terça-feira, outubro 4

Recordando - Rali de Loulé 2007

Pela primeira vez Loulé recebia o Open. Pedro Peres dominou a prova até um problema mecânico levar ao abandono. Luís Mota e Ricardo Domingos venciam o rali, mas foi Pedro Duarte em Peugeot 205 quem concentrou as atenções.

VIDEO DA PROVA




CRÓNICA DO RALI:
"O Rali de Loulé, prova pontuável para o Campeonato Open e CRRS, foi disputado nos passados dias 15 e 16 de Setembro, e teve a dupla Luís Mota / Ricardo Domingos, em Mitsubishi Lancer EVO IV, saboreado o gosto da vitória na principais frentes.
A segunda prova do Campeonato Open em pisos de terra (a primeira foi Góis) era constituída por seis especiais de classificação, com dupla passagem pelos troços de Loulé, São Brás e Cortelha, esta última utilizava um traçado diferente da época passada.
Com as atenções viradas para o Open, Pedro Peres e Tiago Ferreira entraram com o pé direito na prova, e colocaram o Ford Escort Cosworth na liderança do rali, embora tivessem os homens da Mitsubishi muito próximo. Na primeira passagem pela Cortelha, José Merceano viu as suas pretensões à vitória esfumarem-se, quando o Mitsubishi Lancer EVO IV teve problemas eléctricos que ditaram o abandono.
Com alguma surpresa, Pedro Peres imprimia uma andamento muito vivo, e somava vitórias nas especiais de classificação, ampliando a vantagem que detinha para Luís Mota para mais de 30 segundos à entrada da derradeira especial. Quando tudo se conjugava para mais uma vitória, um furo no radiador fez com que o motor do Ford Escort Cosworth deixasse de colaborar, e a quatro quilómetros do final, no gancho de asfalto da Cortelha, Pedro Peres “desse” a vitória a Luís Mota.
Com uma prova rápida, e muito consistente, Luís Mota e Ricardo Domingos “herdaram” a vitória que parecia inalcançável. Com esta pontuação, aliado aos abandonos dos principais rivais no Open e CRRS, relançou os dois campeonatos.
Na segunda posição, o Fiat Stilo Multijet da dupla João Ruivo / Alberto Silva, que venceram entre os 2 rodas motrizes, e protagonizaram uma surpresa para uns e confirmação para outros.
A fechar o pódio a dupla Pedro Duarte / João Bento, em Peugeot 205 GTi, protagonizaram uma agradável surpresa. O abandono de vários 4x4, aliado aos problemas dos principais adversários da classe em nada beliscam a prestação dos homens do “leão”.
Na quarta posição, Bruno Andrade e Ricardo Barreto no Subaru Legacy 4WD, protagonizaram uma disputa muito interessante com Isaac Portela / Saul Campanário num Peugeot 206 GTi. A dupla leiriense tudo fez para “roubar” o lugar a Andrade, mas na última especial o homem da Subaru fez um bom crono, e somou importantes segundos para segurar a 4ª posição. Mesmo assim, Isaac Portela leva “no bolso” a vitória no Campeonato Junior, e a vitória na classe de 1.600.
Numa lista maioritariamente de concorrentes regionais (vide artigo posterior), é necessário chegar à 12ª posição para encontrar outro concorrente do Junior. A dupla Rui Coimbra / José Dieguez que participou nas duas primeiras provas do Open, aproveitou a passagem por terras algarvias para voltar a disputar o campeonato na júnior. A especial 2 – São Brás, foi madrasta, pois problemas eléctricos no VW Golf GTi fizeram-no perder mais de 6 minutos, que estragaram a prova. Os excelentes cronos nas restantes especiais são mostra do valor desta dupla, que apesar de azarada, ocupou a segunda posição da Junior.
