quinta-feira, agosto 30

Testes Ralis a Sul

Video dos melhores momentos da sessão de testes do Team Ralis a Sul

Leia Mais

Portugueses em bom nível no Rali de Ferrol

Decorreu no passado fim-de-semana mais uma jornada do campeonato espanhol de ralis, o Rali de Ferrol, que contou com a presença de três equipas portuguesas.
Com o intuito de preparar a fase de asfalto, MEX Machado dos Santos e António Costa , levaram o Mitsubishi Lancer EVO IX ao Rali de Ferrol. Depois de bons indicativos no shakedown, onde efectuou um segundo lugar, no dia de prova deu continuidade aos bons resultados. Com uma rapidez considerável, foi evoluindo durante a prova, tanto em termos de performance, como em adaptação do trinómio piloto/navegador/viatura. Acabou na quarta posição, na frente de alguns pilotos muito rápidos, como é o caso de Yeray Llemes.
Em estreia absoluta “fora-de-portas”, que é como quem diz fora da Madeira, a dupla Emanuel Caldeia/ Narciso Chaves participaram na prova, inseridos na classe reservada aos Históricos. O piloto madeirense deu um “ar da sua graça” no shakedown, com passagens muito exuberantes do Escort MK II, deixando o público presente muito satisfeito. Depois de ganhar “adeptos”, durante a prova primou pela exuberância em detrimento do tempo, mas mesmo assim, e graças a alguns azares dos principais adversários assumiu a liderança da competição. Infelizmente, um despiste provocou algumas mazelas na viatura, na última especial, e retirou a esperada vitória, pois o abandono era inevitável. Não posso deixar de referir todo o destaque dado pelos meios de informação madeirenses (nomeadamente a sites da especialidade), que chegaram às centenas de artigos sobre a prestação de Caldeira em Espanha.
Quem também se apresentou na Galiza foi Carlos Oliveira, com o intuito de preparar a fase de asfalto do Challenge C2, finalizou a prova num meritório 18.º lugar. Aproveitando para adaptar ao carro, também efectuou alguns testes durante ao rali, nomeadamente a nível de afinações.
A vitória na prova ficou na posse de Sergio Vallejo que impos o seu Porsche 911 GT3 à demais concorrência, beneficiando dos abandonos de Miguel Fuster (Punto S2000) e Alberto Hevia (Polo S2000). Logo atrás finalizaram os Mitsubishi Lancer EVO IX de Victor Senta e Josep Basols que completaram o pódio. O melhor representante dos S1600 foi Joan Vinyes com um Citroën C2 S1600 na sexta posição.
A prova também ficou marcada pela estreia do Suzuki Swift de Grupo N, pelas mãos de Amador Vidal. A marca tenciona criar um troféu nacional em Espanha – Copa Suzuki Swift, mas que poderá também se realizar “fora de portas”, nomeadamente em Portugal. Para a próxima prova – Principe das Asturias, já está prevista a participação de Pedro Burgo com esta viatura, com o intuito de trabalhar as afinações.

Leia Mais

quarta-feira, agosto 29

Nelson Évora trás Ouro para Portugal

Na passada segunda-feira ocorreu um facto digno de registo, e que me satisfaz muito registar. O português Nelson Évora venceu o concurso de Triplo Salto, com um registo fabuloso de 17,74 metros, deixando para trás rivais de peso – como Jadel Gregório do Brasil e o antigo campeão Walter Davis do EUA. A sua proeza colocou Portugal no mapa dos vencedores em provas de Atletismo. Já se passaram tantos anos desde que outros atletas conseguiram registos semelhantes que não resisti à pesquisa. Os últimos a conseguirem tal proeza foram Carla Sacramento nos 1500 metros, no mundiais de Atenas em 1997, e Fernanda Ribeiro que venceu os 10.000 metros nos Jogos Olimpicos de Atlanta em 1996.
É a primeira vez que escrevo umas palavras sobre um assunto que não motorizado, e faço-o com enorme satisação, e aproveito para chamar a atenção para as outras modalidades nas quais também somos (os portugueses) bons.
Finalmente vi na capa de um jornal desportivo, algo não relacionado ao futebol, com devido destaque à prestação do medalhado português. Foi no jornal “A Bola”, pois o outros dois jornais preferiram dar a capa à nova contratação do Benfica, Sporting ou F.C.Porto. Viva ao atletismo português, viva as modalidades alternativas (não gosto de referir como amadoras), e muitos parabéns ao Nelson Évora.

Leia Mais

IRC: Nicolas Vouilloz vence Rali de Barum

Decorreu no passado fim-de-semana mais uma prova do Intercontinental Rally Challenge, o Rali de Barum na Républica Checa. Contando com os principais candidatos ao IRC, que também marcaram presença na Madeira, a grande novidade era a presença de Anton Alen como segundo piloto da Fiat Abarth, e a troca de Renato Travaglia do Mitsubishi Lancer EVO IX por um Fiat Punto S2000.
A prova disputada em asfalto, era constituida por especiais muito rápidas, alternadas entre percursos largos e sinuosos, com estrada em campo aberto, ou rodeada por árvores, e algumas partes dentro de zonas habitacionais. A toda esta alternância se juntava a sujidade da estrada, provocada pelos cortes nas curvas, e que provocando desgaste nos pneus muito contribuiu para o desfecho do rali. Objectivamente, foram os furos que promoveram o desfecho do rali.
Nicolas Vouilloz foi o concorrente que menos foi afectado pelos azares, diga-se furos e problemas mecânicos. Deixou vincada nas duas primeiras especiais que estava ali para vencer, mas na terceira especial, uma das mais longas e sinuosas que o concorrente da Peugeot España deixou fugir a liderança, não sentido à vontade, levantou muito o pé e deixou os adversários afastarem-se. Quem aproveitou foi o seu companheiro de equipa, Enrique Garcia Ojeda que assumiu a liderança até à última especial do dia, quando um furo o fez perder algum tempo, o suficiente para deixar a liderança à mercê de Freddy Loix num Fiat Punto. O piloto belga acabou o dia à frente do rali, demonstrando habituação rápida à viatura e ao navegador, que aliado à habituação a estes traçados característicos, muito semelhantes a alguns de provas belgas permitiam o sucesso.
No segundo dia quando tudo se conjugava para que a vitória sorrisse a Loix, um furo no final do rali, o fez perder muito tempo, danificando a suspensão após um despiste levando ao seu abandono. Deixou caminho livre para que Enrique Garcia Ojeda vencesse a prova checa… Mas tal não aconteceu, pois na última especial Ojeda viu um amortecedor do Peugeot 207 quebrar, e deixou a vitória nas mãos de Vouilloz. O piloto francês teve um dia inverso ao anterior, começou de trás e acabou na frente. Apesar de algum desalento de Ojeda, a segunda posição permitiu-o ascender à liderança da competição, agora que ainda faltam três provas para o final. A dobradinha da Peugeot também foi o suficiente para assumir a liderança do campeonato de marcas.
A terceira posição ficou na posição do concorrente local Vaclav Pech em Mitsubishi Lancer EVO IX. O piloto que lidera actualmente o campeonato checo teve uma prova muito discreta, sem efectuar tempos muito interessantes, sempre abaixo dos cinco primeiros. Mas primou pela regularidade, e todos os azares que afectaram os seus adversários contribuiram para um lugar no pódio.
Por outro lado, o rapidíssimo Roman Kresta demonstrou estar ao mais alto nível. Aos comandos de um Lancer EVO IX fez tempos de registo, entre os três primeiros, e com certeza demonstrou argumentos para lutar pela vitória. Não aconteceu porque na primeira especial de estrada, o checo furou perdeu dois minutos e meio, exactamente a diferença final para o vencedor da prova, acabando na quarta posição.
O quinta lugar ficou na posse do belga Bernd Casier em Peugeot 207 S2000. O representante da equipa Kronos teve um início de prova desastroso, com uma saída de estrada para um …. galinheiro, perdendo algum tempo. Mas a restante prova foi de regulariadade, aproveitando os azares alheios para repetir o resultado alcançado na Madeira.
No sexto lugar ficou o local Vaclav Arazim em Mitsubishi Lancer EVO IX, que jogou com a regularidade e fiabilidade na intrusão entre os S2000. Logo atrás, o anterior líder do IRC, Andrea Navara, e melhor dos Punto’s. O piloto italiano estava longe de esconder o seu descontentamento com as prestações nas duas provas da Madeira e Barum. Desta feita, a falta de rapidez também juntou o azar de um despiste e um furo que o fez perder muito tempo. Paulatinamente foi subindo na tabela, até chegar à sétima posição e somar mais dois pontos. Sai da ronda checa com a segunda posição, a cinco pontos de Ojeda e com Vouilloz no seu encalçe. Se Navarra teve um resultado negativo, Anton Alen conseguiu não pontuar. Jogando num terreno desfavorável (asfalto) o piloto finlandês dava um ar da sua graça, ao colocar-se entre as primeiras posições. A prova de Alen acabou aquando de um despiste do Punto S2000.
A fechar os lugares pontuáveis ficou Renato Travaglia. O piloto italiano estreava-se a bordo de um Fiat Punto S2000 e mostrou-se muito rápido e consistente até furar… por duas vezes, nas duas etapas, acumulando demasiado tempo no cronómetro. A oitava posição foi uma mal menor tendo em conta o tempo perdido.
Nas duas rodas motrizes Simon Jean-Joseph voltou a demonstrar muita rapidez, mas desta feita, os furos e uma escolha de setup da suspensão incorrecta, permitiu ao polaco Grzegorz Grzyb em Suzuki Swift vencer a categoria. Foram nono e décimo respectivamente.
A prova ficou marcada negativamente pela morte de um concorrente. O número 81 de porta, Pavel Karlik depistou-se violentamente com o seu Opel Astra GSI. Do despiste resultaram sequelas graves no seu navegador Ludek Kocman, que levou ao seu óbito. Este facto ensonbrou a prova e impediu a existência de festejos no final. Uma atitude em todo o nível correcta.
A próxima prova é em Sanremo, naquela que é considerada a prova mais importante do calendário do IRC.

