Como é hábito nas provas do regional, com amigo Márcio, acompanhei a prova de abertura do CRRS desde o amanhecer até o sol se pôr. Várias razões fizeram levantar bem cedo para acompanhar o rali: mais uma prova do Team Ralis a Sul, a participação da equipa da Auto Correia – Pedro Correia / Vítor Graça, e captar algumas filmagens da preparação das viaturas.
Enquanto os “espadinhas” faziam o reconhecimento dos troços estivemos a colar os autocolantes obrigatórios no AX Sport, a preencher a papelada das verificações, e consequentemente apresentar o mesmo nas verificações técnicas.
Presentes no Parque de Assistências demos conta que uma das viaturas que participaria no Rali era um “bem-conhecido” Renault 11. O JT-35-80 ex-oficial Renault Portuguesa que fora utilizado por Inverno Amaral em 1988, e com o qual alcançou o título de melhor português no Rali de Portugal do mesmo ano, agora estava inscrito pela AP Racing, tinha um motor atmosférico 2.0 (alguns indentificavam como sendo de Clio Williams), e estava com um aspecto desleixado, para não dizer degradante. A viatura que seria usada por João Martins/Osvaldo Maio foi uma “surpresa” desagradável tendo em conta o gosto pelos 11 Turbo, nomeadamente pelos ex-oficiais.
A esta altura foi feita uma “passagem pelo pelotão” – Jorge Baptista estreava o Toyota Celica 4WD; o Nuno Fontaínhas tinha o Sierra preparado a tempo, depois do percalço num teste (embateu num jipe de um caçador) durante a semana; o José Neves apresentou o Escort Cosworth com a decoração oficial Ford Motorsport nos 93/94 e foi muito elogiado; denotamos a ausência de José Lopes (Golf G60 4WD) e de Renato Leria (Golf GTi) que teve problemas de motor no dia anterior à prova.
Depois da azáfama das verificações, era altura de comer alguma coisa. Toda a malta (Pedro Correia Team, Fontas Team, Rui Fonseca, e afins) reuniu-se numa tascazita e despachamos umas belas bifanas.
Depois dos testes da Skoda, em Março passado, ficamos com o local na memória. Não sendo de fácil acesso, era zona para captar uns “bons bonecos”, e tendo em conta que ficava perto do princípio do troço (aproximadamente 2 quilómetros) decidimos marchar até o local. Infelizmente ainda se mantém os “compadrios” no regional – não deixaram alguns elementos entrarem nos troços (alguns deles devidamente identificados) e outros podiam circular livremente, talvez com o “cartão dourado”.
Com a companhia do Rui Fonseca (MondegoSport e Ralis Online), deixei o Márcio com a câmara fixa no tripé, enquanto andei no descampado onde tinha um raio de acção interessante. Quanto à passagem dos concorrentes… alguns muito rápidos, alguns medianos e muitos medíocres. Destaque para a “passagem de raiva” do Nuno Pinto, que já fora de ordem, deu show. Para a segunda passagem, uma ligeira mudança na localização, e novas filmagens – fora de ordem o Gil Antunes é que passou “infernizado” e quase levava a mala da máquina. Infelizmente, o José Correia voltou a abandonar, e o Nuno Pinto também não passou.
Após a prova, e já a “dar à pata” para regressar ao carro, encontramos o Nuno Pinto e o João Luz, a analisarem o terreno à procura de indícios que motivassem a saída de um pneu da jante (e consequente perda de aderência) e motivou o abandono da equipa na 3ª PE. Como se não bastasse ainda explicaram a razão do atraso da equipa na primeira especial, que também passou por um furo logo no início da prova. A razão da perda do tempo consistiu na mudança de dois pneus???.
Experimentar um EVO III é razão para satisfação, mas achei um pouco desconfortável, para além de ter “comido” muito pó. Talvez tenha sido porque foi na… bagageira. Tendo em conta que ainda estavamos um pouco distantes do carro aproveitamos a boleia do Nuno, que ainda teve a “amabilidade” de fazer uma arrancada no Mitsubishi, que quase deixava-nos prostrados no chão… bastou levar com a tampa da bagageira na “carola”.
A entrega dos pneus… peço desculpa dos prémios do CAAL acabou com a prova. Destaque para a vitória do Pedro Correia / Vítor Graça na Promoção, e para os seus festejos efusivos.
Ainda passamos pela Assistência onde encontramos o pai Coimbra desolado, a olhar para um Golf GTi muito mal tratado, após o capotanço na última especial, quando já tinha o segundo lugar no bolso.
Para acabar em beleza, o Jorge Baptista decidiu “brindar” os presentes com um conjunto de “donuts” com o Celica GT-Four.
Depois de arrumar a tralha começamos a viagem de regresso. Parecia interminável, com o cansaço acumulado, e a lentidão dos demais quase me deixava dormir pelo caminho. Márcio decidiu acelerar um pouco, e á passagem de uma rotunda de São Brás, conseguimos uma proeza. Fizemos um guarda correr um pouco. Um geninho que saía da esquadra de São Brás, ao verficiar a passagem mais efusiva pela rotunda, não perdeu tempo e mandou-nos encostar. Como não existia nenhum elemento anormal, após verificar a documentação seguimos viagem normalmente. Enfim, mais um rali interessante.
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