Renato Pita e Marco Macedo levaram o Nissan Micra à 18º posição da geral, numa prova marcada principalmente pela regularidade.
Nuno Mateus e Miguel Paião, tiveram uma prova marcada por muito problemas com o Fiat Punto HGT. Apesar do andamento modesto nas outras especiais de classificação, na passagem pela Cortelha 2, um pequeno despiste o fez afundar na classificação, ocupando a 21ª posição final.
A fechar o pelotão a dupla João Marcelino / Rui Pinto num Toyota Yaris, foi constantemente um dos pilotos com resultados piores. Ainda antes da prova, a posição de partida desta equipa (n.º10) foi muito contestada, sendo a organização alertada para o facto do concorrente posterior poder alcançar o pequeno Yaris. Durante as primeiras especiais, alguns problemas com os concorrentes que partiam atrás não promoveu nenhuma ocorrência, no entanto a partir da 3ª especial, o concorrente foi alcançado e prejudicou alguns concorrentes que partiam atrás. Felizmente foi das poucas situações desagradáveis da prova.
Octávio Nogueira e Luís Pinto voltaram a não finalizar uma prova do Open. Uma saída de estrada na terceira especial – Cortelha 1, deixou a traseira do Citroën Saxo Kit Car, com nova decoração, muito danificada.
A dupla Nuno Ganchinho e Ricardo Baptista foram das mais azaradas do rali. Após as verificações, o Fiat Punto HGT decidiu não colaborar. Primeiro foi o disco de embraiagem e depois a caixa de volocidades decidiram não colaborar, e arredaram a equipa da prova. A estreia da dupla fica adiada - Nuno Ganchinho faria a sua segunda prova de competição, enquanto Ricardo Baptista regressava à competição após os sucessos obtidos com Pedro Lança em 2005.
A equipa António Pimenta / Pedro Gabriel estreava o Ford Escort Cosworth (ex-Ricardo Costa) teve uma prova para esquecer. Nas verificações foram descobertas irregularidades com o turbo da viatura – não estando selada, verificaram que o diametro regulamentar da entrada de ar era superior ao autorizado, e seria necessário repôr os valores regulamentares. Para além disto, a matricula da viatura levantou algumas suspeitas – VD0 , com documentação suiça. Apesar de tudo estar resolvido à partida do rali, a “odisseia” ficou-se pela segunda especial, quando a caixa de velocidades do Escort Cosworth partiu e promoveu o abandono.
Luís Dias / Diogo Lima em Citroën Saxo engrossaram o extenso rol de abandonos. Os representantes açoreanos abandonaram com uma suspensão do Saxo partida, após um despiste.
Pedro Batista e Armando Carvalho também tiveram uma prova azarada. Partindo para a prova com o intuito de disputar o “Troféu Celica”, com o seu tio Jorge, viram uma sequência de ocorrências comprometer o resultado. Na segunda especial viram o capot da viatura abrir em andamento, partindo o pára-brisas e condicionando a visão – tiveram que parar para prender o capot. Depois na terceira especial, foram problemas mecânicos que condicionaram a prestação do Celica 4WD. Curioso o facto que após terem entregue a carta de controlo, uma grupo de transeuntes conseguiram diagnosticar o problemar e pôr a viatura operacional. A rápida entrega da carta não permitiu continuar em prova.
Antes da prova começar, de entre os inscritos, já existia um grande rol de ausentes – Pedro Lança (Citroën Saxo), Paulo Jesus (Ford Sierra Cosworth), Carlos Valentim (Ford Sierra Cosworth), Augusto Páscoa (Renault 5 GT Turbo) eJoão Martins (Opel Ascona).

