A par com o campeonato nacional, também disputou-se a última prova do Campeonato Regional de Ralis do Sul. Estando a luta do título decidida a favor de Luís Mota, as atenções viraram-se para a disputa da Divisão I – reservada a viaturas de duas rodas motrizes, com quatro candidatos à partida com reais pretensões à vitória – Rui Chaparro, Rui Coimbra, Pedro Duarte e Viana Martins.
Cedo se percebeu que Pedro Duarte não queria facilitar, e assumiu a liderança na Super Especial quando foi o melhor deixando para trás a concorrência directa a mais de 1,5 segundos. No Sábado, se as condições climatéricas pareciam mais favoráveis aos 4x4, o piloto de São Brás de Alportel soube manter a rapidez fazendo tempos sempre próximos dos mais rápidos, e ganhando inclusivamente o último troço. Esta foi a primeira vitória de Pedro Duarte, que assim alcançou o ceptro da Divisão I, depois de uma temporada com alguns percalços.
A segunda posição ficou nas mãos de João Monteiro, com o Lancer EVO IV. Depois de uma vitória em Castro Marim, Monteiro, tudo fez para repetir o lugar mais alto do pódio, mas um tempo contraditória averbado na passagem pela 3.ª Especial, o fez perder reais chances de vencer. Já não é a primeira vez que concorrentes contestam tempos averbados no Rali Casinos do Algarve, basta recuar dois anos para relembrar que no final da prova existia discrepências nas cartas de controlo.
Uma das principais surpresas foi o andamento imposto por Viana Martins com o Opel Kadett GSi. Depois de ter evoluido a viatura durante a presente temporada, esta apresentou-se muito competitiva em Monchique. Permitiu ao piloto andar nos lugares da frente, alcançando um pódio e o vice na Divisão I.
Na quarta posição ficou Hilário Jaime com o Mitsubishi Lancer EVO III. Penalizando 3 minutos na ligação para a primeira especial do dia – que se traduziu em 30 segundos no cronómetro, o piloto de Monchique desiludiu, uma vez que era apontando por muitos como principal candidato.
Fruto de uma época muito regular, Paulo Nascimento fechou o top five, e com este resultado chegou ao vice-campeonato – o segundo consecutivo.
De regresso ao regional, Paulo Faria com um Peugeot 309 GTi, esteve ao seu melhor nivel. Conhecedor dos troços da prova algarvia, andou muito rápido, chegando mesmo a despistar na primeira especial de Sábado – Alferce. Felizmente, apenas resultaram alguns danos na traseira da viatura.
Paulo Jesus e Licínio Santos levaram o Ford Sierra Cosworth ao 8.º lugar. Fazendo algumas passagens exuberantes e muito aplaudidas pelos espectadores, o piloto perdeu algum tempo fruto de despiste no final da última especial, mas que não influenciou a localização na tabela classificativa.
Bruno Andrade levou o Subaru Legacy ao 8.º lugar, apesar de se queixar de alguns problemas mecânicos nas viaturas e de um furo na passagem pela Fóia. A fechar o top ten ficou António Lampreia em Escort Cosworth e Luís Mota no EVO IV. Mota, que no ínicio da prova foi o principal rival de Pedro Duarte e João Monteiro, chegou a ocupar o segundo lugar, mas a passagem na Fóia foi aziaga, uma vez que furou e obrigou-o a parar para mudar o pneu, perdendo muito tempo.
Marco Gonçalves fez o seu papel ao vencer em “casa”, entre os veículos da Promoção, e apesar de não ter conseguido o título de Promoção, ficou com a vitória na díficil Classe I (relembro que Rui Coimbra era o principal candidato). À partida para a prova, as contas da promoção ainda estavam em abertas, com clara vantagem para Vasco Tintim, que praticamente só tinha que levar a viatura até ao fim, o que o fez, com o segundo lugar – 12º da geral. Na terceira posição da Promoção ficou Joaquim Santos em Opel Corsa 1.6.
Uma nota para os abandonos de José Neves, que ficou na segunda curva da super especial, vítima de capotanço do Escort Coswort. Registo também para os abandonos de Rui Chaparro, Eduardo Valente e Rui Coimbra, todos por depiste, quando lutavam pelos lugares cimeiros.
Um última nota para a prova do Campeonato Nacional de Clássicos, com apenas 6 concorrentes, foi vencida por António Segurado em Escort RS 1600 MK I. A segunda posição ficou na posse de António Correia em Opel 1904 SR, que se queixou dos azares – desde saídas de estrada, a atravessadelas, problemas de motor, tudo contribuiu para que falhassem o triunfo. O terceiro posto ficou nas mãos de José Pedroso em Escort TC. Das seis viaturas que se apresentaram à partida, todas elas conseguiram finalizar, o que faz um registo de 100%. Mesmo com poucos concorrentes não deixa de ser uma estatística positiva.
Foto retirada de www.ralis.online.pt
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