Há uns dias tive a oportunidade de acompanhar uma “sessão de testes”, realizada em Loulé de alguns elementos que tencionam participar em algumas provas de ralis VSH do regional, e também no Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno.
Devido a um atraso pessoal, quando cheguei ao local combinado (acompanhando uma das equipas), duas das viaturas já tinham abandonado o “recinto” vítimas de problemas mecânicos. Restaram então outras duas, muito diferentes por sinal.
A ocasião permitiu que experimentasse as duas, ou seja, desse “uma voltinha ao lado”.
Primeiro, a viatura de rali, um Seat Marbella, com 900cc do José Charata. Uma viatura da classe I, cuja aparência induz ao erro de pensar que “não se arrasta”. Muito pelo contrário, quando bem “espremida” dá um gozo enorme, e uma sensação de rapidez, que em alguns espaços até corresponde à verdade. A agressividade do piloto, também cotnribuiu para o facto de criar uma opinião positiva acerca destas viaturas. Sabendo que não é viatura de topo (nem na classe) talvez protagonize alguns resultados interessantes. Relembro que nomes como Rui Madeira e José Sampaio começaram com estes pequenos carros “espanhóis”.
Depois, uma viatura de todo-o-terreno, com especificações bem diferentes do Marbella – uma Nissan Navara Pick Up T8 do Gary Pires, que estrear-se-á este fim de semana na Baja de Monchique no CNTT. Com um habitáculo muito mais alto, e com um banco completamente rebuscado para trás e muito confortável, quase torna-se impossível olhar para a frente da viatura. Depois o barulho de um motor Diesel, menos barulhento, nem parece uma viatura de competição... Puro engano. A primeira curva chega muito rapidamente, e quase sem que se note fica para trás. A estabilidade graça à tracção total é fenomenal, sem falar da suspensão que absorve todas as irregularidades do traçado. Parecia estar sentando num sofá, a apreciar um passeio um pouco mais rápido que o normal em estrada de terra. Não sou adepto de todo-o-terreno, mas esta experiência fez mudar um pouco a minha opinião.
Antes do mais agradeço a experiência ao José Charata e ao Gary Pires, a quem desejo a melhor das estreias.
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