O Rali Vinho da Madeira 2008 ficou marcado pela exclusão da equipa Rui Pinto / Duarte Lagos, devido a irregularidades detectadas nas Verificações Técnicas. Na altura, a justificação residia no facto da equipa não ter apresentado os documentos originais em tempo útil. Muito se falou e também especulou desde então. Foi uma perseguição à equipa, à viatura, ao concorrente, ou excesso de zelos dos controladores, o facto é que esta semana aparecerem dois comunicados que deram a conhecer a gravidade da situação.
O primeiro foi da parte da equipa Rui Pinto / Duarte Lagos que mostram a visão dos acontecimentos (press realease retirado do Madeira-Rally). Depois, foi o comissário da FPAK que optou por relatar os factos sucedidos, dando particular destaque ao que motivou a suspeição (press realease de Nuno Fernandes retirado do Madeira-Rally). Onde o próprio esclarece “constatei que era uma marcação que tinha sido feita "artesanalmente", tinha um tipo de letra completamente diferente dos originais Mitsubishi e não apresentavam um logótipo da Mitsubishi”. E questiona: "Como é que uma viatura que está na nossa região, pelo menos desde o Rali da Calheta 2008 (25 e 26 de Abril) e que desde esse Rali nunca mais saiu da Ilha da Madeira, fez o Rali da Turquia 2008, para o WRC, com o piloto Mirco Baldacci, estando na Turquia desde o dia 10 de Junho até o dia 16 de Junho e estando presente no Rali de Santa Cruz (30 e 31 de Maio) e no Rali do Marítimo (20 e 21 de Junho)!!!! Como é que esta viatura (viatura com o mesmo nº de chassis e matricula do que a que esta aqui na região) está inscrita no Rali da Nova Zelândia 2008 ( Mirco Baldacci), se a mesma pretendia fazer o Rali do Nacional ???".
Analisando ambos os comunicados existe a conclusão que a viatura não está legal (pelo menos uma delas), e que há que apurar responsabilidades, ou pelo menos perceber o que se passou.
Algumas questões pertinentes merecem resposta: 1) A equipa madeirense teria conhecimento da existência da outra viatura. E o Mircco Baldacci?; 2) Porque razão os comissários desportivos permitiram a participação desta viatura nas provas madeirenses, apesar das suspeitas; 3) No início da temporada a viatura não possui um chassis de EVO IX homologado, e foi enviada para Itália para sua alteração; 4) A equipa TOP RUN é conhecida não só pelos resultados, mas também pelos casos de irregularidades, principalmente Mitsubishi. Basta relembrar o caso Travaglia na Madeira. Qual a sua compactuação neste caso; 5) Como é que a alfândega portuguesa e italiana permitiram a circulação de uma viatura cujo nº de chassis estava “alterado artesanalmente”; 6) Que consequências terão estes actos, a nível desportivo, mas também judicial; 7) Qual a atitude da FIA perante este caso.
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