A prova de abertura do CNR ficará na história pelas piores razões. Já descrevi alçgumas das situações anteriormente, mas um comunicado do Valter Gomes (acedi através da publicação no Sportmotores) aponta as graves falhas ocorridas no passao fim-de-semana:
"Relativamente aos factos ocorridos antes, durante e no final do Rali Torrié, primeira prova do Campeonato Nacional de Ralis, e depois de esperar pela análise efectuada pelos principais órgãos de Comunicação Social especializados, o Team Valter Gomes vem por este meio atentar no seguinte:
¿As razões que levaram o Team Valter Gomes, juntamente com um alargado lote de pilotos, a querer entrar em contacto com a Direcção de Prova e o Colégio de Comissários Desportivos do Rali Torrié no final da prova, prendiam-se com um vasto número de erros cometidos pela organização (Targa Clube) e nunca assumidos.
1. Aquando dos Reconhecimentos, elementos identificados como pertencentes à organização foram dando ordens e indicações contraditórias em vários momentos e a vários pilotos, fazendo com que alguns passassem apenas uma vez nos troços, de manhã e de tarde, outros o fizessem várias vezes e outros ainda não completassem os Reconhecimentos.
2. Durante a prova, foram atribuídas penalizações durante a realização da Super Especial da Póvoa de Lanhoso, tendo sido as mesmas apenas retiradas à hora da publicação da Classificação, cerca da 01h00 do dia 24 de Fevereiro. Ou seja, a uma hora proibitiva tendo em conta a partida para a prova nesse mesmo dia. Ainda referente a essas penalizações, todos os concorrentes que refutaram a respectiva penalização viram o seu tempo corrigido, menos um concorrente que não protestou. No entanto, a própria organização deveria estar atenta ao sucedido e aplicar o mesmo sentido de justiça a todos, uma vez que são os pilotos que dão o colorido ao Nacional de Ralis e chamam espectadores aos troços, não as organizações.
3. Um dos concorrentes (António Rodrigues) fez a totalidade do rali com um tempo erradamente atribuído pela organização e, apesar da equipa ter chamado a atenção da organização para o sucedido, apenas no final do rali é que o tempo foi corrigido. Para além de prejudicar o próprio piloto, prejudicou os pilotos com quem estaria em luta directa, uma vez que era dado certo em como o tempo deste piloto era o que surgia nas folhas de tempos, troço após troço. A falta de clareza neste ponto levou mesmo o quarto classificado a subir ao pódio para receber os louros do terceiro lugar. Uma situação lamentável e perfeitamente evitável.
4. Ao longo das classificativas, deparamo-nos com, pelo menos, três relógios com tempos diferentes do Relógio de Prova oficial, colocado no Parque de Partida.
5. Na entrada para a Super Especial de Vieira do Minho, a hora indicada pelo relógio de entrada diferia da hora indicada pelo relógio de partida, a apenas alguns metros de distância.
6. Fomos vítimas de uma penalização de 1m10s, que surgiu na folha de tempos apenas no final da sétima classificativa, referente à primeira secção da prova (manhã). Ora, o que aconteceu foi ter penalizado 30s por chegar atrasado ao controlo de partida do troço Serradela/Agra 1 três minutos, o que equivale a 10s por minuto, daí os 30s reais. Não 1m10s. Este erro também não foi corrigido.
7. Finalmente, quatro pilotos não cumprem a totalidade do percurso, indo do Parque de Assistência directamente para o início do troço seguinte (Salamonde/Serradela 2) ao anulado (Anissó 2). Um comissário do Parque de Assistência revelou ter sido ele a dar a indicação aos pilotos em causa, erro assumido de imediato pela Direcção de Prova¿ mas nunca corrigido. Perante esta situação, um alargado grupo de pilotos pediu para ser ouvido pelo Colégio de Comissários Desportivos ¿ o que nos foi de imediato negado ¿, tentando depois que a Direcção de Prova nos explicasse o que iria suceder neste caso. Não só essa explicação nunca nos foi dada, como sentimos que tudo estava a ser feito para que o nosso protesto não fosse avante, nomeadamente no que refere ao tempo que tínhamos para apresentar um protesto válido. A nossa ideia era simplesmente obter uma explicação da Direcção de Prova, pois se a nossa vontade fosse a de protestar os pilotos em causa, teríamos sido mais céleres e o protesto teria, de facto, ido em frente.
8. Para estar inteirado da análise dos principais órgãos de Comunicação Social especializados, sem contar as publicações mensais, o Team Valter Gomes esperou por este dia para repudiar as afirmações de um jornalista de um jornal especializado, afirmações desprovidas de sentido, de verdade desportiva e de conhecimento de causa.
9. O Team Valter Gomes lamenta a forma como os pilotos foram tratados pela Direcção de Prova e pela organização (Targa Clube), já que são as equipas e os pilotos que, muitas vezes a custo de sacrifícios pessoais, conseguem dar colorido a uma região e ajudam uma organização a manter as suas provas nos calendários oficiais.
10. Recordo que, tal como acontece a nível pessoal, não abdico dos meus princípios nas corridas, pelo que tudo o que alcancei foi através do meu esforço e não prejudicando os outros. Desta postura não abdico¿.
Valter Gomes
Batalha, 1 de Março de 2007 ."
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