quarta-feira, abril 30

IRC Portugal: Luca Rossetti

Um dos pilotos favoritos à vitória no Vodafone Rally de Portugal é Luca Rossetti, e a estatística fala por si. Nas três provas que participou no IRC somou três vitórias. 100% de eficácia valem favoritismo, e mediatização.

Rossetti nasceu a 4 de Março de 1076 em Pordenone. Começou a carreira no RallySprint com um Peugeot 205 Rally, alcançando alguns pódio na classe A5. Um acidente no Rallysprint de Montebelluna em Março, promove uma paragem de 6 meses. Regressou no final do ano, no Team Vieffecorse onde tripulou um Mitsubishi Lancer EVO V em três provas.

No ano 2000 tripulou diferentes viaturas. Com um Renault Clio Williams (N3) da Gestiport quedou-se na 5ª posição do Grupo N, e venceu entre os Sub-25. Participou com um eugeot 106 no Rally Prealpi Trevigiane, e evoluiu no final da época para Subaru Impreza WRX da BRT EuroRacing com a qual efectuou três provas.

Em 2001 venceu algumas competições, nomeadamente a Coppa Ialiana 4ªZona, Troféu Peugeot 106 Zona Nordeste, o Campeonato Automobilistico Friuli Venezia Giulia, somando também algumas vitórias na classe N2 com o Peugeot 106. Participou em três provas do Campeonato Italiano com um Mitsubishi Lancer Evo V da Vieffecorse.

No ano seguinte, efeuctou algumas provas com um Ford Escort WRC da DB Sport, destacando-se a vitória no Rally Aviano, para além de outros pódios. Particpou também em provas de asfalto, com um Nissan Sunny GTi, averbando vitórias na classe A7 no Rally Altropiano e Prealpi Trevigiane. Participou no Rally 1000 Miglia com um Mitsubishi Lancer EVO VI, acabando na segunda posição do agrupamento de produção.

Em 2003, participa no campeonato italiano com um Citroën Saxo S1600 (e um EVO VI em Terra), ficando na sétima posição final. Participa também com um Mitsubishi Lancer EVO VII no Rally de Aviano, e vence o Rally Internazionale del Ciocchetto com um Peugeot 206 WRC.

Em 2004 disputa o campeonato italiano de ralis na equipa Vieffecorse, com os modelos da Citroën, C2 e Saxo S1600, acabando a temporada no oitavo lugar absoluto e quinto entre os S1600. Faz a sua primeira aparição em provas do WRC, com participações nos ralis de Monte Carlo e Finlândia num Saxo S1600.

Em 2005 participou em algumas provas do mundial: No Monte Carlo com um Peugeot 206 WRC abandonou por acidente e na Suécia, Finlândia e Gales com um Mitsubishi Lancer EVO VII. Em Itália, efectuou um programa oficial com um Peugeot 206 RC da Racing Lions, sagrando-se campeão italiano de produção com duas rodas motrizes. Venceu a classe em todas as provas que finalizou. Venceu o Rally Valli Pordenonesi, prova extra-campeonato, com um Peugeot 206 S1600.

As boas exibições no RC, promoveram-no a piloto Racing Lions com o Peugeot 206 S1600, no ano de 2006. Sagrou-se vice-campeão italiano de S1600 e ajudou a Peugeot na conquista do título de 2WD. Num campeonato muito competitivo destacam-se as vitórias na classe, nos Ralis de Salento, San Martino de Castrozza e Alpi Orienttali.

Manteve-se ligado à Racing Lions em 2007, e pilotou oficialmente o Peugeot 207 S2000. Foi vice-campeão italiano de ralis, somando vitórias no Rally de Salento e Rally de Sanremo (pontuável IRC). Na única incursão ao estrangeiro, venceu o Rally de Ypres (ERC e IRC). As duas vitórias no Intercontinental Rally Challenge, valeram a 4ª posição final do campeonato.

Para 2008, mantém-se ligado à equipa italiana, com a disputa do CIR e com um mini-programa no IRC.

Tem como navegador Matteo Chiarcossi, que o acompanha desde 2002.

A vitória no Rally de Instambul, prova de abertura do IRC, fê-lo optar por participar no Rally de Portugal.

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Rali CAP Monchique 2008

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terça-feira, abril 29

Neves imparável em Monchique

Monchique é talismã para a equipa José Neves/José Jesus, que averbou mais uma vitória neste concelho, desta vez no Rali do CAP-Monchique.
A prova de abertura do Challenge Regional de Ralis, teve um misto de qualidade e quantidade em toda a vertente desportiva, não deufrandando as expectativas de quem assistiu ao rali na estrada. Num traçado muito interessante, embora com alguma dureza, José Neves levou a melhor. Tripulando um Mitsubishi Lancer EVO IV, assumiu a liderança do rali após a primeira especial, mas as diferenças para os principais adversários eram reduzidas. Com o decorrer da prova aproveitou os azares da concorrência e a resistência da viatura para acumular vantagem, que no final se traduziu em 41,7 segundos para os demais.


Na segunda posição Luís Nascimento e Carlos Caliço "espremeram" o Opel Corsa 2.0 para conseguir rivalizar com as viaturas de tracção. Perdendo pouco tempo nas passagens pelo troço mais curto, as passagens pela especial Autódromo/Casais foram decisivas, pois as especificações do traçado duro, quase sempre a subir impediram de lutar pela vitória. Nestas PE’s ficaram 40,7 segundos do total que o separou de José Neves. Ainda assim coloca-se em posição priveligiada na defesa do título de 2007.


A fechar o pódio ficou a dupla Eduardo Valente/João Lelo em Renault Clio Williams, que protagonizaram a surpresa da prova. Depois de dois anos sem competirem em terra, mostraram-se competitivos e regulares. Com uma viatura bem preparada fizeram bons cronos e foram gradualmente subindo na classificação até alcançar o terceiro lugar final, segundo entre os 2 rodas motrizes.


A estreia no challenge de Vítor Santos foi proveitosa. O campeão do regional norte, acompanhado por Filipe Carvalho, enfrentou a difícil concorrência local. Apostando num misto de regularidade e rapidez passou com distinção, acabando na quarta posição, a apenas 3,4 segundos dos lugares do pódio.O impressionante Ford Sierra da equipa Pedro Leone/Bruno Ramos não deixou ninguém indeferente. Nem os espectadores, nem os adversários que viram aquela "máquina devoradora de terra" acabar na quinta posição.


Este rali dificilmente será esquecido por Paulo Nascimento. Contando com a navegação de Ricardo Barreto, esteve em posição de discutir a vitória no rali. Depois de uma entrada cautelosa, quedando a mais de 10 segundos da frente, efectuou o melhor tempo na 2ª especial deixando-o próximo de José Neves. À entrada da última especial estava tudo por decidir, com 5,6 segundos a separá-los. Decidido a repetir o feito da primeira passagem, imprimiu um andamento forte. Por infurtúnio, a dupla furou a meio do troço, quando passaram por um conjunto de pedras, que "misteriosamente" teimavam em regressar à estrada. A brincadeira, ou maldade, custou-lhe um minuto, e consequente queda para a sexta posição.


Depois de um início de temporada menos positivo, Paulo Jesus e Licínio Santos regressaram às boas exibições, e como tal bons resultados com o Ford Sierra. Ficaram na sétima posição, superiorizando-se na última especial a António Lampreia, em Ford Escort Cosworth, por 2,9 segundos. O piloto alentejano, navegado por Pedro Macedo, esteve envolvido numa luta com Pedro Leone e Vitor Santos, mas problemas na última especial fizeram-no perder tempo e cair para a oitava posição.


José Correia levou o BMW 325 IX à nona posição final. Um resultado muito positivo, considerado que um toque ao fim de 500 metros da primeira especial, danificou o triângulo de suspensão, fazendo recuar a roda e desalinhar a direcção.


A fechar os dez primeiros, Vasco Tintim e Pedro Silva, também venceram a classe reservada aos veículos com cilindrada inferior a 1600 cm3. Os concorrentes do Peugeot 205 GTi tiveram um percalço à passagem de uma ribeira, quando a viatura "calou-se" e "descansou" 15 segundos. Na segunda posição da classe ficaram Carlos Marreiros e José Conceição em Opel Corsa, seguidos de Alexandre Ramos e Sandra Ramos num Peugeot 106 Rally.


Azarados da prova foram Gil Antunes e Daniel Amaral. Os concorrentes de Aruil encontravam-se a discutir os lugares do pódio, quando um despiste deixou o Opel Astra "pendurado" num barranco. Esta ocorrência prejudicou também os concorrentes que lhe seguiam. Jorge Baptista e Augusto Páscoa auxiliaram Gil Antunes, mas perderam muito tempo, caindo na classificação.


A prova do CAP ficou marcada pelos muitos abandonos: Ricardo Teodósio e Pedro Conde continuam a atravessar uma fase interminável de desistências, e novamente o EVO IV ficou na primeira especial. Pedro Charneca e Luís Assunção abandonaram após a 3ª especial, depois de um toque no final do troço. Com uma decoração nova no Ford Sierra Cosworth, a equipa João Monteiro/José Teixeira entrou ao ataque, mas uma avaria mecânica acabou com a prova. Rui Coimbra e Márcio Pereira abandonaram no Parque de Assistência com problemas de caixa de velocidades. O Peugeot 205 GTi de José Carlos Paté/José Gago voltou a não concluir a primeira especial de uma prova. Também num "leãozinho" Marco Gonçalves/Pedro Arroja, queixaram-se de muitos problemas de embraiagem e ficaram a poucos quilómetros do final.


A organização da prova este em bom plano, denotando evolução significativa na administração de recursos. Aproveitando a ocasião deram a conhecer alguns contornos da próxima prova, o Rali Robbialac Cidade de Beja, que terá como novidade uma super-especial de abertura, no Estádio de Beja.

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segunda-feira, abril 28

Hirvonen, Príncipe da Jordânia

Mikko Hirvonen arrebatou a vitória no Rali da Jordânia, depois de Dani Sordo, que durante quase toda a prova esteve no comando, ter caído na "armadilha" dos homens da Ford no segundo dia, e posteriormente cometido um erro na última especial que impediu de conquistar o primeiro lugar.
O finlandês da Ford foi o quinto e último comandante de um evento cheio de drama, e a sua primeira vitória da época fá-lo regressar ao comando do Campeonato do Mundo. Após o abandono de Loeb, decorreu uma luta ao segundo entre Hirvonen, Latvala e Sordo, com os dois primeiros a perderem delibradamente tempo para que o espanhol fosse o primeiro na estrada no último dia, e consequentemente sair prejudicado. Hirvonen conseguiu ganhar vantagem relativamente a Sordo nas duas primeiras classificativas da última tarde do rali, chegando à derradeira especial – com 41 quilómetros de extensão – com 23,7 segundos de diferença para o espanhol da Citroën. Sordo tentou atacar mas um pião custou algum tempo (quase um minuto), mas que permitiu conservar o segundo posto.


No começo do último dia Jari-Matti Latvala ainda esteve na luta pelo primeiro posto, mas a suspensão partida no seu Focus acabou por fazê-lo perder cerca de 10 minutos, deixando a discussão da vitória entregue ao seu companheiro de equipa e a Dani Sordo.


