O primeiro dia de rali nas serras madeirenses fica marcado por dois momentos: primeiro o furo de Rossetti, e depois os problemas de motor de Vítor Sá. Bruno Magalhães, sem grande forcing, lidera confortavelmente o rali.
Poucos esperavam que ao final do primeiro dia Bruno Magalhães e Paulo Grave liderassem de forma tão confortável o Rali Vinho Madeira. A equipa portuguesa começou com o pé direito, saltando para a liderança na primeira passagem pelo Campo de Golfe. Apesar de não estar a efectuar uma prova ao sprint, doseavam a rapidez o suficiente para liderar, e evitar percalços, que o tem acompanhado nas edições da prova. O primeiro momento do rali surge na especial 5 – Chão da Lagoa 2, quando Rossetti fura e perde mais de um minuto e meio (à altura a diferença cifrava-se em 7,9 segundos). Então, o italiano apercebeu-se que dificilmente chegaria à frente, e optou por pensar no campeonato europeu – uma vez que os directos adversários não estavam inscritos no mesmo, e não roubam pontos.
Assim, foi Vítor Sá quem passou para o segundo posto, e se tornou no rival directo de Bruno Magalhães. O piloto madeirense não tinha perdido muito tempo, e tentava colocar alguma pressão no líder, chegando a vencer duas especiais – Referta 1 e Meia Serra 1. A diferença estava em 22,3 segundos. Mas à passagem pelo troço de Referta 2, acontece o segundo momento chave do rali – um problema num sensor de temperatura da água no Peugeot 207 S2000 de Vítor Sá, provocou problemas de potência no motor e fê-lo perder muito tempo. Esses problemas voltaram a se repetir na especial de Meia Serra 2, e no total perdeu mais de um minuto para Bruno Magalhães e viu Luca Rossetti se aproximar. Felizmente, o problema foi resolvido no Parque de Assistências, mas a possibilidade de lutar pela vitória esfumou-se, tendo agora que se preocupar com o italiano líder do europeu.
No quarto posto surge o italiano Luca Betti, em Peugeot 207 S2000, que discretamente, aproveitou dos azares dos adversários para ocupar esta posição. Disputando o europeu, viu Rossetti a apenas 1,6 segundos na PE 5, após o furo. No entanto, a normalidade regressou nas restantes especiais e viu o piloto do Fiat “fugir”. Para já vê os adversários seguintes aproximarem-se rapidamente pelo que o quarto posto deve ser meramente temporário.
O melhor do agrupamento de produção é António Nunes, que está a pouco mais de uma dezena de segundos de Betti. O piloto do Mitsubishi EVO 10 está a fazer uma prova rápida e consistente, e não fosse a exibição impressionante do seu irmão, era o mais regular da Produção. À passagem da especial 5, queixou-se de alguns problemas de motor que custaram algum tempo, e na altura foi passado pelo italiano do Peugeot 207, caso contrário o 4º posto assentava-lhe melhor.
Mas se António está a fazer uma boa prova, Miguel Nunes está a fazer uma prova extraordinária. A penalização de um minuto e meio serviu de estímulo, e aumentou a garra com que encarou a prova. De trás para a frente, foi recuperado posições, e nem os azares dos adversários retiram mérito ao actual 6º classificado, muito próximo do seu irmão. Constantemente averbou tempos entre o 3º e 4º posto, e não fosse a penalização estava num merecido pódio e próximo de Vítor Sá. Muito bom, tendo em conta os restantes S2000 em prova.
Já algo distante, no sétimo posto, surge o líder do campeonato de Portugal de ralis, Ricardo Moura. Apesar de tripular um Mitsubishi 9 de produção, o açoreano pensa nas contas para o CPR, e os pilotos lusos à sua frente não constituem ameaça. Para já leva vantagem sobre o seu rival directo Pedro Peres (12º da geral) a mais de 29,7 segundos. No terceiro, e último, posto dos concorrentes que estão inscritos no campeonato de Portugal está Ivo Nogueira, que tem averbado tempos muito interessantes com o Citroën DS3, e é o segundo concorrente na prova com viatura de duas rodas motrize.s
No oitavo posto, o polaco Maciej Oleksowicz, em Ford Fiesta S2000 está a 11,8 segundos de Ricardo Moura, no entanto a sua luta é outra, e para o Campeonato europeu está no terceiro lugar. Seguem-se o piloto italiano Manuel de Micheli que tem melhorado gradualmente as suas prestações revelando uma adaptação positiva para um quase “desconhecido”. No décimo posto e também com uma excelente prestação está Duarte Ramos, que para além de ser o 3º madeirense da produção, também brinda o público com espectáculo e os jornalistas com boa disposição. Este piloto está a efectuar uma das suas melhores prestações.
