sexta-feira, fevereiro 29

Apenas 27 no Torrié

O cenário dos ralis em Portugal volta a ser sombrio. A lista de inscritos da primeira prova do campeonato de Portugal de Ralis já foi divulgada e apenas constam 27 concorrentes, dos quais 8 são do Troféu C2. Não é uma surpresa, mas apenas uma confirmação que a crise também chegou aos ralis.

Poderá ser apontado o dedo a muitos factores para o afastamento dos concorrentes, mas todos eles provêm de uma causa directa: a falta de dinheiro. Todas as semanas aparecem notícias de projectos que não são viáveis graças à falta de apoio, prinicipalmente de patrocinadores. Miguel Campos e Rui Madeira são dois rostos visíveis dessa crise: ambos possuem um palmarés invejável, ambos têm créditos nos ralis, e ambos arranjaram projectos para o presente campeonato, e o resultado foi semelhante: ficam de fora, e com objectivo de participar nas principais provas.

Quanto aos presentes no Rali Torríe, os nomes que já eram conhecidos com S2000: Bruno Magalhães, José Pedro Fontes, Vítor Pascoal e Nuno Barroso Pereira, junta-se a armada Mitsubishi: Fernando Peres, Bernardo Sousa, Valter Gomes, Ricardo Costa, Manuel Castro e Alexandre Pires, e com Subaru: Pedro Meireles e um surpresa a de Adruzilo Lopes acompanhado por André Cortinhas no WRX (ARC Sport). Nota também para a luta Diesel que se mantém do ano passado, Pedro Leal em Fiat contra Francisco Barros Leite em Seat Ibiza. A classe N3 regista apenas um interviniente, o jornalista João Fernando Ramos com um Renault Clio RS.

A organização da prova conseguiu o atractivo de contar com Armindo Araújo com o EVO IX de treinos como carro de abertura de troço (carro 0), contando também com deca-campeão madeirense Vitor Sá num Subaru.

A única competição que parece contrair a crise é o Open de ralis, que graças à promoção efectuada pela entidade responsável, e pelo facto de permitir um vasto leque de competições, que engloba diferentes classes e categorias de viaturas, anda consegue ter muitos concorrentes.
LISTA DE INSCRITOS (retirada do Motores Magazine)

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quarta-feira, fevereiro 27

Rali de Martinlongo 2008

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terça-feira, fevereiro 26

Alerta amarelo ao Furacão “Ritinha”

O alerta amarelo soou este fim-de-semana em Martinlongo com a passagem do “Furacão Ritinha”, com uma exibição implacável que deixou todos os adversários temerosos do futuro negro que lhes espera. Agora a sério… o Rali de Martinlongo correu bem. O Zé Correia e a “Ritinha” portaram-se muito bem e ficou um resultado positivo, com uma exibição sóbria e inteligente. Como referi no dia do rali – “Não são precisas desculpas para os bons resultados”.

A ideia de dois dias de prova (reconhecimentos e verificações + prova cronometrada) aplicada pelo CAA em Martinlongo foi positiva. Apesar de acarretar custos mais elevados, pois em situação normal a equipa tem que pernoitar no local de prova, permite encarar o rali com mais calma e cautela.


Os reconhecimentos na tarde de Sábado foram algo complicados. As chuvas abundantes que se faziam sentir, deixaram os pisos escorregadios e as ribeiras, ou cursos de água, com caudais elevados. À passagem da Navara do Zé pelos troços, deixou a sensação de que andavamos sobre “manteiga”. Apanhamos alguns sustos, principalmente quando a viatura escorregava sem controlo, mas acima de tudo constatamos que a prova seria muito complicada, e que só o facto de manter a viatura dentro de estrada se tornaria numa vitória.


Durante a noite, não parou de chover. Mesmo com um sono “muito leve”, deu para retemperar as forças. Confesso que não me sentia tentado em fazer a prova. As condições meteorológicas, do terreno, e o receio de que algo corresse mal me passavam pela cabeça. Por outro lado… era um rali, e “ralizar” é sempre fenomenal.


O atraso na atribuição dos admitidos à prova, e consequentemente o adiamento da partida, fez com que os concorrentes colocassem a possibilidade da mesma não se realizar: Nas questões de segurança, existiam algumas lacunas que podiam ser decisivas. Por exemplo, dificilmente uma ambulância conseguia entrar no troço para socorrer um caso de emergência. O mesmo se passava com veículos reboques, se fossem necessários para desempanar algum concorrente. Um acidente grave podia manchar a prova.


Em boa hora, o CAA decidiu avançar: Na primeira especial a estratégia passava por “apalpar terreno”. Verificar as condições do piso e as reacções do BMW para perceber quais seriam os principais objectivos. Antes da prova eram divertir o máximo, e entrar nos 15 primeiros. Gradualmente foi percéptivel que existia aderência e tracção, e com algum jeitinho, e com a dose certa de rapidez, andavamos para a frente. À passagem da primeira ribeira, a primeira vítima – Paté, com o Peugeot campeão. Depois o Nuno Pinto, e mais à frente o EVO IV do Neves fora de estrada vítima de despiste. Primeiro troço cumprido, com maior ou menor dificuldade… vamos ao segundo. As condições pioraram, pois alguma chuva, e acima de tudo os vidros embaciados me deixaram um pouco atrapalhado. Mas a primeira ronda correu bem, e na assistência percebemos que a prova estava a correr de feição.


Segunda ronda: Mais à vontade, o Zé arriscou e bem. Com eficácia e, principalmente diversão, conseguimos retirar quase 30 segundos à primeira especial. No controlo de chegada, o insólito de encontrar o Arroja, deitado em cima do motor do 205, a regular o acelerador… (aqueles rapazes precisam de ir à bruxa).


Ultimo troço, e começava com uma chuvada valente. Tendo em conta que os 4 concorrentes que nos precediam tinham abandonado, ficaram 10 minutos intercalados com o concorrente anterior. A ideia seria levar o carro até final – pois já tinhamos chegado ali… mas o Zé decidiu fazer mais. Confiando piamente nas notas (ai a minha vida) atacou. E as coisas não estavam a correr bem: chuva, vidros embaciados – estive alguns quilómetros a cantar notas cegamente, passagens pelos charcos de água à campeão, numa delas com o carro a afogar… Na última recta, quase em aquaplaning foi uma sensação de alívio. A prova estava acabada.


