O campeão, no regresso aos troços da zona Este, demonstrou um ritmo impressionante ao volante do Fiat Punto S2000, deixando Alexandre Camacho a quase um minuto, numa prova com muita luta pela 3ª posição, alcançada por Vítor Lopes.
Vítor Sá aproveitou e bem a presença na Madeira de técnicos da Abarth e da Barroso Sport para melhorar ainda mais o «setup» do seu Fiat Punto S2000, com vista a alcançar cada vez melhores prestações e estar 100 por cento adaptado a esta viatura aquando da realização do Rali Vinho Madeira, pois são bem conhecidas as suas pretensões de lutar por uma boa classificação na prova rainha do automobilismo madeirense.
Quanto à sua prestação nesta prova, Sá não deu quaisquer hipóteses à concorrência. Começou na prova, tal como a terminou: ao ataque. E, vencendo todas as PECs do rali, fruto de um andamento fortíssimo, garantiu a vitória mais expressiva desta época, bem elucidativa do trinómio Vítor Sá/Humberto Freitas/Fiat Punto S2000.
Com uma prova espectacular, isenta de erros e com um andamento também fortíssimo, Alexandre Camacho, apesar de não ter tido argumentos para chegar-se a Sá, conseguiu ainda assim um belo segundo lugar e a vitória entre os S1600 e o Agrupamento de Turismo, apesar da forte pressão da concorrência.
A encerrar o pódio ficou Vítor Lopes que, conseguiu nesta prova o seu melhor resultado, desde que iniciou a sua prestação no Campeonato de Ralis Coral da Madeira 2007. O continental, que esta época optou por disputar aquele campeonato, em detrimento do Nacional, efectuou uma prova notável, sob incrível pressão de um variado leque de pilotos, que também aspiravam àquela posição. Contudo, a sua experiência veio ao de cima, conseguindo segurar a terceira posição. Só para ter uma ideia da competitividade, apenas 8,8 segundos separaram o 3.º e 6.º classificados.Depois de ter andado uma boa parte do rali em terceiro, António Nunes perdeu aquele posto para Lopes a dois troços do fim, e não conseguiu voltar a recuperá-lo, apesar do andamento notável que demonstrou ao longo de toda a prova. Ficou desolado por não ter alcançado o pódio, mas ainda assim, os 2,4 segundos que o separaram de Lopes são bem elucidativos do andamento imposto pelo piloto da Olca Team.
Entre os irmãos Nunes ficou Aécio Anjo, que finalmente traduziu a evolução que vinha demonstrando nas últimas provas, em resultados. Anjo adoptou uma postura muito agressiva, apesar de ainda poder fazer melhor, e chegou a estar em terceiro e a fazer um segundo «crono» à geral, terminando em quinto.
Miguel Nunes, desta feita, contentou-se com o sexto lugar da geral, sendo pelo segundo rali consecutivo mais lento do que o irmão António, ao contrário das duas primeiras provas da época, onde esteve sempre melhor.
Queixando-se de muitos problemas de diferencial, apesar de ter entrado para esta prova com um excelente «setup» em termos de suspensões, Bernardo Sousa não conseguiu alcançar um resultado de relevo, garantindo apenas o sétimo posto e dois pontos para o Campeonato. Ainda assim, conseguiu fazer um terceiro tempo à geral e foi o melhor entre os do Grupo N convencionais.A encerrar o «top-ten» ficaram João Magalhães, que foi terceiro da Produção e conseguiu assim manter a liderança da competição, e Duarte Abreu, que voltou a não conseguir entrar nos pontos, mas que ainda assim alcançou um prestação bastante positiva.
Destaque para as restantes competições. Relativamente aos troféus oficiais, Bernardo Sousa foi o vencedor na Júnior, Luís Serrado venceu o Troféu Engº Rafael Costa, enquanto que nas senhoras a melhor foi Isabel Ramos. Quanto às competições monomarca, nos C2 pela primeira vez Filipe Pires não ganhou, cabendo desta feita o papel de vencedor a Luís Serrado. Já na Promoção Amplo (Citroën Saxo), foi Paulo Abreu o vencedor, na Yaris Challenge, André Silva, e na Zoom Cup (Starlet), Paulo Vasconcelos bisou.
Texto: Gonçalo Luís em Motor Online
Foto: Ângelo Abreu em Ralis da Madeira
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