O Open de Ralis voltou aos pisos de asfalto e com isso voltaram também as vitórias de Pedro Peres e Tiago Ferreira. O piloto do Porto conseguiu o quarto triunfo da época em cinco possíveis e reafirmou-se como o mais sério candidato ao título absoluto.
A prova que assinalou a chegada à metade do calendário teve mais uma vez em Pedro Peres e Tiago Pereira os vencedores. Regressaram os pisos de asfalto, depois de uma esporádica passagem pela terra, em Góis, e regressou também o piloto do Porto aos triunfos, fazendo igualmente o pleno no que diz respeito a provas em estradas em alcatrão até agora.Com a lição bem estudada com antecedência, até porque o Ford Escort já tinha apresentado alguns problemas recentemente com o ALS, Pedro Peres entrou muito bem na prova, conseguindo mas de cinco segundos de avanço para os segundos mais rápidos. Depois, perdeu alguma dessa vantagem, para logo a seguir atacar de novo, colocando o avanço em quase 10 segundos. Nas quatro classificativas que se seguiram, não houve muito que contar, pois o comandante do Campeonato venceu-as todas e por consequência o rali.
“Fizemos um teste antes desta prova para verificar o ALS e não tivemos problemas. No primeiro troço, o carro portou-se bem. Logo a seguir, fui com precauções a mais e não fui o mais rápido. Por isso, nas classificativas seguintes, decidi atacar e fomos construindo uma vantagem que nos deu a vitória”, referiu o vencedor, abordando ainda o facto de voltar a vencer nos asfalto: “Este é o meu terreno de eleição, mas para a terra vou ver se testo, pedindo ainda uma ajuda ao meu primo Fernando Peres. No entanto, sei que tenho que trabalhar”.
Durante a primeira secção, Octávio Nogueira e Luís Pinto foram quem assumiu a despesa de perseguir os líderes da prova. O piloto do Porto estava a perder apenas 9,6 segundos no final da primeira secção, pelo que a derradeira prometia. No entanto, a quarta classificativa foi madrasta para Nogueira: “Nem sei bem o que se passou, pois os parafusos da manga de eixo partiram e ficámos sem a roda da frente direita”, explicou.
Com isto, Rui Azevedo e João Andrade ascenderam ao segundo posto, eles que durante a manhã travaram um duelo muito forte com Paulo Azevedo e João Andrade, estando separados no final da parte matinal por apenas 0,6 segundos. Só que esta luta terminou na sexta classificativa, quando Paulo Azevedo não evitou um despiste: “O carro entrou em slide, passou a frente mas não passou a traseira e arrancámos a roda traseira do lado esquerdo”.
Rui Azevedo ficou assim mais livre de pressão e controlou as coisas a seu favor até final, segurando o segundo lugar e mais uma vitória nos Clássicos: “Foi pena o que aconteceu ao meu irmão, mas este resultado foi arrancado «a ferros». Só fizemos duas classificativas com a caixa de velocidades boa e as restantes sem primeira relação. Ainda tivemos um problema com a direcção, pois desapertou-se um parafuso”.
Luís Mota e Ricardo Domingos fecharam as presenças no pódio, depois de uma prova cheia de problemas: “Escolhemos mal os pneus logo de manhã e tivemos um toque de traseira no terceiro troço. Os travões também não funcionaram em pleno. No final ainda tivemos alguma sorte com o azar dos outros”.
Joaquim Santos e Eduardo Oliveira foram quartos, naquele que foi o melhor resultado até agora do ex-campeão nacional. “Foi muito bom este resultado e agradeço ao Paulo Alves ter-me preparado muito bem este carro”, resumiu.
Aníbal Pereira e Paulo Silva fecharam o lote dos cinco primeiros, pondo fim a uma série de resultados aquém do esperado pelo Campeão de Promoção Asfalto em 2006: “Finalmente, conseguimos resolver o problema com um tubo de gasolina e as coisas foram melhores, naturalmente”.
Texto de José A. Pedro retirado de Motor Online
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