segunda-feira, dezembro 3

Hirvonen vitorioso no tetra de Loeb

Sebastien Loeb arrebatou o seu quarto título mundial consecutivo, depois de ter sido terceiro classificado no Rali da Grã-Bretanha/País de Gales, ganho por Mikko Hirvonen, com a Ford a concluir a temporada com uma dobradinha, graças ao segundo lugar de Marcus Gronholm.

Para ainda poder chegar ao ceptro, Gronholm tinha de conseguir mais sete pontos do que Loeb. E sabendo que isso era improvável de acontecer, se o francês da Citroën terminasse a prova, o piloto de Espoo não andou a fundo na terceira e derradeira etapa, preferindo contentar-se em concluir o rali – e possivelmente a sua carreira também – no segundo lugar.Pelo seu lado, Sebastien Loeb fez uma prova tranquila ao longo do fim-de-semana, não correndo o mínimo risco: “É incrível. Conseguir o ponto com apenas quatro pontos de vantagem, que não é mesmo do que 40 pontos, como há alguns anos. Este é mesmo um grande momento. Não há, certamente, qualquer comparação”.
Por sua vez, Marcus Gronholm, que liderou grande parte do campeonato, admitiu que perdeu o título no acidente que teve na Irlanda. Sem isso, acredita que dificilmente o ceptro lhe fugiria. “Estou desiludido, mas este foi um rali muito difícil, e o título perdi-o na Irlanda”, declarou no final da última prova do mundial, a título oficial.
Com este feito, o francês iguala os recordes de Juha Kankkunen e Tommi Makinen, com a diferença que parece ainda estar no seu melhor, e ainda ter muito para dar.
A terceira vitória da época de Mikko Hirvonen foi, de certa forma, ensombrada pelo título de Loeb. Aproveitando as dificeis condições climatéricas no Pais de Gales, com muit chuva e nevoeiro, ao facto de Loeb e Gronholm gerirem o andamento pensando no título, Hirvonen liderou de princípio ao fim, com uma vantagem segura. Apesar disso, o finlandês apanhou um susto, pois quase deitava tudo a perder na última classificativa, quando cometeu um erro e saiu de estrada, mas conseguiu retomar o andamento e vencer o rali por pouco mais de 15 segundos.
Na última etapa Petter Solberg teve de defender o seu quarto lugar do ataque de Dani Sordo, conseguindo manter o seu Subaru à frente do Citroën do espanhol por 17 segundos. Nenhum destes concorrentes tem prestações superiores, pelo que estas posições se ajustam claramente ao mostrado no mundial, principalmente neste tipo de piso.
Matthew Wilson conseguiu a sua melhor prestação, perante o seu público, ao levar o melhor dos Focus da Stobart à sexta posição, depois de levar a melhor no duelo que manteve com Chris Atkinson ao longo de todo rali. O jovem inglês acabou por bater o australiano por quase um minuto, superiorizando-se de forma conclusiva e de certa maneira surpreendente na última etapa. Esta foi sem dúvida, a maior surpresa da prova.
Na última posição pontuável terminou Manfred Stohl que despede-se do xsara WRC, e da equipa OMV com mais uma exibição sombria, sem o brilhantismo de temporadas anteriores. Aliás, o futuro do piloto austríaco é uma incógnita, com as últimas prestações a não agourarem algo de bom no futuro. Na nona posição ficou um muito irregular Xevi Pons, com o terceiro Subaru oficial, registando mais uma saída de estrada, numa clara imagem de marca (despistou-se em todas as provas que participou).
A fechar o top ten, Jari-Matti Latvala teve um magro prémio para um espantosa recuperação, vencendo a maioria das especiais da segunda e terceira etapa (só perdeu uma para Hirvonen e outra para Gronholm). Um problema com as escovas do Focus WRC, aliado à avaria do desembaciador no primeiro dia promoveram o abandono. Regressado no regime superrally efectou uma prova quase brilhante, andando consistentemente e demonstrando que é capaz de suceder a Gronholm na Ford.
Por apenas 1,5 segundos Mads Ostberg não conseguiu suster o ataque de Latvala, e desceu do top ten com um Impreza WRC, ficando na frente do checo Jan Kopecky com o Skoda Fabia.
Na 13ª posição ficou Guy Wilks, que deu continuidade à boa prestação na Irlanda. Desta feita usou um Mitsubishi Lancer EVO IX, e como piloto convidado superiorizou-se no mundial de Produção. Com esta vitória também arrecadou o título de campeão britânico de ralis.
Um palavra final para a prestação de Sebastien Lindholm, que estreou o Suzuki SX4 em provas de terra, e voltou a ser uma estreia problemática. Andou sempre muito distantes das restantes equipas do mundial e teve que recorrer ao superrally após o primeiro dia, pois abandonou devido a problemas de travões. Finalizou na 27ª posição, no meio dos carros de produção, numa prestação completamente apagada. Quase foi esquecida.





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