Passe a expressão publicitária, o termo aplica-se a três jovens concorrentes que participaram no Rali Vinho Madeira e destacaram-se dos demais. Não só pelas suas performances, mas também por todo um conjunto de notícias que vieram a público durante, e após o rali.
Bruno Magalhães teve uma prova memorável. Estreando-se nos pisos de asfalto com o Peugeot 207 S2000 travou lutas interessantes com rivais com maior experiência, e com ambições claras ao IRC e ERC. Depois e um início conturbado com problemas mecânicos na viatura, o português recuperou posições até final, e na hora e locais certos arrecadou o segundo lugar, com o título de melhor piloto nacional.
A exibição de “encher o olho” promoveu o aparecimento de elogíos de diversos quadrantes. Durante a prova, alguns meios de informações deram conta da notícia que Carlos Barros (Director Técnico da Peugeot) estava a realizar esforços no sentido de criar condições para a participação da equipa portuguesa no Rali de Sanremo (pontuável para o IRC). No entanto, a participação em Sanremo será de todo improvável, pois devido à proximidade com o Rali Centro de Portugal, não é possível dotar de meios logísticos para disputar ambas as provas. Em paralelo surgiram informações que para 2008 a Peugeot Sport portuguesa pondera participar em algumas provas do IRC.
Alexandre Camacho também foi uma das figuras do rali. Efectuou uma prova imaculada, que culminou com a obtenção do ceptro de melhor madeirense, segundo duas rodas motrizes (classe A6) e terceiro melhor concorrente nacional. Teve honras por parte da comunicação social, com o devido destaque, naquele que terá sido o seu resultado mais expressivo até ao momento (apesar de já contar com algumas vitórias no seu currículo). Ainda no decorrer da prova, e em declarações aos media, Alexandre Camacho referiu a sua pretensão em evoluir para um S2000. No entanto, com “os pés assentes no chão” também afirmou que apenas será possível caso os patrocinadores viabilizem o projecto, não existindo ainda uma tendência para uma viatura em particular.
Finalmente, Bernardo Sousa em termos competitivos teve um rali com momentos altos, mas que culminaram com uma aparatosa saída de estrada, viveu uma prova cheia de notícias. Seguindo uma ordem cronológica: Depois de resultados menos conseguidos no nacional de ralis, decide abandonar a estrutura da Peres Competições, realizando um acordo com a Ralliart Portuguesa para disputar as restantes provas do nacional e regional. A vitória no Porto Santo foi o momento alto no regional, mas seguiram-se vários abandonos, alguns deles por despites que “vitimaram” Marco Sousa, preterido por Paulo Babo (com quem disputa o nacional, e venceu o Rali do Porto Santo). Apostando num resultado forte no RVM, deu-se a aquisição de um novíssimo Mitsubishi Lancer EVO IX “full” Ralliart Italia. Aos mesmo tempo, era dada como certa uma parceira com a Ralliart portuguesa para a participação, em equipa com Armindo Araújo, no mundial de Produção de 2008, e a participação no Rally RAC deste ano.
Como já referi anteriormente, o RVM não correu de feição a Bernardo Sousa. Embora ocupasse o lugar de melhor português (e obviamente, madeirense), um exagero na descida da Ribeira das Cales promoveu o despiste aparatoso, com danos materiais evidentes, que por manifesta sorte não foi mais grave, com danos pessoais. Mas, surpreendentemente (ou talvez não) após a prova o jovem madeirense anucniou a sua retirada do Campeonato Regional de Ralis, estando ainda em dúvida a participação nas restantes provas do nacional de ralis. Conhecido pela sua exuberância e espectacularidade os espectadores ficam com menos um atractivo nas estradas madeirenses. No campo meramente especulativo, alguns elementos apontam a paragem com a necessidade de reflexão, e também aos numerosos encargos financeiros que já acarretou este ano. Outros há que apontou como meta a participação no PWRC em 2008, e ainda há quem afirme que prepara um regresso em 2008 com um S2000. São mais as dúvidas que as certezas quanto ao futuro de Bernardo Sousa.
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