Leia Mais

quinta-feira, agosto 23

Team Ralis a Sul em convívio

Num dos primeiros fins-de-semana de Agosto, alguns elementos do Team Ralis a Sul juntaram-se para promover uma acção de promoção da equipa junto de alguns patrocinadores e alguns meios de comunicação social.
Inicialmente estava prevista a presença de toda a equipa, no entanto devido aos atrasos nas preparação das restantes viaturas, apenas o Nuno Pinto e o Bruno Andrade se apresentaram com as sua viaturas, Mitsubishi Lancer EVO III e Subaru Legacy 4WD, respectivamente.
O Troço escolhido foi próximo de São Brás, mas que não é utilizado em nenhuma prova automobilistica. Durante a manha foi montada toda a logística, com a presença do camião e mecânicos da Teodósio Competições, e de alguns elementos do Team Ralis a Sul que fecharam o troço, com o intuito de fazer um reconhecimento prévio, e permitir a realização da promoção em total segurança.
Para além das “voltinhas” com os diferenciados elementos, realizou-se uma “almoçarada” ao ar puro, num restaurante no “Barranco do Velho”, com toda a comitiva. Entre os convidados contava-se Pedro Miguel Ramos que é conhecido empresário e apresentador de televisão. A reportagem do evento ficou a cargo do Paulo Moreno, do Pilotos e Máquinas, e da fotografia o responsável foi José Charata.
Aproveitando o momento, também filmei as mais variadas passagens dos dois colegas de equipa, e finalmente tive a oportunidade de experimentar o Mitsubishi Lancer EVO III com o Nuno Pinto. Foi uma experiência imperdível, com uma demonstração de equilibrio entre piloto e máquina, com muita rapidez e espectacularidade à mistura. Fico desde já agradecido pela “boleia”, sempre na ânsia de voltar a experimentar.
O azar atingiu o Bruno Andrade, que partiu os carretos da segunda velocidade do Subaru, durante uma das primeiras voltas. Apesar da prsença no local dos mecânicos, o problema não carecia de solução rápida, e o Bruno juntou-se à comitiva que zelava pela segurança, fechando um dos acessos.
Foi uma experiência muito produtiva, e para repetir, se possível com os restantes elementos da equipa.

Leia Mais

Equipas Stobart em perigo

A Stobart é a principal empresa de transporte do Reino Unido e um dos principais patrocinadores de várias equipas no mundial de ralis. Após a recente fusão com a Westbury Property Fund, foram anunciados cortes nos financiamentos a activades desportivas, nomeadamente patrocinios a equipas de ralis.
Esses cortes orçamentais podem colocar em risco a presença da segunda equipa da Ford no Mundial com Jari-Matti Latvala, Henning Solberg e Matthew Wilson, assim como a de Barry Clark no Troféu Fiesta Sporting ou Mark Higgins que disputa Mundial de Produção.
Segundo fontes inglesas, o primeiro afectado será Mark Higgins. Já se Latvala e Solberg apresentam alguns resultados dignos de registo no mundial, o caso de Matthew Wilson é diferente. No segundo ano que participa no mundial continua "muito longe" dos pilotos mais rápidos, e obviamente está na equipa por ser "filho do patrão".
Já Barry Clark poderá ser o menos mediático, mas sagrou-se no Rali da Alemanha vencedor do Troféu Fiesta Sporting, fazendo o pleno de vitórias nas cinco provas que participou - Noruega, Portugal, Itália, Finlândia e Alemanha, nunca dando reais chances à demais concorrência.

Leia Mais

Astra como 2ª equipa da Citroën

Segundo algumas notícias veinculadas em media italianos, a equipa Astra poderá tornar-se a equipa satélite da Citroën em 2008, após a sua fusão com a PH Sport. As viaturas a usar serão os Citroën C4 WRC que esta temporada servem a equipa oficial e, os nomes de Toni Gardemeister e François Duval são insistentemente referidos como pilotos oficiais. Curiosamente são os mesmos nomes apontados como prováveis na Suzuki.
A união da Citroën com a Kronos chega ao fim, uma vez que esta equipa deslocará os seus esforços para os Peugeot belga oficiais que disputam o IRC.

