Recentemente, eu e o Márcio Charata voltamos à “carga”. Depois de uma temporada parados, finalmente apareceram meios para reactivar o Renault 11 Turbo “cinza”, que se encontrava fora do activo desde o Rali Casinos do Algarve 2004, disputado no final do mês de Novembro de 2004.
Após de uma revisão completa à mecânica da viatura, que incluiu a mudança de motor, novos apoios, novo radiador, melhores suspensões, entre outras modificações, chegou o dia de verificar se estava operacional.
Numa estrada de terra que reunia todas as condições para verificar as afinações, efectuamos algumas voltas. Primeiro com um ritmo mais cauteloso para verificar o comportamento, e readquirir habituação à pilotagem e navegação, e depois com um andamento mais próximo de condições de prova.
À primeira passagem ficou a impressão que a nova mecânica transmite uma sensação de tracção e imposição de força. Parecia uma viatura diferente. Se por uma lado a sensação de potência era maior, por outro a estabilidade estava comprometida. Uma das principais virtudes da viatura residia no apoio da traseira à saída das curvas, mas desta feita, esse apoio desapareceu, e a cada curva mais “embrulhada” a viatura tinha um comportamento estranho, perdendo o controlo com desvio de traseira. Nunca vi a viatura com um comportamento tão instável. Provavelmente será pela afinação da suspensão traseira – que ainda é de asfalto. Para além desse pormenor, outros há a rever na viatura. Desde a protecção de cárter, à localização do escape, afinação do ralentim, mesmo à tubagem que precisa de um reforço maior, ainda são necessárias algumas afinações.
Infelizmente na parte final dos testes aconteceu um imprevisto que resultou num problema técnico grave, que condicionou a presença no Rali de Loulé, e quem sabe na presente temporada.
No entanto, aqueles momentos dentro da viatura souberam “a cerveja fresquinha no Verão”. Foi bom voltar à navegação.
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