Como previsto a vitória no Rali da Austrália acabou nas mãos de um piloto inédito esta temporada. Com Loeb afastado devido à lesão do braço, e Gronholm arredado da luta pelos primeiros lugares após um capotanço na primeira etapa, tudo apontava para uma luta entre Mikko Hirvonen (Ford) e Petter Solberg (Subaru).
Partido com 30 segundos de vantagem para a segunda etapa do rali, Hirvonen soube lidar com a pressão de liderar uma prova do mundial, e sem cometer erros apenas teve que gerir o andamento de Solberg (que volta a acabar uma prova no pódio). Esta é a primeira vitória do “caçula” da Ford, num Rali que se despedia do Mundial, e que à semelhança do ano passado, promoveu o aparecimento de um novo nome na lista de vencedores de provas do WRC – François Duval venceu aqui a sua única prova no Mundial.
A luta pelo último lugar do pódio também foi interessante, com Manfred Stohl e Xavi Pons como protagonistas. Depois de na primeira etapa a vantagem pender para o espanhol, na segunda o austríaco atacou forte e superiorizou-o. Segundo alguns analistas, depois de perder Daniel Sordo na primeira etapa, a Kronos Citroën terá dado instruções a Pons para controlar o andamento, não só para evitar exageros que pudessem promover o abandono, mas para manter a posição que impedia Gronholm de acalentar esperanças no ceptro.
E assim, foi Gronholm fez tudo para recuperar posições (e conseguiu-o). Tendo pela frente uma forte armanda de carros de agrupamento de produção, chegou até onde era exigido – ao 5.º lugar. Mas foi insuficiente para impedir Loeb de se sagrar campeão mundial pela terceira vez consecutiva. Um título que, diga-se de passagem, é inteiramente merecido. Mesmo assim, Gronholm ajudou a BP Ford a somar importantes pontos para o Mundial de Marcas.
Uma nota para os pilotos do Grupo N que fecharam os lugares pontuáveis. Jari-Matti Latvala, Mirco Baldacci e Dean Herridge, aproveitaram da melhor forma o descalabro dos WRC para figurarem na tabela classificativa de 2006.
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