Leia Mais

terça-feira, agosto 21

Outras notas do RVM 2007

A prova foi pródiga em noticias, e situações, que ainda não tive tempo de explorar. Apesar de já ter passado um "tempinho" deixo algums notas relevantes retiradas de alguns media, e outros que são pessoais.
- O Shakedown da prova voltou a se realizar na zona da Matur no entanto o parque de assistência foi no Porto Novo, substituindo a zona inferior à pista do aeoroporto. Saindo de uma zona típica e propícia para a captação de imagens (por baixo dos pilares), no Porto Novo a acessibilidade estava melhorada, e o cotnacto com os concorrentes facilitado. O único ponto negativo resultada do muito pó levantando pelos concorrentes.
- A dupla da Peugeot Total, Bruno Magalhães/Paulo Grave, averbou o melhor tempo no shakedown (1:52,0) levando a melhor sobre os dois Fiat Punto Abarth oficiais, de Giandomenico Basso e Andrea Navarra, com 0,7 e 1,6 segundos de vantagem, respectivamente. O melhor concorrente, não S2000 foi Renato Travaglia que levou o Mitsubishi Lancer EVO IX ao quarto tempo, ex-aqueo com o melhor representante da Peugeot Espanha, Nicolas Vouilloz. Simon Jean-Joseph foi o melhor classificado entre as viaturas do Agrupamento de Turismo, com o Citroën C2 S1600, fechando o top ten, deixando a concorrência dos S1600 madeirenses a mais de dois segundos. O melhor representante local foi Bernardo Sousa que em estreia do Mitsubishi Lancer EVO IX, demostrou a sua habitual irreverência.
- Os dois Honda Civic Type-R R3 fizeram a sua estreia em Portugal. Barulhentos quanto baste, Dani Solá e Luca Betti mostram que os carros japoneses podem ser competitivos. As performances do shakedown fizeram supor que disputariam lutas interessantes com os melhores S1600, no entanto, tal não se verificou, mas com evolução quem sabe. Ao mesmo tempo foi reiterada a ideia que a Honda aposta na classe R3, e não na criação de um S2000 como antes foi avançado.
- A não presença de Vitor Sá no Shakedown do Rali Vinho Madeira valeu-lhe uma multa de 800 Euros. No fundo acabou por ser o preço a pagar por passar a utiliza um motor cedido pela formação oficial da Abarth (aparentemente a cedência do motor só se verificaria após o shakedown, para previnir eventuais problemas).
- Também José Pedro Fontes teve de trocar de motor no Shakedown. Um parafuso no volante motor partiu-se e como medida de precaução a equipa decidiu mudar o motor.
- Foram muitas as caras conhecidas que acompanhavam a prova. Um dos "grupinhos" interessantes era composto por Armindo Araújo, Armando Oliveira, Pedro Meireles, Pedro Mendes Gomes, Paulo Primaz e Nuno Rodrigues (navegador de PMG), que apesar de ausentes não deixaram de verificar as prestações de outros concorrentes. Rui Madeira também esteve presente na Madeira para acompanhar de perto o rali. Quase certa está a sua presença no Rali da Catalunha com um lancer Evo IX da AR Vidal.
- Renato Travaglia foi o mais rápido na Super-Especial do Rali Vinho Madeira, batendo com o seu Mitsubishi Lancer Evo IX, magistralmente conduzido, toda a armada dos S2000. Basso, Vouilloz e Magalhães ocuparam as posições seguintes tendo os quatro primeiros ficado separados por 0,6 segundos.
- A pretensa candidatura do Rali de Portugal ao IRC tem gerado alguma polémica, com a organziação alguns media madeirenses a acusarem o ACP de tentar desviar o IRC para o Rali de Portugal. De momento o Rali Vinho Madeira tem um contrato por mais dois anos que obviamente pretende manter. Contudo, o ACP afirmou na altura que a posição do Rali Vinho Madeira estaria sempre salvaguardada, pelo que a polémica não tem razão de existir.
- Para o Rali Vinho Madeira foram acreditados mais de 80 jornalistas internacionais, o que prova bem o interesse que a prova despertou a no estrangeiro.
- Lamberto Jardim, responsável pela segurança, teve uma excelente atitude no gancho do Santo da Serra. Sem arrogância nem prepotência, Lamberto Jardim falou educadamente e com inteligência para o muito público presente do lado de fora da curva, conseguindo levar a bom porto as suas intenções quanto à colocação de alguns espectadores. Um exemplo a seguir.
- No cruzamento do Poiso, no troço de Terreiros, a organização tomou uma excelente iniciativa, ao aproveitar os diversos triângulos desse cruzamento para fazer uma chicane no meio do troço, que proporcionou um excelente espectáculo. Mais um exemplo a seguir por outras organizações.
- Bernardo Sousa chegou a surpreender, ao liderar entre os concorrentes nacionais. Só que mais uma vez acabou fora de estrada. A sua enorme claque de apoio, com camisolas a dizer "Força Bébé", teve que recolher mais cedo a casa. Infelizmente, e dado as últimas prestações, o despiste foi um resultado inevitável, e quase dado como adquirido. A acidente não teve consequências piores apenas por sorte, uma vez que alguns ramos de árvores chegaram a perfurar o veículo, muito próximo dos seus ocupantes, principalmente do navegador Paulo Babo.
- A Peugeot Portugal resolveu prestar uma homenagem a Carlos Barros, pela sua dedicação e mérito ao serviço da equipa de Ralis, que já leva 30 anos. A homenagem ocorreu na quinta-feira, ainda antes da Super Especial, no Parque de Assistência. Como "prenda" final o segundo lugar de Bruno Magalhães, foi a "cereja em cima do bolo".
- Foram apenas 10 os pilotos que voltaram ao Rali Vinho Madeira ao abrigo do Super-Rali. Andrea Navarra foi para a estrada apenas para fazer alguns testes de pneus em asfalto, preparando as próximas provas do IRC, pois nem chegou a sair do parque fechado na primeira etapa.
- Vitor Lopes optou por não continuar em prova nesta 2ª Etapa quando o seu Citroen C2 S1600 estava em perfeitas condições. Foi a maneira que o piloto arranjou para protestar contra a organização face à ordem de partida que tinha para a estrada no 2ª dia. Assim, a sua participação no Campeonato Madeirense acabou na primeira etapa do RVM. Relembro que a participação de Vitor Lopes na prova esteve condicionada pelo "folhetim" que foi a venda da sua viatura.
- Mais uma vez a Antena 3 da Madeira esteve irrepreensível no trabalho de acompanhamento que desenvolveu no decorrer no Rali Vinho Madeira, contando com a colaboração de muitos ouvintes que vão dando importantes indicações directamente dos troços. Mas como não há bela sem senão, infelizmente, e uma vez mais a ligação pela net não esteve ao melhor nível, pois com quebras frequentes na ligação, devido ao elevado número de internautas ligados o acompanhamento fora da região foi complicado. Como alternativa as transmissões da PEF e TSF Madeira estiveram disponíveis e apesar de sem o brio da Antena 3, fizeram uma cobertura completa.
- A equipa Peres Competições teve mais uma fim-de-semana para esquecer. Fernando Peres desistiu por duas vezes no mesmo rali, e Francisco Tavares voltou a não ter sorte na prova madeirense. Depois de ter sido assistido por uma equipa médica, devido a uma quebra de tensão, o piloto despistou-se com o EVO IX, não dando possibilidade aos mecânicos de recuperarem a viatura a tempo da 2ª etapa, abandonou a prova.
- Enrique Garcia Ojeda penalizou 1m10s na segunda etapa do Rali Vinho Madeira. 20 segundos dessa penalização foram perdidos na assistência a substituir a caixa de velocidades e os restantes 50 segundos foram na estrada onde o piloto teve que concluir o trabalho. Chegou a pairar o espectro da desclassificação, porque o espanhol teria recebido ajuda ilegal, mas como tal não se provou, Ojeda foi mesmo o 3º classificado.
- Os projectos da equipa BPN Amarante estão indefinidos. Se por um lado antes do RVM, responsáveis da equipa afirmaram que o futuro passa por evoluir em 2008 para o novo Subaru Impreza WRX. Após, e tendo em conta as prestações menos conseguidas, face à demais concorrência já era afirmada a necessidade de encontrar soluções para as três provas (de asfalto)que faltam disputar . Para o Rali Vinho Madeira, Nuno Barroso Pereira teve que recorrer ao aluguer do carro de Luís Pimentel para efectuar a prova, depois do seu Impreza ter ficado muito danificado no Rali dos Açores.
- O site do Rali Vinho Madeira é um exemplo do que deve ser um site de divulgação de um rali. Comunicados, fotos, notícias, tempos, e muitas outras informações, estiveram permanentemente disponíveis antes e durante o rali. Sem dúvida um exemplo a seguir por outras organizações do Nacional, porque o que está no site www.ralivm.com não é difícil.
- Existem alguns pilotos madeirenses que planeam no futuro a participação no regional a bordo de viaturas S2000. São os casos de Alexandre Camacho e Filipe Freitas, ambos demonstraram interesse no Peugeot 207, mas só avançaram se existir aval dos patrocinadores. À boca pequena os nomes dos irmãos Miguel e António Nunes também são apontados como potenciais investidores numa viatura S2000 - passando a Olca a ter 3 viaturas dessa categoria.
- O polaco Tomaz Czopick esteve na Madeira pela primeira vez, a bordo de um Fiat Punto S2000 da Nocentini. Não passou despercebido à maioria dos espectadores a inscrição no bancos do piloto referia-se a Miguel Fuster. Efectivamente, a viatura em questão é usada no campeonato espanhol pelo dito piloto, e a única disponível pelo preparador para esta prova.
- Bernd Casier apareceu na Madeira com a equipa Peugeot Belux Kronos referenciado como um piloto muito rápido. Não confirmou totalmente esse estatuto, no entanto travou uma luta feroz com Corrado Fontana, que durou aé à última especial da prova (com vantagem para o belga). A título de curiosidade a matricula do Peugeot belga era IRC 207 - numa alsuão ao modelo da viatura e à competição que disputa.
- Após a prova, a crónica de Vítor Calisto deixou os adeptos madeirenses a beira de um ataque de nervos. Numa das suas últimas crónicas o Dr. afirmou que (e passo a citar) "Fantástico como no site do IRC a prova PORTUGUESA está referenciada com a bandeira azul e amarela da região autónoma, que ainda só não se demarcou do verde e vermelho da bandeira mãe, porque todos nós temos de trabalhar para pagar o preço da insularidade, de uma ilha que a única coisa que produz é turismo e bananas pequeninas e com sarampo, que servem unicamente para reencher os cofres dos alguns dos senhores que continuam a extravasar prepotência". Apesar de seguida se redimir com "Porque realmente o Rali Vinho Madeira é uma prova extraordinária, numa ilha extraordinária, com uma extraordinária organização e que infelizmente não tem culpa de ter nas suas fileiras alguns extraordinários prepotentes." Se as afirmações em provas anteriores já tinham deixado o estatuto de persona non grata na região, depois disto, o melhor foi afirmar que foi a última participação na Madeira. Com esta crónica junta-se ao Eng. Sócrates na lista dos "Mais Detestados" na Madeira.
- Marco Cavigioli voltou a estar em destaque... não pela sua prestação, que diga-se em bono da verdade ficou aquém do esperado, mas pelas acompanhantes com que se fazia acompanhar nas verificações. A fase "An Island of Exellence" andou nos olhos do muito público presente no local.