Faltava saber o resultado – não existiam tempos online, portanto decidimos passar pelo Secretariado. Surpreendentemente, ou não, ficamos na sétima posição… Mas depois reparamos que a duas décimas do sexto (Pedro Leone com o Ford protótipo) – posteriormente nos resultados oficiais foram seis décimos [apareceram no nevoeiro de Martinlongo). Mais e melhor, só o quarto lugar à geral na última especial do rali, a apenas 17 segundos do vencedor – o Bruno com o Subaru, foi quase “a cereja em cima do bolo”. O resultado era positivo, e tendo em conta as condições em que foi obtido, torna-se muito valorizado.


Quanto à experiência em sí – foi a primeira vez que andei num 4x4 em prova – um autêntico “tanque de guerra”, aguentava tudo, e passava em qualquer zona sem pedir licença, e muito importante, não deu problemas. O Zé, foi sempre um bom companheiro e de forma evolutiva, também me surpreendeu não só pela maneira de encarar a prova, mas também pelo espírito competitivo que demonstrou. Pela primeira vez acabo uma prova de terra, ou melhor…de lama, e passados dois anos, ainda consigo gritar ATENÇÃO a plenos pulmões.


Os agradecimentos ao Zé Correia pelo convite e ao Márcio pela atitude positiva e apoio. Como não quero esquecer ninguém, deixo agradeço a toda a comitiva que participou nesta prova, e aqueles que directa ou indirectamente permitiram que decorresse normalmente.


Uma palavrinha final ao João Luz, que a atravessar uma fase menos positiva, não deixou de comparecer nos troços de Martinlongo para demonstrar o seu apoio aos presentes. Mesmo quando as coisas não correm bem, demonstra o espírito de um verdadeiro e grande CAMPEÃO.


Foi mais uma prova inesquécivel.


PS: A crónica da prova do Jornal “Motor” está demais. Os implacáveis…

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segunda-feira, fevereiro 25

Luís Mota venceu Rali de Martinlongo

Foi um cenário diluviano que os concorrentes do regional sul encontraram no Rali de Martinlongo. As condições meteorológicas adversas, com muita chuva e nevoeiro, que promoveram o aumento do caudal das ribeiras e os pisos enlameados, foram factores decisivos no desenrolar da prova do CAL.

Luís Mota e Ricardo Domingos em Mitsubishi Lancer EVO IV entraram com o pé direito no campeonato. Com um ritmo cauteloso, mas muito eficaz, averbaram três vitórias em especiais de classificação, que se traduziram no final numa vantagem superior a 30 segundos. O resultado é animador para a equipa do Cartaxo, não só pela vitória, mas pela ausência dos principais rivais nos lugares pontuáveis.


Gil Antunes foi o homem do rali, não só pelo resultado mas pela exibição. Estreando o navegador Daniel Ribeiro, o representante de Aruil primou pelo espectáculo e pela rapidez, protagonizando uma interessante luta com Luís Mota pelo primeiro lugar. Acabando a primeira ronda com uma desvantagem de três segundos, o momento chave decorreu na última especial, quando uma valente tromba de água caiu à passagem da equipa do Opel Astra, e os fez reduzir o ritmo, ficando com o segundo lugar. A este resultado juntou a vitória na Divisão reservada aos duas rodas motrizes.


Valendo da sua experiência, e do conhecimento do terreno, António Lampreia e Pedro Macedo em Ford Escort Cosworth acabaram na terceira posição, alcançando uma das suas melhores classificações no regional. O quarto lugar ficou na posse de Bruno Andrade/Ricardo Barreto que viram a prestação condicionada após um furo na primeira especial. Mesmo assim a equipa do Subaru Legacy 4WD, ainda averbou uma vitória no último troço cronometrado.


De regresso ao regional, Nuno Fontaínhas e Márcio Pereira em Ford Sierra Cosworth voltaram às boas exibições e resultados. Mesmo com uma suspensão muito dura e graves problemas na caixa de velocidades, conseguiram um quinto lugar final. Num registo louvável, fica uma ressalva a Márcio Pereira, que veio propositadamente desde Andorra de carro (e voltou) para participar no rali.


A estreia de Pedro Leone e Bruno Miguel não deixou ninguém indiferente. A imponência e espectacularidade do seu Ford Sierra Cosworth foi notória, deixando uma boa impressão geral. Problemas de motor na última especial de classificação o fizeram perder algum tempo, acabando na sexta posição.


A escassos seis décimos de segundo de Leone, José Correia / Joaquim Macedo, em BMW 325IX acabaram na sétima posição. Apostando numa toada defensiva de início, atacaram na segunda ronda, o que os permitiu efectuar alguns tempos interessantes, rubricando um resultado positivo.


A oitava posição ficou na posse de Pedro Charneca e Luís Assunção, em Ford Sierra Cosworth, cuja prestação foi condicionada por uma forte queda de chuva aquando da sua passagem nas especiais. Na nona posição acabou Vasco Tintim e Victor Contreiras, que num Peugeot 205, venceram a classe I. Isto apesar de um engano no percurso, motivado por uma troca de roadbooks, os terem levado a efectuar a ligação para outra passagem no troço de Martinlongo. Numa prova marcada por alguns percalços, Paulo Jesus e Licínio Santos em Ford Sierra Cosworth fecharam o top ten.

Na promoção a vitória ficou na posse da equipa Carlos Marreiros/Paulo Costa, em Opel Corsa GSi, que acabaram na 13ª posição da geral.


Foram poucos os abandonos entre os concorrentes que partiram para a estrada. José Neves e José Jesus (Mitsubishi Lancer IV) abandonaram vítimas de despiste, enquanto que Nuno Pinto / João Silva em Mitsubishi Lancer EVO III desistiram com o motor partido. Por outro lado José Carlos Paté/José Gago viram o Peugeot 205 GTi ficar parado após uma passagem numa ribeira. Outros azarados foram Rui Coimbra e Paulo Primaz, que não partiram para a prova após uma recusa do VW Golf GTi em trabalhar.


A prova fica marcada pela pouca afluência de concorrentes, naquela que se tornou o pior registo do regional, com 22 concorrentes admitidos (apenas 20 partiram para a estrada). Uma das ausências notadas foi de Paulo Nascimento, que quebra o mítico registo de presenças em todas as provas do regional, desde o seu início em 1998.