CRÓNICA REGIONAL:
"Para além do Open de Ralis, o Rali de Loulé também contava para o Regonal Sul. A dupla campeã Luís Mota / Ricardo Domingos alcançou a primeira vitória da temporada, somando preciosos pontos e aliado ao abandono de José Merceano, aproximou-se da liderança do regional.
No entanto, e excepcionalmente nesta prova, o piloto do Cartaxo teve adversários de peso, Pedro Peres e Tiago Ferreira dominaram de forma concludente até que a quatro quilómetros do fim o Escort Cosworth da Peres Competições decidiu não colaborar, e passou os 20 pontos da vitória para Mota.
De forma inesperada, os novos líderes do regional são Pedro Duarte e Luís Bento com o pequeno Peugeot 205 GTi. Começaram a prova com um andamento cauteloso, e gradualmente foram aproveitando os azares dos directos adversários para atacar decisivamente nas passagens pelos troços de São Brás e Cortelha. Chegaram ao fim no segundo lugar entre os regionais e passaram para a liderança com 46 pontos, mais seis que José Merceano e nove que Luís Mota. Colocam-se em posição previligiada para a conquista o título, uma vez que ainda falta disputar o Casinos do Algarve, prova onde a dupla se sente particularmente à vontade.
Na terceira posição aparecem Bruno Andrade e Ricardo Barreto em Subaru Legacy 4WD que obtiveram o melhor resultado da temporada (e da carreira). A dupla do Team Ralis a Sul fez uma prova isenta de erros, aliou a fiabilidade da viatura à sua rapidez para atacar os lugares do pódio e, conter atrás de si pilotos mais experientes e melhor equipados. Ficou demonstrado, pelo segundo ano consecutivo, que o Rali de Loulé é prova talismã para a equipa.
Na quarta posição, por escassos 1,5 segundos, ficou Paulo Nascimento em Ford Escort Cosworth. O vice-campeão regional, que nesta prova foi acompanhado por Osvaldo Maio, perdeu muito tempo nas passagens da primeira ronda pelos troços serranos. O "forcing" final permitiu subir da oitava para a quarta posição.
Na quinta posição ficaram António Lampreia / Pedro Macedo em Ford Escort Cosworth, na frente da dupla João Monteiro / José Teixeira em Seat Ibiza GTi. A equipa da viatura espanhola, viu a sua prova estragada aquando, numa ligação, os tirantes da caixa saltaram. A demora na sua reposição levou a uma penalização de um minuto à entrada da segunda especial. Numa prova em recuperação aproveitaram os problemas dos adversários para acabar em segundo entre os duas rodas motrizes.
Viana Martins e Paulo Costa, em Opel Kadett GSi foram sétimos, na frente dos vencedores da Classe I, Vasco Tintim / Pedro Silva em Peugeot 205 GTi. Esta equipa viu a vitória "cair nos braços" na última especial, quando os rivais Marco Gonçalves e Pedro Arroja deram um toque no seu Peugeot , danificando a suspensão e perdendo muito tempo até final, caindo para a 11ª posição.
Na nona posição ficaram José Correia e Nuno Lorena, num BMW 325 IX pouco colaborante, mas que mesmo assim permitiu-os alcançar o melhor resultado da temporada.
Na décima posição ficaram Rui Coimbra e José Dieguez em VW Golf Gti. O jovem piloto da Pangaio Motorsport foi novamente um dos azarado nas provas do regional. Perdeu seis minutos na PE2, com problemas eléctricos, que condicionaram a restante prova. De resto, a rapidez foi comprovada pela presença constante entre os cinco mais rápidos nas restantes especiais.
Em estreia nas provas do Regional Sul, Alexandre Ramos e Carlos Ramos num Citroën AX GTi, finalizaram na 12ª posição e venceram a Promoção regional. Apesar do desconhecimento dos troços, a dupla do centro efectuou uma prova interessante e herdou a liderança da promoção na quinta especial, após o abandono dos dominadores Pedro Correia e Vítor Graça. Após o Rali de Loulé, a liderança da competição passou para a equipa Filipe Baiona / Pedro Inácio, que acabaram o rali na 17ª posição, segundos entre a Promoção.
Referência para a estreia absoluta da dupla alentejana António Lamúria / Rui Orelhas, que finalizaram na 14ª posição, ou seja entre os lugares pontuáveis com o Peugeot 205 Gti.
A prova ficou marcada por ínumeros abandonos, entre os quais o do até então líder do regional José Merceano, na PE 3 com problemas eléctricos no Mitsubishi Lancer IV, quando ocupava a terceira posição. Os regressados Nuno Fontaínhas e Márcio Pereira viram novamente o Turbo do Ford Sierra Cosworth promover mais uma desistência, enquanto que José Neves e José Jesus somaram o segundo abandono consecutivo no regional, com uma avaria no Ford Escort Cosworth.
A engrossar o rol de abandonos, Nuno Pinto e João Luz viram o motor do Mitsubishi Lancer EVO III "calar-se" na especial Cortelha 1, enquanto José Carlos Paté e José Gago, que ostentavam nova decoração no BMW 325 IX, viram o motor partido.Esta foi uma verdadeira razia entre os 4x4, pois dos 16 concorrentes à partida com estas viaturas, apenas seis finalizaram a prova.
A contar ainda com os abandonos de José Coelho e Nuno Afonso, na ligação para o parque fechado, com uma avaria no Visa GT; dos regressados José Charata / Ricardo Oliveira em Seat Marbella, com problemas de aquecimento e, dos estreantes Nuno Carreira e Márcio Silva em Opel Kadett GSi com uma transmissão partida em São Brás 1.
A próxima prova do regional sul é o Rali de Castro Marim, com data marcada para 14 de Outubro."

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