sábado, setembro 17

Moura a um passo do título

Totalmente concentrado na sua prova, gerindo andamentos em função das incidências da prova, Ricardo Moura venceu de forma convincente o Rali Centro de Portugal. Foi dos poucos que não cometeu erros e não teve qualquer contrariedade mecânica, fazendo uma prova imaculada que praticamente lhe dá um título nacional, ficando isso à distância de um quatro lugar em Mortágua.

Pedro Peres não teve a sorte pelo seu lado. Comandava a prova fruto de um ritmo muito forte, mas no quatro troço o motor do Lancer calou-se. Um fusível queimado ditou o abandono inglório de Peres, deitando por terra um rali que parceria poder vencer.

Vitor Lopes nunca esteve em posição de discutir a vitória. Um turbo pouco colaborante no Impreza na secção matinal ditou algum atraso, que o piloto não arriscou recuperar quando os acontecimentos o deixaram, a meio do rali, isolado no segundo lugar, que depois geriu até final.

Bernardo Sousa não se dá decididamente bem com esta prova. No final do primeira troço partiu uma transmissão dianteira, levando o Fiesta a entrar num monumental pião que terminou bem. Com o muito tempo perdido na secção matinal, a tarde e noite foram aproveitadas para testar diversas soluções no Fiesta, tendo ficado com a consolação de um pódio e com o facto de ter ganho o maior número de troços.

João Silva não só foi um excelente quarto classificado como venceu ainda o CPR2, com o prémio de ainda passar a liderar esta competição. A manhã até nem correu bem, com um pião e um toque, mas depois foi atacar e recuperar a melhor posição no CPR2, para terminar o rali na gestão desse resultado.

Logo atrás terminou Ivo Nogueira. Claramente mais à vontade com o D3 R3, o piloto do Porto teve muitos problemas com o repartidor de travagem, limitando muito os seus tempos na segunda secção. Depois foi gerir e obter mesmo assim um bom resultado nas contas do CPR2.

Pedro Meireles estava a fazer uma boa prova, lutando pelos lugares do pódio. Quando parecia ter condições para lutar pelo segundo lugar, um tubo do turbo do Mitsubishi soltou-se e o piloto perdeu muito tempo, descendo ao (inglório) 6º lugar final. Mesmo assim fica o registo de uma boa prestação.

Vitor Pascoal não encontrou explicação para a performance do seu Lancer Evo X. Estreando o terceiro Lancer X (alugado) esta temporada, Pascoal nunca entrou no rali e acumulou um atraso considerável para a concorrência, culpando essencialmente a falta de potência do motor.

O 8º lugar foi para Carlos Marques num rali em que teve sempre a sombra de Armando Oliveira por perto, numa luta muito interessantes entre os dois, mas que Marques acabou por vencer.

No Campeonato Regional de Ralis Centro, tudo ficou decidido muito cedo na prova para Armindo Neves. A desistência de Joaquim Gaspar (Mitsubishi) e de Luís Duarte (Mitsubishi) e a saída de estrada de Luís Mota (Mitsubishi) no 3º troço deixou Armindo Neves descansado no primeiro lugar... que foi seu desde a sua especial até final do rali. Dessa forma Armindo Neves é o novo Campeão Regional de Ralis Centro.

LÍDERES DO RALI:
Pedro Peres (1ª à 3ª pec); Ricardo Moura (4ª a 11ª Pec)
VENCEDORES DE TROÇOS:
Vitor Lopes (2); Pedro Peres (2); Ricardo Moura (3); Bernardo Sousa (4º)

CLASSIFICAÇÃO FINAL
1º Ricardo Moura / António Costa – Mitsubishi Lancer Evo IX 1h03m54,5s
2º Vitor Lopes / Hugo Magalhães Subaru Impreza WRX a 24,5s
3º Bernardo Sousa / Paulo Babo – Ford Fiesta S2000 a 1m33,8s
4º João Silva / José Janela – Renault Clio R3 Maxi a 1m45,1s
5º Ivo Nogueira / Vitor Oliveira – Citroen DS3 R3T a 1m59,4s
6º Pedro Meireles / Mário Castro – Mitsubishi Evo X a 2m05,1s
7º Vitor Pascoal / Luís Ramalho – Mitsubishi Lancer Evo X a 4m05,7s
8º Ricardo Marques / Paulo Marques – Citroen C2 R2 Max a 4m49,8s

publicado em ralisonline

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