Uma nota positiva para o muito público que afluiu à estrada, mesmo em condições adversas. A aposta do clube algarvio no RallyMix foi ganha, e decisiva neste aumento da afluência de espectadores. Apesar desta competição não ter sido muito concorrida, deixou bons indicadores, e poderá dar frutos brevemente.
Pela negativa, o facto de não terem disponibilizado os tempos online, embora os frequentes cortes de corrente na região fossem o pretexto usado para tal facto.

A próxima prova do regional é o Rali de Vila do Bispo, no fim-de-semana de 17 e 18 de Maio.

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sexta-feira, fevereiro 22

Afinando a voz

Este fim-de-semana arranca mais um regional sul, que já vai na sua 11ªedição, com o Rali de Martinlongo. A prova inaugural tem alguns aliciantes, mas pessoalmente contará com mais um, que consiste no meu regresso à competição, após dois longos anos de ausência, e alguns “quases”.

Foi com grande sastifação que recebi e acedi ao convite do Zé Correia para participar com o BMW 325IX em Martinlongo. Estes momentos que antecedem as provas revelam um misto de alegria, com nervoso miudinho que vai aumentado com o aproximar do evento. Existe uma mistura de sentimentos, entre receio, ambição, cuidados que motivaram a presença. Quanto à prova em si, o principal é acabar, se possível sem percalços, com rapidez e cautela, que no final o resultado é positivo. Os primeiros quilometros serão os de habituação, e consequentemente os mais dificeis. Infelzimente isto não começou bem dos meus lado – uma gripe que me aflige desde o inicio da semana me está a tirar do sério. “Fanhoso” e “mucoso” não são propriamente qualidades que gostaria de mostrar no meu regresso.

Esta será a minha terceira prova de terra, embora pelas condições meteorológicas, se adivinha que seja o primeiro de lama. Depois de Loulé com o Márcio Charata e de Castro Marim com o Zé, ambos em 11 Turbo no longiquo ano de 2004, eis que aparece Martinlongo. Sempre manifestei a minha preferência por asfalto (ou não fosse da Pérola do Atlântico), mas reconheço que o rali mais divertido foi o primeiro, de Loulé.

Até podia escrever mais sobre as experiências anteriores, mas será preferível esperar pela próxima semana. Depois conto como correu.

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quinta-feira, fevereiro 21

Regional Sul arranca em Martinlongo

No próximo fim-de-semana tem lugar o Rali de Martinlongo, prova que marca o ínicio da temporada de 2008 do Campeonato Regional Sul.

A organização, a cargo do Clube Automóvel do Algarve, decidiu efectuar algumas alterações à estrutura dos ralis regionais. A principal consiste no desenrolar da prova por dois dias. O primeiro, Sábado dia 23, será dedicado às verificações técnicas e documentais e aos reconhecimentos, enquanto que a vertente competitiva se desenrolará integralmente no Domingo, dia 24, a partir das 10:00 da manhã. Como é habitual nos ralis exclusivamente regionais, a prova é constituída por 4 troços, com duas passagens nas especiais de Martinlongo e Pão Duro, prefanzendo um total de 59,72 quilómetros cronometrados.
O Rali de Martinlongo tem características próprias, com troços muito selectivos, que para além de apresentaram uma extensão considerável – só a especial de Martinlongo tem 19,43 km, também são conhecidos pela sua dureza.

Acompanhando a tendência nacional, apenas 26 concorrentes fazem parte da lista de inscritos, constituindo um dos menores registos de adesão no regional. Na lista dominada pelas viaturas de quatro rodas motrizes, o favoristismo recaiu sobre os concorrentes da armada Mitsubishi. Nos mais evoluidos Lancer EVO IV, a José Merceano e Luís Mota, junta-se José Neves que abdicou da sua participação no Open para concentrar os esforços no regional. Também em Mitsubishi, mas em EVO III, Nuno Pinto mudou de navegador mas certamente terá uma palavra a dizer. A abrir o pelotão, estará Bruno Andrade e Ricardo Barreto, que valendo da fabilidade do Subaru Legacy 4WD apostam num resultado positivo. Para além dos habituées do regional sul, destaque para a estreia no campeonato da dupla Pedro Leone / Bruno Ramos, que num Ford Sierra Cosworth, versão kit car com 350 cv promete dar que falar.

Apesar de menos concorrida a classe II conta com um leque de concorrentes muito rápidos. Gil Antunes marca presença pela segunda temporada com o Opel Astra, enquanto que Rui Coimbra volta a confiar nos VW Golf GTi, desta feita com a navegação do experiente Paulo Primaz. As atenções também viram-se para a estreia de José Carlos Paté nos veículos de tracção dianteira, e também para a subida de classe de Marco Gonçalves. Expectante será a presença de mais um Opel Corsa 2.0, desta feita de Paulo Anselmo, que marca regresso às lides regionais após uma ausência de 6 anos.

Na classe I, o favoristimo recai sobre Vasco Tintim em Peugeot 205 Gti, embora há que contar com Filipe Baiona em Corsa 1.6, e com os dois concorrentes participantes da promoção – Alexandre Ramos em Peugeot 106 Rallye e Carlos Marreiros em Opel Corsa 1.6.

A classe III continua como “parente pobre” do regional. Para esta prova conta com a dupla Renato Leria e Ana Santos, que devido ao atraso na preparação do VW Golf Gti recorreram ao Renault 5 GT Turbo.

O grande ausente é o campeão em título, Pedro Duarte. Depois de uma temporada memorável, mas desgastante optou por vender a viatura e efectuar uma paragem, que esperemos seja provisória.

Em paralelo com o Regional Sul decorrerá a primeira prova do Rallye Mix, que contará com 17 concorrentes na competição reservada a motos e quads. Estes elementos passam após a caravana do regional, realizando mais uma especial, com terceira passagem no troço de Martinlongo às 13:30.

Poderá acompanhar a prova no site oficial – http://www.clubeautomovelalgarve.pt/.
Foto - José Charata

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quarta-feira, fevereiro 20

Mais desporto motorizado

Está a decorrer uma petição online promovida por cidadãos desconhecidos descontentes, que visa pedir à administração da RTP o regresso das transmissões televisivas de eventos motorizados, como são os casos dos ralis e da Fórmula 1, e de um programa que faça a cobertura dos mesmos, recuperando o formato do “Rotações” nos anos 90.