Face ao azar de Latvala, Chris Atkinson acabou por conseguir um consistente terceiro posto. No entanto, o australiano evidenciou a falta de andamento do Subaru para conseguir acompanhar os Ford e os Citroën oficiais.


Petter Solberg, no outro Subaru, chegou a passar pelo comando no primeiro, mas acabou por abandonar com a suspensão do seu Impreza partida. Isso permitiu que outros protagonistas discutissem as posições pontuáveis, como foi o caso dos pilotos dos Focus da Stobart.


Hening Solberg recuperou de problemas de travões na manhã do primeiro dia para acabar o rali num importante quarto lugar, tirando também partido de azares alheios e de um forte andamento. O seu companheiro de equipa Matthew Wilson concluiu no quinto posto, apesar de um furo e da pressão de Federico Villagra, no Ford da Munchi's na manhã deste último dia. Ajudou bastante o facto do argentino ter tido uma saída de estrada na especial do Rio Jordão.


Latvala acabaria por recuperar algum do atraso sofrido e terminou a prova no sétimo posto, depois de uma grande luta com Gigi Galli, que no Ford da Stobart regressou ao evento ao abrigo do sistema superali, após o abandono de sexta-feira com a suspensão danificada. Os dois pontos de Jari-Matti não foram conseguidos sem mais um susto, quando fez um pião na penúltima classificativa.


Tanto Latvala como Galli beneficiaram dos problemas sentidos na ultima especial por Khalid Al-Qassimi, no terceiro Ford oficial. O piloto dos Emiratos Árabes acabaria no nono posto, mesmo à frente de Sebastien Loeb, que somou um ponto no mundial de marcas.


O francês que no segundo dia assumiu a liderança do rali, parecia encaminhado para mais uma vitória fácil, mas Rautenbach, encarregou-se de atirá-lo para fora de prova.


Sebastien Loeb e Conrad Rautenbach protagonizaram um acidente, no mínimo, bizarro. Aparentemente, os pilotos que competem com os C4 chocaram de frente, danificando seriamente as suas máquinas. O acidente deu-se no terceiro troço do dia2, quando o francês estava a terminar e o piloto do Zimbabué se preparava para entrar nesse mesmo troço.


O piloto que foi considerado o homem do rali na Argentina, devia receber mais um prémio carreira - pois esta temporada está a ser memorável.


Entre os concorrentes do mundial de Junior, os abandonos marcaram a derradeira etapa. Patrik Sandell desistiu no primeiro troço do dia com problemas no Renault Clio S1600, ficando Sebastien Ogier na liderança. O jovem francês ficaria ainda mais descansado para obter o sue segundo triunfo do ano quando Jan Molder abandonou também.


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sábado, abril 26

Vitória incontestável de Alexandre Camacho

Depois de ter vencido o Rali da Camacha, 1ª prova do Campeonato da Madeira "Coral" de Ralis 2008, Alexandre Camacho venceu esta tarde o Rali da Calheta.
O jovem piloto do Team Olca/Nacional da Madeira começou a prova da zona oeste ao ataque, de maneira a deixar desde logo os seus mais directos adversários para trás e caminhar o mais depressa possível para a 2ª vitória. Se Vítor Sá ainda conseguiu rodar perto de Alexandre Camacho no primeiro troço, o mesmo não viria a suceder na segunda especial, onde o pluri-campeão madeirense perdeu cinco segundos e cinco décimas para o líder da prova.


O actual campeão em título não queria perder esta prova e optou por forçar o andamento na segunda passagem pela Fonte do Bispo de maneira a tentar se aproximar do líder do rali, mas numa das primeiras curvas da especial, Vítor Sá não evito uma forte saída de estrada, danificando fortemente o seu Peugeot 207 S2000.


A partir daí Alexandre Camacho e Pedro Calado aproveitaram para testar novas soluções na sua viatura e concluir a prova nas calmas. Filipe Freitas e Daniel Figueiroa, em Renault Clio S1600, foram os segundos classificados da geral, isto depois de terem travado pela manhã uma excelente luta com Miguel Nunes e José Camacho em Peugeot 206 S1600.


Mais uma vez ficou provado que a viatura do piloto de São Vicente é mais competitiva que as da concorrência, embora nesta prova o mais novo dos irmãos Nunes tenha andando bem perto. A diferença do piloto do Clio S1600 para o vencedor ficou acima da casa de um minuto. O 4º posto final e o 1º no agrupamento de produção ficou para João Magalhães e Jorge Pereira em Mitsubishi Lancer Evo IX, isto depois de terem tido problemas num dos diferenciais da sua viatura e um dos seus mais directos adversários ter dado uma ajudinha na resolução desse problema. Mesmo assim, ficou provado que os "velhinhos" andem sabem andar depressa, até porque quem começou na frente foi Rui Fernandes.


O piloto da Camacha não conseguiu segurar o campeão em título à sua trás fruto de alguns maus tempos no decorrer do rali, acabando por terminar no 5º posto da geral e no 2º do grupo N. Rui Pinto e Duarte Lagos foram novamente azarados…Depois de terem resolvido os problemas de homologação da sua viatura, a dupla do Lancer viu a caixa de velocidades ceder na parte da tarde da prova, impedindo a equipa de continuar na luta pelo 2º lugar na sua "competição". Luís Serrado e Johnny Santos levaram o Citroën C2 ao 7º lugar da geral e ao primeiro do Troféu Eng.º Rafael Costa e da Promoção Globus Transitários.


Depois de terem sido arredados da luta pela vitória no Rali da Camacha, a dupla da Madeira Inerte não deu hipóteses no seu quintal e bateu muito cedo toda a sua concorrência. Alexandre Jesus e Vítor Calado levaram o Renault Clio R3 ao 8º lugar da geral, mas ainda muito longe daquilo que esta viatura pode certamente fazer. A dupla do Team C.S. Marítimo voltou a ficar distante dos seus mais directos adversários e provou que ainda não encontrou a melhor afinação para esta nova viatura. No 9º lugar terminou João Ferreira e João Paulo em Citroën C2, estes que se queixaram ao longo de dia de problemas na caixa de velocidades da sua viatura. A dupla do Team Olca/Nacional da Madeira foi forçada a trocar de velocidades com embraiagem, o que os fez perder muito tempo nas especiais de classificação disputadas. A fechar o Top 10 ficou João Moura e Marco Freitas, estes que conseguiram terminar no pódio nas 3 competições que competem. Nas restantes competições monomarcas, Juan Santos levou de vencida a competição destinada aos N3’s, Isabel Ramos e Carina Barros no Troféu Feminino e João Nóbrega/Dinarte Castro na Red Line Motorsport para os Yaris.


in Supermotores fonte RalisMadeira

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sexta-feira, abril 25

Rali do CAP abre Challenge Regional

No próximo fim-de-semana disputa-se o Rali do CAP (Clube Automóvel de Portimão), primeira prova do Challenge Regional de Ralis (CRDR).
A competição oficialmente reconhecida pela FPAK arranca em força no município de Monchique. Disputada em pisos de terra, a prova é constituida por 4 especiais de classificação, numa dupla passagem nos troços inéditos de Cai Logo / Moinho da Rocha e Autódromo/Casais, num total de 31,20 quilómetros cronometrados.

Com um espírito renovado para a presente temporada, a organização apostou na promoção do rali. Um dos trunfos apresentados reside no acordo efectuado com a TSM, para a captação de imagem e posterior transmissão televisiva. Acordo esse que poderá ser extensível às restantes provas do CRDR.

Contrariando a tendência decrescente nas últimas provas, compareceram à chamada 38 concorrentes, numa das melhores listas das últimas temporadas.

A encabeçar a equipa vencedora de 2007, Luís Nascimento / Carlos Caliço num Opel Corsa 2.0, que partilha de favoritismo entre os duas rodas motrizes, mas terá que enfrentar a forte armada da tracção total. Destaque para a presença de Ricardo Teodósio, que conta com a navegação de Pedro Conde, no Mitsubishi Lancer EVO IV. O piloto da Guia regressa às provas do Challenge, após o grave acidente no Rali Serra do Caldeirão na época passada. António Lampreia parte com o número 2 de porta, e quererá repetir o bom resultado de início de temporada. Monchique é talismã para José Neves, e com o Mitsubishi Lancer EVO IV quer manter a tradição dos bons resultados. De notar o regresso de Paulo Nascimento em Ford Escort Cosworth. A armada Sierra Cosworth representa 5 viaturas, entregues a Pedro Charneca, João Monteiro, Paulo Jesus, Pedro Leone e Vítor Santos.

A luta pelas duas rodas motrizes, nomeadamente tracção dianteira, promete ser animada. Para além de Luís Nascimento, Gil Antunes vêm com alguma rodagem e surge moralizado pelo resultado em Martinlongo. Quase três anos depois, Eduardo Valente/João Lelo regressam às provas de terra, e a adaptação a ser factor determinante. Jogando em casa, Marco Gonçalves/Pedro Arroja, em situação normal também são fortes candidatos, dependendo do desempenho do Peugeot 205 GTi. Em VW Golf GTi, Rui Coimbra conta neste rali com a navegação de Márcio Pereira. Reconhecidamente rápida, a dupla José Carlos Paté/José Gago necessita de somar quilómetros para adaptar às duas rodas motrizes. Num rol de candidatos muito rápidos, parece difícil apostar num concorrente, pelo que a fiabilidade das viaturas poderá ser determinante.

De salutar os regressos à competição de Jorge Baptista no Toyota Celica GT-Four, e Ledesma dos Santos com um Peugeot 205 GTi, após uma ausência de 4 anos.

Para além da ausência de Luís Mota, pela negativa, também o facto de não marcar presença nenhum concorrente com tracção traseira.

A prova disputa-se integralmente no Domingo de manhã. A primeira especial, Cai Logo/Moinho da Rocha começa às 10:18, com chegada a Monchique prevista para as 13:02.

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IRC Portugal: Jan Kopecky

Depois de algumas temporadas no WRC, o checo Jan Kopecky “mudou-se” para o Intercontinental Rally Challenge. Com o intuito de preparar a entrada em cena do Skoda Fabia S2000, disputa as provas com máquinas “adversárias”. Contando com nova viatura (Peugeot 207) e novo navegador (Petr Stary), poderá tirar partido do conhecimento dos troços adquiridos em 2007.

Jan Kopecky nasceu em Opoèno (Rep.Checa) em 1982 numa familia com tradição automobilistica, pois tanto o avô como o pai são ex-pilotos. A sua carreira começou nos karts quando tinha onze anos. Evolui posteriormente para provas de circuito em carros de turismo, e quando fez 18 anos deu o salto para provas de estrada. No ano de estreia, 2000, venceu o campeonato checo de RallySprint.

Em 2001, participou com um Skoda Octavia 1.8 20V no campeonato checo, da equipa Pennzoil. Apesar de alguns excessos que lhe valeram algunas abandonos, venceu o troféu Octavia Cup. Este foi a primeira aproximação entre piloto e marca, que perdurou posteriomente.

A rapidez e exuberância valeram a entrada na Matador Czech National Team em 2002. Somou alguns pódios no campeonato checo com um Toyota Corolla WRC, e participou na sua primeira prova mundial, o Rally da Alemanha.

