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domingo, setembro 5

Carlos Magalhães tem o melhor palmarés do Rali Vinho Madeira

Faseadamente aparecem as respostas ao Quiz sobre o Rali Vinho Madeira. Nesta primeira fase dou a resposta aos resultados globais:. Quem foi o navegador mais vitorioso, os não europeus no pódio, para além de Vouilloz qual o outro francês que venceu a prova madeirense e a marca que mais tempo ficou arredada da vitória.


Ao olhar para os dados gerais um simples leigo diria que a prova seria em Itália. Os números não mentem. Por 19 vezes foi ganha por pilotos italianos, a Lancia ainda é a marca com maior número de vitórias, e Andrea Aghini é o piloto com mais vitórias – 4 no total.

1) Qual é o navegador com maior número de vitórias?
Não é preciso andar muito para trás para encontrar o co-piloto com maior número de vitórias. Mittia Dotta, sempre navegando Giandomenico Basso, subiu ao lugar mais alto do pódio por três vezes, com o Fiat Grande Punto S2000 em 2006, 2007 e 2009.



2) Qual foi a marca que esteve mais tempo afastada das vitórias na Madeira?
A marca foi a FIAT. Adartico Vudafieri venceu a Volta a Madeira em 1980 com um Fiat 131 Abarth, e passados 26 ANOS, Giandomenico Basso voltou a vencer com um Fiat, desta feita o Grande Punto S2000.



3) Quais as nacionalidades dos vencedores da prova madeirenses, nas 32 edições europeias?
A resposta foi complementada com a informação do Duarte Sá (Katra) - Itália por 19 vezes (Aghini 4, Tabaton, Liatti e Basso por 3, com 2 vitórias o Fassina e uma o Vudafieri, Biasion, Cerrato e Travaglia), França 2 vezes, Vouilloz e Loubet, Bélgica por 4 vezes, (2 do Snijers e uma do Loix e do Thiry), Portugal com 4 ( Peres, Adruzilo, Miguel Campos e Vitor Sá), 1 luxemburguês (Kridel), 1 espanhol (Serviá) e um finlandês (Toivonen).



4) Quais os concorrentes NÃO europeus que já subiram ao pódio (podem ser pilotos e navegadores)?
Os únicos pilotos não europeus que já subiram ao pódio madeirense foram o peruano Ramon Ferreyros, em 1993 com um Lancia Delta Integrale, e o uruguaio Gustavo Trelles em 1995 com um Subaru Impreza 555. Tinha a seu lado o argentino Jorge del Buono é argentino. Foram colegas de equipa do Piero Liatti que venceu essa edição. O norte-americano Sérgio Cresto, foi 2º classificado em 1985 com o Andrea Zanussi no 037 da Jolly Club, e ficou na história do automobilismo pelos piores razões - perdeu a vida no Rally da Córsega de 1986 ao lado de Henri Toivonen, num Delta S4, e que infelizmente marcou uma viragem dos ralis na década de 80.



5) Para além de Nicolas Vouilloz, que outro piloto francês venceu a prova madeirense, inserida no Europeu?
Foi o Yves Loubet, num Lancia Delta Integrale em 1989 da equipa Grifone.



6) Quem foi o elemento que participou no RVM de 2010 com melhor palmarés (e que palmarés) na prova madeirense?
É o navegador Carlos Magalhães:
- Venceu o Rali Vinho Madeira, com o Miguel Campos em 2003 no Peugeot 206 WRC. Também subiu ao pódio em 2009 com o Bruno Magalhães (2º); em 2005 foi 3º classificado com o Miguel Campos no 206 S1600; em 2001 e 2002 foi segundo classificado com o Miguel Campos no 206 WRC - primeiro atrás do Adruzilo, depois foi o Aghini que venceu.
- Por 6 vezes foi o melhor português em 1992 (Joaquim Santos - Toyota Celica), 1999 (Pedro Azeredo - Renault Mégane), 2002 (Miguel Campos - 206 WRC), 2003 (Miguel Campos - 206 WRC), 2005 (Miguel Campos - 206 S1600) e 2009 (Bruno Magalhães - 207 S2000).
- Venceu o Agrupamento de Produção em 1998 e 2000 com o Miguel Campos no Carisma GT.
- Em 1999 foi o melhor 2 rodas motrizes, quando navegava o Pedro Azeredo no Renault Mégane Maxi (5ºs da geral).

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sábado, agosto 28

Quiz Rali Vinho Madeira

A junção de alguns dados sobre o Rali Vinho Madeira dão informações muitos interessantes, algumas inesperadas ou inéditas. Após a elaboração de uma estatistica simples das ultimas edições da prova rainha madeirense, consegui reunir um conjunto de informação diversificada.