Relembro que graças a algumas queixas apresentadas ao Provedor do Telespectador, foi anulado o programa “Velocidades”, que era o único do formato do canal público. De lá para cá, retirando os resumos tardios do campeonato do mundo, pouco ou nada passa de desporto automóvel na RTP.
Actualmente já contam mais de 1500 assniaturas, mas quantas mais forem recolhidas, maior será o impacto da acção.

Para dar o seu contributo basta aceder ao link:

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terça-feira, fevereiro 19

Fiat Abarth revela equipa para 2008

A apresentação oficial da presente época desportiva da Fiat Abarth decorreu na sua nova sede em Turim.

Para o IRC, e contando com o patrocínio da Sabelt e Selenia, a equipa alinhará com duas viaturas entregues a Giandomenico Basso e Anton Alen. Para o Campeonato Italiano a escolha recaiu sobre Renato Travaglia e Andrea Navarra, que defenderam as cores da marca com o apoio da Maltin e Alpi-IP.

Um dos principais rivais da Fiat no IRC, será a Kronos Racing que usará os Peugeot 207, que também apresentou um importante trunfo, com a entrada de Nicolas Vouilloz (ex-Peugeot Espana), ficando como companheiro de Freddy Loix.

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domingo, fevereiro 17

Rali de Portugal abre com Super Especial em Faro

O espectáculo foi bonito, mas para já, não será repetido! A super-especial do Vodafone Rali de Portugal não irá realizar-se no Estádio do Algarve, mas sim num pequeno troço de asfalto, com aproximadamente dois quilómetros de extensão, que será desenhado junto ao Largo de São Francisco, na zona central de Faro, perto da partida simbólica do rali, a partir das 18 horas de quinta-feira, 8 de Maio.
Não será de todo uma novidade, pois em 2001 já tinha sido adoptado este esquema no Rally Casinos do Algarve, quando este ainda se disputava nos lados de Tavira.
Para além desta alteração, o programa deste ano contempla, como se sabe, apenas duas etapas, na sexta e sábado. No primeiro dia, os concorrentes irão realizar uma dupla passagem pelas especiais de Loulé, Vascão e S. Brás de Alportel, enquanto a segunda etapa, agendada para sábado, se prevê a realização de mais seis especiais, respectivamente em Santana da Serra, Ourique e Almodôvar, quase todas em novas versões, embora aproveitando grande parte do percurso utilizado no ano passado.
alterado de Autosport / imagem Mondesport

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sábado, fevereiro 16

Open abre com vitória Diesel

A primeira prova da temporada de 2008, o Rali de Montelongo, foi fértil em emoção, incerteza, que culminou com um vencedor inesperado.
Com um bom lote de inscritos munidos com boas máquinas, o favoristimo recaia sobre Pedro Peres, que ostentava o título de vencedor do Open em 2007. Desferiu um forte ataque nas primeiras especiais assumindo a liderança, e chegando ao final da primeira secção com 21 segundos de vantagem sobre o segundo classificado. Mas quando parecia que Peres encaminhava para mais uma vitória, a embraiagem do Escort Cosworth cedeu no arranque para o quarto troço, levando-o à desistência.
O abandono de Peres deixou porta aberta para uma luta que começou a três. Octávio Nogueira e Jorge Santos, ambos em Saxo Kit Car, e João Ruivo num Fiat Stilo Multijet, embrenhavam-se numa luta ao segundo. No final da quarta especial, João Ruivo e Octávio Nogueira assumiam a liderença ex-aqueo com o mesmo tempo, enquanto que Jorge Santos teve que abdicar da luta fruto de problemas com os travões do Saxo, que mais tarde agravaram-se com a falta da direcção assistida.
Na quinta especial Octávio Nogueira atacou forte, e superiorizou-se por 2,7 segundos a João Ruivo, assumindo a liderança a uma especial do fim. Mas já com a meta à vista, o piloto do Saxo Kit Car vermelho despistou-se, e seguindo a tradicional malapata que o atinge abandonou.
João Ruivo e Alberto Silva venceram a prova com o Fiat Stilo Multijet, naquela que foi a primeira vitória à geral de um Diesel numa prova nacional de ralis. O piloto andou sempre nas posições cimeiras, sempre com um andamento muito rápido, e aproveitou os azares dos mais directos adversários para alcançar uma vitória que já era merecida há algum tempo.
Na segunda posição ficou Jorge Santos em Citroën Saxo Kit Car, que deixou atrás de si Frederico Ferreira com um Ford Escort RS MK II. Para além de fechar o pódio, também venceu a categoria reservada aos clássicos. Na tabela classificativa segue-se um verdadeiro desfile de clássicos, mostrando que “velhos são os trapos”, com muita rapidez e fiabilidade conseguiram resultados muito interessantes. A apenas 2,1 segundos de Frederico Ferreira, ficou José Sousa num Renault 5 Turbo, tendo atrás de si Rui Azevedo no Escort RS MK I, com uma diferença de 1,6 segundos. Um pouco mais atrás ficou Joaquim Santos no Escort MK II, a 6,6 segundos. A luta entre estes elementos é bem perceptível, pois 10 segundos separaram os quatro primeiros clássicos.
A sétima posição ficou na posse de Manuel Coutinho com um Peugeot 206 GTi, que se superiorizou a Anibal Rolo num Renault 5 Turbo por 5,6 segundos. O nono lugar ficou entregue aos vice-campeões Luís Mota / Ricardo Domingos em Mitsubishi Lancer EVO IV, que mostraram alguma falta de ritmo nos troços iniciais. Recuperaram posições durante toda a prova, e apesar de colocarem numa posição pouco usual, vencerem entre os concorrentes do regional norte (VSH).
Na décima posição ficou Martinho Ribeiro, com um Citroën C2, que perdeu uma posição na última especial para Luís Mota. A décima primeira posição foi para Daniel Ribeiro, que na primeira incursão numa prova do Open fez uma exibição notável com o Saxo 16 V (relembro que apenas participou no Rali de Portimão a nível oficial).No campeonato junior, a vitória foi para João Barros Leite num Skoda Fabia Tdi RS, seguido por Manuel Maia em Fiat Punto e Catarina Sousa num Peugeot 206 GTi.
Um dos principais azarados foi Ricardo Teodósio, que candidato à vitória final, abandonou após a segunda especial, quando ocupava a segunda posição, devido a problemas eléctricos no Mitsubishi Lancer EVO IV. Ao que parece o piloto algarvio também queixou-se de dores nos pés durante o rali. Relembro que Teodósio foi vítima de um violento despiste em Setembro do ano passado, numa prova do Challenge Sul, partindo o membro inferior.
Na fase inicial da prova, alguns dos animadores da prova também abandonaram como foram o caso de Paulo Antunes no Seat Marbella, Gabriel Leiros em Citroën ZX Kit Car e Henrique Rodrigues em Renault Megane Maxi.
A próxima prova é o Rali Portas do Rodão, a disputar a 13 de Março.
Foto MondegoSport

