À entrada da última especial do Rali de Beja, Nuno Pinto e José Neves entravam separados por 1,5 segundos. Existia uma expectativa quanto à resposta de Nuno Pinto ao ascendente de Neves nas especiais anteriores, para mais quando o Mitsubishi Lancer EVO 3 já tinha problemas de aquecimento. Mas foi um terceiro interveniente que veio baralhar as contas.
Nuno Pinto efectuou a especial em 6:50.4, pelo meio com problemas de aquecimento e com um toque. Em situação normal parecia que o rali estava perdido, mas eis que João Monteiro em Ford Sierra Cosworth deu um toque na última curva da especial, arrancando um poste e danificando as células de tomada de tempo. O concorrente seguinte foi José Neves, que aparentemente cortou a especial sem que a cronometragem estivesse ligada. A especial foi interrompida, mas havia um problema a resolver – descortinar o tempo de José Neves, e quem sabe decidir quem seria o vencedor do rali.
José Neves viu ser atribuído o tempo de 6:49.6 (melhor 8 décimas que Nuno Pinto, mas insuficiente para reclamar vitória), que saiu da reunião de colégios de comissários desportivos. O navegador afirmou que tinha feito um tempo inferior em 10 segundos, o que daria a vitória (mesmo sem contar com a penalização final). A discussão manteve-se sobre quais os critérios da atribuição do tempo, pois não era nenhum dos tempos dos concorrentes que tinham passado anteriormente, nem a médias dos três últimos, nem tão pouco foi calculado com a média das especiais anteriores de José Neves.
Com o intuito de acabar com a especulação, o presidente da Comissão Organizadora, Francisco Afonso, optou por esclarecer o sucedido:
“Como sabem o João Monteiro ao passar a TT danificou o espelho das células fotoeléctricas, daí o José Neves ter chegado ao stop e não lhe ter sido averbado o tempo na carta. ( artº 19.11- PER 2009)
Devido à confusão criada e à necessidade urgente da remoção do poste do meio da estrada pois haviam vários concorrentes no troço, não obstante este ter sido imediatamente neutralizado à partida, a comunicação do tempo tirado pelo cronoprinter de accionamento manual só mais tarde foi enviado.
Mesmo na hipótese de não ter sido possível tirar o tempo ao José Neves no cronoprinter manual, aquele que seria atríbuido pelo CCD de acordo com o artº 19.16.2 seria pela lógica o do João Monteiro ( 6:50.06), portanto mais 1 seg da que o averbado no manual.
O Observador da FPAK e o Presidente do CCD estiveram a acompanhar os acontecimentos no local.
Por último a fita do cronoprinter manual foi mostrada na minha presença no secretariado pelo responsável pelos resultados da prova Sr. José Manuel Caetano ( Secretário Geral da FPAK ) ao SR. JOSÉ NEVES com o respectivo tempo e os tempos de todos os concorrentes."
Um esclarecimento necessário, embora fique a dúvida sobre porque razão o tempo de José Neves piorou tanto em relação às últimas passagens, e porque o navegador referiu ter cronometrado um tempo significativamente melhor do que o registo.
Nuno Pinto efectuou a especial em 6:50.4, pelo meio com problemas de aquecimento e com um toque. Em situação normal parecia que o rali estava perdido, mas eis que João Monteiro em Ford Sierra Cosworth deu um toque na última curva da especial, arrancando um poste e danificando as células de tomada de tempo. O concorrente seguinte foi José Neves, que aparentemente cortou a especial sem que a cronometragem estivesse ligada. A especial foi interrompida, mas havia um problema a resolver – descortinar o tempo de José Neves, e quem sabe decidir quem seria o vencedor do rali.
José Neves viu ser atribuído o tempo de 6:49.6 (melhor 8 décimas que Nuno Pinto, mas insuficiente para reclamar vitória), que saiu da reunião de colégios de comissários desportivos. O navegador afirmou que tinha feito um tempo inferior em 10 segundos, o que daria a vitória (mesmo sem contar com a penalização final). A discussão manteve-se sobre quais os critérios da atribuição do tempo, pois não era nenhum dos tempos dos concorrentes que tinham passado anteriormente, nem a médias dos três últimos, nem tão pouco foi calculado com a média das especiais anteriores de José Neves.
Com o intuito de acabar com a especulação, o presidente da Comissão Organizadora, Francisco Afonso, optou por esclarecer o sucedido:
“Como sabem o João Monteiro ao passar a TT danificou o espelho das células fotoeléctricas, daí o José Neves ter chegado ao stop e não lhe ter sido averbado o tempo na carta. ( artº 19.11- PER 2009)
Devido à confusão criada e à necessidade urgente da remoção do poste do meio da estrada pois haviam vários concorrentes no troço, não obstante este ter sido imediatamente neutralizado à partida, a comunicação do tempo tirado pelo cronoprinter de accionamento manual só mais tarde foi enviado.
Mesmo na hipótese de não ter sido possível tirar o tempo ao José Neves no cronoprinter manual, aquele que seria atríbuido pelo CCD de acordo com o artº 19.16.2 seria pela lógica o do João Monteiro ( 6:50.06), portanto mais 1 seg da que o averbado no manual.
O Observador da FPAK e o Presidente do CCD estiveram a acompanhar os acontecimentos no local.
Por último a fita do cronoprinter manual foi mostrada na minha presença no secretariado pelo responsável pelos resultados da prova Sr. José Manuel Caetano ( Secretário Geral da FPAK ) ao SR. JOSÉ NEVES com o respectivo tempo e os tempos de todos os concorrentes."
Um esclarecimento necessário, embora fique a dúvida sobre porque razão o tempo de José Neves piorou tanto em relação às últimas passagens, e porque o navegador referiu ter cronometrado um tempo significativamente melhor do que o registo.
Foto - MondegoSport
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