quarta-feira, janeiro 10

Dakar: “Toma e Embrulha”

A expressão normalmente é usada aquando num acontecimento pouco usual aproveitam-no para emplogar o assunto, normalmente com valorização de aspectos negativos. Duas notícias e ambas da mesma fonte (sportmotores) me fazem ironizar sobre algumas situações:
1º Os deputados do PSD eleitos pelos círculo dos Açores contestaram a possível extinção de alguns consulados de Portugal, nos EUA, acusando o governo de gastar fortunas na organização do Euromilhões Lisboa-Dakar. Por uma questão de coerência, e sendo de um grupo parlamentar representantiva da maioria da oposição, o Circuito da Boavista, promovido pelo Presidente da Câmara Muncipal do Porto, eleito nas listas do PSD, foi gratuito. O Governo Regional da Madeira (curiosamente também do PSD) atribui mundos e fundos à organização de eventos desportivos, entre os quais o Rali Vinho da Madeira. Adoro política, mas não gosto de políticos.
2º O Vaticano, através de um artigo publicado num jornal local, tece várias críticas à Organização do Lisboa-Dakar. Depois da morte do sul africano Elmer Symons, na 4.ª etapa (terça-feira, dia 9), o editorial lembra os números negros da prova, aluindo às 49 vítimas mortais entre os concorrentes, a que somas oito crianças e duas mulheres. Cito “com uma atitude cínica, que ignora por completo a realidade que atravessam, lançam-se no deserto automóveis, motos (…)camiões, a velocidades loucas, cujos destroços ficam abandonados, muitas vezes, como monumentos à irresponsabilidade”, ao que acrescentou expressões como “rasto de sangue” ou “pouca sã competição”.
Interessante a notícia ter sida colocada online pela Agência Ecclesia, Portal de Informação da Igreja Católica Portuguesa. Curiosameente a RFM, é a rádio oficial da prova, faz parte do Grupo Renascença, propriedade da Igreja Católica….
Não me queria alongar em opiniões, mas quem estudou história lembra-se da Inquisição, e as expressões “rasto de sangue” “destruição” e “perseguição” não devem ter o mesmo significado que há uns anos. Para não falar em questões como o aborto, o uso do preservativo, a pedofilia… que coitados (os “Vaticanos”) nada percebem.
Caso para dizer “Toma e Embrulha”.

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