Com o Rali da Nova Zelândia, Armindo Araújo voltou à acção cumprindo mais uma jornada do Campeonato Mundial de Produção. Depois das exibições menos conseguidas na Acrópole e no Rali de Portugal, as atenções voltam-se novamente para as prestações do campeão português.
Armindo Araújo entrou com o pé direito na prova, localizando-se entre os quatro primeiros concorrentes da PWRC. Mesmo com alguns problemas na viatura, nomeadamente na afinação da suspensão e travões, Araújo foi rápido e terminou a primeira secção na segundo lugar atrás de Hanninen. Depois de uma especial menos conseguida, onde desceu para a terceira posição (ultrapassado por Richard Manson) veio a especial mais longa, de 44 quilometros, onde deu um verdadeiro recital de condução batendo a demais concorrência por mais de 30 segundos, e assumindo a liderança. Ajudado pelos problemas nas viaturas de Toshi Arai, Richard Manson e Juho Hanninen, Armindo Araújo termina o dia na liderança do PWRC com uma vantagem de 33,5 segundos, sobre o segundo classificado o ex-campeão mundial de produção Niall McShea. Foi um dia positivo para Armindo Araújo, que finalmente tinha uma exibição de grande nível associada a um resultado positivo – 1ª PWRC e 12º da geral.
Infelizmente, no segundo dia tudo mudou. O diferencial traseiro do Mitsubishi Lancer EVO IX cedeu na segunda especial do dia, fazendo Araújo perder mais de três minutos e meio e descendo na classificação para a sétima posição do mundial de produção. Com a prova “estragada”, pouco mais havia a fazer. Os objectivos passavam por levar a viaturas até final, e recuperar algumas posições, aproveitando erros ou problemas com os adversários.
No último dia, Armindo Araújo teve novamente uma prestação notável, chegando mesmo a vencer uma especial, e recuperando uma posição à geral – foi sexto do PWRC e 18º da geral. Depois do tempo perdido na segunda etapa pouco mais havia a fazer.
O vencedor da prova foi Toshi Arai, em Subaru, na frente de Nial McShea e Roger Manson. Gabriel Pozzo e Fumio Nutahara preencheram as posições anteriores a Araújo, que terminou na frente de Hanninen, um dos azarados da prova, que capotou duas vezes.
Dois pontos a reter: Pela positiva, Armindo Araújo voltou a demonstrar muita rapidez, e a mostrar que é capaz de andar na frente num campeonato tão competivo. Pela negativa, a falta de fiabilidade da viatura, que uma vez mais condicionou a prestação do português. Talvez seja necessário adoptar uma postura diferente, pois em provas com extensão tão elevada, a vitória pende para o lado do que alia a rapidez à regularidade. O rali não se vence numa etapa, mas sim no conjunto de todas as especiais. O concorrente que gerir a rapidez com a regularidade, com contensão no desgaste do material provavelmente sairá vencedor. Que o diga Arai que acabou o primeiro dia na 11ª posição a mais de três minutos e meio de Araújo, e que no final somou uma vitória.
Se por um lado é de saudar a postura agressiva e rápida do português, fica a lamúria pelos problemas da segunda etapa. Certamente seria diferente o resultado final.
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