A época de Armindo Araújo e Miguel Ramalho no mundial de Produção acabou com a participação no Rali de Gales. Depois das exibições no Japão e na Irlanda, onde deixou bons indicadores todas as atenções centravam-se na prestação nas dificeis estradas britânicas. Antes da prova, Armindo Araújo reconheceu que as estradas eram muito rápidas e sinuosas, muito dificeís para quem não as conhece, pronunciando um rali complicado.
As primeiras especiais de sexta-feira marcaram o mote para o fim-de-semana. Piso muito escorregadios e enlameads, alguma chuva, muito nevoeiro foram o suficiente para estragar a prova da equipa portuguesa. Sem arranja um setup ideal da suspensão para estas condições, Armindo rodou entre o top ten, mas afastado dos rivais mais rápidos, e apercebeu-se que dificilmente repetiria os brilharetes das últimas provas.
Se o primeiro dia foi díficil, o segundo também o foi, mas os problemas e abandonos dos adversários permitiram que subisse na classificação, chegando ao final da etapa numa meritória quinta posição, com o ponto alto na especial de Cardiff onde venceu entre os PWRC.
O terceiro dia foi o pior: três furos, dois dos quais simultâneos, e ainda a queda do escape fizeram-no perder mais de oito minutos e descer para a sétima posição da produção mundial.
Assim acabou a odisseia da Mitsubishi portuguesa no mundial de produção. Muita exibição, mas poucos resultados, que o atiraram para uma posição pouco condigna na tabela final - 13ª posição com 10 pontos, e nada abonatória. Tanto que já surgiram alguns rumores que a participação na próxima temporada já está em causa, pois estão com dificuldades em arranjar o montante necessário para repetir a experiência.
Infelizmente, depois de exibições excepcionais, com a vitória numa especial à geral, várias na produção e a liderança de uma prova, foi dada mais ênfase aos abandonos e à desclassificação.
Esperemos que os erros desta temporada sejam tidos em conta, e que sirva para evitá-los num futuro próximo.
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