Em 2003, mantém-se na equipa mas muda de viatura. Passa para um Skoda Octavia WRC, mas a viatura estava ultrapassada e resultados eram escassos. Faz uma incursão no mundial, com passagens na Alemanha e Grâ-Bretanha com o Skoda, e uma participação no Rally da Finlândia com um Mitsubishi Lancer EVO VII.

A nacionalidade checa auxiliou-o na promoção a piloto oficial da Skoda. Em 2004, passou a tripular o Fabia WRC, e retribuiu a confiança vencendo quatro provas consecutivas e conquistando título checo.

Em 2005 foi promovido a piloto oficial, acompanhado a estrutura da Skoda Motorsport no WRC, chegando mesmo a ser nomeado para pontuar nas Marcas. Demonstrando superioridade nas provas de asfalto, soma o primeiro ponto mundial na Catalunha (8º classificado). Para além de disputar o campeonato checo com o WRC, participa em algumas provas com o Skoda Fabia Kit Car, que apesar de competitivo, não se revelou eficaz. A proibição de WRC’s nos campeonatos FIA, fizeram-nos participar em algumas provas do Europeu com um Mitsubishi Lancer EVO VII.

Em 2006 participou num programa mundial de 10 provas, com a equipa Czech Rally Team Skoda, cujo director desportivo era Joseph Kopecky, seu pai. Apesar de rivalizar com os Skoda da Red Bull, não se coibiu de efectuar ralis competitivos, obtendo um 5º lugar na Catalunha. Manteve ligado à evolução do Fabia Kit Car (S1600), mas o projecto pecou por tardio.

Contando com o apoio da “casa-mãe”, em 2007, efectuou um programa no WRC com a sua estrutura “familiar”. A experiência adquirida permitiu rivalizar com concorrentes com WRC’s mais evoluidos, e entrou seis vezes nos lugares pontuáveis. Dando razão aqueles que o consideram especialista de asfalto, seu melhor resultado foi no Rally da Alemanha, com um quinto lugar.

Preparou afincadamente o Rally de Portugal, com sessões de testes em troços algarvio, mas o abandono no início da primeira etapa impediu um resultado melhor. Aproveitando o SuperRally, acabou na 20ª posição, efectuando alguns bons cronos.

Um dos responsáveis pelo desenvolvimento do S2000 da Skoda (novo Fabia), aguarda a homologação para meados de Junho ou Julho. Entretanto participou com um Fiat Punto S2000 no Rally do México, mas abandonou na primeira especial com com o motor partido. No IRC, participou no Rally de Instambul com um Peugeot 207 S2000 finalizando na 5ª posição, valendo-se da fiabilidade, pois não conseguiu acompanhar os pilotos mais rápidos.

Kopecky tem a seu favor o conhecimento do terreno, mas poderá não ser suficiente para colmatar a habituação à viatura.

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quarta-feira, abril 23

IRC Portugal: Manfred Stohl

O Rali de Portugal fica marcado pelo regresso à competição de Manfred Stohl. Este austriaco disputou as últimas temporadas do campeonato mundial ao mais alto nivel, associado à OMV, e na última temporada à Kronos. Apontado no início da temporada como concorrente do IRC, apenas está prevista a participação no Rali de Portugal com apoios organizativos.

Manfred Stohl nasceu em Viena há 37 anos. Filho do piloto de ralis Rudi Stohl, estreou-se em 1991 com um competitivo Audi 90 Quattro.

Nos primeiros anos da sua carreira, optou por efectuar os ralis mais duros do mundial – Bandama/Costa do Marfim, Safari e Argentina, confiando nos modelos da Audi: 90 Quatro e Coupé S2. Em 1995 faz uma incursão no Rally de Portugal com o Coupé S2, mas desiste com problemas no diferencial. Em 1996, participa no Rally da Argentina com um Subaru Impreza 555.

Falar de Stohl, também é associar ao mundial de produção. A sua incursão deu-se em 1997 na equipa Mitsubishi Ralliart Alemanha. O seu melhor resultado foi obtido no Rally de Portugal com um segundo lugar num Lancer EVO III, a 10 segundos do seu companheiro Gustavo Trelles.

Em 1998, mantendo-se fiel ao Lancer EVO III, consegue a sua primeira vitória no mundial de produção no Rally de Monte Carlo. Vence também as provas da Córsega e Grã-Bretanha, na estreia do EVO V, e conquista o vice-campeonato da PWRC. No ano seguinte as coisas não correram de forma positiva. Pautado por alguns abandonos, apenas sobressairam dois segundos lugares: Córsega e Sanremo.

Em 2000 sagrou-se campeão mundial de produção, averbando vitórias na Nova Zelândia, Córsega e Grâ-Bretanha. O compromisso fiabilidade / rapidez do Mitsubishi Lancer EVO VI foi impressionante, acabando sempre nos 4 primeiros, e apenas somando um abandono (Argentina).

Em 2001 também decidi passar para as duas rodas motrizes, participando em algumas provas com um Fiat Punto S1600 da Top Run. A experiência não foi positiva, pois não conseguia acompanhar os principais rivais (Loeb, Duval, Cols, McShea ou Dallavilla). Na produção, o ano ficou marcado pela desqualificação no Rally de Portugal. Aquele “maldito” ano deixou poucas saudades aos portugueses, mas também a Stohl, pois irregularidades no Lancer retiraram o 2º lugar obtido na estrada. Paralelamente, participou em algumas provas do Europeu com um Toyota Corolla WRC, destacando a vitória no International A1 Waldviertel Rally (Áustria).

O “bichinho” dos WRC despertou em Stohl, e em 2002 optou por participar em algumas provas do mundial, a título privado (Stohl Racing). Usou um Toyota Corolla no Monte Carlo e o Ford Focus no Chipre e Grâ-Bretanha. Pelo meio duas participações na ronda da Oceania, com um Lancer EVO VI (Gr.N). A convite da organização do Rali Vinho Madeira, participou com um Peugeot 206 WRC da Grifone na prova madeirense, finalizando na 5ª posição. Também repetia a presença em provas austriacas, vencendo o OMV Rally e Waldviertel, com um Focus WRC da Stohl Racing.

Aproveitando o patrocínio da OMV participou no Rally da Acrópole e Alemanha, de 2003, com um Huyndai Accent WRC. Mas a pouca competitividade fê-lo regressar ao Peugeot 206 WRC (Stohl Racing) com que havia disputado o Rally de Monte Carlo. Averbou uma sétima posição no Rally da Grâ-Bretanha, somando 2 pontos no mundial. Em 2002 regressou à Madeira com um Focus WRC, assistido pela Procar e navegado por Petter Muller. Mas a sua participação quedou-se por um abandono no primeiro dia, devido à quebra do turbo.
Em 2004 regressou ao mundial de produção, com a equipa OMV World Rally Team. Com um Mitsubishi Lancer EVO VII o seu melhor registo foi na Nova Zelândia, com um segundo lugar. Aproveitando as provas não pontuáveis para o PWRC, participou com um Peugeot 206 WRC na Acrópole e em Gales, somando um 6º e 8º lugar, respectivamente.

Em 2005 colocou a fasquia alta. Em boa altura diga-se, pois estava atravessando um dos melhores períodos da carreira. Tripulou um Citroën Xsara WRC da equipa OMV WRT, e alcançou o seu melhor resultado no WRC: 2º lugar no Rally de Chipre, subindo também na Austrália ao pódio.

Em 2006, graças à alteração regulamentar na constituição de equipas, efectuou uma parceira com Henning Solberg, na Peugeot Team Norway. Tripulando um Peugeot 307 WRC, deu continuidade aos bons resultados: 3º Austrália; 3º México; 3º na Nova Zelândia e 2º no Rali de Gales (melhor resultado no WRC, a par com Chipre 2006). Somou 54 pontos, acabando na 4ª posição do Mundial de Pilotos.

Passou para a Kronos em 2007, onde tripulou um dos Citroën Xsara WRC. A entrada em cena de uma jovem geração de pilotos, de viaturas mais competitivas e as dificuldades financeiras da equipa foram decisivos para a temporada de Stohl. Apesar de muito regular, não tinha argumentos para lutar pelos lugares cimeiros. Seu melhor resultado foi um sexto lugar no Rally do México. A passagem por Portugal também não foi positiva, sendo recordada principalmente pelo despiste na especial de Almodôvar (na mesma curva de Armindo Araújo e Chris Atkinson). Com alguns danos conseguiu continuar em prova, terminando na 9ª posição.

Desde 2001 que conta regularmente com a companhia de Ilka Petrasko-Milnor na navegação. Stohl também contou com a navegação de Peter Muller (com que foi campeão do mundo de produção) e de Kay Gerlach nos primeiros anos.

Inscrito com um Peugeot 207 S2000, poderá aproveitar o conhecimento dos troços para alcançar um bom resultado.

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Lancia de regresso ao Mundial em 2009?

Existe alguma especulação sobre um possível regresso da Lancia ao Mundial de Ralis. O novo Lancia Delta, baseado na plataforma do Fiat Bravo, será comercializado a partir de Junho e é esperada uma versão desportiva semelhante à do Punto Abarth. Aparentemente uma fonte ligada à marca italiana informou que a Lancia está interessada no desenvolvimento dessa viatura, que estará pronta no final de 2009 ou 2010.
Curiosa esta especulação, pois com a Fiat no WRC, não faria de todo sentido que a Lancia se intrometesse. Mas numa retrospectiva, já havia acontecido com o 124 versus Stratos nos anos 70. Mas a título comercial, o "ressuscitar" da Lancia nos ralis podia dar os seus frutos, sendo apontado o nome de Anton Alen como o piloto oficial, numa clara alusão à época aurea do Markku Alen.

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terça-feira, abril 22

IRC Portugal: Didier Auriol

Piloto convidado pela organização do Rally de Portugal, é o único que ostenta um título mundial de ralis. Com 49 anos enfrenta um conjunto de concorrentes ambiciosos, jovens e muito rápidos. Afastado da alta competição há alguns pode valer-se da experiência para alcançar um bom resultado, ou confirmar a “reforma”.

Didier Auriol nasceu em Montepellier, França a 18 de Agosto de 1958. Com uma postura simpática e descontraída, raramente queixa-se de algo usando quase sempre a expressão "No Problem!", mesmo quando algo estava mal. Tinha a alcunha “The Frog” (O Sapo) e a sua imagem de marca eram os óculos de sol.

Inicialmente, condutor de ambulâncias, estreou-se nos ralis em 1979. Entre as viaturas que utilizou conta-se o Renault 5 Alpine, o Simca Rallye2, o Opel Kadett e um Ford Escort RS 2000 (faróis duplos).

Em 1984, participou com campeonato francês com um Renault 5 Turbo, e fez a sua primeira aparição no mundial, o Rally da Córsega (abandonou com problemas no Turbo). No ano seguinte, evoluiu para um Renault 5 Maxi ostendando as cores amarela e vermelha da 33 Export.

Ainda na era do Grupo B, vêem boas recordações do ano de 1986, quando com um MG Metro 6R4 sagrou-se campeão francês de ralis, pela primeira vez.

Com a abolição dos B’s, Didier Auriol passou para a Ford, tripulando um Sierra Cosworth no campeonato francês em 1987 e 1988, somando outros dois títulos franceses. Nesse ano de 88, participa em algumas provas do mundial como piloto da Ford, e averbou a sua primeira vitória na Volta à Corsega.

