sexta-feira, dezembro 5

TOP 10 a acabar

Depois de uma noite bem dormida o “verdadeiro” Casinos do Algarve disputava-se integralmente no Sábado. Para começar a sério nada melhor que… uma ligação apertada. Os tempos de ligação mantém-se curtos e a correria começa logo na manhã de Sábado, entre Portimão e o CH da primeira especial. E sem necessidade… mas afectaria o desempenho.

Como gosto muito dos ralis em asfalto, tenho um particular carinho pelos troços de Monchique. O Alfarce a abrir servia essencialmente para descobrir as nossas potencialidades – o comportamento do carro (quer da caixa, quer dos pneumáticos), o ritmo das notas, e os níveis de confiança. Sem grandes exageros, e alguma contenção na parte nova, foi uma especial positiva para começar.

Seguiu-se as Corchas, com os seus 22 quilómetros fariam diferença. A parte inicial do troço que era muito sinuoso, o Col du Turini, não correu bem. As notas não estavam “afinadas”, as trajectórias não eram ideias, e curva a curva perdíamos tempo precioso. Felizmente, a entrada da Chilrão permitiu maior diversão. Mas com o passar do troço, a concentração era testada… até via Árvores onde eram Casas. Já no final, os pontos de travagem eram mais cedo, e pior ainda, o carro começou a falhar. Foram 18 minutos que pareciam intermináveis, e com a noção que não foram conseguidos.

Na ligação para a Fóia, percebemos que a viatura falhava porque já tinha falta de gasolina. Mas, o reabastecimento era apenas após o troço da Fóia e do reagrupamento de Monchique. As ligações e os troços exigiram muito combustível ao BMW… Um ponto que merece destaque – à partida para a Fóia chega um Citroën C2 de Troféu atrasado (Manuel Inácio), que partia no minuto seguinte. Mais uma preocupação, pois era provável que chegasse à traseira do BMW em troço.

As coisas correram bem até ao topo da Fóia, mas após a passagem no alto, já na zona mais rápida do rali, o carro começa a falhar… aos “soluços”. Parecia uma repetição de Martinlongo. A solução era desligar uma bomba, e aproveitar as descidas. Certamente perdemos algum tempo, mas conseguimos levar o carro até Reagrupamento. Fica uma dúvida, como terá corrido aos restantes concorrentes? Quanto ao C2, estava com problemas de suspensão, e chegou mesmo a ser passado pelo Filipe Baiona, e abandonou por excesso de penalização. Não havia a noção da nossa classificação, mas o rali não estava a ser isento de problemas.

Após o reagrupamento, apenas 10 minutos para ligação e reabastecimento na bomba de Monchique. Foi uma paragem relâmpago, em 2 minutos levou “gasosa” suficiente para o troço do Alferce e ligação final.

À partida do último troço, o Zé relembrou do ocorrido no ano anterior com o Nuno Lorena. Abandonaram a centenas de metros do final, vítimas de um “encontro com uma árvore”, quando disputavam um lugar entre os 10 primeiros. Certamente não gostava de repetir a dose. Sem os problemas de gasolina era possível “espremer” mais a viatura. Na parte antiga andamos em bom nível, sempre rápidos, chegando mesmo a bater numa berma, que não deixou marcas. Pouco depois da entrada na parte nova, encontramos um elemento na estrada a mandar abrandar – poucos metros depois deparamos com o António Lamúria virado ao contrário (fez um pião e estava virado para o BMW). Mais à frente foi a vez de encontrarmos os Mitsubishi’s do Ricardo Teodósio (sem uma roda) e do Nuno Pinto (motor falhou). Pronuncio de algum problema… Felizmente não, efectuamos um bom troço, e retiramos mais 10 segundos à primeira passagem.

Foi à chegada ao Parque de Assistência que soubemos o resultado. O desempenho na última especial permitiu ultrapassar o Ledesma dos Santos e o Vasco Timtim (ambos em Peugeot 205 GTi), ficando na 10ª posição final.

Um resultado excelente, mais que a exibição, mas que dificilmente seria melhor. A mais de 2 minutos estava o António Lampreia (9º classificado).

Para acabar a festa em beleza, uma passagem pelo “palanque” na Zona Ribeirinha de Portimão, não só para celebrar a posição, mas também o facto do Zé ter finalizado um Casinos do Algarve. Desde 2003 que tal não acontecia.
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