Leia Mais

WRC: 6ª vitória consecutiva de Loeb na Alemanha

Mais uma vez, e pela sexta consecutiva, Sebastien Loeb foi o mais forte no Rali da Alemanha, mas desta vez teve um adversário à altura... e algo surpreendente: François Duval. E quando parecia que continuava na caminhada fácil para o título, Marcus Gronholm não evitou um erro no último troço que lhe custou três pontos.
O mês de Agosto é normalmente o mês das férias e no «Mundial» de Ralis é destinado aos eventos mais fáceis de prognosticar, Finlândia e Alemanha, onde as sete vitórias de Marcus Gronholm nos últimos oito anos em casa e os seis triunfos de Loeb em igual número de edições do Rali da Alemanha são disso a melhor prova.
Por isso, a dúvida que existia este fim-de-semana era saber quem ficaria atrás de do tri-campeão do mundo, a menos que algo de errado se passasse com o Citroën C4 WRC. Só que a possibilidade de surpresa surgiu mesmo e de onde menos se esperava, de François Duval.
O belga alinhou com um Xsara WRC da Kronos e foi ao longo de toda a prova, o único a colocar problemas a Loeb. Na primeira etapa fez jogo igual com o francês e quando o alsaciano errou na escolha de pneus para a segunda secção de sexta-feira aproveitou do melhor modo e terminou o dia no comando. Sábado seria a vez de Duval cometer erros e começou logo o dia com duas saídas de estrada, perdendo a liderança para Loeb e pouco depois seria passado pelos dois homens da Ford.
Na segunda etapa, o tri-campeão do mundo forçou o ritmo e acabou por se distanciar da concorrência, que passou a ser encabeçada pelo seu grande rival na corrida ao título, Marcus Gronholm. O finlandês nunca pareceu capaz de se imiscuir na luta pela vitória, mas com os erros de Duval viu o segundo posto cair-lhe ao colo. O belga ainda superou Hirvonen (para trás de quem também tinha caído), mas estava a 16 segundos do líder do campeonato quando faltavam correr cinco troços.
Nessa altura, Loeb estava já mais preocupado com o que Duval poderia fazer, pois era importante que roubasse mais dois pontos a Gronholm. A última etapa viveu dessa animação, com o piloto da Kronos a vencer todas as especiais e a aproximar-se perigosamente do finlandês, que acabou por não aguentar a pressão e cometeu um erro na derradeira especial, que lhe custou uma saída de estrada e a queda de segundo para quarto.
Mais grave ainda, a diferença no «Mundial» de pilotos passou de 13 para oito pontos. Se para Gronholm foi um final de rali penoso, para a Ford acabou por não ser dramático, pois se é certo que Loeb recuperou cinco pontos, a Citroën perdeu mais um na luta dos Construtores, porque Hirvonen foi um tranquilo terceiro, depois de no último dia ter baixado os braços, o que somado ao quarto lugar de Gronholm deu 11 pontos à Ford, contra os 10 da rival francesa, fruto da vitória de Loeb.
A formação liderada por Guy Fréquelin ainda sonhou com uma dobradinha, e mesmo com a possibilidade de colocar três carros, dois oficiais e um da Kronos, no pódio. Só que mais uma vez «Dani» Sordo não foi feliz, com o motor a ceder na derradeira especial da primeira etapa, obrigando o espanhol a abandonar.
Felizmente para Loeb que Duval foi uma «companheiro» à altura e roubou pontos aos homens da Ford, substituindo nessa tarefa Sordo. De notar o facto de o Xsara da Kronos ter andado a um ritmo ainda não visto este ano e se é certo que o belga é rápido no asfalto, nunca Stohl e Carlsson demonstraram este andamento na terra, terreno onde são reconhecidamente rápidos. Terá a Citroën ajudado a que os Xsara estivessem mais competitivos para ajudarem a roubar pontos à Ford? Nas próximas provas haverá resposta.
Passando às hostes da Subaru, Chris Atkinson foi o mais rápido, mas acabou por não marcar pontos, pois teve duas saídas de estrada, a segunda definitiva, já na última etapa. O australiano mostrou um excelente nível no asfalto e demonstrou que o Impreza está a progredir. Venceu três especiais e não fossem os erros - o primeiro custou mais de oito minutos e o segundo ditou o abandono - teria lutado pelo pódio.
Petter Solberg teve um rali de altos e baixos, com o Impreza a denotar alguns problemas de direcção (fruto de um toque numa pedra) e de caixa de velocidades na última etapa, o que custou o quinto posto ao norueguês.
Já Xavier Pons, na segunda prova com a formação japonesa, estava pela segunda vez em condições de marcar pontos, mas o motor cedeu na primeira especial da última etapa.
Assim, com os problemas das formações oficiais, brilharam os privados, com Jan Kopecky a demonstrar mais uma vez que é um excelente piloto, pois levar um Skoda Fabia WRC ao quinto posto, dois anos depois do fim da equipa oficial, não está ao alcance de todos. O sétimo lugar sorriu a Toni Gardemeister, mas o finlandês foi outro dos pilotos que lutaram pelo quinto posto... que o perdeu devido a um furo.
Jari-Matti Latvala levou para a Stobart o último ponto em discussão. O finlandês aproveitou da melhor forma os problemas dos adversários e não cometeu erros, num rali em que a experiência é fundamental.
Já Henning Solberg fez uma última etapa de bom nível. O norueguês não conhecia o rali, mas dois toques nas duas primeiras etapas custaram duas quebras da suspensão e dois abandonos, pelo que acabou por ficar fora do top ten.
Texto de Miguel Roriz em Motor Online

Leia Mais

segunda-feira, agosto 13

RVM: Jovens com asas

Passe a expressão publicitária, o termo aplica-se a três jovens concorrentes que participaram no Rali Vinho Madeira e destacaram-se dos demais. Não só pelas suas performances, mas também por todo um conjunto de notícias que vieram a público durante, e após o rali.
Bruno Magalhães teve uma prova memorável. Estreando-se nos pisos de asfalto com o Peugeot 207 S2000 travou lutas interessantes com rivais com maior experiência, e com ambições claras ao IRC e ERC. Depois e um início conturbado com problemas mecânicos na viatura, o português recuperou posições até final, e na hora e locais certos arrecadou o segundo lugar, com o título de melhor piloto nacional.
A exibição de “encher o olho” promoveu o aparecimento de elogíos de diversos quadrantes. Durante a prova, alguns meios de informações deram conta da notícia que Carlos Barros (Director Técnico da Peugeot) estava a realizar esforços no sentido de criar condições para a participação da equipa portuguesa no Rali de Sanremo (pontuável para o IRC). No entanto, a participação em Sanremo será de todo improvável, pois devido à proximidade com o Rali Centro de Portugal, não é possível dotar de meios logísticos para disputar ambas as provas. Em paralelo surgiram informações que para 2008 a Peugeot Sport portuguesa pondera participar em algumas provas do IRC.
Alexandre Camacho também foi uma das figuras do rali. Efectuou uma prova imaculada, que culminou com a obtenção do ceptro de melhor madeirense, segundo duas rodas motrizes (classe A6) e terceiro melhor concorrente nacional. Teve honras por parte da comunicação social, com o devido destaque, naquele que terá sido o seu resultado mais expressivo até ao momento (apesar de já contar com algumas vitórias no seu currículo). Ainda no decorrer da prova, e em declarações aos media, Alexandre Camacho referiu a sua pretensão em evoluir para um S2000. No entanto, com “os pés assentes no chão” também afirmou que apenas será possível caso os patrocinadores viabilizem o projecto, não existindo ainda uma tendência para uma viatura em particular.
Finalmente, Bernardo Sousa em termos competitivos teve um rali com momentos altos, mas que culminaram com uma aparatosa saída de estrada, viveu uma prova cheia de notícias. Seguindo uma ordem cronológica: Depois de resultados menos conseguidos no nacional de ralis, decide abandonar a estrutura da Peres Competições, realizando um acordo com a Ralliart Portuguesa para disputar as restantes provas do nacional e regional. A vitória no Porto Santo foi o momento alto no regional, mas seguiram-se vários abandonos, alguns deles por despites que “vitimaram” Marco Sousa, preterido por Paulo Babo (com quem disputa o nacional, e venceu o Rali do Porto Santo). Apostando num resultado forte no RVM, deu-se a aquisição de um novíssimo Mitsubishi Lancer EVO IX “full” Ralliart Italia. Aos mesmo tempo, era dada como certa uma parceira com a Ralliart portuguesa para a participação, em equipa com Armindo Araújo, no mundial de Produção de 2008, e a participação no Rally RAC deste ano.
Como já referi anteriormente, o RVM não correu de feição a Bernardo Sousa. Embora ocupasse o lugar de melhor português (e obviamente, madeirense), um exagero na descida da Ribeira das Cales promoveu o despiste aparatoso, com danos materiais evidentes, que por manifesta sorte não foi mais grave, com danos pessoais. Mas, surpreendentemente (ou talvez não) após a prova o jovem madeirense anucniou a sua retirada do Campeonato Regional de Ralis, estando ainda em dúvida a participação nas restantes provas do nacional de ralis. Conhecido pela sua exuberância e espectacularidade os espectadores ficam com menos um atractivo nas estradas madeirenses. No campo meramente especulativo, alguns elementos apontam a paragem com a necessidade de reflexão, e também aos numerosos encargos financeiros que já acarretou este ano. Outros há que apontou como meta a participação no PWRC em 2008, e ainda há quem afirme que prepara um regresso em 2008 com um S2000. São mais as dúvidas que as certezas quanto ao futuro de Bernardo Sousa.