Nas duas rodas motrizes é Luís Serrado quem leva a melhor impondo o seu Peugeot 206 S1600 nas especiais madeirenses. Em segundo posto está Ivo Nogueira no Citroën DS3 e Isabel Ramos fecha o top3, e é a melhor representante da classe A7,que sucedeu a Filipe Carvalho quando este abandonou na ligação após a última especial do dia. Para o europeu, o esloveno Rok Turk, em Peugeot 206 GTI lidera, seguido do italiano Giovanni Vergnano cujo espectacular Fiat 500 Abarth que não deixa ninguém indiferente. Finalmente, Nelson Pestana tem um sucessor à altura, o britânico Nick West tenta o melhor possível levar o seu Fiesta de volante à direita, ao último posto “atrasado”.
Quanto aos concorrentes que já abandonaram o rali. Destaco o abandono de Filipe Freitas e Daniel Figueiroa, à passagem da especial 3, Chão da Lagoa 1, protagonizaram um momento alto do rali, de tal forma apelidado que “o medo não lhe assiste”. Ao entrar a fundo no salto da Choupana, ganharam “asas” e protagonizaram um momento à McRae. Infelizmente aterraram já fora de pista, e por pouco não colheram alguns fotógrafos no local. O despiste foi inevitável e os danos resultantes levaram ao abandono (apesar de ainda levar o carro até à Assistência). Tudo isto foi acompanhado em directo na transmissão da RTP-Madeira.
João Magalhães também não teve sorte, pois o motor do Lancer EVO X R4, calou-se na especial número 6 – Cidade de Santana 1, quando ocupava o 8ºposto. É a quarta vez que sofre de problemas de motor esta temporada.
João Silva e José Janela também abandonaram na especial, com problemas no motor do do Subaru Impreza STi. A estreia do madeirense num 4x4 estava a ser positiva, ocupando o terceiro posto do nacional de ralis, atrás de Moura e Peres à altura do abandono na especial 5. A contar para o campeonato nacional, também a registar a desistência de Pedro Meireles após a PE 2 – Campo de Golf 1 com problemas de travões.
Pior ficou o Mitsubishi EVO 8 de Eduardo Veiga, que sofreu um violento despiste a seguir à entrada do portão sul do Chão da Lagoa, no sentido ascendente – PE5. A equipa saiu com algumas mazelas, mas certamente não esquecerá o momento.
Entre os abandonos há ainda que acrescentar: Filipe Pires, Carlos Oliveira, Wilson Aguiar, Pedro Mendes Gomes, Nuno Freitas, Luís Abreu, Emanuel Martins, Simplício Correia, Pedro Diogo e Filipe Carvalho, este último já na ligação para a Assistência após a última especial do dia com problemas mecânicos no 206 S1600. Curiosamente nenhuma das equipas estrangeiras abandonou.
imagem RaliVM
Poucos esperavam que ao final do primeiro dia Bruno Magalhães e Paulo Grave liderassem de forma tão confortável o Rali Vinho Madeira. A equipa portuguesa começou com o pé direito, saltando para a liderança na primeira passagem pelo Campo de Golfe. Apesar de não estar a efectuar uma prova ao sprint, doseavam a rapidez o suficiente para liderar, e evitar percalços, que o tem acompanhado nas edições da prova. O primeiro momento do rali surge na especial 5 – Chão da Lagoa 2, quando Rossetti fura e perde mais de um minuto e meio (à altura a diferença cifrava-se em 7,9 segundos). Então, o italiano apercebeu-se que dificilmente chegaria à frente, e optou por pensar no campeonato europeu – uma vez que os directos adversários não estavam inscritos no mesmo, e não roubam pontos.
Assim, foi Vítor Sá quem passou para o segundo posto, e se tornou no rival directo de Bruno Magalhães. O piloto madeirense não tinha perdido muito tempo, e tentava colocar alguma pressão no líder, chegando a vencer duas especiais – Referta 1 e Meia Serra 1. A diferença estava em 22,3 segundos. Mas à passagem pelo troço de Referta 2, acontece o segundo momento chave do rali – um problema num sensor de temperatura da água no Peugeot 207 S2000 de Vítor Sá, provocou problemas de potência no motor e fê-lo perder muito tempo. Esses problemas voltaram a se repetir na especial de Meia Serra 2, e no total perdeu mais de um minuto para Bruno Magalhães e viu Luca Rossetti se aproximar. Felizmente, o problema foi resolvido no Parque de Assistências, mas a possibilidade de lutar pela vitória esfumou-se, tendo agora que se preocupar com o italiano líder do europeu.
No quarto posto surge o italiano Luca Betti, em Peugeot 207 S2000, que discretamente, aproveitou dos azares dos adversários para ocupar esta posição. Disputando o europeu, viu Rossetti a apenas 1,6 segundos na PE 5, após o furo. No entanto, a normalidade regressou nas restantes especiais e viu o piloto do Fiat “fugir”. Para já vê os adversários seguintes aproximarem-se rapidamente pelo que o quarto posto deve ser meramente temporário.