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sexta-feira, fevereiro 15

Mikkelsen entrou nos recordes

A proeza de Jari-Matti Latvala no Rali da Suécia foi a história do momento, no entanto um pouco mais abaixo na classificação, outro piloto escreveu o seu nome na lista de recordes do mundial de ralis.

Acabando na quinta posição da geral, o norueguês Andreas Mikkelsen conseguiu não só o seu melhor resultado no WRC (eclipsando o resultado no Rali da Irlanda de 2007 – 9º classificado), mas aos 18 anos tornar-se no piloto mais jovem a pontuar numa prova mundial, batendo o recorde anterior de Matthew Wilson, um oitavo lugar alcançado no Rali da Argentina de 2006, quando tinha 19 anos.

Esta foi a primeira participação de Mikkelsen no Rali da Suécia, no entanto não foi o seu primeiro rali de neve no WRC. No ano passado como tinha apenas 17 anos obteve uma autorização especial da federação norueguesa para participar no rali do seu país natal. Infelizmente, não teve o mesmo retorno na Suécia, pelo que se viu impedido de participar na edição de 2007.

Este jovem piloto também participou no ano passado no Rali de Portugal e fez uma excelente exibição, que culminou com a décima posição da geral, a bordo de um Ford Focus WRC. Matthew Wilson já está de olho em Mikkelsen, que esta temporada é apadrinhado por Marcus Gronholm, e promete tentar bater o recorde de Latvala brevemente.

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quarta-feira, fevereiro 13

A dança das cadeiras

Como é hábito na paragem do campeonato alguns concorrentes fazem os possíveis para viabilizar projectos para que possam participar no nacional de ralis (ou Campeonato de Portugal de Ralis).
Miguel Campos referiu novamente que é sua intenção participar no nacional com uma viatura competitiva, com preferências S2000, mas não descartando outras hipóteses. No entanto, uma vez mais só em cima do arraque do campeonato existem certezas.
Convidado para triuplar o Seat Marbella que marca o arranque do Troféu FastBravo, António Rodrigues declinou o convite. A razão prende-se com o facto de concentrar esforços para tripular uma das viaturas da Kronos nas provas portuguesas do IRC. Lugar que parece ser muito concorrido, pois também o nome de MEX já foi referido, e poderá também existir um terceiro candidato, no caso Ricardo Teodósio – profundo conhecedor das especiais algarvias. Para a estreia do Seat Marbella Fastbravo avança o vencedor do Challenge C2 2007, Paulo Antunes.
Finalizando com Rui Madeira, que confirmou não existir possibilidade de participar com um Toyota Auris, da estrutura Grifone. Afirmou que existiram contactos, mas a falta de apoio financeiro inviabilizou projecto. Apesar de mais este contratempo, o piloto de Almada reiterou a vontade de participar pelo menos no nacional de ralis.

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terça-feira, fevereiro 12

Latvala, princípe da Suécia

A segunda jornada do campeonato mundial de ralis teve novamente emoção até ao segundo dia de prova, altura em que o escalonamento final ficou decidido. Até aqui nada de novo, não fossem os intervinientes desta história serem diferentes dos habituais.

Poucos, muito poucos previram que o jovem finlandês da Ford, Jari-Matti Latvala iria demontrar tal superioridade na prova sueca, mas a maturidade demonstrada nesta prova certamente ficará por muito tempo nos livros de ralis.

Antes da prova, a organização tranquilizou os concorrentes com a promessa de existência de neve nas classificativas suecas, mas tal não aconteceu. A fina camada de neve, cedo se tranformou em lama, e as condições de aderência certamente não eram as melhores, pelo que a única prova de 2008 de neve… não o foi.

Devido ao mau resultado no rali de Monte Carlo, Jari-Matti Latvala partia atrás da maioria dos rivais, e aproveitando a estrada mais limpa no primeiro dia, foi somando triunfos em especiais, e acumulando uma vantagem aproximada de um minuto para o concorrente que o precedia na classificação. Ao final do primeiro dia, a surpresa era geral, mas a questão colocada era se suportaria a pressão da liderança de uma prova durante dois dias, e qual a resposta dos adversários. A surpresa do primeiro dia prolongou-se para os restantes, não pela superioridade, mas pela maturidade de saber controlar os andamentos dos adversários, e manter uma distância segura que lhe permitisse vencer a sua primeira prova do mundial. Mesmo com dois percalços, diga-se toques no última dia, foi uma exibição espectacular, e deu razão a Malcolm Wilson quando o atribui a difícil tarefa de substituir Marcus Gronholm.

Mikko Hirvonen partia para esta prova com ambições à vitória. Mas após as primeiras especiais reconheceu que alguém da parte de trás do pelotão iria sair beneficiado das condições do terreno, e que para ele contentar-se com a segunda posição foi uma mal menor. Mesmo sem o fulgor habitual, Hirvonen consegue juntar duas segundas posições, e com este resultado alcançar a liderança do WRC.

Gigi Galli voltou às boas exibições, num terreno onde se sente particularmente à vontade. Apesar de uma luta muito interessante nos primeiros dias com os outros “homens da Ford”, Galli chegou ao final do rali com o seu primeiro pódio no WRC, fazendo uma tripla Ford nos primeiros lugares.

Petter Solberg começou o rali com pé direito, vencendo a primeira super especial e assumindo a liderança da prova. Mas com o “velhinho” Impreza foi sol de pouca dura, e foi perdendo algumas posições na tabela classificativa. Fazendo uma prova isolada, aproveitou os azares alheios para chegar à quarta posição, e ostentar o título de primeiro “não Ford”.