Leia Mais

Barum Rally: Renato Travaglia de Punto S2000 da Abarth

Renato Travaglia vai estar presente na próxima edição do Barum Rally Zlin com um Abarth Punto S2000 do Team MRT (Mauro Rally Tuning) de Mauro Nocentini, que esteve na Madeira com duas equipas, a de Dimitar Iliev e a de Tomasz Czopik. Esta mudança é consequência da desclassificação no Rali Vinho Madeira devido a irregularidades no Mitsubishi Lancer Evo IX preparado pela Top Run, que levou a rotura da Island Motorsport com este preparador.
Renato Travaglia em declarações ao seu site oficial afirma, que, “Estamos muito satisfeitos. Aceitamos o convite de Mauro Nocentini, que nos disponibilizou um dos seus Abarth Punto S2000. uma viatura diferente do Lancer que pilotei no último ano e meio, o que irei precisar de fazer alguns testes com o Punto.” E assume que, “Será a primeira vez que vou defender as cores de um carro italiano, o que é um estímulo para dar o máximo. O Barum é um rali difícil, com bons pilotos locais, por isso, vamos lutar por um lugar no pódio”.
Este projecto com a Mauro Rally Tuning é para já, apenas para dois ralis. O Barum Rally Zlin da Republica Checa, é a próxima etapa do europeu e do IRC e vai para a estrada a 24 de Agosto.
Texto: Marco Nóbrega em MotoresMagazine.Com

Leia Mais

sábado, agosto 11

Guerra aos Mitsubishi alterados

A FIA parece determinada em impedir modificações nas viaturas que alterem as suas evoluções, nomeadamente as especificações em viaturas do agrupamento de produção.
O último caso ocorreu durante o Rali Vinho Madeira, prova internacional pontuável para o IRC e ERC. Durante as verificações técnicas o delegado técnico da FIA, o belga Kurt Van Campenhout, detectou algumas irregularidades nuns Mitsubishi Lancer EVO IX “madeirenses”, condicionando as presenças dos respectivos concorrentes. Primeiro excluiu-os das listagens do IRC e ERC, e ao mesmo tempo pediu à “casa-mãe”, no Japão, as fichas de homologação das respectivas viaturas, e qual o chassis e evolução correspondente.
Após a prova e, comprovado que as viaturas eram alteradas, promoveu-se à desclassificação das equipas João Magalhães / Jorge Pereira e Ricardo Rodrigues / Tiago Rodrigues. Na prática, apenas promoveu-se à retirada da listagem final do rali (classificação oficiosa), pois foi atribuida a respectiva pontuação para o campeonato regional e nacional. Interessante constatar que no site oficial da prova, a classificação oficial da prova é diferente da oficiosa, pois os dois concorrentes aparecem numa e não noutra.
O caso de desclassificação de viaturas de produção, nomeadamente de Mitsubishi’s não é isolado, pois já havia acontecido durante o Rali de Ypres (IRC), e também no Rali de Portugal (WRC).

Leia Mais

quarta-feira, agosto 8

RVM: Bruno Magalhães dominou entre os “Nacionais”

Com um sistema de pontuação que prejudica claramente os concorrentes do campeonato nacional de ralis, foram poucos os elementos que participam no nacional de ralis que optaram por participar na Madeira.
Depois de perder a liderança do nacional de ralis, com uma participação desastrosa nos Açores, a dupla Bruno Magalhães/Paulo Grave encaravam a Madeira como a prova a atacar, para obter a pontuação necessária para o nacional… e fizeram-no. Depois de uma primeira secção azarada, quando uma bóbine do 207 resolveu não colaborar, fizeram uma mágnifica recuperação até ao quarto lugar da geral, e melhor entre os que participam no nacional de ralis,batendo inclusivamente o principal adversário José Pedro Fontes (mas ficou com oito pontos, pois Basso era FIA A e Travaglia foi desclassificado). Passada a primeira etapa, e tendo em conta a regulamentação da prova, sob a pontuação do nacional, Bruno atacou para obter a vitória na segunda etapa, e conseguiu. Durante o dia de sábado travou uma luta interessante com Giandomenico Basso, que apesar de líder incontestado não baixo os braços, o mesmo diria, de ritmo, e chegou à última secção na frente da prova. Um forcing final de Bruno Magalhães permitiram “bater“ o italiano por 9,9 segundos. Tudo isto é meritório, embora fosse completamente desnecessário, pois Basso é o único piloto com estatuto FIA A, que não retira pontos ao nacional de ralis. Os 14 pontos arrecadados na Madeira (10 do primeiro dia a somar a metade da pior pontuação [8/2]).
José Pedro Fontes passou quase despercebido na Madeira. Andou quase sempre só, e na única disputa séria com Bruno Magalhães foi claramente batido, mas saiu a apenas um ponto da vice-liderança do CNR. Ofuscado pela prestação de Bruno Magalhães, o piloto da Fiat Vodafone teve uma prestação muito interessante, e a comprová-lo as duas pontuações obtidas com a quinta posição da primeira etapa e a quarta da segunda, onde esteve muito rápido, só sendo batido por Basso, Magalhães e Vouilloz, e com muitos S2000 na luta.
O líder do campeonato nacional de ralis, Vitor Pascoal chegou à Madeira com a esperança que os azares atingissem os adversários, pois sabia que dificilmente obteria um lugar pontuável. Mas a sua prestação não foi má, foi miserável, claramente batido pelos principais adversários, ficou atrás da armanda S2000, S1600 e elementos da produção madeirense. Efectivamente, só as passagens exuberantes se aproveitam da passagem de Pascoal pela Madeira, e o mesmo se aplica a Nuno Barroso Pereira, mesmo se navegado por Mário Castro. A equipa no final da prova revelou que o Subaru parece uns furos abaixo da concorrência, e já estuda outras soluções para a fase de asfalto do nacional de ralis. Pascoal saiu a zeros da Madeira, e com José Pedro Fontes a um ponto.
Verdadeiramente decepcionante foi a prestação de Fernando Peres. Abandonou nos dois dias, no primeiro com problemas de motor e no segundo com problemas mecânicos. Numa altura em que a Peres Competições atravessa uma fase negativa, com muitos pilotos a prescidirem dos seus serviços, aliado à falta de resultados, o “chefe-de-fila” deixa uma imagem pálida, mesmo quando circulou sem problemas.
Tendo em conta que a FPAK já confirmou a pré-inscrição no nacional para 2008, caso essa regra já estivesse implementada tanto João Fernando Ramos, como Vitor Calisto figuravam entre os elementos com pontuação. Obviamente não passa de especulação, pois se a regra já estivesse implementada outros concorrentes do nacional participavam no Rali Vinho Madeira.