O melhor do agrupamento de produção é António Nunes, que está a pouco mais de uma dezena de segundos de Betti. O piloto do Mitsubishi EVO 10 está a fazer uma prova rápida e consistente, e não fosse a exibição impressionante do seu irmão, era o mais regular da Produção. À passagem da especial 5, queixou-se de alguns problemas de motor que custaram algum tempo, e na altura foi passado pelo italiano do Peugeot 207, caso contrário o 4º posto assentava-lhe melhor.
Mas se António está a fazer uma boa prova, Miguel Nunes está a fazer uma prova extraordinária. A penalização de um minuto e meio serviu de estímulo, e aumentou a garra com que encarou a prova. De trás para a frente, foi recuperado posições, e nem os azares dos adversários retiram mérito ao actual 6º classificado, muito próximo do seu irmão. Constantemente averbou tempos entre o 3º e 4º posto, e não fosse a penalização estava num merecido pódio e próximo de Vítor Sá. Muito bom, tendo em conta os restantes S2000 em prova.
Já algo distante, no sétimo posto, surge o líder do campeonato de Portugal de ralis, Ricardo Moura. Apesar de tripular um Mitsubishi 9 de produção, o açoreano pensa nas contas para o CPR, e os pilotos lusos à sua frente não constituem ameaça. Para já leva vantagem sobre o seu rival directo Pedro Peres (12º da geral) a mais de 29,7 segundos. No terceiro, e último, posto dos concorrentes que estão inscritos no campeonato de Portugal está Ivo Nogueira, que tem averbado tempos muito interessantes com o Citroën DS3, e é o segundo concorrente na prova com viatura de duas rodas motrize.s
No oitavo posto, o polaco Maciej Oleksowicz, em Ford Fiesta S2000 está a 11,8 segundos de Ricardo Moura, no entanto a sua luta é outra, e para o Campeonato europeu está no terceiro lugar. Seguem-se o piloto italiano Manuel de Micheli que tem melhorado gradualmente as suas prestações revelando uma adaptação positiva para um quase “desconhecido”. No décimo posto e também com uma excelente prestação está Duarte Ramos, que para além de ser o 3º madeirense da produção, também brinda o público com espectáculo e os jornalistas com boa disposição. Este piloto está a efectuar uma das suas melhores prestações.
Nas duas rodas motrizes é Luís Serrado quem leva a melhor impondo o seu Peugeot 206 S1600 nas especiais madeirenses. Em segundo posto está Ivo Nogueira no Citroën DS3 e Isabel Ramos fecha o top3, e é a melhor representante da classe A7,que sucedeu a Filipe Carvalho quando este abandonou na ligação após a última especial do dia. Para o europeu, o esloveno Rok Turk, em Peugeot 206 GTI lidera, seguido do italiano Giovanni Vergnano cujo espectacular Fiat 500 Abarth que não deixa ninguém indiferente. Finalmente, Nelson Pestana tem um sucessor à altura, o britânico Nick West tenta o melhor possível levar o seu Fiesta de volante à direita, ao último posto “atrasado”.
Quanto aos concorrentes que já abandonaram o rali. Destaco o abandono de Filipe Freitas e Daniel Figueiroa, à passagem da especial 3, Chão da Lagoa 1, protagonizaram um momento alto do rali, de tal forma apelidado que “o medo não lhe assiste”. Ao entrar a fundo no salto da Choupana, ganharam “asas” e protagonizaram um momento à McRae. Infelizmente aterraram já fora de pista, e por pouco não colheram alguns fotógrafos no local. O despiste foi inevitável e os danos resultantes levaram ao abandono (apesar de ainda levar o carro até à Assistência). Tudo isto foi acompanhado em directo na transmissão da RTP-Madeira.
João Magalhães também não teve sorte, pois o motor do Lancer EVO X R4, calou-se na especial número 6 – Cidade de Santana 1, quando ocupava o 8ºposto. É a quarta vez que sofre de problemas de motor esta temporada.
João Silva e José Janela também abandonaram na especial, com problemas no motor do do Subaru Impreza STi. A estreia do madeirense num 4x4 estava a ser positiva, ocupando o terceiro posto do nacional de ralis, atrás de Moura e Peres à altura do abandono na especial 5. A contar para o campeonato nacional, também a registar a desistência de Pedro Meireles após a PE 2 – Campo de Golf 1 com problemas de travões.
Pior ficou o Mitsubishi EVO 8 de Eduardo Veiga, que sofreu um violento despiste a seguir à entrada do portão sul do Chão da Lagoa, no sentido ascendente – PE5. A equipa saiu com algumas mazelas, mas certamente não esquecerá o momento.
Entre os abandonos há ainda que acrescentar: Filipe Pires, Carlos Oliveira, Wilson Aguiar, Pedro Mendes Gomes, Nuno Freitas, Luís Abreu, Emanuel Martins, Simplício Correia, Pedro Diogo e Filipe Carvalho, este último já na ligação para a Assistência após a última especial do dia com problemas mecânicos no 206 S1600. Curiosamente nenhuma das equipas estrangeiras abandonou.
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