Se Latvala se sagrou o mais jovem piloto a vencer uma prova do WRC, certamente terá que se acautelar com o norueguês Andreas Mikkelsen. O jovem de 18 anos fez mais uma prova muito interessante com um Ford Focus WRC 06, e certamente será uma nome a reter no futuro (e que provavelmente já está contractualmente ligado à M-Sport, os caça-talentos). Protagonizou uma luta interessante com Malcom Wilson pela quinta posição, mas o abandono do britânico no último dia da prova, abriu as portas ao protegido de Gronholm, ao seu primeiro top five. Na certeza que, talvez, sem o abandono de Wilson, Mikkelsen também ficaria nesta posição.

A Citroën foi a grande derrota da ronda sueca. Após o abandono de Loeb, Daniel Sordo teve que defender as cores vermelhas da marca francesa. Mas com com uma penalização à partida da prova de 5 minutos, pouco havia a fazer senão esperar pacientemente que o piloto espanhol subisse na classificação. E assim aconteceu, acabou na sexta posição, somando os primeiros pontos da temporada, mas fazendo uma exibição a espaços muito positiva. Sem a penalidade ficaria na quarta posição.

O sétimo lugar ficou na posse de Toni Gardemeister, que alcança assim o melhor resultado até agora do SX4 WRC. Mesmo assim, foi uma prova cheia de problemas, tanto com o concorrente como com a viatura. A fiabilidade continua a não ser uma ponto positivo do carro, mas a perseverança deu resultados. Gardemeister que protagonizou uma cena caricata. Após uma saída de estrada do SX4, os espectadores tiveram dificuldade em organizar-se para repor o carro na estrada, e foi o navegador Tomi Tuominen, que como chefe de fila deu instruções aos “ajudantes”.

No último lugar dos pontos ficou o vencedor da produção Juho Hanninen, em Mitsubishi Lancer Evo IX. Protagonizando uma luta titânica com o sueco Patrik Sandell, em Peugeot 207 S2000, o finlandês prometeu à entrada do último dia da o tudo por tudo. Com “armas” diferentes, e muito coração nunca deu espaço a Sandell, que acusou a pressão despistando-se a 3 especiais do fim. Hanninen fez uma exibição meritória e vingou-se da desclassificação obtida no ano passado. Na segunda posição do PWRC ficou Jari Ketomaa em Subaru, e em terceiro Patrik Sandell que ultrapassou o checo Martin Prokop (Mitsubishi) na última especial. Armindo Araújo e Bernardo Sousa foram sétimo e oitavo da produção mundial, respectivamente.

Notas para as exibições positivas de Per-Gunnar Andersson em Suzuki SX4, que a jogar em casa ainda fez alguns bons cronos até ao motor ceder, e para Mads Ostberg, que em Subaru Impreza WRC, andou a espaços à frente dos oficiais. As saídas de estrada fizeram diferença, mas no final ainda subiu até à nona posição.

O azarado do rali foi Henning Solberg, que defendendo as cores da Stobart, imprimiu um ritmo diabólico, chegando a perigar a posição de Mikko Hirvonen. A meio do segundo dia de prova, tudo começou a correr mal. Primeiro um furo fê-lo perder muito tempo, inclusivamente perdendo a terceira posição para Galli, mas na especial 11, Vargasen, despistou-se contra uma ponte, danificando irremediavelmente o Focus WRC, acabando por ali a sua participação.

Completamente irreconhecível esteve Sebastien Loeb. O campeão francês acusou o facto de ser o primeiro na estrada, e quando tentava recuperar algum tempo cometeu um erro, que teve como consequência um capotanço. Mesmo levando a viatura até parque de assistência, a mecânica do C4 não aguentou e foi obrigado a desistir no primeiro dia. Se não era normal erros deste calibre, no segundo dia, após um ataque nas primeiras especiais, o motor voltou a dar problemas, e voltaram a abandonar. No entanto, há quem diga que a gota de água foi uma multa por excesso de velocidade numa das ligações. Certo é que foi um fim-de-semana destatroso para Loeb.

Próxima prova: Rali do México, 28 de Fevereiro a 2 de Março.

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segunda-feira, fevereiro 11

Latvala: O mais jovem vencedor de sempre

Com o triunfo deste fim de semana no Rali da Suécia, Jari-Matti Latvala tronou-se no mais jovem vencedor de uma prova do mundial.
Até este fim de semana o piloto mais jovem a vencer um rali do mundial era o malogrado Henri Toivonen que com 24 anos venceu o Rali RAC em 1980. Agora, Latvala desceu esse marco para os 22 anos de idade.
Nascido a 3 de Abril de 1985 na Finlândia, Latvala começou a conduzir muito novo, aos 8 anos o pai deu-lhe um Ford Escort para praticar! A chegada aos ralis deu-se aos 16 anos, tendo alinhado na primeira prova do mundial com 17 anos, foi no Rali de Inglaterra de 2002 com um Mitsubishi Lancer Evo VI.
Latvala dividia-se então entre ralis na Finlândia, Estónia e Inglaterra. Em 2003 MAlcolm Wilson repara neste jovem e entrega-lhe um Ford Focus WRC em 5 ralis do mundial. A partir de então entre WRC e Grupo N Latvala fez dezenas de ralos do mundial de campeonatos nacionais.
A excessiva fogosidade valeu-lhe muitas saídas de estrada, mas a velocidade estava bem presente. Por várias vezes escrevemos neste site que quando Latvala conseguisse consistência no andamento, seria um homem a bater. O ano de 2008 com a lugar na equipa oficial irá comprovar isso. Na Suécia já se comprovou, mas ainda faltam muitos ralis.
Após o terminus do Rali da Suécia, Latvala explicava que "Henri Toivonen era um grande herói meu, por isso bater o record dele significa muito para mim." O piloto da Ford afirmou que "não sonhava vencer um rali na minha segunda participação com o carro oficial, depois do azar em Monte Carlo. Não tenho palavras para descrever o que sinto."

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domingo, fevereiro 10

Portugueses em destaque na Suécia

As duas equipas portuguesas que participam no mundial de produção obtiveram resultados positivos, apostando na regularidade e fiabilidade para somarem os primeiros pontos na competição.

