A falta de tempo por vezes deixa as histórias para mais tarde. Saem atrasadas mas não esquecidas. Os reconhecimentos foram feitos na quinta-feira, em estrada aberta, com todos os cuidados a fim de evitar despesas desnecessárias. As passagens pelo troço das Corchas (mais de 22 km) eram completamente monótonas: a obrigatoriedade de seguir sempre dentro dos limites (quer de velocidade, quer do lado direito da estrada), aliado ao facto de encontrar muito trânsito no Chilrão, não permitiu umas notas perfeccionistas. Para piorar ao cansaço de tirar / ditar notas aliou um ligeiro mal-estar: devido a elevada altitude, as muitas curvas e o facto de andar a “passo de caracol”. E não fui o único.
Vamos ao importante: Competição. A abrir uma aposta do CAA, com a Super Especial no Autódromo do Algarve. Foi completamente ganha, enquanto esperávamos pela hora ideal a bancada foi tomando forma, enchendo como não imaginava ser possível: muito público de Portimão e Monchique e centenas de espanhóis. O traçado era interessante, muito concentrado em frente à recta da meta, com algumas chicanes e ganchos, propício ao espectáculo. Os concorrentes mais rápidos do nacional não comprometeram e deixaram o público ao rubro.
O BMW deu alguns problemas de caixa no trajecto de Portimão para o Autódromo, e claro involuntariamente pesava na consciência. Algo correr mal na frente de milhares de pessoas não é um registo desejável. Ao contrário do normal, na partida o concorrente tinha 20 segundos para partir quando desejasse, não só para quebrar tempos mortos, mas também para evitar atrasos. A ausência de um travão de mão eficaz impedia mais espectáculo na zona de ganchos frente à bancada. A opção residiu por efectuar trajectórias certas e eficazes (em detrimento do show). Interessante o facto da aderência dos pneus ser mínima, que nos valeu deslizes nas primeiras chicanes. O momento alto do AIA ocorreu no final da meta, onde poucas pessoas viam (só as que estavam no topo do Autódromo). As notas referiam uma curva esquerda a fundo… mas a visibilidade era muito fraca. Um ligeiro deslize à entrada da curva da recta da meta, e quando foi feita a rectificação a traseira fugiu, e foi impossível impedir o pião. À velocidade que íamos, foi a mesma a que saímos (120-130). Fomos à escapatória, mas felizmente sem obstáculos nada acontece: quer dizer o carro foi abaixo, perdemos algum tempo a recuperar. Como diziam uns espectadores: “ De repetente vejo os faróis do carro a apontar para a bancada!!!!”. O resto foi sem sobressaltos… e com a caixa impecável.
O troço estava feito, o tempo averbado, e ainda ouve tempo para os habituais agradecimentos do Zé. Uma nota final para o tempo de ligação para a Assistência em Portimão. Apesar da média de 58 Km/h, um facto é que o trânsito na cidade de Portimão trás alguns atrasos, e foram nas ligação para a Via do Infante, e dentro desta que nos permitiu percorrer tudo sem problemas. Aliás as ligações deste rali, pareciam também ser especiais do rali… pois não foram as únicas apertadas. Alguns concorrentes somaram penalizações pelo facto de confiarem do tempo de ligação. O resultado do dia… não interessa (foi fraquito), o que importa é que a competição continua.
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