O campeonato regional do sul acabou em Silves com uma grande disputa pela vitória. Apenas na última especial Ricardo Teodósio chegou à vitória, e ajudou João Luz na conquista do título de navegadores.
Duas semanas depois do Casinos do Algarve, Silves assistiu ao desfecho do Campeonato Regional de Ralis do Sul. Ao contrário do que aconteceu nas últimas provas Ricardo Teodósio não teve vida fácil, e apenas na última especial conseguiu juntar mais uma vitória no seu currículo. Daniel Nunes, que contou com a navegação de Ricardo Barreto, deixou bons indicadores na especial nocturna de Silves, no entanto não quis deixar os créditos por mãos alheias e voltou a entrar na manhã de Domingo com o pé direito, voltando a ser o mais rápido. Teodósio via-se numa situação pouco comum, a de não estar na liderança, e foi à procura do concorrente do Mitsubishi amarelo. Venceu as especiais que se seguiram, mas teve sempre Nunes próximo, tanto que à entrada da última especial os dois pilotos estavam empatados na liderança à décima de segundo. Com uma impressionante marca de 114,6Km/h Teodósio averbou a quinta vitória da temporada (em seis possíveis), resultado que permitiu também a conquista do segundo título de navegadores a João Luz. Na última especial Daniel Nunes teve problemas de travões, facto que contribuiu para a diferença final de 8,2 segundos, mas teve o dom de animar a luta pela primeira posição.
No terceiro posto Márcio Marreiros e Pedro Conde, também tiveram uma prova muito positiva, embora sem conseguirem acompanhar os dois mais rápidos. No final alcançaram o título de vice-campeões regionais, tanto de pilotos como de navegadores.
Mediante a oposição dos Mitsubishi, coube novamente a Pedro Lança e Ricardo Batista as despesas das duas rodas motrizes. Com o pequeno Saxo, conseguiram uma excelente exibição, averbando mesmo um terceiro tempo em Silves 1, acabando no quarto posto, e fecharam o ano com os mesmos pontos dos vice-campeões.
A luta pelo quinto posto também constitui um dos pontos altos do rali. Inicialmente a luta foi entre Luís Nunes, Gil Antunes e Orlando Bule, mas com o desenrolar da prova, também José Carlos Paté foi interveniente. Luís Nunes acabou por se impor na terceira secção do rali, também aproveitando o abandono de Gil Antunes. Por outro lado, Orlando Bule, perdeu algum tempo nas duas últimas especiais e foi ultrapassado pro José Carlos Paté que assim acabou na sexta posição.
A fechar os dez mais, Ruben Tabaio que consegue levar o Ford Escort até final, Nuno Venâncio e António Lampreia. Luís Mota fez tempos entre os mais rápidos, no entanto o tempo perdido na super especial de abertura impediu melhor que o 11º lugar final.
Sem conseguir repetir o resultado de sábado à noite, Vasco Tintim foi o segundo melhor das duas rodas motrizes, acabando na frente de José Martins, que efectuou uma boa exibição e fecha o pódio das duas rodas motrizes, totalmente ocupado por Citroën Saxo’s.
Para além de João Monteiro que partiu a caixa do Lancia Delta na 1ª especial, também abandonaram Gil Antunes que viu uma roda do Opel Astra saltar na quinta especial, Ana Santos com uma avaria, o único clássico Vítor Torres e Marco Gonçalves com transmissão partida.
A edição 2011 do CRRS chegou ao final, depois de seis provas, cinco das quais disputadas em pouco mais de três meses. Que o calendário de 2012 seja mais equidistante e equilibrado.
Artigo Quim Macedo
Foto Jorge Gomes (arquivo)