Pelo segundo ano no PWRC, Armindo Araújo e Miguel Ramalho partiam para a prova sueca com aspirações a um lugar entre os cinco primeiros. Apostando numa toada mais conservadora, começaram a prova com alguns problemas na afinação do Mitsubishi Lancer EVO IX, cuja suspensão estava desfinada, e não permitiu efectuar melhores tempos, deixando a principal concorrência “fugir”. O segundo dia de prova, já voltaram a mostrar andamento ao nível dos primeiros, e no final do dia encetaram uma perseguição ao campeão mundial em título, Toshi Arai, que estreava o novo Subaru Impreza N14, e deixaram a concorrência para trás. No último dia, voltaram a sentir alguns problemas, desta feita nos diferenciais. Felizmente, a distância para os restantes elementos do pelotão era suficiente para que não corresse riscos. Acabaram a prova na sétima posição, atrás da díficil armada nórdica, e beneficiaram de alguns problemas com rivais e peso, como os casos de Andreas Aigner, Eyvind Brynildsen e Patrik Flodin.
Depois das críticas da época passada, sobre o andamento rápido em detrimento da regularidade, Armindo Araújo apostou no segundo factor, e num terreno díficil almejou os primeiros dois pontos da temporada.

A estreia abolsuta no PWRC de Bernardo Sousa e Carlos Magalhães (o experiente navegador que já foi campeão nacional com Miguel Campos) pela equipa Red Bull era encarada com alguma cautela. As prestações agressivas do jovem madeirense, aliada aos constantes erros que promoviam abandonos eram apontados por muitos como handicap para o mundial de produção. Surpreendentemente, e num terreno desconhecido, Bernardo Sousa adoptou um andamento rápido mas constante, que apanhou alguns elementos do pelotão (e observadores) de surpresa. No final do primeiro dia, acabava na décima posição da produção, logo atrás de Armindo Araújo, de quem não se distanciou muito. No segundo dia de prova, veio o pior, com uma saída de estrada e um capotanço, que o fizeram perder algum tempo, e temer o pior. Felizmente, não passou do susto, e a própria máquina não vacilou. Chegou ao terceiro dia na última posição pontuável, mas atrás de si tinha o italiano Simone Campedelli, a aproximar-se perigosamente. Tentar manter o lugar nos pontos passou a ser o objectivo do madeirense, e foi com alguma ansiedade que à entrada da última especial 12,6 segundos separavam os dois concorrentes. No final foram 10,7 segundos que fizeram a diferença, e permitiram à dupla amealhar o primeiro ponto. No final ficou a satisfação do objectivo cumprido, e relembrou em brincadeira relembrou o pai, que as promessas são para cumprir, aludindo à promessa de que deixaria de fumar.

As duas prestações embora em contexto diferente não deixam de ser muito positivas, o que pode ser um bom presságio para o futuro.

Finalmente uma nota para a máquina de promoção e divulgação da prestação de Bernardo Sousa na Suécia. Após as várias etapas existiam sempre comunicados, press realeases, informações sobre a prestação, e uma forte comitiva madeirense a apoiar e divulgà-la. Por vezes até parecia exagerada, mas o excesso de informação do madeirense, talvez contraste com a falta da mesma por parte de Armindo. Os gestores da participação e imagem do tetra-campeão nacional deviam por os olhos na equipa de Bernardo Sousa, pois os feitos alcançados na temporada passada mereciam mais atenção e divulgação – a liderança de uma prova da produção e a vitória numa especial do mundial passaram completamente despercebidas.

Nota negativa para os diversos sites de tempos do WRC, que davam constantemente tempos diferentes para cada concorrente, e com os somatórios a não baterem certo. Para não falar do elevado número de vezes que o site oficial estava em baixo, ou sobrecarregado. O caso do Bernardo Sousa foi um deles, com uma nota que à entrada da última especial o português estava com apenas 2,6 segundos de diferença, quando na verdade eram 12,6. Aspecto a rectificar.

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Al Qassimi vence Colin’s Crest

Os organizadores do Rali da Suécia decidiram criar uma zona espectáculo como homenagem ao malogrado Colin McRae. A ideia consistia em atribuir um prémio ao concorrente que efectuasse o maior salto da especial de Vargasen, a que foi dado o nome de Colin’s Crest. Oficialmente, o recorde é pertença de Mikko Hirvonen, que em 2006 alcançou os 40,8 metros, embora é reconhecido que McRae fez melhor, mas a disancia não foi contabilizada.

Este ano, o vencedor foi o sheiq Khalid Al Qassimi, que com o Ford Focus WRC 07 oficial saltou 36 metros, e superiorizou-se ãos restantes participantes. A falta de neve impediu maiores velocidades, e consequentemente impulsão. Os pisos que deviam de ser neve, mais parecem lamaçal, tiraram algum do brilho e espectacularidade que a organização esperava no local.

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sexta-feira, fevereiro 8

MEX representa a Kronos?

Há alguns dias circulam informações que dão conta de MEX nas rondas do IRC nacionais, como piloto português convidado pela Kronos. Apesar de não passarem de especulações, pois o processo de selecção passará por uma escolha jornalística, e posterior votação, os últimos desenvolvimentos dão azo a dúvida.

A paragem da M.Coutinho nos ralis deixou MEX Machados dos Santos fora da contenda do nacional para a presente temporada. Ora, o projecto do piloto passou por virar para uma viatura GT, nomeadamente um Porsche 911 GT3. Assim, junta-se a grupo de concorrentes que está “disponível” para ocupar a vaga de “jovem promessa” da equipa Kronos Racing.

Como também é do conhecimento público, MEX é promotor do Open de Ralis, e dá a cara pela Starsign, que em abono da verdade está a fazer um trabalho exemplar na promoção da competição. Recentemente foi dada a conhecer uma parceria entre a BFGoodrich e a Starsign, para criar um “Challenge BFGoodrich” para os pilotos que usam os pneumáticos franceses. Não é de todo estranho este acordo, mas se juntarmos ao facto de a BFGoodrich ser parceira da Kronos no IRC, e participar no apuramento do piloto representante cada país, não deixa de ser muitas coincidências.

A título oficial nada está decidido, mas as coincidências deixam alguma dúvida, que só se desfazem quando forem conhecidos os nomeados.