Como sei que existem alguns especialistas na área, deixou um questionário com algumas curiosidades da prova madeirense.
Prometo que respondo a todas as questões, depois de ler as opiniões:
Ao olhar para os dados gerais um simples leigo diria que a prova seria em Itália. Os números não mentem. Por 19 vezes foi ganha por pilotos italianos, a Lancia ainda é a marca com maior número de vitórias, e Andrea Aghini é o piloto com mais vitórias – 4 no total.
1) Qual é o navegador com maior número de vitórias?
2) Qual foi a marca que esteve mais tempo afastada das vitórias na Madeira?
3) Quais as nacionalidades dos vencedores da prova madeirenses, nas 32 edições europeias?
4) Quais os concorrentes NÃO europeus que já subiram ao pódio (podem ser pilotos e navegadores)?
5) Quem foi o elemento que participou no RVM de 2010 com melhor palmarés (e que palmarés) na prova madeirense?
6) Para além de Nicolas Vouilloz, que outro piloto francês venceu a prova madeirense, inserida no Europeu?

Este ano surgiu a polémica, madeirense versus português. Pessoalmente sei que quem nasceu na Madeira é português, e o Miguel Nunes foi o melhor português. Já agora...
7) Quais são os portugueses que ocuparam mais vezes a posição de melhor português, desde 1987?
8) Quem foi o piloto que conseguiu o título de melhor português com um Mitsubishi?
9) Qual é o concorrente madeirense que obteve mais vezes a menção de “Melhor Madeirense”? Com que viaturas?

O Agrupamento de Produção sofreu algumas alterações interessantes que desvirtuaram um pouco essa grupo, nomeadamente com a inclusão das viaturas S2000. Como não considero verdadeiras viaturas de produção, apenas as convencionais:
10) Quantas vezes a marca Mitsubishi venceu esta categoria nos ultimos 20 anos?
11) Quem foi o piloto que quebrou a superioridade da marca dos “Três Diamantes” esta década?
12) Quem foi o último concorrente estrangeiro que venceu este Grupo no RVM? Em que ano.

Por vezes esquecemos as viaturas de tracção dianteira, tal é do dominio dos S2000 e das viaturas de produção. Este ano João Silva e José Janelas foram os melhores, com um Renault Clio R3.
13) Nos ultimos 20 anos, qual é a marca com maior numero de vitórias entre as 2 rodas motrizes? Quais os modelos.
14) Quem foi o único piloto belga que venceu esta categoria. Qual a viatura?
15) Qual é a equipa que acabou mais vezes na frente entre as viaturas de tracção dianteira nestes 20 anos?

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quinta-feira, setembro 10

Armindo um piloto de excepção – Parte 3

Em 2008 voltou a apostar no mundial de produção, mas a fiabilidade da sua viatura nunca permitiu que alcançasse resultados de registo. Numa competição com a dureza das provas do mundial, a aposta na rapidez tem que ser bem doseada com a fiabilidade. 2008 foi um ano para esquecer, foram problemas de diferencial na Suécia, braços de direcção e suspensão na Grécia, suspensão e diferenciais na Turquia caixa de velocidades na Nova Zelândia e uma transmissão no Japão. Aliás na prova nipónica regista-se o momento mais alto da temporada, quando Armindo Araújo venceu uma especial à geral com uma viatura de produção. O feito aconteceu na especial de Obihiro 1 com 1,35 quilómetros, acabando na frente de Dani Sordo, Sebastien Loeb e Mikko Hirvonen. Infelizmente, tal facto não foi valorizado pelos meios de comunicação social, internacional e nacional.
Pelo meio foi convidado a participar no Rally Sharqia, na Arábia Saudita, acabando por não partir para a segunda etapa, quando liderava o rali e “misteriosamente” apareceu areia no depósito do seu Mitsubishi Lancer EVO IX.

