Seria injusto referenciar apenas as exibições dos concorrentes que lutaram pela geral. Outras contendas disputaram-se no Rali Vinho Madeira que também merecem consideração.
A começar pelo Campeonato de Portugal de Ralis, Bruno Magalhães mostrou uma vez mais que não tem rivais à altura, e mesmo com o furo na penúltima especial de sexta-feira teve a capacidade de recuperar a liderança e somar a totalidade dos pontos para o nacional (10+5 de bonificação pelo Super Rally). José Pedro Fontes encarava a prova positivamente, mas logo nas primeiras especiais apercebeu que a história se repetiria. Mas, se estes dois concorrentes ainda andavam nos dez primeiros, os restantes representantes ficavam muito longe.
Michal Solowow e Volkan Isik embrenharam-se num duelo muito interessante. Inicialmente a vantagem pendeu para o lado do polaco, no entanto e com o avançar da competição Isik conseguiu recuperar e acumular uma vantagem que parecia suficiente. Parecia, porque não contava com um furo na segunda passagem pelo Rosário que o fez perder 1 minuto, e assim perder a batalha individual com Solowow.
Filipe Freitas dominou a seu bel prazer entre as viaturas de 2 rodas motrizes e classe S1600. Continuando a senda de sucesso no regional madeirense, e também no Rali Vinho Madeira, impôs com sucesso o conhecimento da viatura e da estrada, não dando chances aos adversários directos. Nem mesmo um problemas com os travões no final da 2ª secção retiraram brilho à exibição, pois conseguiu segurar o lugar na geral na frente de alguns S2000, como eram o caso de Vitor Pascoal e Nuno Barroso Pereira. Miguel Nunes e António Nunes foram 2º e 3º na classe, e 3º e 4º madeirenses.
No agrupamento nacional de Produção, Adruzilo Lopes venceu meritoriamente. Com uma viatura ultrapassada, teve a capacidade de aguentar um ritmo elevado e aproveitando os azares adversários voltou a surpreender. Fernando Peres venceu o 2º dia, mas um furo na primeira passagem pelo Campo de Golfe comprometeu o resultado, efectuando um rali de trás para a frente.
A produção madeirenses foi quase nula. Primeiro foi a saída de cena de Rui Pinto, que não foi autorizado a participar devido à não apresentação em tempo útil da documentação da viatura. Depois foi Rui Fernandes que numa passagem de testemunho para o filho, andava longe das exibições de outros tempos, até abandonar com problemas de diferenciais. Finalmente, João Magalhães teve um rali para esquecer, com problemas de caixa (sem 3ª nas primeiras especiais) e dois despistes a marcarem negativamente a prova.
O canarinho Yeray Llemes cativou o público madeirense. As exuberantes passagens, leia-se slides com o Mitsubishi Lancer EVO IX, deixaram marca e entrou no rol de “pilotos espectáculo”, tal como Ricardo Teodósio ou Armindo Araújo.
Uma palavra para a luta entre os dois Renault Clio R3 preparados pela ARC Sport. Alexandre Jesus e José Carlos Magalhães protagonizaram uma animada luta, com a vantagem a recair para o primeiro.
As desilusões para prova vieram da parte de Vitor Pascoal, que mesmo queixando-se de não conseguir preparar a prova em tempo útil, não conseguia chegar aos S2000 de Solowow e Isik, ou mesmo ao S1600 de Filipe Freitas. Nuno Barroso Pereira praticamente passou despercebido, pois em situação normal andava “enterrado” a meio da tabela entre Evolutions e A6. Luca Betti também foi uma decepção, pois os problemas de caixa de velocidades no Peugeot 207 S2000 não podem servir de justificação a tão má exibição, prejudicando mesmo alguns concorrentes que partiam atrás dele (como Bruno Magalhães).
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