O primeiro grande contacto entre os concorrentes e o público existe aquando da realização do Shakedown. À semelhança das duas últimas edições do Rali de Portugal, o troço de Vale Judeu em Loulé foi o escolhido, e conforme esperado foi uma verdadeira romaria de espectadores. Entre portugueses e espanhóis, muitos juntaram-se nas zonas espectáculo, mas muitos outros espalharam-se à volta do troço, o que levou a alguns reparos da FIA.
Para a grande maioria dos presentes era a primeira vez que acompanhavam uma prova do mundial, e a presença dos melhores era muito aplaudida após cada deslumbrante passagem. Com os primeiros quilómetros, aconteceram os primeiros percalços, digamos acidentes.
O mais grave de todos envolveu Armindo Araújo, que despistou-se numa zona rápida colhendo cinco elementos – quatro fotógrafos e um espectador. Só quem esteve no local é que se deparou com toda a especulação que antecedeu as primeiras informações credíveis. A presença de algumas ambulâncias em troço fez antever que algo de grave havia sucedido, mas sem nada de concreto foram avançadas várias hipóteses. Uma das quais veio de um marshall presente no terreno, que disse e cito “Já morreu um e outro está em estado grave”. Perante tal afirmação, de um indíviduo ligado à entidade organizativa, as afirmações que o shakedown tinha sido anulado, até à super especial que estava cancelada, ou mesmo o rali que estava acabado, correram num ápice. Afinal foram algumas mazelas e traumatismos, que sendo lamentável não tomou proporções catastróficas. Uma questão se coloca: o porquê de tanto alarmismo, negativismo e especulação barata. Já o ditado dizia “Quem conta um conto, acrescenta um ponto”.
Vitor Sá voltou a dar-se mal com os Shakedown’s por terras algarvias. Depois do acidente com o Renault Clio S1600 no Rali Casinos do Algarve, foi vítima de uma saída de estrada, numa das primeiras curvas do traçado, com o Subaru Impreza alugado à ARC Sport. Felizmente a viatura estava recuperável e pronta para “mais uma dose de porrada” na super especial.
Outro dos protagonistas foi o piloto do Zimbabwe, Conrad Rautenbach, que deu novas formas ao Citroën C2 S1600. A equipa é que teve de dar muita martelada para recuparar a viatura a tempo do início da prova.
Quanto à vertente desportiva, os mais rápidos foram os Subaru oficiais, com Petter Solberg a averbar o melhor tempo – 3:06.0, batendo Chris Atkinson por 0.6 segundos. Hirvonen foi terceiro com 3:06.7, seguido de Loeb com 3:07.2, Gronholm com 3:07.7 e Sordo com 3:08.2. Entre os portugueses, Armindo Araújo fez na primeira passagem (única sem problemas) 3:27.8, enquanto que José Pedro Fontes com o Punto regista 3:29.1, Ricardo Teodósio 3:29.6, Fernando Peres 3:31.7 e Bruno Magalhães 3:33.2.
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