Se dúvidas havia que Vítor Sá iria dominar no Campeonato da Madeira com o novo Punto S2000, o Rali da Calheta serviu para dissipá-las e para se perceber que daqui para a frente tudo será mais difícil para a oposição. Sá vence e deixa Camacho e Freitas para trás.
Vítor Sá venceu (e convenceu) o Rali da Calheta, terceira prova pontuável para o Campeonato da Madeira 2007. Depois de ter vencido na Camacha no Renault Clio S1600 com que foi Campeão em 2006 e de um menos positivo terceiro lugar no Rali Porto Santo Line na estreia do Fiat Punto S2000, o piloto da Sá Competições provou na Calheta que efectivamente fez uma boa escolha para tentar renovar título de ralis da Madeira.
Efectuando um exaustivo programa de testes durante dois dias com os técnicos da Barroso Sport e um engenheiro da Abarth, Sá conseguiu pôr o Punto S2000 mais ao seu gosto, corrigindo algumas situações que no Porto Santo não o estiveram. Venceu com mérito, pois foi o mais rápido em sete dos oito troços do rali, deixando o segundo classificado a 31,4s. Importante foi também o facto de ter conseguido bater na Ponta do Pargo, único troço que se disputa no Rali Vinho Madeira, o tempo do Campeão Europeu e do IRC e vencedor daquela prova em 2006, ao volante também de um Fiat Punto S2000. Basso havia conseguido o registo de 8m05,9s, enquanto Sá realizou 8m01,1s. Uma importante referência do andamento evidenciado.
De volta às suas melhores exibições e contando com uma viatura que esteve à altura do piloto, porque melhorar este resultado, em condições normais, é praticamente impossível, esteve Alexandre Camacho, o único a conseguir vencer uma PE a Vítor Sá. Foi no quarto troço, o último da 1ª secção. No restante do rali esteve também em grande nível e bateu regularmente o terceiro classificado que dispõe de uma viatura teoricamente superior. A manter-se este nível de prestações, que Camacho ainda não havia conseguido demonstrar esta época, poderá certamente lutar de igual para igual pelo título do Agrupamento de Turismo e pela supremacia entre os S1600 no final da época.
Longe dos seus melhores dias, como o próprio reconheceu no final, esteve Filipe Freitas. O piloto voltou a ter o Clio S1600 ao melhor nível, mas não esteve muito inspirado e isso reflectiu-se claramente nos «cronos» e no resultado final obtido: terceiro da geral. Todavia, na próxima prova deveremos voltar a ter o piloto do norte da ilha ao melhor nível.
Na quarta e na quinta posições terminaram os irmãos Nunes, Miguel e António, respectivamente, eles que andaram a um nível elevadíssimo e demonstraram que já estão muitíssimo bem adaptados aos Peugeot 206 S1600. António chegou inclusive a lutar pelo terceiro lugar com Filipe Freitas, mas um excesso fê-lo perder tempo, inclusivamente para o irmão, por quem foi ultrapassado na classificação.
João Magalhães foi o primeiro dos Grupo N «convencionais» e mesmo que tenha assumido a segunda posição do Agrupamento após o toque de Bernardo Sousa, que era na altura segundo da geral e viria a abandonar após a 4ª PE, andou ao melhor nível e provou que valeu a pena a participação no Rali Open do Monte.
Ainda não foi desta que Aécio Anjo (sétimo) conseguiu tirar topo o «sumo» do Citroën C2 S1600 adquirido à PH Sport e desta vez foram os travões que deram dores de cabeça ao piloto, que foi seguido na classificação por Rui Fernandes (terceiro da Produção e oitavo da geral) e por Rui Pinto (quarto da Produção e nono da geral), que mantiveram uma luta interessante, mas ainda assim longe do nível de Magalhães. Duarte Abreu, com alguns problemas nos colectores de escape do Peugeot 206 S1600, fechou o top-ten.
Destaque ainda para as vitórias de João Moura (Campeonato Júnior); Duarte Ramos (Troféu Engº Rafael Costa e Promoção Amplo by Publiquintal); Filipe Pires (Promoção Globus Transitários/C2); André Silva (Yaris Challenge); Paulo Vasconcelos (Zoom Cup); e Isabel Ramos (Senhoras).
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