Os títulos nacionais franceses e as boas exibições no mundial, permitiram a passagem para a “poderosa” Lancia Martini. Conquistou o estatuto de especialista de asfalto graças às vitórias na Córsega em 1989/ 1990, Monte Carlo e Sanremo 1990/1991. Em plena evolução conquistou o vice-campeonato de 1990, atrás do rapidíssimo Carlos Sainz. O expoente ao serviço da Lancia ocorreu em 1992, quando com o Delta HF Integrale “Deltona” somou 6 vitórias no mundial, obtendo um record apenas batido por Sebastien Loeb em 2005. Infelizmente, somou abandonos nas restantes provas (excepção à Catalunha onde um 10ª lugar lhe deu um ponto), o que não permitiu ser campeão. Curiosamente, perdeu o campeonato, novamente, para Carlos Sainz.
A procura de uma equipa competitiva fê-lo mudar para a Toyota em 1993. Teve uma entrada fulgurante vencendo o Rali de Monte Carlo, mas ficou-se por aí. Averbou alguns pódios, e em conjunto com Juha Kankkunen ajudou a Toyota a vencer o título de Marcas.

O ano de ouro foi 1994. Com o modelo Celica, estava englobado num campeonato competitivo e com vários candidatos, venceu os ralis da Córsega, Argentina e Sanremo, e finalmente alcançou o título mundial de pilotos, superiorizando-se a… Carlos Sainz.

Estreou o modelo Celica GT-Four ST 205 no mundial de 1995. Obteve o a primeira vitória com este modelo na Volta à Corsega, no últimou triunfo dos seis que obteve na prova francesa. Mas o escândalo rebentou no final da temporada, quando verificaram-se que as viaturas eram providas de um dispositivo ilegal que aumentava a potência do motor. A desclassificação da marca e dos pilotos (para além de Auriol, também Kankkunen era piloto da Toyota) foi inevitável.

Com a Toyota impedida de participar no mundial de 1996, Auriol efectou algumas aparições esporádicas a título oficial. Representou a Subaru na Suécia e a Mitsubishi em Sanremo. A situação manteve-se em 1997, quando participou com um Ford Escort da RAS Sport em Monte Carlo, mas dedicou-se à evolução do Toyota Corolla WRC. Apesar de impedida de pontuar para o mundial de marcas, estreou a viatura na Finlândia, obtendo a 8ª posição.

Em 1998 regressou com a Toyota a nível oficial ao WRC. Venceu o Rali da Catalunha desse ano, e também o Rali da China de 1999, na única prova organizada neste país a contar para o mundial. Com o colega de equipa era... Carlos Sainz ajudou à conquista do mundial de marcas de 1999.

Em decréscimo de redimento é contratado pela Seat em 2000, com o intuito de desenvolver o Cordoba WRC. O melhor resultado foi o 3º lugar no Rali Safari, na única prova que pontuou para a marca espanhola.

A necessidade de um segundo piloto competitivo fê-lo passar para a Peugeot em 2001. Completamente ofuscado por Gronholm, seu momento alto foi a vitória no Rally da Catalunha. Conquistou a sua 20ª, e última, vitória no WRC.

Em 2002, sem lugar nas equipas oficias participou em alguma provas com um Corolla WRC da Grifone. O Rali de Portugal deixará de contar para o mundial, e foi a oportunidade de ouro para somar mais uma vitória. Não tendo a competitivade de outros tempos, superiorizou-se a um Andrea Aghini afoito, e a um Miguel Campos no 206 WRC em fase ascendente.

Regressou ao mundial de ralis em 2003. Novamente no Grupo VW, mas desta vez na Skoda, foi escolhido para aumentar a competitivade dos seu WRC. Inicialmente com o Octavia, e depois com o Fabia, não conseguia “milagres”. Um oitavo lugar na Nova Zelândia e um sexto na Argentina permitiu somar quatro pontos no mundial.

Em carreira descendente participava esporadicamente em algumas provas. Em 2005, participou no Rally de Monte Carlo com um Peugeot 206 WRC. Novamente como piloto convidado, desistiu vítima de despiste, no Rally de Portugal com um Impreza WRX.

Sua última aparição em prova, remota ao Circuito de Monza com um Toyota Corolla S2000 da Grifone (16º classificado). Aliás, a sua amizade com Fabrizio Tabaton fê-lo passar para a Grifone com o intuito de desenvolver o Corolla/Auris S2000 a usar no Campeonato Italiano 2008. Inicialmente estava prevista uma presença no IRC com o modelo japonês, projecto esse que não avançou, tal como outros tantos com Toyota’s S2000. A Grifone, que também prepara o modelo Punto, disponibiliza a viatura para o francês, que para além de Portugal, também deverá marcar presença num mini-programa de 4 provas do IRC.

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IRC Portugal: Giandomenico Basso

Basso é a aposta da Fiat para regressar ao domínio entre os S2000. Piloto reconhecidamente rápido, dominou a primeira temporada com este tipo de viaturas, somando vitórias e títulos. Goza de privilegiada relação com a imprensa e adeptos, devido ao carisma e simpatia que demonstra em todas as ocasiões.

Com 34 anos de idade é impossível dissociar o nome Fiat da sua carreira, pois é fial à marca italiana desde 1995. Os primeiros anos da sua carreira disputou o Troféu Cinquecento, vencendo-o por duas ocasiões, em 1997 e 1998, e com o modelo Seicento foi segundo classificado em 99.

Em 2000 passou para o Punto Kit Car, num ano de adaptação, deparando-se com concorrência forte. Em 2001, disputou o mundial Junior com a equipa Top Run, no Fiat Punto S1600. A época foi mediana e marcada por muitos abandonos. No entanto, finalizou-o na 5ª posição do JWRC. Em paralelo também disputou o campeonato italiano, onde foi bem sucedido, conquistando o título de duas rodas motrizes. No ano seguinte repetiu a presença no JWRC, alcançando dois terceiros lugares na Catalunha e Sanremo.

Em 2003 alcançou a sua primeira vitória à geral, no Rally del Ciocco e Valle de Serchio. Sagrou-se vice-campeão italiano, e ainda somou ao currículo o troféu Fiat Punto Abarth. Sempre em crescendo, e dominando os pequenos Fiat’s, no ano de 2004 somou vitórias no Rally 1000 Miglia, San Martino e Castrozza e Rally delle Alpine Orietalli, mas foi azarado nas outras provas, quedando-se apenas pela quarta posição no campeonato, que foi vencido por Andrea Navarra. Foi melhor sucedido no campeonato de terra italiano, onde venceu a classe S1600.

Com a equipa Procar disputa o Europeu de 2005, onde surpreende todos com uma vitória incontestável no Rally da Bulgária. Mas o momento dramático estava guardado para o Rali Vinho Madeira. Dominando de fio a pavio toda a prova, surpreendeu tudo e todos, principalmente aqueles que já acreditavam no Punto S1600. Preparava-se para se tornar dos poucos concorrentes que venciam a prova madeirense no estreia. Como tragédia grega, o Fiat decidiu não colaborar na última especial do rali. Problemas eléctricos fizeram-no perder 19 minutos, caindo para a 25ª posição e entregando de “mão beijada” a vitória a Renato Travaglia. As lágrimas na cara de Basso, num rosto estampado de desilusão entra na história do RVM 2005. O campeonato continou com Barum (Rep.Checa) e Fiat Rally (Turquia) onde quedou-se na segunda posição. Repetiu uma vitória no EKO Rally (Grécia), o que permitiu sagrar vice-campeão europeu.

Passando para as quatro rodas motrizes, onde estreou no Europeu o Fiat Punto S2000, e entrou determinado a conquistar o título europeu. Apesar de começar com o pé esquerdo, com um acidente no 1000 Miglia, venceu o Fiat Rally (Turquia), e conquistou uma quarta posição no Rally da Polónia. Seguiram-se Ypres e Madeira. Venceu ambas, sem oposição, e decidiu a seu favor o título europeu de 2006. Curiosamente, ambas as provas pontuavem para o IRC, e inesperadamente, graças a elas também se venceu o Challenge. A falta de concorrentes fixos no Europeu, aliado ao ano de estreia do IRC (apenas com 4 provas) facilitaram o trabalho de Basso. Mas não tiram o mérito.

A Fiat queria rotatividade de concorrentes, e chamou-o para o competitivo campeonato italiano de 2007. Com rivais de peso – Rossetti no Peugeot 207 e Paolo Andreucci no Mitsubishi EVO IX, conquistou 3 vitórias, e outros pódios, que consagraram com o título nacional italiano. A única prova fora de Itália, foi o Rali Vinho Madeira, que venceu categoricamente, superiorizando-se à díficil armada da Peugeot.

Esta temporada disputa o IRC, e participa também em algumas provas do Europeu. As coisas não correram bem, pois abandonou tanto na Turquia (problemas mecânicos e um capotanço no 1ªdia), como no Rally 1000 Miglia (Caisa de velocidades).

Ao seu lado já teve nomes como Flavio Guglielmi, Marisa Merlin ou Luigi Pirollo, mas foi com Mittia Dotta que saboreou os principais sucessos.

Seu reconhecido sentido de humor é visível no site oficial, com um dos poucos links conectar ao site da Maxim italiana (equivalente à Maxmen portuguesa).

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IRC Portugal: Andreas Aigner

Integrado na Red Bull Rally Team, Andreas Aigner é dos concorrentes mais jovens do PWRC. Mecânico de profissão, este austríaco de 23 anos é ferveroso adepto de desporto, contando-se nas suas modalidades favoritas BTT, Bodyfitness e Skydiver.

Há quatro anos venceu o Red Bull Rallye Driver Search, uma das mais importantes competições europeis de captação de jovens valores. Reconhecido o seu talento para os ralis nasceu uma parceria com a conhecida marca de bebidas energéticas, que dura até hoje.

Em 2004 disputou algumas provas europeias com um Mitsubishi Lancer EVO VI, destacando-se o 3º lugar obtido no Rally de Budapeste (Hungria). Em 2005 fez algumas provas do mundial com um Mitsubishi Lancer EVO VIII de produção sem conseguir resultados dignos de registo.

O salto da sua carreira deu-se em 2006, quando integrou oficialmente a equipa Red Bull Skoda Team, tripulando o Fabia WRC. A viatura estava longe dos principais WRC, e a falta de experiência neste tipo de viaturas foi determinante em resultados mais modestos. Ainda assim deu-se bem com o asfalto da Alemanha, onde alcançou uma excelente 6ª posição, conquistando os primeiros pontos no mundial.

Em 2007 voltou ao escalão do PWRC, com um Mitsubishi Lancer EVO IX. Um 3º lugar na Noruega e um 2º na Grécia são os melhores registos.

Esta temporada conta com Bernardo Sousa na equipa, mas mantém o estatuto de “líder”. Apresenta-se moralizado para o Vodafone Rali de Portugal, pois conquistou a sua primeira vitória mundial no PWRC, no Rally da Argentina. Está incluindo no lote de pilotos com Grupo N convencionais que podem “dar cartas” na prova portuguesa.

