Como não podia deixar de passar a oportunidade, ofereci-me como voluntário para controlar as entradas dos troços envolvidos. E como é habito no Algarve, o meu piloto Márcio Charata foi o “companheiro de luta”.
Logo pela manhã cedo de Sábado, às 7:00 partimos pelas sinuosas estradas de São Brás e Barranco do Velho em direcção ao Corte Serrano. A equipa da Skoda já estava instalada, e dada a distribuição de tarefas. Melhor dizendo foi feita a distribuição pelos troços. Ficamos numa parte do troço com duas entradas, mas que devido à sua proximidade era passível de ser controlada por uma equipa. A oportunidade requeria que fosse imortalizada, pela captação de imagem, e tanto eu como o Márcio captamos diversas passagens, para além de experimentar dos mais diversos ângulos, muitos dos quais artisticos, em alguns arriscando “perder” a máquina.
No segundo dia, o destino foi o troço próximo das bombas de Martinlongo, mas devido à alteração de hora, tivemos que chegar uma hora mais cedo. À semelhança do dia anterior, ficamos com a responsabilidade de controlar duas entradas, numa parte do troço com muita visibilidade. Mais um bom local para arranjar bons ângulos de passagem.
Quanto aos pilotos fiquei agradavelmente surpreendido com o Jan Kopecky / Filip Shovanek pelas mais variadas razões. Têm um andamento verdadeiramente impressionante, com uma condução muito rápida e limpa, aproveitando o máximo do carro. Depois pela boa disposição da equipa, que funciona como uma família, e pela acessibilidade demonstrada por ambos. Já agora não podia deixar de referir que em ambos os dias experimentei a “cantina” da Skoda (a autocaravana que funcionava como cozinha) e não sabendo ao certo o que comi, fico satisfeito por saber que na República Checa não devo passar fome. Outro elemento impressionante reside no facto dos elementos terem muita dificuldade em falar em inglês. Começando pelo director da equipa – Joseph Kopecky (pai do Jan), e acabando nos mecânicos, muitas vezes a comunicação era feita por linguagem gestual. Sinceramente, eles até nos podiam mandar dar uma volta, mas pelo menos era com boa disposição.
Já o Mads Ostberg apresenta uma condução muito agressiva, aproveita muito do Subaru Impreza WRC para “brincar”, e colocou a malta de sobreaviso para a possibilidade de se espetar num “chaparro”. Guy Wilks parece que veio para as férias. Apesar de ser a segunda prova no mundial (estreou-se num WRC na Noruega), não arisca muito e não é de todo muito espectacular.
A razão pelo título, “Controlando o pó” é justificada pelo facto de nas zonas onde estivemos não ser de fácil acesso, e portanto apenas tivemos que lutar com o pó levantando pelos WRC’s.
Como referi anteriormente fiz três clips para o Ralis a Sul, que armazenei no Youtube e já estão disponiveis.
TESTES JAN KOPECKY (clique para visionar)
TESTES MADS OSTBERG (clique para visionar)
TESTES GUY WILKS (clique para visionar)
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