Leia Mais

RVM:Alexandre Camacho melhor entre madeirenses

Antes do ínicio da prova seria difícil imaginar um outro resultado que não passasse pelo domínio de Vitor Sá. Tendo em conta o historial, palmarés, conhecimento dos troços, a ambição e as características da viatura, só uma hecatombe deixaria o campeão madeirense a zeros… e foi o que aconteceu. Numa sessão de testes antes da prova, o quebrou o motor do Punto S2000, e este seria o primeiro contratempo. Impedido de participar no shakedown, teve o primeiro contacto na super especial, que acabou em 10º. A primeira especial de sexta foi “madrasta” para Sá. À saída de uma curva, o carro derrapou embatendo com alguma violência num muro, ficando seriamente danificado, ficando fora de prova e impedido de participar no segundo dia. Foi a oportunidade de ouro para a demais concorrência, que soube aproveitar.
Alexandre Camacho foi uma das principais figuras da prova. Com o Peugeot 206 S1600 da Olca Team, navegado por Rui Abreu, o piloto madeirense não deixou fugir a oportunidade de alcançar um desejado título, de melhor madeirense na prova rainha regional. Aproveitando os azares de Vitor Sá, e Filipe Freitas, destacou-se da demais concorrência e embrenhou-se numa competição com adversários de outros escalões, como Simon Jean-Joseph e Corrado Fontana. Venceu a primeira etapa, entre os madeirenses, e foi segundo na etapa complementar, queixando-se de alguns problemas mecânicos no Peugeot, que o fizeram perder algum tempo no final do rali. Foram 14 pontos (dez da primeira etapa mais quatro, correspondentes a metade da segunda) que o atiraram para a liderança do regional, com um ponto de vantagem sobre Sá.
Filipe Freitas foi outra das figuras do rali, pois começou com a “roda esquerda” a furar, atirando-o para fora dos dez primeiros madeirenses. O piloto do Renault Clio S1600 não desistiu, e pouco a pouco foi recuperando posições, com cronos muito interessantes, que certamente lhe deixariam numa posição previligiada para lutar com Alexandre Camacho. Acabou a primeira etapa na 13ª posição, e terceiro entre os madeirenses. Já para a segunda etapa, disputada em terreno conhecido na zona oeste, atacou forte, protagonizou uma luta interessante com Camacho, e no final superiorizou-se no último troço ao piloto da Olca. Apesar de não repetir o feito de 2005 e 2006, um terceiro e um primeiro lugares para o CRCM são notas muito positivas.
Outro dos concorrentes regionais em destaque foi Miguel Nunes, que desde muito cedo mostrou estar ali para “dar cartas”. Num 206 da Olca, não teve argumentos para lutar pela liderança, mas acumulou tempo suficiente para deixar a principal concorrência longe na primeira etapa. Para o segundo dia, alguns problemas de afinação do Peugeot fizeram-se perder sistematicamente tempo para Filipe Freitas,e foi sem supresas que foi ultrapassado na geral por este, descendo para terceiro madeirense na geral. No compto geral, ficou com um segundo lugar no primeiro dia e um terceiro no sábado, somando importantes pontos e alcançado os seus primeiros pódios no regional madeirense.
Luta muito interessante verificou-se pelo lugar de melhor elemento da produção. João Magalhães e Rui Fernandes protagonizaram uma disputa ao décimo. Na primeira etapa o piloto da Calheta levou a melhor, mas na segunda as coisas estavam um pouco diferentes. No entanto, na ânsia de ultrapassar Magalhães à geral, Rui Fernandes despistou-se na derradeira especial, e “deitou fora” uma pontuação importante para o agrupamento. Com o abandono de Sá, e as duas pontuações obtidas na prova madeirense, João Magalhães, praticamente, sagrou-se campeão regional do agrupamento.
Na primeira etapa, Duarte Abreu foi quinto classificado, na frente de Vitor Lopes que foi sexto “madeirense”. O piloto do Citroën C2 S1600 optou por não participar na segunda etapa, por não concordar com a posição que lhe foi atribuida pela organização, mediante a entrada de alguns concorrentes do regional no Super Rally. Visivelmente prejudicado por ter auxiliado Rocco Peduzzi no acidente do Chão da Lagoa, e por partir atrás de concorrentes que abandonaram, o piloto optou por não participar na prova. Já agora, o piloto que esteve envolvido em alguma incerteza quanto à participação na prova, aparentemente ainda não conseguiu concluir o negócio da viatura, e como tal o futuro ainda não está definido… incluindo a venda da viatura.
Áecio Anjo entrou ao ataque, vencendo a primeira especial na estrada, aproveitando a melhoria momentanea das condições meteorológicas, mas foi baixando na classificação até abandonar na quinta especial, com uma abria no Citroën C2. Aproveitando o superrally, voltou na segunda etapa, mas ficando atrás da demais concorrência quedou-se pela quarta posição madeirense.
Élvio Caires em Citroën Saxo Kit Car regressou à prova madeirense e demonstrou estar cada vez mais à vontade com o Saxo Kit Car. Manifestando falta de argumentos para a demais concorrência, principalmente em termos de viatura, Élvio Caires obteve um oitavo à geral e um quinto somando duas pontuações meritórias para o campeonato.
Entre os azarados na prova madeirense contam-se António Nunes, em Peugeot 206 S1600 da Olca Team, que enquanto andou esteve nos lugares cimeiros, nomeadamente na segunda etapa que abandonou quando estava na terceira posição. Bernardo Sousa é outro dos azarados, ou “exagerados” que destruiu na passagem da Ribeira das Cales o novo Mitsubishi Lancer EVO IX, quando ocupava a posição de melhor madeirense (e melhor português).

Leia Mais

terça-feira, agosto 7

Gronholm vence na Finlândia

Gronholm ganha em casa pela sétima vez em oito anos.
Apesar de este ser um ano ímpar, Marcus Gronholm está embalado rumo ao título e nem a pausa de Verão parece ter incomodado o finlandês, que regressou das férias como as começou, a vencer. O terceiro lugar de Sebastien Loeb deixa o frânces à beira do KO e nem o facto de faltarem quatro ralis de asfalto lhe serve de grande alento.
Se em Monte Carlo Sebastien Loeb dificilmente tem adversários, na Finlândia passa-se o mesmo com Marcus Gronholm. À partida o líder do campeonato era o grande favorito, como sempre neste milénio, e apenas a juventude do novo Ford Focus WRC poderia colocar algumas dúvidas sobre quem seria o vencedor da edição 2007 do Rali da Finlândia. Nem o facto de abrir a estrada perturbou o líder do «Mundial» que demorou cinco especiais a chegar em definitivo à liderança, mas a partir desse momento não voltou a ser incomodado, embora Mikko Hirvonen nunca tenha dado descanso a Gronholm. Ao vencer 17 das 23 classificativas, o piloto da Ford deixou evidente quem era o mais forte e vai agora para a Alemanha consciente que qualquer que seja o resultado manterá a liderança do campeonato. Mais, Gronholm só precisa de ficar uma vez até ao final da época na frente de Loeb, se nas restantes seis provas ficar imediatamente atrás do francês. E se no «Mundial» de Pilotos as contas parecem estar claramente favoráveis ao campeão de 2000 e 2002, nas Marcas o domínio da Ford é ainda mais avassalador, com 40 pontos de vantagem sobre a Citroën, e também aqui as contas parecem tender largamente para os homens da «oval azul», até porque têm demonstrado uma fiabilidade superior.Se Gronholm é o rei de Jyvaskyla, Hirvonen começa rapidamente a tornar-se o príncipe. Mais uma vez foi o fiel seguidor de Gronholm e esteve sempre mais perto de se chegar ao líder do que ser incomodado por Loeb, demonstrando que o Rali da Finlândia é mesmo um evento à medida dos locais e onde até hoje apenas dois mediterrânicos, Carlos Sainz e Didier Auriol, conseguiram quebrar a hegemonia dos nórdicos, pois a Estónia de Markko Martin, vencedor de 2003, é muito perto da Finlândia. A equipa liderada por Malcolm Wilson ficou ainda com a certeza que no dia que Gronholm abandonar, o que pode acontecer no final do ano, tem um substituto à altura, pelo menos quando joga em casa.
Para esquecer foi a exibição de Sebastien Loeb. O francês ao longo de todo o fim-de-semana venceu apenas uma especial e nunca demonstrou andamento para os dois da frente. É certo que perdia pouco por classificativa, mas de pouco em pouco ficou a mais de um minuto de Gronholm e de 45 segundos de Hirvonen, isto apesar do alsaciano ter afirmado que andou sempre muito depressa e que tem dificuldade em perceber como se pode andar mais depressa nestas especiais. Talvez a resposta esteja no novo Focus, ou no facto de alguns troços serem novos, o que dificulta mais a tarefa a quem não está habituado a rodar num terreno tão específico como o finlandês. Mais uma vez Petter Solberg não teve a sorte pelo seu lado. No início do rali teve problemas de direcção, que depois de resolvidos reapareceram na segunda etapa e acabaram por levar ao abandono, até porque a equipa não sabia a origem e acabou por mandar o Impreza para a sua base em Inglaterra. Mas se para Solberg as coisas não correram bem, a Subaru ainda assim teve motivos para sorrir. Chris Atkinson repetiu o resultado de Monte Carlo, mas assinou a sua melhor exibição do ano, sendo regularmente o mais rápido e se nunca esteve em condições de ir ao pódio, também não foi incomodado por ninguém na luta pela quarta posição. Excelente foi também o regresso de Xavier Pons ao campeonato, coroado com o sexto posto. O início do espanhol foi modesto, mas à medida que a prova foi avançando foi ficando cada vez mais à vontade e ascendeu até aos lugares pontuáveis. Beneficiou de alguns abandonos de pilotos que estavam a ser mais rápidos, mas mereceu os três pontos somados. Entre os dois homens da Subaru ficou Henning Solberg. O mais velho dos irmãos noruegueses continua a fazer uma temporada muito regular e com a quinta posição igualou «Dani» Sordo no quarto lugar da tabela de pilotos.
Com os abandonos de Manfred Stohl, Jari-Matti Latvala, «Dani» Sordo e Petter Solberg, sobraram lugares pontuáveis para pilotos pouco habituados a esses feitos. Na segunda prova ao volante de um WRC, depois da estreia na Acrópole, Urmo Aava levou o Mitsubishi Lancer ao sétimo posto, enquanto o jovem Mads Ostberg bateu Guy Wilws por escassos 7,5s na luta pelo derradeiro ponto em discussão. O jovem britânico perdeu a possibilidade de se estrear a pontuar, quando na segunda etapa danificou o Ford na aterragem de um salto mais optimista e perdeu algum tempo até ao final do dia.
Quem continua a desiludir é Matthew Wilson. Apesar do 10º lugar, o jovem inglês foi batido por outros pilotos da sua geração, mas com menos conhecimento dos WRC, como são os casos dos três pilotos que ficaram imediatamente à sua frente. Quanto aos homens da Munchi, em tempo de estreia na Finlândia, conseguiram levar os dois Focus ao fim, mas na 11ª, Luís Perez Companc, e 14ª, Federico Villagra, posições respectivamente.
Texto: Miguel Roriz em Motor Online

