quinta-feira, julho 5

Notas Complementares do Rali dos Açores

Pilotos a verem os carros passar.... Se a nível de participantes a lista não foi de todo a mais preenchida, no que toca a pilotos e navegadores presentes em S.Miguel, para assistirem ao vivo ao Sata Rallye Açores, o caso foi bem diferente. Filipe Freitas, Tiago Azevedo, Luís Cardoso, Isabel Branco, Adruzilo Lopes e Pedro Clarimundo, foram alguns dos nomes que não quiseram deixar de marcar presença na última prova em pisos de terra da temporada. A ausência mais notada na 42ª edição da prova a cargo do GDC, foi mesmo a de Gustavo Louro. O piloto da terceira não podendo alinhar por falta de apoio não quis sequer deslocar-se a S.Miguel para ver os carros passarem. Nem mesmo a insistência do seu amigo e sogro Horácio Franco o fez mudar de ideias.
Sata Rallye Açores - Fim à vista? O Sata Rallye Açores pode ter os dias contados, dada a constante colocação de asfalto que se verificado na ilha. O progresso assim o exige, mas o facto é que os troços têm vindo a ficar cada vez mais curtos, e torna-se cada vez mais exigente o esforço para conseguir a devida quilometragem que uma prova desta envergadura necessita. Em declarações à RTP Açores, o director de prova António Andrade garante que dentro de cinco anos o rali poderá já não conseguir reunir as condições para ir para a estrada.
Rali europeu muito nacional Apesar de pontuar para o Campeonato Europeu de Ralis, o Grupo Desportivo Comercial só conseguiu a presença de Mait Mariloo. Para abrilhantar a passagem pelos troços, só mesmo com os nomes mais importantes do pelotão do Nacional de Ralis e do Campeonato Regional de Ralis dos Açores, uma vez que a presença do piloto da estónia passou quase despercebida.
Pedro Leal arrancou da antepenúltima posição Depois de lhe ser atribuído o numero 10, o piloto do Fiat Stilo viu-se obrigado a largar da antepenúltima posição. Uma decisão do colégio de comissários, que invoca o facto do Fiat Stilo Multijet não ter homologação FIA, apenas nacional e por isso teria de partir atrás do último concorrente. Atrás de si acabaram por ficar dois outros concorrentes que se encontravam na mesma situação. Apesar de ter tentado explicar que sair nessa posição iria ser muito prejudicial para si e perigoso tanto para ele como para os seus adversários, uma vez que Pedro Leal tem provas dadas do seu excelente andamento, a decisão não foi revogada. Com todos estes contratempos, Leal termina num fabuloso sétimo posto, e a lamentar fica o facto de não termos podido assistir ao seu desempenho se tivesse largado da posição que lhe tinha sido atribuída de início.
Para além da grande prova que fez, Rui Moniz tinha decorado o seu Lancer Evo VIII, da equipa Peres Competições, com um interessante motivo: "SOS Terra - Salvem as estradas de terra - Rallyes em terra são mais espectaculares". Esta excelente iniciativa irá ter um site (sos-terra.com) que ainda não está activo, mas que será uma das faces visíveis de um movimento que pretende salvar as estradas de terra, onde se disputam os ralis em São Miguel, da invasão do "asfalto".
Nem sempre é fácil estar actualizado com as regras da FIA e da FPAK sobre o mesmo tipo de assuntos. No caso do Super-Rali manda a "FIA" que os pilotos podem participar na 2ª etapa (existe uma classificação independente como acontecia antes), mas não podem estar classificados na geral do rali, ao contrário do que sucedeu, por exemplo, no Rali de Portugal. Estas regras confusas, juntamente com a de Pedro Leal que na 2ª etapa voltou a partir dos últimos lugares, não abonam nada em favor do ralis.
Fernando Casanova que terminou a 1ª etapa em 6ª classificado da geral já não arrancou para o segundo dia. A desistência nada teve a ver com problemas técnicos no Subaru, mas sim com o facto de o piloto ser padrinho de casamento da irmã, que se casou durante o segundo dia do rali. Insólito sem dúvida!!!
Mait Meriloo não tem tido uma presença feliz no Sata Rali dos Açores. Para além de nunca ter mostrado grande andamento, para além de cometer muitos erros, como quase ninguém lhe perguntou como se pronunciava o nome dele acabaram por lhe chamar todos os nomes: Met Mérilo, Meit Marilo, Met Mariló, etc.
Bernardo Sousa voltou a desistir depois de "derreter" a caixa de velocidades do Lancer Evo IX, logo no início do rali. Para poder participar na segunda etapa, o seu pai adquiriu nos Açores, a uma equipa espanhola, uma nova caixa de velocidades.
Christopher Shean trouxe para o Rali dos Açores o seu Citroen Saxo (N2)... e quase mais nada. Duas pastilhas de travão, uma rótula e uma grande dose de boa vontade foi o que o piloto trouxe, tendo como objectivo atacar na Tronqueira, o seu troço predilecto. Diga-se que depois do Rali de Portugal, a sua última prova, as suspensões não foram mudadas e os pneus são os mesmos.
Retirado de Ralis Online e Sportmotores

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