domingo, dezembro 18

Rescaldo de 2011

Ponto final na época de 2011. De um forma geral não deixará grandes saudades, no entanto as previsões sugerem que o pior ainda está para vir, e inevitavelmente os ralis também serão afetados.

2011 está acabado - No WRC, no ano de estreia das novas viaturas, S1600 Turbo, o campeão manteve-se. Loeb voltou a sagrar-se campeão mundial, somando o oitavo título, mas um dos mais díficeis, senão o mais díficil - primeiro porque Latvala permitia Hirvonen sonhar, e por outro lado encontrou na sua equipa o maior rival, o Oigier. Infelizmente, a luta pelo título de construtores voltou a ser minimizada pela superioridade da Citroën, enquanto que a estreia do Mini no WRC foi positiva, com o segundo lugar em França do Sordo, muito próximo do primeiro lugar.
No moribundo campeonato português, o título foi para os Açores. A conjuntura pepermitiu que Ricardo Moura se superioriza-se merecidamente, embora contasse com a forte oposição de Vítor Lopes. Infelizmente, os restantes não demonstravam argumentos para melhor. Por outro lado, o campeonato de 2litros foi mais interessante e centrado na luta entre João Silva e Paulo Antunes. O madeirense foi o melhor, mas neste ponto também uma palavra para Ivo Nogueira que lhe faltou a pontinha de sorte para acompanhar os dois adversários.
Finalmente, e depois de tudo decidido uma palavra final para a última prova do campeonato - quando um VSH consegue ser o mais rápido, e se superiorizar a um pelotão que apesar de tudo tem viaturas competitivas, é apenas mais um indicador do péssimo estado do campeonato... e volta a questão que futuro para o CPR???
O Rali de Portugal foi novamente competitivo, com Oigier a somar a sua segunda vitória em solo nacional, praticamente passando ao lado dos problemas, que afetaram Loeb e os dois pilotos da Ford. Armindo Araújo teve um ano de adaptação ao Mini, mas provavelmente foi com a versão S2000 que fez a melhor exibição na estreia no Algarve/Alentejo. Bernardo Sousa teve o grande momento com a vitória no Rali da Jordânia no SWRC, mas ficou longe dos mais rapidos num campeonato extremamente competitivo.
Os Açores ficam como únicos representantes nacionais no IRC, embora este ano não tivesse São Pedro do seu lado, que impediu as magnificas imagens nas 7 Cidades. Na estrada foi Juho Hanninen o vencedor, embora Andreas Mikkelsen fosse um opositor de peso.
Já o Rali Vinho Madeira, teve a sua "casta" mais pobre de sempre desde que entrou no Europeu. Sair do IRC a poucos dias da prova, foi muito negativo, e os organizadores não conseguiram disfarçar o incómodo. A vitória de Bruno Magalhães foi justa, mas a falta de adversários de peso ofuscam o feito.
Nos campeonatos insulares, sem surpresa Ricardo Moura voltou a renovar o título açoriano, enquanto que na Madeira Vítor Sá impôs o competitivo S2000 à demais concorrência da produção.
Perante um difícilimo pelotão de Mitsubishi's, António Rodrigues foi o vencedor do campeonato Open graças a um conjunto de fatores que definem os campeões: a aposta fase de asfalto, um bom "kit de unhas", viaturas bem preparadas, e claro uma dose de sorte.

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