O hena-Campeão de Ralis da Madeira, Vítor Sá, venceu aquele que provavelmente foi o rali do ano, tal foi a competitividade e incerteza que envolveu esta prova, desde o início ao fim. Contudo, a decisão sobre o Campeão Absoluto ficou adiada para a última prova. Quem já garantiu o título foi João Magalhães, na Produção, e mais algumas equipas que disputam competições particulares.
Desde início que se antevia que esta prova seria muito competitiva. Com os imensos pontos perdidos por Vítor Sá no Rali Vinho Madeira, e com as boas «colheitas», tanto de Alexandre Camacho como de Filipe Freitas naquela mesma prova, com particular destaque para o primeiro, que assumiu a liderança do Campeonato de Ralis Coral da Madeira 2007 (CRCM07).
Ora, com Alexandre Camacho um ponto à frente de Sá e Filipe Freitas logo atrás, a quatro pontos de Camacho e três de Sá, tudo estava em aberto na luta pelo título. Mais o factor de interesse era o de Vítor Sá ter de recorrer a um Punto S2000 da equipa italiana Grifone, pois o seu não ficou pronto atempadamente para esta prova, depois do acidente no Rali Vinho Madeira, que amassou muita chapa e obrigou a uma intervenção profunda na sua viatura. A possível falta de confiança num carro que não o seu, poderia fazer diferença.
E assim foi. Logo na 1ª PEC, Vítor Sá não conseguiu fazer melhor que o 9º melhor tempo, perdendo desde logo cerca de 14,4 segundos para o mais rápido que foi Alexandre Camacho e 11 segundos para Filipe Freitas, que ficou a 3,4 de Camacho.
O campeão demorou sete troços para conseguir chegar à liderança, mas, depois de assumi-la e após a entrada em falso, não voltou a vacilar. Uma falha na admissão da gasolina e a mudança do diferencial traseiro no último parque de assistência, só fruto do excelente trabalho dos técnicos da Barroso Sport, que efectuaram uma verdadeira «operação relâmpago» nos 10 minutos que tinham disponíveis, não resultaram em uma penalização.
Para além de Alexandre Camacho, que venceu o primeiro troço, também Filipe Freitas venceu uma PEC, a 8ª PEC e Rui Fernandes outra, a 11ª e última.
A luta foi sempre muito intensa até ao último parque de assistências.
Depois, escolhas mal feitas de Alexandre Camacho em relação a afinação da suspensão e de pneumáticos levaram-no a baixar ainda para a terceira posição, com Filipe Freitas a ascender na 10ª PEC ao segundo lugar e a não mais largá-lo.
Desta forma, Sá voltou à liderança do Campeonato com 56 pontos, seguido de Alexandre Camacho com 53 e de Filipe Freitas com 51.
Com apenas uma prova por disputar, o CRCM07 está totalmente ao rubro!
A quarta posição foi ocupada por António Nunes, que começou melhor que o seu irmão Miguel, depois as posições inverteram-se e foi Miguel que passou por uma melhor fase, para na penúltima PEC Miguel errar e as posições inverterem-se novamente, com Miguel a terminar em quinto.
Na luta pela sexta posição que opôs Rui Fernandes a Aécio Anjo, Fernandes, que fez uma prova de grande nível, levou a melhor, enquanto que, logo atrás destes dois pilotos, terminou um satisfeitíssimo Duarte Abreu, que voltou a conseguir mais um ponto, referente à oitava posição da geral.
Razões mais do que suficientes para estar feliz, teve João Magalhães que, apesar de ter deixado fugir o oitavo lugar para Duarte Abreu no último troço, garantiu a conquista do título do Agrupamento de Produção numa época em que, poucos acreditavam que este ceptro não fosse entregue a Vítor Sá.
Élvio Caires, que poderá abandonar os ralis na próxima época por falta de apoios, encerrou o top ten.
Para terminar, referência para os títulos conquistados ainda nesta prova em troféus oficiais e promoções monomarca: Filipe Pires (Troféu Engº Rafael Costa); João Moura (Campeonato Júnior de Ralis da Madeira); Isabel Ramos (Taça das Senhoras); André Silva (Yaris Rally Challenge) e Carlos Gonçalves (Zoom Cup).
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