Para além de ter o melhor esquema de troços do Open, que favorece o espectáculo e a competitividade, o Rali Rota do Medronho teve uma das provas mais emocionais do Open de Ralis.
Curiosamente, um ano após a sua estreia com o Evo VI, Daniel Nunes obteve a sua primeira vitória absoluta, num rali em que esteve como "peixe na água" dando largas ao seu talento e "coração" para vencer de forma muito merecida e justa. Na parte da manhã foi cauteloso, mas assim que sentiu que poderia tirar vantagem do seu 4x4, mais ninguém o parou na corrida para o primeiro lugar. Nunes venceu ainda entre os concorrentes da Júnior e do Regional Centro.
Talento não faltou aliás no pódio. Já não há palavras para descrever mais uma fabulosa demonstração de bem conduzir por parte de António Rodrigues, que com um desactualizado Citroen Saxo, consegue fazer autênticas maravilhas. Problemas de pneus na primeira secção ditaram algum atraso, mas na parte da tarde o piloto de Murça, demonstrou porque continua líder destacado do Open.
O pódio foi fechado por Samir Sousa que teve um rali sempre entre os primeiros lugares, mas decidiu não arriscar nada na fase final. Contudo, ficou provado que o piloto sabe bem o que faz e não fossem os problemas de travagem bem poderia ter sido mais rápido.
Ivo Nogueira, que não pontua para o Open, foi o primeiro líder da prova e por lá esteve a maior parte do rali. No derradeiro troço, quando discutia a vitória á geral, teve um furo e perdeu quasde 5 minutos que lhes custaram a descida ao 9º lugar. Ficou, contudo, com o proveito de um excelente teste em asfalto molhado.
Mais uma grande prova fez Renato Pita. Não esteve na luta pelo pódio, mas sobe aproveitar bem o seu 4x4 para ser consistente e rápido, pensando sempre nas contas do Open de Ralis.
No 5º lugar terminou Daniel Ribeiro. O piloto queria vingar o mau resultado em Barcelos, pelo que nesta prova não só venceu entre os concorrentes do Desafio Modelstand, como ainda liderou sempre esta competição, dando claramente a entender que o "campeão" está de regresso.
Curiosamente as posições seguintes foram quase sempre uma luta renhida entre os concorrentes do Modelstand. Se Gil Antunes confirmou mais um notável resultado, mesmo depois de um pião o ter feito perder muito tempo na secção da manhã. Já à tarde veio a beneficiar das desistências, no derradeiro troço, de Carlos Fernandes (saída de estrada) e de Nuno Pina (deu um toque), qualquer deles a efectuar excelentes desempenhos... manchados no final.
Manuel Inácio, já bem mais à vontade com o 206, teve também uma boa prova, mas nunca esteve envolvido na luta que se travou à sua frente.
Nos 8 primeiros terminou o regressado Luíz Prazeres, que com alguma falta de ritmo e de experiência com um 4x4, fez uma boa prova ao volante do Evo VI, com um excelente resultado.
Armindo Neves, com um segunda secção bem melhor que a matinal, e Diogo Salvi completaram o top 10 nesta excelente prova.
Nos Clássicos a vitória foi para Carlos Neves, e no Troféu Fastbravo foi Diogo Gago a ganhar, na frente de Fábio Ribeiro e Sérgio Vaz.
LÍDERES DO RALI:
Ivo Nogueira (Pec 1 a 5); Daniel Nunes (Pec 6 a 8)
VENCEDORES DE TROÇOS:
Ivo Nogueiro (2); Daniel Nunes (4); António Rodrigues (2)
CLASSIFICAÇÃO FINAL (link)
1º Daniel Nunes / Carlos Ramiro – Mitsubishi Lancer Evo VI 1h01m44,5s
2º António Rodrigues / Jorge Carvalho – Citroen Saxo a 1m09,9s
3º Samir Sousa / Hugo Magalhães – Nissan Sunny GTI-R a 1m21,5s
4º Renato Pita / Marco Macedo – Mitsubishi Lancer Evo VI a 1m56,6s
5º Daniel Ribeiro / Paulo Silva – Peugeot 206 GTi a 2m07,2s
6º Gil Antunes / Ricardo Domingos – Peugeot 206 GTi a 3m15,7s
7º Manuel Inácio / Fábio Vasques – Peugeot 206 GTi a 4m03,8s
8º Luís Prazeres / Tiago Mendes – Mitsubishi Lancer Evo VI a 4m11,2s
PILOTO DE RALI
Daniel Nunes e António Rodrigues
MOMENTO DO RALI
Ritmo de prova de Daniel Nunes na segunda secção
MENOS DO RALI
Alguns 4x4 batidos pelos 4x2
Crónica de Paulo Homem, no RalisOnline.
Sem comentários:
Enviar um comentário