundo piloto.

Freddy Loix começou a sua carreira nos karts, conquistando um título regional e algumas vitórias nos nacionais. Apesar da lógica pesar na contuinuidade em provas de pistas, Loix optou pelos ralis. A sua primeira viatura foi um Lancia Delta de Grupo N, em 1990. Na prova de estreia acabou na segunda posição do agrupamento. Foi sem surpresa, que Guy Colsoul decidiu colocar à disposição um Mitsubishi Galant de produção para a disputa do campeonato belga. Uma parceria que durou dois anos, e deu alguns frutos, com obtenção de alguns resultados positivos.

Em 1993, Freddy Loix firma contrato com a Marlboro World Championship Team. A tabaqueira foi crucial na carreira do belga.Foi incorporado no Opel Team Belgium, tripulando um Astra GSi. As primeiras provas foram de adaptação, mas em 2004 venceu a classe F2 no Rally Boucles de Spa. Repetiu a façanha mais três vezes e conquistou o título nacional de F2. Em 1995, manteve-se na equipa Opel, com o ponto alto a vitória da classe F2 no Rali de Sanremo, prova apenas pontuável para o mundial de 2L.

Em 1996, firmou contrato com a Toyota Team Belgium, que lhe valeu a presença em algumas provas com um Toyota Celica GT-Four. Uma das exibições marcantes ocorreu no Rali de Portugal, onde disputou travou uma emocionante disputa com Rui Madeira pela vitória. Nessa época, venceu os ralis de Condroz e Ypres, e ainda efectuou uma excelente exibição em Sanremo, que quase lhe valeu o pódio.

Provavelmente, atravessando uma das suas melhores fases, Freddy Loix voltou a repetir o segundo lugar no Rali de Portugal em 1997, mas desta vez a prova contava para o mundial de ralis, apenas sendo batido por Tommi Makinen. As exibições valeram uma chamada à Toyota Castrol Team, para disputar a título oficial o Rali de Sanremo, numa das primeiras provas do Corolla WRC (5º classificado).

Loix dava-se bem com os ares de Portugal, e voltou a subir ao pódio (3º) em 1998. Melhor apenas, o segundo lugar na Catalunha, em representação oficial da equipa nipónica, que sabendo da apetência pelo asfalto apostou no belga. Para além destes sucessos há a registar 3 vitórias no campeonato belga, sempre com o modelo Toyota Corolla WRC. Uma das vitórias foi no Rali de Ypres, aliás, Freddy Loix tem o nome associdado a este rali, pois conquistou 4 vitórias consecutivas, de 1996 a 1999, com Toyota Celica (2 vezes), Corolla e finalmente com o Carisma.

Em 1999, as ligações com a Marlboro permitem a passagem para a Mitsubishi Ralliart. Colega de equipa de Tommi Makinen, tripulava o modelo Carisma GT IV, que apesar de semelhante ao Lancer resultava do marketing da equipa Mitsubishi. Loix ganhou apetência pela quarta posição pois foi o melhor que conseguiu na Catalunha, Acrópole, Sanremo e Austrália. Manteve-se na MMR, nas temporadas de 2000 e 2001, mas sem grandes resultados. O piloto estreou o modelo WRC da Mitsubishi no Rali de Sanremo, mas este revelou-se pouco competitivo em relação aos restantes.

Em 2002 mudou-se para Hyundai World Rally Team, onde disputou duas temporadas do mundial com o modelo Accent WRC. A marca coreana revelava pouca competitivade, e por vezes aspirava apenas a um lugar nos 10 primeiros. A fiabilidade também não era um forte, pelo que das 24 provas que disputou com o Accent, abandonou 13 vezes, e o melhor registo é um 6º lugar na Nova Zelândia em 2002.

No final de 2003 firmou contrato com a Peugeot para a temporada seguinte. Mas quis o destino que a estreia ocorresse no Rali da Grâ-Bretanha, com um Peugeot 206 WRC, substituindo Richard Burns, a quem havia sido diagnoticado um tumor cerebral dias antes. Para a história fica a sexta posição alcançada na prova britânica. Também no final de 2003, participa no Rali de Condroz, auxiliando Bruno Thiry na conquista do título europeu de ralis, cujo principal rival era Miguel Campos.

Numa equipa profissional e com espírito vencedor, Freddy Loix revelou-se um… fiasco. 2004 foi ano para esquecer para Freddy Loix. Responsável pela estreia do modelo 307, e colega de equipa de Marcus Gronholm, apenas efectuou as cinco primeiras provas do mundial. Sem ritmo e sem resultados, não deixou alternativa a Jean-Claude Andruet, que teve de confiar a segunda viatura da Peugeot a Harri Rovanpera e Cédric Robert para o resto da temporada. Com o intuito de cumprir o contrato com a Peugeot, participou com um 206 WRC em algumas provas europeias. Entre elas o rali ADAC Eifel na Alemanha, que venceu.

O ano de 2005 foi de “regresso a casa”, o mesmo será dizer ao campeonato belga. Disputou-o com um Citroën C2 S1600 da Ecurie Duindistel, parceria que se manteve em 2006. Nesse final desse ano, passou para a Rene Georges e conduziu o primeiro VW Polo S2000 como viatura zero, no Rally de Condroz. Em 2007 efectuou o campeonato belga com o Polo, mas foi chamado a substituir Pieter Tsjoen no Europeu na equipa Vergokan, com um Fiat Punto S2000. A participação na Madeira foi desastrosa, com um abandono ao final da 4ª especial fruto de uma avaria. Voltou no regime SuperRally, mas não conseguiu rodar entre os mais rápidos. Deu um ar da sua graça, no Rally de Barum, que chegou a comandar, até despistar-se após um furo.

Para 2008 assinou contrato com a Kronos Team Belgium para disputar o IRC. Problemas nas especiais de abertura com o Peugeot 207 impediram de rodar nos lugares cimeiros em Instambul. Mas em compensação venceu a prova de abertura do campeonato belga, o East Belgian Rally.

Actualmente com 37 anos, mantém uma postura ofensiva, mas dificilmente conseguirá acompanhar os andamentos das “jovens feras” do IRC, para além da armada portuguesa.

Leia Mais