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Tal como a nova publicidade da Citroën, em que Loeb e Sordo levam o Xsara a um stand e trocam-no por um C4, a viatura saiu melhor que a encomenda, e surpreendentemente parece estar sempre um degrau à frente das restantes.
O último lugar do pódio foi ocupado por Marcus Gronholm. O vencedor da época passada, cedo percebeu que a senda vitoriosa do final da época passada não iria ter continuação, e que os C4 darão muita “dor de cabeça” aos rivais.
A luta pela quarta posição foi deveras a mais interessante da prova – os segundos pilotos da Subaru e Ford, Chris Atkinson e Mikko Hirvonen disputaram à centésima os ultimos quilómetros de especial. E foi na magnifica super especial disputada no circuito de Fórmula 1 de Monte Carlo que o australiano levou a melhor sobre o finlandês, num escasso segundo, que se traduziu em 0,2s no final.
A sexta posição ficou na posse de Petter Solberg, que foi ofuscado nesta prova por Atkinson. A passagem para os pneus da BF Goodrich parece não ter favorecido o norueguês, e valha-nos o espectáculo na última PE, com “donuts” incluídos, que até assustaram Phil Mills. Se não arranja maneira de obter um bom resultado na Suécia, arrisca-se a passar a segundo piloto.
Os outsiders também tiveram em destaque, e refiro-me a Toni Gardemeister com um velhinho Mitsubishi Lancer WRC e ao checo Kopechy num Fabia WRC. Este dois concorrentes efectuaram tempos devera interessantes, batendo por vezes carros de últimas geração e pilotos mais experientes (pelo menos chefes de fila).
Manfred Stohl não teve um regresso feliz ao Xsara WRC. Começando com um ritmo elevado, entrometeu-se nos lugares da frente, mas problemas de travões atiraram-no para o décimo lugar. Uma nota ainda para o “local” Jean Marie Cuoq, campeão francês de asfalto, que rubricou um treceiro lugar numa especial (realizada perto da sua residência), atrás dos dois C4 – ficou na nona posição.
As desilusões ficaram (como é habitual) para as prestações dos homens da Stobart. Matthew Wilson andou lá atrás, mas pior foi Henning Solberg que não se habituou ao Focus de última geração. Jari-Matti Latvala ainda deu um ar da sua graça, mas um despiste na penúltima classificativa, provocou danos irremediáveis no rollbar e promoveu o abandono.
Quanto à prova em si, há muito que não se via um Monte Carlo sem neve, e mesmo a deslocalização para troços localizados mais a norte do principado não proporcinou tal facto. De resto como já referi, destaco o regressos às especiais nocturnas e à super especial no circuito do Mónaco a fechar o rali… simplesmente maravilhoso.
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