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domingo, abril 20

Andreucci vence 1000 Miglia

Decorreu este fim-de-semana o Rally 1000 Miglia, prova pontuável para o campeonato italiano de ralis e para o Campeonato Europeu de Ralis. Disputado em condições climatéricas adversas, principalmente no primeiro dia, com muita chuva e nevoeiro a condicionarem os andamentos, o rali teve em Paulo Andreucci e Anna Andreussi os grandes dominadores.
Aproveitando o facto de sairem com um número de porta alto, devido à não inscrição no europeu, o concorrente do Mitsubishi Lancer EVO IX foi paulatinamente somando triunfos nas especiais, acabando o primeiro dia com pouco mais de 40 segundos para os principais rivais. Luca Rossetti, em Peugeot 207 S2000 e Giandomenico Basso, em Fiat Punto, seguiam-no na tabela, mas pouco mais podiam fazer que esperar por algum percalço no segundo dia de prova.

Mas tal não aconteceu, em asfalto, e já com o piso seco, Andreucci não baixou os braços. Voltou a demonstrar superioridade, e aumentou a vantagem para 51,1 segundos. Luca Rossetti foi o único concorrente que conseguiu se aproximar (na fase inicial) da liderança, mas não teve argumentos para melhor que a segunda posição. A fechar o pódio a mais de 3 minutos e meio ficou Renato Travaglio num Punto S2000. O azarado do dia foi Giandomenico Basso que abandonou com problemas na caixa de velocidades do Punto, quando ocupava a 3ª posição, a mais de 30 segundos de Rossetti.

A prova foi marcada pela estreia dos Impreza N14 da Subaru Italia. Piero Longhi ficou na 4ª posição a mais de 4 minutos de Andreucci, enquanto que numa prova problemática Aghini paenas conseguiu a 11ª posição (a quase 10 minutos). Apesar de alguns bons indicadores, estão muito longe do EVO IX da Ralliart Italia.

Curiosamente os animadores desta prova, Andreucci, Basso e Rossetti, estarão presentes no Rally de Portugal.

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CRRS 2006

Selecção dos melhores momentos do Campeonato Regional de Ralis do Sul de 2006, com edição e produção de Nuno Fontaínhas.

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sábado, abril 19

IRC Portugal: Nicolas Voillouz

Representando as cores da Kronos para 2008, o francês de 32 anos é considerado, pelos analistas desportivos, o principal candidato ao título no IRC. Começou a temporada na melhor condição, vencendo 7 troços no Rali de Instambul, mas à semelhança do que aconteceu na época passada, a fiabilidade não foi sua alida, o que se tornou impeditivo a obtenção de melhores resultados. Acabou o rali turco na segunda posição, a mesma com que terminou a época de 2007, atrás do seu colega, Enrique Garcia Ojeda.

O nome Nicolas Voillouz aparece associado ao BTT. Ele venceu o Campeonato do Mundo de Downhill em Montanha, DEZ VEZES (entre 1992 e 2002), para além de acumular algumas Taças do Mundo da Modalidade.

Em 2002 estreou-se nos ralis co um Peugeot 206 XS, no Rally do Var. Em 2003 participou no Volant 206: um Troféu nacional francês, disputado nos pequenos Peugeot. As suas performances positivas valeram uma participação no Rally do Var com um 206 S1600, acabando na 5ª posição.

Não passando despercebido pela Federação Francesa, em 2004 deu-se a passagem para o WRC, com a Bozian, numa programa de 6 provas. Na primeira prova com um WRC, no Rali de Monte Carlo, discutiu de igual para igual com o colega de equipa-Miguel Campos. Infelizmente, acabaram ambos por abandonar, vítimas de despiste. A adaptação a uma viatura tão competitiva foi evidente e culminou com participações nos ralis da Acrópole, Alemanha, Sardenha, Catalunha e Grâ-Bretanha, obtendo a sua melhor classificação: um honroso 9º lugar. Nesse mesmo ano, ainda efectuou algumas provas no campeonato francês com o novo Peugeot 206 RC, de produção.

Apesar da falta de resultados, fruto também de alguma inexperiência com WRC, a parceria com a FFSA continuou em 2005. Desta vez a bordo de um Subaru Impreza WRC, da First Motorsport, disputou o campeonato francês. Pontualmente também participou em provas do mundial, nomeadamente as de asfalto: Córsega e Catalunha com um Skoda Fabia WRC.

Em 2006, disputou o campeonato francês, com um Peugeot 307 WRC. Venceu 4 provas (Lyon/Charbonnières; Alsace/Vosges; Limousin e Rally du Var) e sagrou-se campeão nacional de ralis. Esse título valeu a incorporação na equipa Peugeot Sport Espana no IRC em 2007. Vitorioso nos Ralis Fiat (Turquia), Barum (Rep.Checa) e Valais (Suiça) foi essencial na conquista do título de marcas pelas Peugeot. Na Madeira, a sua prestação não foi bem sucedida, pois problemas de embraiagem nas primeiras especiais fizeram-no perder muito tempo. Mesmo assim, ainda conseguiu recuperar até à 9ª posição final.
Nesse ano também voltou a praticar profissionalmente corridas de Downhill, após um interregno de 5 anos. Juntamente com a presença no IRC, este desportista francês divide o tempo entre ambas as modalidades, que disputa ao mais alto nível.

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Bruno Magalhães… e os outros

O Rali do F.C.Porto, segunda prova do CPR, tornou-se um autêntico recital de Bruno Magalhães e Mário Castro com o Peugeot 207 S2000. Sem dar hipóteses aos outros, dizimou a concorrência logo na super-especial de abertura, começando com 3,8 segundos em 1,68 quilómetros. Se juntarmos mais cinco vitórias em outras tantas classificativas disputadas, com uma vantagem final superior a 2 minutos (2:08,7), foi uma demonstração de superioridade incontestável. Existe a necessidade de clarificar o facto de ser o primeiro da estrada, em pisos lamaçentos e escorregadios, devido às chuvas que se abateram na região ser benéfico para o piloto da Peugeot. Mas tal não “belisca” em nada a performance da equipa. Atravessamos no nacional, a era “Bruno Magalhães”, que tal como outras (Joaquim Santos, Fernando Peres, Armindo Araújo), demonstra superioridade aos demais.

José Pedro Fontes e António Costa resignaram-se à segunda posição, pois não tem argumentos para melhor. Mesmo queixando-se de problemas de embaciamento nos vidros do Punto, efectou uma prova isolada, aproveitando para se distanciar dos demais adversários.

Dando continuidade às boas exibições Fernando Peres venceu o agrupamento de Produção. Mas não se livrou de uns sustos, com um toque ligeiro e problemas de motor nas últimas especiais. Com a saída de cena do principal adversário (Bernardo Sousa), tinha acumulada vantagem suficiente para levar a viatura até final. Fechou o pódio, a 4m 36,2s do vencedor.

À semelhança do que aconteceu no Rally Torrié, Adruzilo Lopes “esmifrou” o bem preparado Subaru Impreza Spec C para obter o máximo rendimento. Aproveitando os azares alheios subiu à 4ª posição, segundo entre os elementos da produção. A apenas 1,5 segundos de Adruzilo Lopes ficou o vencedor das 2 Rodas, e classe Diesel, Pedro Leal. Queixando-se de alguns problemas de electrónica na fase inicial da prova, acabou num meritória quinta posição, que corresponde ao melhor resultado actual de um Diesel no CPR.

A fechar os lugares pontuáveis, a mais de uma dúzia de minutos da frente, ficaram Pedro Rodrigues em Subaru Impreza WRX, Francisco Barros Leite num Seat Ibiza TDi e Carlos Costa, que venceu o troféu C2 aproveitando da melhor forma o abandono de Paulo Antunes.

Vitor Pascoal teve uma prova para esquecer. O Peugeot 207 S2000 começou a falhar na 3ª especial (rotura do colector) e entrou em “safety mode”, com motor a não passar das 4.000rpm. O tempo perdido ascendeu a 10 minutos, caindo na tabela classificativa. Depois da passagem pela assistência, efectuou o segundo round, finalizando a prova na 11ª posição.

A prova perdeu na fase inicial um dos principais animadores, Bernardo Sousa no Mitsubishi Lancer EVO IX. Devido a um toque que danificou duas rodas, impediu a continuidade numa altura que ocupava a quarta posição da geral, algo distante de Peres. O madeirense havia se queixado da inefiácio do desembaciador da viatura.

Sem razões de satisfação está Ricardo Costa. Depois de penalizado 3 minutos por incumprimento da Super Especial de abertura (problemas de transmissão), o piloto fez uma prova em recuperação, chegando a ocupar a sexta posição da geral. Numa prova que poderia ser memorável, abandonou na derradeira especial com uma avaria mecânica na viatura.

Dando continuidade à senda de abandonos, Pedro Meireles nem arrancou para a prova em estrada. Desta vez foi a “mecânica” do piloto que não ajudou, pois uma forte gripe deixou-o de cama.

Nota final para a desistência de Armindo Araújo com o Mitsubishi Lancer EVO IX de treinos. Problemas eléctricos na primeira especial (Vizo), que se repetiram na segunda (Luilhas), só permitiram que o carro 0, fizesse 6 quilómetros de especiais.

Próxima prova – Rali de Portugal, pontuável para o IRC.

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sexta-feira, abril 18

IRC Portugal: Simon Jean-Joseph

O nome Jean-Joseph é conhecido principalmente pelos madeirenses, pois é um concorrente habitual no Rali Vinho Madeira. Oriundo da Martinica, nunca deixou de promover a sua região, o que lhe valeu o título de desportista do século daquela ilha das Antilhas. Estreou-se nos Ralis em 1989, num ano marcado pela variedade de viaturas – Ford Escort RS 2000, Citroën AX Sport, Renault 5 GT Turbo e Opel Manta. Depois em 1990 foi campeão da Martinica pela primeira vez, com um Renault 5 GT Turbo. Após a aquisição de um Peugeot 309 GTi, voltou a repetir os títulos em 1991 e 1992. Em 1993 decidi atravessar o Atlântico e ingressar no campeonato francês com um Ford Escort Cosworth de Grupo N. Em 1994 disputou a classe A5, com um Peugeot 106 da equipa de Esperança FFSA (Federação francesa). Dificuldades financeiras fizeram-no voltar para as Antilhas em 1995, mas um acidente com o Nissan Sunny GTI-R fê-lo para seis meses.Em 1996 regressa com um Subaru Impreza Gr.A, vencendo três provas das Antilhas e uma em Guadalupe. Decide tentar a sua sorte novamente em 1997 e regressa a França, onde se sagra Campeão francês de Rallyes Amadores – Troféu Ferodo (Subaru Impreza). Aposta no campeonato nacional, e na primeira época vence três provas e é vice-campeão, ainda com o Subaru da equipa Cilti Sport. As suas prestação não passaram despercebidas à equipa oficial da Ford, que lhe propuseram um mini-calendário de 4 provas com o novo Focus WRC no Mundial – as de asfalto. A falta de fiabilidade da viatura fizeram com que apenas se classifica-se em Sanremo na sétima posição. Em 2000 é recrutado pela Subaru, onde participa oficialmente no mundial na Córsega e Sanremo (curiosamente é sétimo classificado em ambas). Paralelamente também faz os campeonato nacional francês e campeonato de terra, onde alcança 3 vitórias (Auxerrois, Auvergne e Diois). Em 2001 participa no WRC com a equipa Kronos tripulando um Peugeot 206 WRC, destacando-se as prestaçãos na Catalunha e Acrópole (melhor privado).
Em 2002 passa para a Renault, onde é contratado para desenvolver o novo Clio S1600. Em 2003 vence o campeonato francês de S1600, e assina excelentes desempenhos no mundial, vencendo a classe em Monte Carlo, Turquia, Grécia e Espanha. Não estava incluido no JWRC devido à idade, mas caso estivesse era um título garantido. Em 2004 vence o campeonato europeu de ralis, com o Team Oreca – averbando vitórias nos ralis de Barum, Tofas, Elpa e Antibes. Em 2005, volta a repetir a experiência europeia, mas queda-se apenas pela terceira posição, com uma vitória no Fiat Rally. Em 2006 continua fiel à marca francesa, mas apenas participa esporadicamente em algumas provas europeias. Aproveitando a sua experiência este no desenvolvimento do Dacia Logan, o projecto do S2000 da Renault (através da marca romena), que posteriormente foi abandonado, e também no desenvolvimento do Renault Clio R3, com a nova plataforma. No final de 2006 a Renault optou por abandonar os ralis, passando a aposta competitiva apenas para Fórmula 1.
O abandono da Renault, fê-lo passar para a Citroën. A parceria não podia ter corrido de melhor forma, pois sagrou-se campeão europeu de ralis com o Citroën C2 S1600 da PH Sport (e em prova de terra num C2 R2), num campeonato onde pontificavam melhores viaturas (S2000 e GrupoN). Actualmente é reponsável pelo desenvolvimento, e promoção do Citroën C2 R2 Max – que estreia em Portugal.