Leia Mais

Giandomenico Basso vence Rali Vinho Madeira

Pelo segundo ano consecutivo a dupla italiana Giandomenico Basso / Mittia Dotta, em Fiat Punto S2000, alcançaram uma vitória sem contestação, conseguida com uma mistura de rapidez, espectáculo e regularidade. Tal como no ano passado, a primeira secção do rali foi deciviva. O tempo irregular, com alguma chuva e pisos molhados, permitiu que Basso e Travaglia se distanciassem dos demais, acumulando segundos de vantagem que deixou os restantes adversários fora da contenda pela vitória. No segundo dia, disputado sob melhores condições, solarengo e piso seco, permitiu que Basso desse a “machadada final” logo no primeiro troço, quando superiorizou-se a Travaglia por 20,6 segundos, acumulando uma distância significativa. Aliás, no segundo dia, Basso decidiu atacar nas primeiras especiais, mesmo quando já detinha uma vantagem na ordem do minuto, para controlar na secção final, rumo a uma vitória incontestável. Mas não se livrou de um valente susto, quando a caixa de velocidade do Punto decidiu não colaborar na quarta secção, levando a que a equipa optasse por mudar este orgão em apenas 12 minutos.
A segunda posição do rali “caiu no colo” de Bruno Magalhães (navegado por Paulo Grave), que assim se posicionou como melhor português. Depois de um início de prova aziago, com problemas na bobine do Peugeot 207 S2000, que o fez perder mais de dois minutos para os principais adversários, conseguiu fazer uma recuperação notável. No final do primeiro dia de competição (na estrada) conseguiu recuperar o tempo que o separava da principal referência nacional, José Pedro Fontes e, acabou na quarta posição. Na segunda etapa, entrou muito rápido, alcançando algumas vitórias em troços de classificação. No entanto, a distância que o separava dos “homens da frente” era significativa e muito dificilmente seria possível fazer melhor. Como a sorte protege os audazes, tal aconteceu com a equipa portuguesa. Primeiro o espanhol Enrique Garcia Ojeda penalizou mais de um minuto, perdendo toda a vantagem que detinha e, depois no final da prova, Renato Travaglia, que acabou na segunda posição, foi desclassificado devido a irregularidade no turbo do EVO IX. Depois de um início complicado, Bruno Magalhães acabou o rali com um excelente segundo lugar final.
A terceira posição ficou na posse da dupla espanhola Enrique Garcia Ojeda / Jordi Barrabés, que somou importantes pontos para o Intercontinental Rally Challenge (e não International como anteriormente por lapso referi), assumindo a liderança da competição. Mas poderia ser melhor, pois com o afastamento prematuro do anterior líder Andrea Navarra (problemas eléctricos), o espanhol tinha caminho aberto para atacar os pontos, sem preocupar com a estratégia da Fiat, que passava por usar Basso para benificiar Navarra. A primeira etapa correu sem grandes sobressaltos, acabando na terceira posição, fruto de regularidade e bons tempos, apesar de algo distante dos italianos que ocupavam as duas primeiras posições. A segunda etapa foi menos positiva, problemas com a caixa de velocidades do Peugeot 207 S2000, que levaram à sua substituição e à penalização de mais de um minuto. Sem conseguirem argumentos para conter os ataques de Bruno Magalhães, desceram à quarta posição, que mantiveram até final (insuficiente para alcançar a liderança do IRC). Após o final do rali, as coisas pioraram para os homens da Peugeot Espanha que estiveram sob o espectro da desclassificação, por assistência ilegal durante o rali, mas como não ficou provada a existência de irregularidades, a equipa apareceu na classificação final. Por outro lado, a notícia da desclassificação de Travaglia, veio “adoçar” o rali do espanhol, uma vez que subindo à terceira posição, atingia os principais objectivos, que passa pela liderança do IRC.
A dupla da Fiat Vodafone, José Pedro Fontes / Fernando Prata, ocuparam a quarta posição final, segunda entre os concorrentes nacionais, numa prova maioritariamente solitária. O piloto do Punto nacional não teve argumentos para Bruno Magalhães, e tal ficou comprovado no final da primeira etapa, quando o piloto da “marca do leão” chegou e ultrapassou com relativa facilidade Fontes. Depois, rodou sozinho durante o resto da prova, pois estava demasiado longe para atacar e ser atacado. O resultado é melhor do que a exibição, no entanto teve engenho e rapidez para chegar ao fim e somar importantes pontos para o nacional de ralis.
Logo atrás, assistiu-se a uma luta interessante entre o Peugeot de Bernd Casier e o Fiat Punto de Corrado Fontana. O piloto belga, representante das cores da Kronos, vinha referenciado como muito rápido, e capaz de protagonizar supresas (tal não aconteceu), chegou à entrada da segunda etapa na frente de Fontana, com uma vantagem de 20,1 segundos. No sábado, assistiu-se a um ataque interessante do italiano da Grifone, que a cada especial se superiorizava ao belga por escassa margem, mas que permitiu a ultrapassagem na especial do Rosário (penúltima do rali). Com naturalidade, Fontana superiorizava-se a Casier e à entrada da última especial tudo indicava que assim se manteria, tendo em conta os resultados do dia. Surpreendentemente, Fontana não conseguiu superiorizar-se a Casier, e o belga reconquistou a posição perdida anteriormente, fazendo melhor em 4,5 segundos, anulando a desvantagem à partida da PE de 2,1 segundos. Bernd Casier foi quinto, enquanto Corrado Fontana ficou com a sexta posição.
Simon Jean-Joseph, regressou à Madeira, com um Citroën C2 S1600 da Citroën Sport, com o favoritismo à classe, pois era o único concorrente da classe, que participava no IRC e ERC. Rodando sempre na frente do agrupamento de Turismo, e duas rodas motrizes, ficou um pouco aquém do esperado, pois as exibições no passado foram mais convicentes. A batalha que travou com Fontana no início da segunda etapa, e a resposta ao ataque de Camacho a meio do rali foram os momentos mais interessantes da prova do piloto da Martinica.
Alexandre Camacho teve uma prova exemplar e memorável, conotando-se na oitava posição com o título de melhor madeirense. Desde o primeiro momento empenhou-se ao máximo em obter um resultado positivo, com um andamento muito rápido, surpreendendo alguns concorrentes com viaturas superiores. Após os abandonos de Vitor Sá e Bernardo Sousa, a juntar ao atraso de Filipe Freitas, o piloto da Olca Team tinha caminho aberto para obter o lugar de melhor madeirense. A certos espaços ainda tentou chegar a Simon Jean-Joseph, mas a diferença averbada nas primeiras especias foi significativa, não deixando no entanto de averbar algums melhores tempos na classe.
Na nona posição apareceu o segundo piloto da Peugeot Espanha, Nicolas Vouilloz. Pela primeira vez na Madeira, era apontando como candidato à vitória, pois sua postura em prova é sempre muito agressiva. Mas o azar “bateu à porta” de Vouilloz, uma vez que a embraiagem do Peugeot 207 S2000 decidiu não colaborar, perdendo muito tempo nas primeiras especiais do ralis, e também penalizando na assistência aquando da sua substituição. Foram minutos preciosos que o relegaram para trás do pelotão. No segundo dia de prova, recuperou várias posições, ultrapassando de forma contundente os concorrentes que ocupavam posições cimeiras. O piloto francês foi um dos principais animadores da prova, venceu algumas provas de classificação e não fosse os problemas do 207, de certeza que disputaria um lugar no pódio. Se voltar à Madeira será potencial candidato à vitória.
