O Rali do F.C.Porto, segunda prova do CPR, tornou-se um autêntico recital de Bruno Magalhães e Mário Castro com o Peugeot 207 S2000. Sem dar hipóteses aos outros, dizimou a concorrência logo na super-especial de abertura, começando com 3,8 segundos em 1,68 quilómetros. Se juntarmos mais cinco vitórias em outras tantas classificativas disputadas, com uma vantagem final superior a 2 minutos (2:08,7), foi uma demonstração de superioridade incontestável. Existe a necessidade de clarificar o facto de ser o primeiro da estrada, em pisos lamaçentos e escorregadios, devido às chuvas que se abateram na região ser benéfico para o piloto da Peugeot. Mas tal não “belisca” em nada a performance da equipa. Atravessamos no nacional, a era “Bruno Magalhães”, que tal como outras (Joaquim Santos, Fernando Peres, Armindo Araújo), demonstra superioridade aos demais.
José Pedro Fontes e António Costa resignaram-se à segunda posição, pois não tem argumentos para melhor. Mesmo queixando-se de problemas de embaciamento nos vidros do Punto, efectou uma prova isolada, aproveitando para se distanciar dos demais adversários.
Dando continuidade às boas exibições Fernando Peres venceu o agrupamento de Produção. Mas não se livrou de uns sustos, com um toque ligeiro e problemas de motor nas últimas especiais. Com a saída de cena do principal adversário (Bernardo Sousa), tinha acumulada vantagem suficiente para levar a viatura até final. Fechou o pódio, a 4m 36,2s do vencedor.
À semelhança do que aconteceu no Rally Torrié, Adruzilo Lopes “esmifrou” o bem preparado Subaru Impreza Spec C para obter o máximo rendimento. Aproveitando os azares alheios subiu à 4ª posição, segundo entre os elementos da produção. A apenas 1,5 segundos de Adruzilo Lopes ficou o vencedor das 2 Rodas, e classe Diesel, Pedro Leal. Queixando-se de alguns problemas de electrónica na fase inicial da prova, acabou num meritória quinta posição, que corresponde ao melhor resultado actual de um Diesel no CPR.
A fechar os lugares pontuáveis, a mais de uma dúzia de minutos da frente, ficaram Pedro Rodrigues em Subaru Impreza WRX, Francisco Barros Leite num Seat Ibiza TDi e Carlos Costa, que venceu o troféu C2 aproveitando da melhor forma o abandono de Paulo Antunes.
Vitor Pascoal teve uma prova para esquecer. O Peugeot 207 S2000 começou a falhar na 3ª especial (rotura do colector) e entrou em “safety mode”, com motor a não passar das 4.000rpm. O tempo perdido ascendeu a 10 minutos, caindo na tabela classificativa. Depois da passagem pela assistência, efectuou o segundo round, finalizando a prova na 11ª posição.
A prova perdeu na fase inicial um dos principais animadores, Bernardo Sousa no Mitsubishi Lancer EVO IX. Devido a um toque que danificou duas rodas, impediu a continuidade numa altura que ocupava a quarta posição da geral, algo distante de Peres. O madeirense havia se queixado da inefiácio do desembaciador da viatura.
Sem razões de satisfação está Ricardo Costa. Depois de penalizado 3 minutos por incumprimento da Super Especial de abertura (problemas de transmissão), o piloto fez uma prova em recuperação, chegando a ocupar a sexta posição da geral. Numa prova que poderia ser memorável, abandonou na derradeira especial com uma avaria mecânica na viatura.
Dando continuidade à senda de abandonos, Pedro Meireles nem arrancou para a prova em estrada. Desta vez foi a “mecânica” do piloto que não ajudou, pois uma forte gripe deixou-o de cama.
Nota final para a desistência de Armindo Araújo com o Mitsubishi Lancer EVO IX de treinos. Problemas eléctricos na primeira especial (Vizo), que se repetiram na segunda (Luilhas), só permitiram que o carro 0, fizesse 6 quilómetros de especiais.
Próxima prova – Rali de Portugal, pontuável para o IRC.
Sem comentários:
Enviar um comentário