De 2005 a 2007 experimentou as sensações do Dakar. Primeiro com um Mercedes ML e depois com um Buggy Fast & Speed, nunca finalizou a prova. No entanto, em 2006 e 2007 marcou passagem nas estradas algarvias.
No Rali Vinho Madeira, o melhor resultado foi obtido na estreia em 2004, quando fechou o pódio. Em 2005 abandonou vítima de despiste, em 2006 foi sexto com o Clio da Barroso Sport (Sá Competições). Com o Citroën C2 S1600 foi sétimo classificado em 2007, vencendo o Grupo A.

Desde 2000 que o seu companheiro habitual é Jack Boyére (inclusivé no Dakar).
Complementado com a colaboração de autoemocion.

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IRC Portugal: Paolo Andreucci

A lista dos principais inscritos no Rally de Portugal foi divulgada no início desta semana. Apesar de serem nomes interessantes e reconhecidamente rápidos, a maioria necessita de apresentação. Nos próximos dias descreverei algumas informações sobre os concorrentes.

Paolo Andreucci

Uma das maiores surpresas na lista de inscritos é Paolo Andreucci. Este piloto de 43 anos disputa actualmente o campeonato italiano, pelo que as inscurssões no estrangeiro não são muito frequentes. Tripula um Mitsubishi Lancer EVO IX da Ralliart Italia, e é dos poucos concorrentes a nível mundial que conseguem contrariar as viaturas S2000, principalmente numa campeonato tão competitivo e com muita qualidade. É uma mais valia para a prova, e será interessante comparar os andamentos com os “mundialistas” Armindo Araújo, Andreas Aigner, Juho Hanninen e Bernardo Sousa.

Na sua carreira consta todo o tipo de viaturas – Grupo N, Kit Car A7, WRC’s, S1600 e S2000. Na juventude praticava sky alpino professional, mas um problema com os joelhos o fez afastar da competição. Estreou-se em 1987 com um Renault 5 GT Turbo no Rally del Ciooco. Posteriomente disputou o Troféu Uno, antes de passar para a Lancia. De 1994 a 1997, foi piloto da Italia Promotor Sport, tripulando diferentes viaturas, como o Renault Clio Williams, o Peugeot 306 S16 ou um Renault Mégane Maxi. Em 1998 manteve-se fiel ao modelo Mégane, mas passou com a equipa Treviso Rally Team. Em 1999 e 2000 tripulou um Subaru Impreza WRC da Procar, no Europeu, onde destaco a passagem pela Madeira em 1999 com um 4º lugar à geral. Disputou o campeonato italiano de 2001 com um Ford Focus, sagrando-se campeão. Regressou à Procar, que apostou nos Fiat. De 2002 a 2005 tripulou oficialmente um Punto S1600, e pontualmente o Palio S1600 (Tofas Rally da Turquia 2002). Foi uma parceria de sucesso, pois acumulou o título nacional de 2003, aos títulos de S1600 de 2002, 2003, 2004 e 2005 (100% vitorioso na classe). Pela N.Technology, em 2006 foi o primeiro concorrente a estrear o Fiat Punto S2000, disputando e vencendo o campeonato italiano de ralis. Em 2007 passou para a “rival” Mitsubishi Ralliart, onde venceu três provas no campeonato italiano – Rally il Ciocco, Rally Targa Fiorio e Rally de San Crispino. Acabou a época na terceira posição atrás de Giandomenico Basso (Fiat) e Luca Rossetti (Peugeot).

Sua navegadora habitual nas últimas épocas é Anna Andreussi.

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quinta-feira, abril 17

Larry Cols em recuperação

O piloto belga Larry Cols que sofreu um grave acidente, durante os testes no início do mês de Março encontra-se em recuperação, e deu a sua primeira entrevista a um jornal periódico belga. Assumindo uma postura positiva, referiu a sua intenção de voltar à competição, acreditando ser capaz de manter a rapidez que o caracterizava. No entanto, mantém a consciência que levará tempo a recuperar das 24 fracturas na zona pélvica e costelas.

Sobre o acidente que vitimou o engenheiro da equipa, Larry Cols afirma não se recordar de nada.
Entretanto, a equipa Réne Georges já encontrou um substituto para tripular o VW Polo S2000. Trata-se de Bernd Casier que na temporada passada representou a Kronos no IRC.

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quarta-feira, abril 16

Os candidatos belgas

A escolha de Miguel Campos para representante português do BF Goodrich Drivers Team foi recebida com alguma naturalidade. No entanto, ainda existem alguns críticos quanto à forma como decorreu a selecção, e principalmente quanto aos critérios aplicados na mesma. Teoricamente este concurso permitiria lançar carreiras de novos talentos, dando oportundidade aos menos afortunados. Se em Portugal, os nomes de Miguel Campos e Rui Madeira sofreram alguma contestação, tomemos o caso belga como exemplo clamoroso.

Ao contrário do que aconteceu em Portugal, com os candidatos conhecidos apenas no dia da votação, na Bélgica já são conhecidos os nomes dos finalistas para o lugar do Peugeot 207 no Rally de Ypres – Patrick Snijers, Bruno Thiry e Pieter Tsjoen. Até parece brincadeira, mas são estes os finalistas belgas.

O “jovem” Patrick Snijers, conhecido piloto belga, corre desde o final dos anos 70, tem um palmarés invejável com títulos nacionais e europeus. As suas passagens pela Madeira e pelo Algarve são memoráveis, com viaturas como o Porsche 911 SC, Lancia 037 Rallye, Ford Sierra Cosworth, Ford Escort Cosworth e até com um Subaru Impreza WRC. Este concorrente procura efectuar a sua 30ª participação na prova belga.

Bruno Thiry é outro nome muito conhecido dos portugueses. O simpático belga protagonizou uma animada disputa com Miguel Campos em 2003 pelo campeonato europeu, superiorizando-se na última prova, o Rally de Condroz. Venceu o campeonato com os mesmos porntos do português, mas com mais vitórias no ERC. Mas a sua carreira vem de longe, desde os tempos do Kadett GSI, Calibra 4x4 ou o Astra GSi com que disputou a F2 em 1993. Depois ainda passou pelas equipas oficiais da Ford Motor Sport, RAS Ford, Subaru e Skoda. Outro exemplo de um concorrente promissor.

Finalmente, o menos conhecido internacionalmente Pieter Tsjoen. Com 34 anos, já tem 3 títulos com o Toyota Corolla WRC (2001,2003 e 2004). Participou em algumas provas do mundial de 2006 com Ford Focus WRC. Em 2007 com o apoio da Vergokan, planeou participar no IRC, mas depois foi substituido por Freddy Loix. Conta com um apoio muito importante, o de François Duval, que abdicou da competição para apoiar Tsjoen.

Comparando com os concorrentes belgas, Rui Madeira e Miguel Campos são jovens promessas. Afinal o objctivo do BF Goodrich Drivers Team é “desenterrar encalhados” com muita promoção e com um pouco de sorte ainda efectuar bons resultados no IRC. Uma estratégia que poderá dar os seus frutos.

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Gronholm no Europeu de Rallycross

Marcus Gronholm participará num programa do Campeonato Europeu de Rallycross. O piloto finlandês fará equipa com Henning Solberg e Andreas Eriksson ao volante de um Ford Fiesta com 600 cavalos de potência. Curiosamente os três representam as nacionalidades da Escandinávia – Finlãndia, Noruega e Suécia.

No programa de Marcus Gronholm consta a participação em 6 provas no europeu, estando também prevista a presença em alguns eventos escandinavos. Em princípio, a sua estreia ocorrerá em Portugal, no Rallycroos de Lousada, a 3 e 4 de Maio. Exactamente uma semana antes do Rally de Portugal, onde tripulará um Focus como carro zero.

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terça-feira, abril 15

Miguel Campos foi o escolhido

O júri português reuniu-se esta manhã e escolheu Miguel Campos como representante português no BF Goodrich Drivers Team. O piloto famalicense tem assim a oportunidade de regressar à alta competição com uma viatura competitiva, inserido numa estrutura profissional. O responsável da Kronos, Marc Van Dalen foi premptório na análise sobre a escolha, referindo que Miguel Campos deverá lutar por um lugar entre os cinco primeiros.

Como é óbvio o resultado não agrada a todos, principalmente aos adeptos que demonstraram o favoritismo por outros concorrentes. O concurso inicialmente destinava-se a pilotos promissores, que não tinham possibilidades financeiras para participar de forma competitiva nos ralis, com viatura ganhadora. Quando saíram os requesitos para participar no concurso (nacionalidade portuguesa, licença desportiva num dos últimos três anos e e apresentar um currículo) todos os pilotos portugueses podiam participar neste evento. Foram 45 concorrentes que apresentaram a candidatura, alguns mais mediáticos, mas mesmo os mais cépticos sabiam quais os favoritos. Estranhei a ausência de Vítor Calisto entre os candidatos, pois se não tivesse retirado da competição no final da temporada passada, certamente apresentava a sua candidatura. Nem que fosse para demonstrar o irónico da situação.

A Kronos/BF Goodrich em parceria com o ACP escolheram Miguel Campos, Rui Madeira e MEX como finalistas. Os elementos ligados à imprensa procederam à selecção final por voto secreto, tendo Miguel Campos oito votos, Rui Madeira cinco e MEX três votos. A escolha destes três nomes não será de todo surpreendente, pelas razões apontadas anteriormente. A previsão não saiu defraudada.

Efectuando uma análise realista sobre a intenção deste concurso. Em primeiro promover a marca BF Goodrich e a equipa Kronos. Todos o mediatismo inerente a este concurso, mesmo as polémicas promoveram a marca. Falem bem ou falem mal, concordando ou discordando, este evento foi um sucesso para a marca de pneus. Faz lembrar o caso da Bet and Win quando patrocinou a Liga Portuguesa – obteve mais tempo de antena devido à concorrência aos jogos da Santa Casa da Misericódia, do que propriamente pelo patrocínio.

