Decorreu no passado fim-de-semana a última prova pontuável para o Campeonato Nacional de Ralis 2006, o Rali Casinos do Algarve. Depois de uma Super Especial nocturna que estreava um novo traçado na cidade de Portimão, a caravana seguiu para as Serras de Monchique. Tal como aconteceu no ano passado, a chuva marcou presença, e foi uma “companhia” indesejada para concorrentes e espectadores.
Armindo Araújo com o Lancer EVO IX venceu o Rali com uma vantagem superior a 1 minuto e meio, no entanto, desta feita contou com uma supremacia inicial de Bruno Magalhães. O piloto do 206 S1600 dominou os quatro primeiros troços, até um furo o fazer perder a liderança (uma vez que teve de o mudar em troço, em … dois minutos). Aparentemente a facilidade com que Armindo demonstra no cronómetro não se verificou na estrada, pois as difrerenças foram reduzidas. O piloto campeão nacional queixou-se de escolha de pneus... um facto que todos os concorrentes da primeira parte da tabela se queixaram.
Miguel Campos e Ricardo Teodósio, em Subaru Impreza WRX e Lancer EVO IX, respectivamente, também protagonizaram uma luta ao segundo. Depois de terem vencido ex-aequo a Super Especial, andaram sempre controlando o andamento um do outro, acabando a vantagem por cair para o piloto da Subaru, que bateu o algarvio por escassos 1,7 segundos.
A quarta posição ficou entregue a Fernando Peres, que viu as aspirações a um lugar no pódio esfumarem-se, quando um furo na terceira especial o fez perder um minuto e meio. Mesmo assim conseguiu recuperar desde o 13.º posto, aproveitando os azares dos concorrentes directos nas últimas especiais.
José Pedro Fontes venceu pela terceira vez consecutiva a classe S1600, ocupando a 5.º posição final. Uma penalização inicial de 1 minuto e 50,devido a uma falha eléctrica, estragaram uma prova, que prometia ser memorável, uma vez que a par com o principal rival, Bruno Magalhães, efectuavam tempos verdadeiramente “canhões”. O piloto da Peugeot Portuguesa depois de ter passado pelo comando, contentou-se com o 6.º lugar final, e no final referiu que a concentração desapareceu com o furo na 4.ª especial.
Bernardo Sousa foi, provavelmente, o piloto mais espectacular em prova. Demonstrando a sua exuberância desde o shakedown, sem esquecer a Super Especial, aliava a rapidez ao espectáculo, sendo dos concorrentes favoritos do público. Chegou a travar uma luta interessante com MEX pela quarta posição, mas a última especial, foi madrasta para o jovem madeirense uma vez que viu-se prejudicado pelo público, e alguns membros das forças de segurança que o obrigaram a parar em troço devido ao acidente de MEX. Desceu para o 7.º lugar, que sendo muito positivo, sabe a pouco, tal foi a prestação na estrada.
Quanto aos restantes madeirenses, andaram um pouco aquém das suas potencialidades. Em terreno desconhecido, com um tempo desfavorável, optaram por andar num ritmo muito cauteloso, ficando fora dos lugares cimeiros. Rui Pinto em Subaru foi 17.º, Duarte Abreu no Clio Ragnotti foi 18.º, Wilson Aguiar 26º, e Romano Pereira 33º. Ricardo Rodrigues abandonou após a segunda especial com problemas mecânicos.
Entres as viaturas diesel, uma vez mais a vitória pendeu para o piloto da Fiat – Pedro Leal, que levou o Stilo Multijet aos lugares pontuáveis (8º). A classe N3 foi vencida por Paulo Antunes em 206 RC (10ºda geral). O Troféu 206 foi vencido por António Rodrigues, enquanto Rodrigo Ferreira venceu entre os C2.
Uma palavrinha para a estreia de Tiago Monteiro nos Ralis, que foi muito positiva. Não me refiro apenas ao andamento, mas por todo o mediatismo que evolveu na cobertura da prova. Todos os principais meios de comunicação nacionais estiveram presentes em Portimão para acompanhar a prova do piloto de Fórmula 1. À semelhança do que acontece com a actual namorada, a modelo Diana Pereira, o mediatismo que envolve estes concorrentes só promovem a modalidade para além dos media da especialidade.
Imagem retirada de www.fotogti.com
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