A fechar o lote dos dez primeiros, aparecem Filipe Freitas e Daniel Figueiroa em Renault Clio S1600. Apostados em repetir os resultados das duas edições anteriores da prova, os madeirenses entraram ao ataque, e a meio da primeira classificativa já levavam a melhor sobre a demais concorrência. Mas ainda na classificativa do Santo da Serra um furo no Clio os fez perder algum tempo (mais de um 1m 30s) e baixar na classificação. Sabendo que muito dificilmente chegariam à posição de melhor madeirense, decidiram atacar e lutar pelos pontos para o regional madeirense. Aos poucos foram subindo na classificação, e sem grande surpresa chegaram à 10ª posição, acabando a prova a 1m 14s de Alexandre Camacho, na segunda posição entre os locais.
Com a desclassificação de Renato Travaglia, o melhor Grupo N convencional (não S2000) foi João Magalhães em Mitsubishi Lancer EVO IX, mas apesar de pontuar para o regional e nacional, e recolher os respectivos pontos, foi excluído das provas do IRC, e nem aparece na lista final da prova. Aparentemente, algumas irregularidade com as transformações dos EVO VII em EVO IX voltam a dar algumas dores de cabeça aos pilotos nacionais.
Entre os concorrentes que participaram na Madeira com S2000, a referir as prestações mais modestas de Volkan Isik e do italiano Marco Cavigioli. No caso do piloto turco, um furo na especial do Ribeiro Frio, que o obrigou à mudança de pneu em especial, atrasou-o consideravelmente: Mas também o facto de desconhecer o terreno e estar mais à vontade em pisos de terra contribuiram para o 13º lugar. No caso de Cavigioli, voltam a ser problemas com o Peugeot 207 S2000, durante o decorrer da primeira etapa que o atrasaram, mas mesmo com a viatura em condições não conseguiu demonstrar rapidez.
Finalmente, uma palavra para a prestação de Dani Solá em Honda Civic Type R, que venceu a classe A7. Apesar da viatura mostrar potencial e rapidez, ficou provado que a classe R3 ainda fica um pouco aquém dos restantes concorrentes. Durante o shakedown ficou a impressão que o Honda poderia lutar com os S1600, mas no terreno ficou demonstrado que ainda não está ao nível dessas viaturas. A espectacularidade e exuberância do piloto e viatura, fizeram criar empatia entre os adeptos presentes no local.
Foram muitos os abandonos registados nesta prova, e alguns deles decisivos nas pretensões de alguns concorrentes nos diversos campeonatos. Tendo em conta que a prova era do ERC e IRC, e apesar dos concorrentes poderem apresentar-se perante o regime de super rally, os mesmos não contam para a classificação final. As prestações dos concorrentes no super rally servem para as pontuações dos campeonatos obtidas diferenciadas pelos dois dias.
Andrea Navarra foi o primeiro azarado do rali. Antes de partir para a primeira especial de sexta feira (segunda especial do rali) o Fiat Punto S2000 recusou-se a pegar no Parque de Partida. Sem saberem o que se passava, a equipa abandonou. Mais tarde apurou que a bateria descarregou, e apenas isso estragou as pretensões do italiano da Abarth, até então líder do IRC. Disputou a primeira secção da segunda etapa, com o intuito de testar o seu andamento e afinações da viatura.
Estreante na Madeira, o belga Freddy Loix esteve aquém do esperado, juntando-se assim ao lote de “estrelas” que decepcionaram na prova madeirense. O piloto abandonou o rali na terceira especial com problemas no diferencial do Fiat Punto S2000, mas voltou para disputar a segunda etapa. Apenas com um crono digno de registo(Rosário 2), e um lugar na classificação individual da segunda etapa, é pouco para o piloto belga.
Dimitar Iliev chegou à Madeira como comandante do ERC, e com uma vitória do Rali da Bulgária. Chegava com pretensões a um resultado positivo, chegando a afirmar pretender lutar pela vitória, no entanto,após a quarta especial de classificação, a caixa de velocidades do Mitsubishi Lancer EVO IX cedeu, levando ao abandono.
O madeirense Vitor Sá teve uma prova para esquecer. Depois de partir o motor do Punto numa sessão de testes que antecedeu o rali, o piloto viu-se impossibilitado de participar no Shakedown, o que lhe valeu uma multa de 800 euros, tendo em conta ser prioritário. Depois de adquirir um motor à Fiat Abarth, Vitor Sá foi vítima de um despiste na segunda especial do rali – Santo da Serra, quando a viatura entrou em “aquaplaning” e embateu contra um muro, destruindo a parte frontal. O Punto ficou num estado irrecuperável (pelo menos para a segunda etapa) e viu os principais adversários colherem duas pontuações, e perder a liderança do regional madeirense.
Verdadeiramente irreconhecível esteve Fernando Peres. O piloto que acalentava uma prestação positiva, depois da vitória nos Açores e do 3º lugar na prova madeirense de 2006, começou com um toque no gancho da Fonte de Santo António, que segundo o próprio retirou toda a confiança na condução e na viatura. Sendo constantemente batido, pelos S2000 e pelos Mitsubishi’s “internacionais” e “regionais”, Peres abandonou com avaria mecânica na quarta especial.
Bernado Sousa, acompanhado por Paulo Babo, foi um dos principais intervinientes da prova. Contando com a assistência da Ralliart Portugal, o jovem piloto madeirense estreava na Madeira um Mitsubishi Lancer EVO IX novo, recentemente adquirido à Ralliart Italia. Com um andamento muito agressivo e espectacular, o madeirense ocupava o sétimo lugar da geral, o melhor entre os portugueses, quando um violento despisto na descida da Ribeira da Cales, após o Portão Sul do Chão da Lagoa colocou um ponto final à sua apresentação. Resta afirmar que foi mais um acidente, a juntar ao rol de despistes que já conta no curto historial.
O polaco Tomasz Czopik trouxe à Madeira um Fiat Punto S2000, com o qual disputa o ERC. Apesar de não rodar entre os primeiros da geral, encetou uma agradável disputa com o polaco Volkan Isik, pela décima posição, durante a primeira etapa. Abandonou na 14ª especial com problemas no carro italiano.
Quem certamente não esquecerá o Rali Vinho Madeira é Rocco Peduzzi. Na segunda passagem pelo troço dos Terreiros, o Mitsubishi Lancer EVO IX incendiou-se no topo do Chão da Lagoa, acabando com a prova do italiano. Este incidente também atrasou alguns concorrentes que seguiam atrás de si, e condicionou a prestação de Vítor Lopes. O piloto do C2 S1600 parou para auxiliar na extinção do incêndio, acabando por acumular muitos segundos no cronómetro. A solidariedade entre concorrentes falou mais alto. Depois de acumular tanto tempo, Vitor Lopes optou por abandonar o rali após a primeira etapa, por discordar da sua posição de saída para o segundo dia de prova.
Luca Betti com o Honda Civic Type R, também não completou a prova na totalidade, uma vez que um despiste na sexta especial promoveu o seu abandono. Usando o superrally deliciou os espectadores com passagens interessantes (exuberantes) na segunda etapa.
A prova foi interrompida uma vez, devido ao violento despiste da dupla Marco Nóbrega / Helder Nóbrega em Toyota Yaris, na passagem pelo Poiso durante aos Terreiros 2. Os concorrentes foram transportados a uma unidade hospitalar, apresentavam apenas alguns traumatismos menores, mas devido à violência do despiste, a organização optou por neutralizar essa especial, e verificar o estado dos intervinientes.
Para além destes concorrentes há a referir a desclassificação de Renato Travaglia em Mitsubishi Lancer EVO IX, devido a irregularidade com o turbo da viatura. Apesar de alguma contestação, a equipa optou por não apelar desta decisão. Caso o resultado fosse válido, Renato Travaglia assumiria o comando do europeu.

Leia Mais

quinta-feira, agosto 2

RVM 2007 Shakedown

Leia Mais