Depois, obviamente que a Kronos gostaria de ter um “trunfo na manga” para o Rali de Portugal. Neste momento tem um dos melhores concorrentes do IRC na sua equipa, o Nicolas Voullouz, e outro que pela experiência também poderá ter uma palavra a dizer – Freddy Loix. Mas, se possível gostavam de ter nas suas fileiras um concorrente que ande nos lugares cimeiros, retire pontos aos adversários, com fácil adaptação à viatura, promova a equipa e com uma relação priviligiada com a imprensa. Não tirando o mérito pelos restantes candidatos, ao aparecer Miguel Campos na contenda, os restantes ficavam em “maus lençóis” – o currículo e experiência falam por si. Desde as relações com a Peugeot Sport, à carreira internacional, aos resultados com as diferentes viaturas de diferentes classes, foi sempre um piloto competitivo. Um dos seus “azares” foi ter como adversário Armindo Araújo, que o relegou para número 2… mas já havia acontecido o mesmo com o Adruzilo no 206 WRC. Tratava-se de um ciclo.

O piloto que mais se aproximava de Miguel Campos era Rui Madeira, tanto pela postura como pelo palmarés. A diferença poderá residir na capacidade de intromisssão nos lugares cimeiros. Neste momento, o piloto de Almada primará pela regularidade, com uma postura mundialista “Sainziana” (anda lá em cima, mas não chega ao topo). No caso da terceira escolha, recaiu sobre o MEX como poderia ter sido outro concorrente equiparado, como António Rodrigues ou Ricardo Teodósio. Nos pârametros da selecção dificilmente eram escolhidos.

Quanto às expectativas para a prova – das duas uma, ou tudo decorrerá dentro do planeado, seguindo as intenções da Kronos. Ou piloto será sacrificado pela imprensa e pelos adeptos, sendo as responsabilidades também atribuidas ao ACP e aos elementos do júri. Neste momento, alguns já recordam as “desculpas” da era Subaru, e a exibição menos conseguida nos ralis internacionais de 2006 – Portugal e Rali Vinho Madeira.

Para completar a informação, falta saber quem ocupará o lugar de navegador do piloto português. Dia 5 de Maio decorrerá o primeiro teste de adaptação de Miguel Campos ao Peugeot 207.

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segunda-feira, abril 14

Falta um dia

Falta apenas uma dia para que decorra a reunião do júri nacional que irá escolher o representante português no BF Goodrich Drivers Team.

Do lote de 45 candidatos, será efectuada uma pré-selecção de 3 concorrentes que será submetido à apreciação do jurí. Posteriormente, o eleito participará numa sessão de testes que decorrerá a 5 de Maio, dias antes do início da prova portuguesa.

Talvez com o intuito de não provocar muitas reacções nos pré-escolhidos, a um dia da selecção final não foram dados a conhecer os finalistas. Para quem acompanha os debates, fóruns, sites e imprensa escrita sabe que existem alguns nomes muito bem colocados, ou que são favoritos para as massas. Pelo palmarés destaco Miguel Campos e Rui Madeira. Pelo carisma e adeptos, os nomes de António Rodrigues e MEX. Pela juventude, Pedro Peres, João Ruivo e Alexandre Camacho. Ao que também se junta pela rapidez e consistência os nomes de Pedro Leal e Ricardo Teodósio. Com toda a certeza que os finalistas estarão neste lote.

Analisando os inscritos, Miguel Campos partirá com natural vantagem - ostenta palamarés invejável, com títulos nacionais absolutos e de produção, e também um vice-campeonato europeu. Tem a particularidade de conseguir adaptar rapidamente a qualquer viatura, e acima de tudo lutar pelos lugares cimeiros, provavelmente imiscuindo-se entre os "homens da Fiat". Rui Madeira também aparece muito bem colocado, pois o título de produção em 2005, e as últimas exibições no Rali de Portugal e Catalunha permitem sonhar com o lugar vago, mas talvez falte rapidez suficiente para as primeiras posições. Os restantes também têm muitas virtuosismos, mas não possuem os créditos que Campos e Madeira possuem. Se apenas contassem a juventude e a ambição certamente os outros nomes estavam na linha da frente.

Amanhã temos piloto.

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Jorge Santos venceu Vidreiro

A 3ª prova do campeonato Open disputou-se na região centro, e teve o terceiro vencedor diferente. Desta feite, Jorge Santos e Vitor Hugo num Citroën Saxo superiorizaram-se à demais concorrência, averbando a sua primeira vitória e ascendendo à liderança do Open. A equipa de Baltar tinha deixado bons indicadores nas primeiras provas e com os problemas dos principais adversários aproveitou da melhor forma para deixar a sua marca no Rally Vidreiro. No entanto a sua prova começou com um percalço: pouco antes do rali começar, a embraiagem do Saxo cedeu e a equipa de assistência teve de trabalhar rapidamente para colocar a viatura operacional.

A primeira ronda dos troços teve em Octávio Nogueira como principal interviniente. Também em Saxo Kit Car, Nogueira assumiu a liderança, mas Jorge Santos não lhe deixava grande margem da manobra. Mas nas três especias da segunda secção Jorge Santos superiorizou-se e a uma PE do fim assumiu a liderança. Desta feita, Octávio Nogueira optou por levar a viatura até final, contentando-se com a segunda posição, e tendo na memória os recentes desaires nas provas do Open.

Uma das surpresas da prova veio da parte de Luís Mota, que voltou às boas exibições com o Mitsubishi Lancer EVO IV. Vencendo a categoria de VSH, e sendo o melhor tracção integral, o piloto do Cartaxo efectuou uma prova meritória, pois andou sempre muito rápido e perto dos homens da frente.

A quarta posição ficou entregue ao melhor representante dos clássicos, José Sousa. Dando continuidade à senda vitoriosa, esta temporada os adversários não conseguem argumentar a superioridade do Renault 5 amarelo. Mesmo assim, a maior ameaça veio da viatura idêntica, no caso Anibal Rolo, que terminou 42 segundos de Sousa, na sexta posição.

Quase sem se dar por ele, Manuel Coutinho efectua novamente uma excelente prova, terminando na quinta posição. Passando praticamente despercebido na prova, e também no Open, este concorrente vai somando bons resultados com o pequeno Peugeot 206 GTi.

Finalmente obtendo um resultado condigno com a exibição, Paulo Correia e Joaquim Alvarinhas levaram o Peugeot 106 Gti à 7ªposição geral. Tendo em conta as variáveis da competição – nomeadamente, os rivais, viatura, competitividade, este resultado peca por tardio. A fechar os lugares pontuáveis ficou José Gomes com o Opel Astra.

De regresso à competição, Pedro Raimundo voltou também aos bons resultados, vencendo com o Peugeot 206 R3 de Grupo N, a competição reservado aos júniores.
O favoritismo que recaiu sobre Pedro Peres desapareceu aquando de um toque na fase inicial do rali, o fez partir o braço da suspensão e perder mais de 4 minutos, afundando-se na classificação. Mesmo efecutando uma prova de trás para a frente, não conseguiu melhor que o 15º lugar. O campeão volta a não somar qualquer ponto, e deixa-se atrasar na contenda da competição.

Outro dos azarados da prova foi João Ruivo. Desta feita o Fiat Stilo não foi aliado do piloto, pois sofreu problemas de transmissão durante toda a prova que o impediu de lutar pelos lugares do pódio. Na estrada acabou na sétima posição, mas uma desatenção da equipa à entrada do Parque Fechado (que nesta prova não permitia entradas antes da hora ideal), os fez penalizar 6 minutos por avanço e cair para a 32ª posição.
Na primeira prova do Troféu FastBravo – em Seat Marbella, que contou com nove concorrentes, a vitória foi para João Barros Leite, que volta aos bons resultados, após ter vencido a primeira prova do junior no Pinhais do Centro, com o Skoda Fabia Diesel.

Ricardo Teodósio voltou a somar terceiro abandono, em outras tantas presenças. Desta vez o Mitsubishi teve problemas mecânicos que culminaram com um princípio de incêndio, após a primeira especial.

Esta prova também não deixará saudades a Joaquim Santos, que viu Ford Escort RS 1800 capotar, após um salto ainda na primeira especial. Mais azarado foi Vitor Torres, que foi atropelado por Carlos Neves (Datsun), quando tentava empurrava o Ford Escort após ter abandonado. Para além dos prejuizos materiais em ambas as viaturas, Vítor Torres acabou com uma perna partida.

O Open prossegue com o Rali de Arganil, a 15 de Maio.

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sábado, abril 12

Pirelli Star Driver

A FIA em conjunto com a Pirelli, anunciou um programa para encontrar e apoiar a entrada de jovens talentos no Mundial de Ralis.

Denominado Pirelli Star Driver, o projecto consiste em encontrar cinco pilotos nos campeonato nacionais FIA durante as temporadas de 2008 e 2009.

Os eleitos em cada ano têm a oportunidade de participar no ano seguinte em seis ralis do campeonato mundial com uma viatura de Grupo N – convencional ou Super 2000. Essa viatura pertencerá a um preparador que efectua um contrato com a FIA. Para ser eleito, o piloto deverá ter menos de 27 anos a 1 de Janeiro do ano em que participe no respectivo campeonato FIA.

Os cinco concorrentes provêm de: Um do médio Oriente, outro da Ásia-Pacífico, outro de África e dois provinientes da Europa, sendo apurados a partir de provas realizadas durante 3 dias.A FIA espera ampliar ao programa à América do Sul em 2009.

O projecto pretende estimular as Federações nacionais a aplicarem apoio a jovens pilotos nos seus eventos. Foram prometidas ajudas económicas pas a formação, promoção e preparação dos pilotos.

Durante 2008 e 2009 será estudada uma forma de desenvolver o programa, que poderá passar por oferecer a possibilidade de um teste com uma equipa oficial do Mundial aos melhores pilotos.

Esta é a resposta directa da Pirelli e da FIA, ao projecto da BF Goodrich aplicado no IRC. Felizmente esta disputa entre pneumáticos está promover o aparecimento de projectos de apoio.

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quinta-feira, abril 10

Armindo Araújo no Rali de Portugal

Finalmente está confirmada a presença de Armindo Araújo no Rali de Portugal. A participação não é inesperada, tratando-se de prova mais importante do calendário nacional, com a visibilidade do IRC, será uma excelente oportunidade para voltar às grandes exibições, e preparar as próximas provas do mundial de produção.

Com o Mitsubishi preparado pela Ralliart Italia Armindo Araújo e Miguel Ramalho entram para o lote de concorrentes com aspiração à vitória geral. Será interessante efectuar a comparação com os concorrentes do IRC que tripulam os S2000 oficiais, mas melhor ainda a comparação inevitável com Bruno Magalhães – outro dos incontornáveis candidatos à vitória.

Armindo Araújo tem a vantagem de conhecer os troços do Rali de Portugal, e quem sabe, com uma dose de inspiração semelhante à de 2006, repetir a com maestria a vitória dessa temporada. Depois de uma participação atípica com o WRC da Mitsubishi, tem a oportunidade de “reconquistar” os espectadores portugueses, que manifestaram desilusão pelo resultado e comportamento de Armindo.