Chagados a 2009, e a aposta manteve-se no mundial de produção. Inicialmente seria com um Mitsubishi Lancer EVO 10, mas a falta de garantias de competitivade da viatura, fe-lo manter com o Lancer EVO IX. A novidade passava pela participação com a Ralliart Italia. Com rivais dificeis (Al-Attyah, Brynildsen, Prokop, Arai, Flodin) o maior “perigo” vinha da Suécia, com a presença de Patrik Sandell com um Skoda Fabia S2000.
O arranque deu-se na Irlanda, onde Patrik Sandell obteve a sua primeira vitória. Por seu lado, Armindo Araújo acabou no 4º posto, somando os primeiros 5 pontos. Seguiu-se o Chipre, e o inevitável Sandell valeu-se do Fabia para vencer, mas desta vez Armindo Araújo terminou logo atrás, sendo o melhor dos Grupo N convencionais.
E chegamos ao Rally de Portugal. Em frente ao seu público brilhou... entrou com o pé direito nas especiais de estrada e graças ao conhecimento do terreno assumiu a liderança. No segundo dia, viu-se supreendido por um rapidissimo Flodin, mas um despiste do sueco voltou a colocar o português na rota da vitória. Foi com uma prova inteligente (e com uma grande dose de sorte) que percebeu que podia vencer – viu Sandell bater, Flodin despistar, Bruno Magalhães abandonar, Al-Attyah ter problemas no Subaru no 1ºdia, Prokop e Brynildsen atrasarem-se com problemas nos EVO. A primeira vitória no PWRC apareceu em solo luso, mediante o seu público, que lhe ovacionou de pé ganhando novamente a sua empatia. A exibição valeu-lhe o prémio “Spirit of the Rally” entregue ao elemento que mais se destacou na prova.
Ausente da ronda argentina (que foi ganha por Al-Attyah), o português marcou presença na Sardenha. Sem argumentos para os Subaru de Al-Attyah e Sandell, contentou-se com o 3º posto e contabilizou mais 6 pontos. Na Acropole, voltou a efectuar uma prova inteligente – sempre no sitio certo, arrancou um excelente 2º posto, atrás do local Lambros Athanassoulas, num Skoda Fabia e beneficiando da desclassificação de Al-Attyah (dependente de confirmação). Surpreendentemente, ou não, Armindo estava em excelente posição para vencer o PWRC. Sabendo das dificuldades de pontuar no Rally de Gales, Armindo optou por participar no Rally da Australia, com a Errani Motorsport, onde já podia sair com o título no bolso. Quanto à restante história.....nós já sabemos.
Armindo é um piloto de excepção.

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quarta-feira, setembro 9

Armindo um piloto de excepção – Parte 2

Em 2005 Armindo Araújo deu uma reviravolta na carreira, ao aceitar a proposta da Mitsubishi Portugal para tripular o Lancer EVO VIII MR, mudando de classe e de motrização. Passou da A para N e das duas rodas motrizes para tracção integral. O Rali Casinos da Póvoa tornava-se talismã, pois na estreia somou uma vitória. Venceu também o Rali Centro de Portugal e o Rali Casinos do Algarve, terrenos propícios para os S1600, e conquistou o título nacional de pilotos e marca.
Em 2006, manteve-se na Mitsubishi Portugal. Obteve o 4º triunfo consecutivo no Casinos da Póvoa, e voltou a vencer o Rally de Portugal, desta vez no Algarve e frente a rivais de peso – Janne Tuohino, Patrik Flodin, Daniel Carlsson, Markko Martin. Uma penalização (devido a um erro de calculo) retirou uma vitória justa no Rally do FCP, mas vingou-se nos Açores somando a sua primeira vitória na prova insular. Acabada a fase de terra, a fase de asfalto começou com uma novidade – o Mitsubishi Lancer EVO IX. No primeiro confronto com os S2000, foi batido por um Super Basso na Madeira, mas alcançou um excelente 2º posto – a melhor classificação até hoje na prova madeirense. Somou por vitórias as restantes provas, e sem surpresas acabou o ano com mais um título nacional. Tudo isto num ano que teve a rivalidade “aberta” de Miguel Campos num competitivo Subaru Impreza. Como prometido, Carlos Barbosa, presidente do ACP concedeu um teste num Ford Focus da M-Sport, efectuando primeiro contacto com um WRC.
Também em 2006 participou em duas provas de TT, com um Mitsubishi Strakar, mas abandonou em ambas quando liderava destacado – a viatura não aguentava o ritmo diabólico... (voltou a repetir a presença na Baja de Monchique em 2007, mas também ficou-se pelo prólogo).
Portugal já não oferecia desafios a Armindo Araújo e o futuro passava pela internacionalização. A custo montou um projecto com a Mitsubishi/TMN GALP, e concorreu com um EVO IX no Campeonato do Mundo de Produção de 2007. A preparação para o mundial passou pela presença no Rally Artic Lapland, onde alcançou um honroso 10º posto. A estreia no mundial foi no Rally da Suécia, acabando no 4º lugar, atrás de Oscar Svedlund, Anton Alen e Kristian Sohlberg. Seguia-se o Rally de Portugal...
A presença de Armindo Aráujo no mundial promoveu o interesse na sua participação no Rally de Portugal, que regressava ao mundial. A especulação tomou conta dos dias antecedentes à prova, mas lá veio a confirmação que iria participar num Mitsubishi Lancer WRC. Armindo foi foco de todas as atenções, existindo mesmo quem quisesse lutas pela vitória.
E foi aqui que começou a “fase negra”. No shakedown de Vale Judeu, após uma lomba, o piloto tirsense perdeu o controlo do Mitsubishi atropelando alguns fotografos mal colocados. O rali começava mal, mas piorava quando no duelo da Super Especial de Abertura perdia contra o “mediano” Gareth MacHale. Perante o seu público, e no mesmo dia, dois percalços que prejudicavam a imagem. O Rali passou para a estrada e protagonizou um animado duelo com o “puto” de 17 anos Andreas Mikkelsen, num Ford Focus WRC e com Matthew Wilson. Apesar de não andar próximo do pelotão do mundial, contou com um impressionante apoio do público português... mas tudo acabou com um despiste na última especial de estrada, que antecedia o SE do Estádio de fecho do rali. Foi um fim de presença no WRC, que certamente não deixa boas recordações a Armindo, e também aos seus seguidores.
A participação no PWRC de 2007 prosseguiu na Grécia, onde Armindo abandonou com o motor partido. Na Nova Zelandia finalizou no sexto posto, a que se seguiu uma desqualificação (irregularidades mecânicas) no Rali do Japão, onde tinha acabado no segundo lugar. No Rally da Irlanda protagonizou um violento despiste, quando liderava, e acabou a temporada com um modesto 7º posto no Rali de Gales. A primeira temporada no PWRC foi de aprendizagem, mas sentiu pela primeira vez o sabor da derrota – Pela primeira vez na carreira acabou o ano sem vitórias, nem títulos.

