Antes do Vodafone Rali de Portugal corria um boato de que os comissários da FIA iriam estar no Rali de Portugal muito atentos aos Mitsubishi Lancer Evo que foram transformados para versões posteriores.
Pois bem, o boato era uma realidade e nas verificações técnicas os referidos comissários estiveram bem activos. A principal vítima foi Ricardo Teodósio, cujo Mitsubishi Lancer Evo IX deriva de um Lancer Evo. VII que o algarvio adquiriu a Abel Spínola em 2005.
A transformação foi feita pela Gatmo em 2006 e este carro possui passaporte técnico de um Mitsubishi Lancer Evo IX. À partida tudo parece legal, salvo alguns pequenos pormenores que o impediram de disputar a prova portuguesa do mundial. Teodósio alinhou, mas sabia que se terminasse habilitava-se a uma desclassificação e uma multa.
No caso do carro do piloto algarvio, faltavam alguns pequenos pormenores, pouco significativos, como seja uma chapa junto ao radiador do ar condicionado ou ainda uma peça em forma côncava no compartimento do motor, tudo coisas que Teodósio garante "não terem nenhuma influência no rendimento do carro mas que derivam do Lancer Evo VII que serviu de base a este IX."
Convém referir que este carro de Ricardo Teodósio alinhou no Rali da Finlândia de 2006 não tendo sido colocado nenhum problema nas verificações. Pelo atrás escrito, faltava saber qual o problema do seu carro, só que o piloto não sabe... "Eu não sei qual o problema do meu carro, aliás já coloquei a questão à FIA para que me esclareçam e me digam o que fazer, mas ainda estou a aguardar resposta. Para já estou a alterar os pormenores que foram apontados como não estando conforme, mas mesmo assim não sei se me vão deixar correr."
Este impedimento de correr vem da parte da FPAK, entidade que ao longo dos ultimos anos não colocou nenhum entrave às transformações do Lancer Evo, posição que teve devido ao facto que não saber bem o que fazer e da FIA nunca ter esclarecido o orgão federativo nacional. Mas agora tudo muda depois de, segundo a revista "AutoHoje", a FIA ter dado uma aula prática aos verificadores nacionais com a desmontagem do carro de Rui Madeira no final da prova.
Em entrevista à mesma publicação semanal, o Eng Gabriel Paula da FPAK referiu que "Das duas uma, ou os pilotos apresentam os seus carros legais ou são chumbados e impedidos de alinhar. Se os pilotos que estão mal quiserem saber antecipadamente o que devem fazer para colocar os carros legais, poderão entrar em contacto com a FPAK que nós explicamos tudo".
Aparentemente há quem tenha muito trabalho pela frente, pois há diversos carros que foram evoluídos e possuem passaporte técnico, mas que mesmo assim não poderão eventualmente correr. Pode-se afirmar que está criada uma verdadeira "salganhada" mas que a FPAK tem solução para o problema.
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