Recordando 2007, as coisas não começaram bem para Araújo, com o acidente no Shakedown, que foi a única “mancha” na prova lusa. De seguida, uma exibição menos conseguida na Super Especial de abertura com derrota no confronto directo com Gareth McHale, não agradecendo o apoio da massa humana do Estádio do Algarve. Apesar de conduzir um WRC inferior, e do confronto directo com Andreas Mikkelsen e Matthew Wilson, não conseguiu finalizar a prova, abandonando a uma especial do fim. Não esquecendo aquele “gritinho” (que correu Mundo) aquando do despiste na especial de Almodôvar. Na última especial nem existiu uma menção ao abandono de Armindo, e pior já havia novo herói nacional. Bruno Magalhães e Paulo Grave foram alvo de grande ovação, escolhidos como melhores nacionais. Um pouco à imagem do “Rei Morto, Rei Posto”. Não foi uma prova fácil de Armindo, aliás, não foi uma temporada positiva para Armindo.

O Rali de Portugal 2008 poderá ser um marco no “regresso” do tetra-campeão nacional aos grandes resultados.

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quarta-feira, abril 9

Rali do Porto Santo adiado

O Rali do Porto Santo não será a segunda prova do Campeonato da Madeira de Ralis, pois a prova foi adiada, em princípio, para meados de Outubro. Em causa está o mau tempo que assola o arquipélago da Madeira, que impede a deslocação dos intervininentes e equipamento.
Esta é o segundo adiamento, depois de um primeiro na semana passada (a 1 de Abril) devido às más condições climatéricas que impediam a atracagem do navio de transporte na ilha dourada.

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terça-feira, abril 8

Peres vence Rali Sical

Não faltou emoção na prova de abertura do Campeonato dos Açores de Ralis mais uma vez com muita chuva à mistura e com um “tira-teimas” soberbo entre Peres e Louro.
Na Super Especial “Litoral” da tarde-noite de sexta-feira, que abria o apetite para as oito especiais de sábado, e ainda com pouca chuva, Fernando Peres/José Pedro Silva foram os mais rápidos ganhando 2,1s a Ricardo Moura/Sancho Eiró, ambos em Lancer Evo9, 5,7s a Nuno e César Rocha num Evo8 e 6,6s aos surpreendentes Fernando Meneses/Lizuarte Mendonça os mais rápidos da F3 com o Saxo Cup. Gustavo Louro/Tiago Azevedo foram quinto com o Lancer Evo9 alugado a Horácio Franco, depois de dois peões que os fizeram perder sete segundos exactos para o comandante.

Na primeira secção do dia de sábado Peres, Louro e Moura dividiram as vitórias nas quatro especiais disputadas – o portuense venceu duas – prevendo emoção para a tardem, já que a diferença entre os três não era superior a 20s e os 21,08Kms da maior especial do rali poderia rapidamente dar uma reviravolta na classificação entre os três principais candidatos. As surpresas da ronda da manhã foram direitinhas para as duplas Meneses/Mendonça e Marco Veredas/Tomás Pires que com os Saxo Cup encerravam o top-five da 2ª secção e superiorizavam-se ao Saxo S1600 de Carlos Costa/Gilberto Carreiro que nunca tiveram a viatura francesa nas melhores condições. Rui Torres/Carlos Pinheiro e Nuno Rocha/César Rocha num Evo9 e Evo8 respectivamente, prometiam forte ataque aos duas rodas motrizes na última secção do rali, enquanto Ricardo Carmo/André Seabra não tinham o Lancer Evo9 nas melhores condições e concluíam esta secção em nono na frente de outra surpresa desta prova a dupla Artur Silva/Manuel Vieira em Saxo Cup.

Logo a abrir a 3ª secção e na especial “Canadinhas/Guerrilhas” com os seus 21,08Kms Louro/Azevedo entram a matar e ganham 21,4s a Peres/Silva e 31,3s a Moura/Eiró. Passam para a liderança com 7,9s sobre os actuais campeões e 29,2s sobre a outra dupla do Team Além Mar. A emoção desta prova de abertura do campeonato açoriano estava ao rubro e nas últimas três especiais Peres/Silva atacam fortíssimo chegando à vitória com 16,9s sobre Louro/Azevedo e 1m15,2s sobre Moura/Eiró, destacando-se a segunda passagem pela maior e mais dura especial do rali onde as três duplas melhoram em muito os seus tempos. Atacando forte também nesta última secção, os irmãos Nuno e César Rocha chegam ao quarto lugar final, na estreia com o Lancer Evo8 alugado a Ricardo Moura, enquanto Torres/Pinheiro encerram o top-five conseguindo também eles ultrapassar os mais rápidos duas rodas motrizes.

Veredas/Pires terminam a 27ª edição do Rali Sical no sexto lugar, triunfando merecidamente nas viaturas até 1600cc, e levando a melhor sobre a dupla Meneses/Mendonça – 2º na F3 – e Sérgio Silva/Duarte Lima que foram oitavos e encerram o pódio dos 1600cc com o 206 GTI, ultrapassando nesta fase final a dupla Silva/Vieira quarta na F3 e 10º da geral. Carmo/Seabra levaram com alguns problemas o Lancer Evo9 ao nono posto, enquanto Costa/Carreiro apesar de alguns problemas, desiludiram com o Saxo S1600 sendo apenas 11º na frente de Paulo Pereira/Bruno Pimentel que triunfaram na categoria diesel com o Fabia RS TDI.

Na categoria 1601-2000cc Abel Carreiro/Duarte Martins lideraram até à última especial da 2ª secção desistindo com o motor partido no Punto HGT, mas sempre com uma curta vantagem sobre os actuais campeões Olavo Esteves/Ricardo Coelho em Clio 2.0 RS que triunfaram de novo na F2 no asfalto terceirense. Com os abandonos cedo de Fernando Amaral – acidente na ligação para a 2ªPE – e Gilberto Ferreira – despiste na 3ªPE – Augusto Ferreira/Marlene Ferreira perderam o segundo lugar na penúltima especial do rali entregando essa posição ao Punto HGT de Nuno Cintra/Rui Teixeira.

Claudio Cabral e Paulo Simões ao volante de um Opel Corsa GSI ganharam a prova de abertura do Regional dos Açores VSH depois de um verdadeiro golpe de teatro na primeira passagem pela maior especial deste rali “Canadinhas/Guerrilhas” com 21,08 Kms. Marco Sousa/Miguel Bendito lideres até então com o “rapidíssimo” Uno Turbo, pararam a meio da especial para resolver um problema na admissão do turbo do carro italiano perdendo 3 minutos e meio e muito provavelmente a primeira vitória da carreira, entregando de bandeja a vitória à dupla do Corsa. Sousa/Bendito foram a dupla do rali entre os VSH ganhando 5 das 7 especiais percorridas depois de canceladas as 2ª e 5ª PE, e depois do tempo perdido recuperaram ainda do 5º ao 3º lugar final.

Ricardo M. Moura/Fernando Mendes chegaram a liderar após a 3ª especial, mas atrasaram-se em mais de um minuto e também hipotecaram as hipóteses de triunfar. Na estreia do Peugeot 205 GTI a dupla Marco Pinto/Paulo Serpa foram quartos classificados perdendo nos últimos dois troços o último lugar do pódio sendo a única dupla da ilha do Pico a concluir a prova das 5 que estiveram presentes. Encerrando o top-five concluíram os estreantes Paulo Veredas/César Augusto em AX Sport, enquanto Cecília Augusto/Sandra Santos triunfaram com o pequeno Cinquecento nas senhoras depois do despiste do Clio 1.2 de Mariana Godinho/Raquel Pinheiro.

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segunda-feira, abril 7

Baja Terras D’el Rei 2008

Decorreu este fim-de-semana mais uma prova pontuável para o nacional de todo-o-terreno, a Baja Terras D’el Rei. A prova organizada pelo Clube Automóvel do Algarve, que também pontuou para o campeonato espanhol, disputou-se nos trilhos de Castro Marim e Alcoutim, passando no último dia para a “vizinha” Espanha.

A vitória sorriu aos campeões nacionais Miguel Barbosa/Miguel Ramalho num Proto Dessoude Nissan, que fruto de uma vitória no prólogo que permitiu sair na frente para os primeiros sectores selectivos, não permitindo que os principais adversários atacam-se. Em estreia do BMW X3 da X-Raid Gmbh, Filipe Campos deixou uma imagem muito positiva. Devido a um problema nos intercomunicadores, o prólogo foi feito à vista, pelo que perdeu algum tempo. Atacou Miguel Barbosa nos sectores de Sábado, mas quando seguia no pó deste na parte da tarde, deu um toque e sofreu um furo que o fez perder muito tempo. No último dia venceu o sector espahol mas foi insuficiente. A segunda posição é meritória, mas a exibição promete o aparecimento de vitórias muito brevemente.

A quarta posição ficou para o colega de equipa Bernardo Moniz da Maia, também num X3, que se superioriozou na fase final ao estreante Pedro Matos Chaves num Toyota RAV4. Substituindo João Ramos na viatura japonesa, o antigo campeão de ralis deu boa conta de si, apesar de se queixar do desgaste físico que a prova acarreta. O andamento era típico de um concorrente de ralis, e nestas andanças é díficil aguentar esse ritmo por muitos quilómetros.

Na quinta posição ficou o melhor representante espanhol Santiago Anglada num Mitsubishi L200. A forte presença espanhola na prova, não deixou despercebida, principalmente na diferença de andamentos, mas também de “montadas”. Em Portugal o investimento na modalidade é muito forte. Talvez a explicação resista no facto dos espanhóis apostarem am provas internacionais – Mitsubishi e VW, Roma e Sainz e Repsol são exemplos.

A prova também foi marcada pela estreia do Depieres dos algarvios Miguel Farrajota e Nelson Ramos. Não foi de todo bem sucedida. Primeiro os atrasos na finalização da viatura, depois um problema à saida do parque de partida, e uma prova em que não foi possível verificar o exponencial da viatura. Talvez num futuro próximo. Azarados também foram Pedro Gameiro que capotou no prólogo e Pedro Grancha que sofreu um despiste com a Nissan Navarra Off Road.

A prova também contou com a presença dos algarvios Paulo Sampaio/Vilson Amado e Julio Ferreiro/Armando Barradas, ambos em Nissan Terrano de categoria T8. A sorte não quis nada com estas equipas, que desistiram vítimas de avaria. Apesar de inscrito Gonçalo Cruz e Luís Bento não conseguiram colocar o Suzuki Santana pronto a tempo. Não passaram nas verificações,”morrendo o sonho na praia”… de Monte Gordo.

Assiti a apenas ao prólogo da prova, que sofreu alterações de última hora, com passagem pelo Azinhal. Apesar de ser um dia de semana (Sexta-Feira), compereceram muitos espectadores, mas na sua maioria eram competidores, elementos de equipa ou familiares. A companhia para a prova foi do José Correia, mas a procura de um lugar para filmar isolou-me do grupo. Coloquei-me numa curva mais apertada abaixo dos moinhos, onde estavam também Albano Loureiro (membro da ARC Sport) e a comitiva da Toyota, entre os quais João Ramos. A prova até foi interessante, mas ainda falta algo ao nacional – rapidez, quantidade, qualidade… ou talvez estar habituado aos ralis.

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