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quinta-feira, fevereiro 7

Jean-Marie Cuoq ficou sem licença e sem título

Não é um assunto novo, pois desde que a FIA e as federações nacionais impuseram limites aos reconhecimentos nos ralis, muitos pilotos foram apanhados a prevaricar, alguns utilizando artifícios mais ou menos complexos para não serem detectados…outros, nem tanto.
Isto a propósito de Jean-Marie Cuoq, piloto privado francês, que terminou o recente Rali de Monte Carlo nos lugares pontuáveis, ter visto a sua licença de competição ser-lhe suspensa e o seu título francês de Asfalto em 2007, retirado, depois de ter sido considerado culpado de “reconhecimentos ilegais” em provas do campeonato francês.
Dois outros pilotos ficaram igualmente sem os seus pontos, pelas mesmas razões, mas o caso de Cuoq foi mais grave dado que a federação francesa tomou como bom um testemunho do antigo co-piloto do francês, David Marty, que, numa das vezes em que foram apanhados com a “boca na botija”, referiu ser uma das muitas vezes que Cuoq tinha quebrado as regras.
Cuoq também foi proclamado campeão francês de Terra, uma competição com regras de reconhecimentos distintas, pelo que o seu título foi mantido. Quem ficará com o título francês é uma decisão que só será tomada posteriormente pelo Ministro dos Desportos francês, mas acredita-se que será Patrick Henry, filho do antigo campeão Jacques Henry.
Uma pena exemplar, que deverá servir de emenda para o piloto, e de exemplo para muitos outros, lá…e cá.

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Peres com novo EVO IX Azores

Lá diz o povo, “É Carnaval e ninguém leva a mal”, e sob esse pretexto um grupo de foliões decidiu satirizar a presença do Fernando Peres no Campeonato Regional de Ralis do Açores.

A rececente polémica sobre a presença de Peres, e as condições que aufere, foram o mote para que o novoMmitsubishi Lancer EVO Azores fosse apresentado no desfile de Carnaval da ilha Terceira.

Tratou-se de uma ideia original que de uma maneira divertida crítica a situação, mas também demonstra o carinho que alguns adeptos da região têm por aquela modalidade.

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quarta-feira, fevereiro 6

WRC Suécia: Sordo já a 5 minutos da frente!

Dani Sordo não terá a vida nada fácil no Rali da Suécia. Além de não ser propriamente um especialista em pisos de neve e gelo, o espanhol ainda começará a prova com cinco minutos de penalização. O problema deveu-se à mudança de motor no C4 WRC, necessária depois do problema que o obrigou à desistência no Rali de Monte Carlo.
Esta é uma regra feita numa óptica de redução de custos, mas que acaba por ser completamente ilógica, pois acaba por penalizar um piloto que já o foi na prova anterior. Dani Sordo foi obrigado a desistir em Monte Carlo devido a um problema de motor - quando era segundo classificado - uma "penalização" já bem pesada e agora ainda sofre uma outra penalização decorrente dessa. Por vezes fica a dúvida sobre o que estarão a pensar os legisladores quando "inventam" regras deste tipo!...

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Teodósio e Neves: Algarvios no Open

Ricardo Teodósio será um dos nomes em destaque no Rali de Montelongo, prova de abertura do Campeonato Open de Ralis. Será o início de um projecto que deverá estender-se à totalidade do campeonato.
O piloto algarvio adquiriu três Mitsubishi Lancer Evo IV com vista à formação de uma equipa para o Open de Ralis. "Um dos carros será conduzido por mim e outro pelo meu colega José Neves. Temos ainda a possibilidade de preparar um terceiro carro se surgir um piloto interessado". explicou Teodósio.
Os dois carros já estão em avançado estado de preparação, mas não surgirão na máxima força em Montelongo. Segundo Teodósio "os carros terão um restritor de Grupo A de 34mm, mas a nível de agrupamento Turismo pouco mais terão, ficando uma espécie de Grupo N mais competitivo." No entanto o objectivo passa mesmo por evoluir os carros para Grupo A nas provas seguintes.
A preparação dos carros está a ser feita com recurso a diferentes preparadores, no caso dos motores estão em dois destinos diferentes para "vermos quais as diferenças que resultam de um para o outro." Ricardo Teodósio mantém-se ligado à Gatmo, ao passo que o motor de José Neves está em Inglaterra.
No entanto, não é ainda certo que Ricardo Teodósio fique em definitivo no Open de Ralis. "Neste momento tenho um projecto com outro piloto para o nacional de ralis. Caso as respostas ao projecto sejam positivas, farei o campeonato principal, mas isso implica que deixe de poder pontuar no Open. No entanto, como ainda não tenho nada confirmado para o nacional, avanço com o projecto do Open."
Mesmo que o algarvio não dispute o nacional, o seu Mitsubishi Lancer Evo IX poderá correr pelas mãos de Nuno Coelho. O piloto do Porto está a tentar obter apoios para fazer um programa de provas seleccionadas, recorrendo à estrutura e ao carro da Teodósio Competições.

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Rui Madeira tenta Auris S2000

Além dos Peugeot 207 de Bruno Magalhães e Vítor Pascoal, e dos Fiat Grande Punto de José Pedro Fontes e Nuno Barroso Pereira , o Campeonato de Portugal de Ralis poderá ver o seu plantel reforçado com um novíssimo Toyota Auris S2000, num projecto válido apenas para a fase de terra e que foi proposto pelo próprio Fabrizio Tabaton a Rui Madeira.
Caso se concretize, esta seria o reatar de uma relação que teve o seu ponto alto em 1996, quando o piloto de Almada venceu o Rali de Portugal num Toyota Celica da Grifone – estrutura que assumiu recentemente o desenvolvimento do carro que vem substituir o Corolla S2000, tendo já realizado os primeiros testes no terreno com Didier Auriol.
Segundo apurou o AutoSport, Tabaton terá vindo mesmo a Portugal há poucos dias para apresentar este projecto ao Departamento de Competição da Salvador Caetano, num encontro que juntou à mesma mesa Miguel Ramos e Rui Madeira, além do próprio italiano. A proposta terá sido irrecusável, faltando agora encontrar os parceiros que viabilizem este projecto, sem dúvida o mais inesperado deste defeso.

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