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Armindo um piloto de excepção – Parte 1

Os ralis voltaram a ter destaque graças ao feito de Armindo Aráujo, de conquistar o título mundial (provisório) de Produção. Um feito extraordinário, que foi conseguido quando muitos duvidam das suas capacidades.
Armindo nasceu para vencer. Desde os tempos do motocross que demonstrava um espírito verdadeiramente competitivo e alma de campeão. Mas foi nos ralis que obteve notariedade. Em 2000 estreou-se no Rali Montelongo / Fafe num Renault Clio, navegado por Pedro Queirós, e alcançou um surpreendente 2º posto à geral. Na segunda prova, Armindo apostou num Citroën Saxo alugado à Competisport, e venceu o Rali Portas do Rodão. A rapidez não era fruto do acaso, e adquiriu um Saxo: o 66-57-VJ,somando mais 4 vitórias, e sagrando-se campeão nacional de Promoção no ano de estreia.
Começava um ciclo vitorioso impressionante. Em 2001, Armindo Araújo dá o salto para o campeonato nacional de ralis disputando o competitivo Troféu Saxo. Foi neste ano que começou a parceria com Miguel Ramalho. Das 6 provas do troféu venceu quatro e conquistou 2 segundos lugares, somando o segundo troféu em outro tantos anos. A sua prestação não passou despercebida pela equipa oficial Citroën Portugal, que contratou para piloto oficial.
Em 2002, Armindo Araújo tripulou o Citroën Saxo Kit Car dominando de forma impressionante a categoria F3 (2 rodas motrizes 1.600), e acabando no 3º posto do nacional, atrás dos inalcançaveis WRC.
Com a proibição dos WRC nos campeonatos nacionais, Armindo tinha a oportunidade de lutar pelo título nacional. Venceu a sua primeira prova à geral – Casinos da Póvoa de 2003, e somou nova vitória do Rally de Portugal (que não pontuava para o mundial). Surpreendentemente a rivalidade veio de Fernando Peres no “velhinho” Ford Escort Cosworth, que venceu o FCP e nos Açores. Mas a fase de asfalto retirou quaisquer duvidas – Armindo venceu as três últimas provas e somou o primeiro campeonato nacional de ralis. Também ganhou a F3.
Arrancou 2004 com duas vitórias (Casinos da Póvoa e Portugal), mas as vitórias à geral nessa temporada finalizaram aqui. O Citroën Saxo Kit Car tinha um rival à altura, o Peugeot 206 S1600, com Miguel Campos ao volante. O piloto da Peugeot Sport teve uma fase de terra para esquecer, mas venceu as três últimas provas do nacional. Nesse ano Armindo valeu-se da regularidade, e dos valiosos pódios que permitiram somar o segundo título nacional de ralis. Também venceu a F3 e o Grupo de Turismo. Despediu-se da Citroën estreando o C2 S1600 no Rali Casinos do Algarve.

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