Já só falta um dia para o arranque de mais um campeonato mundial de ralis. Tal como nas últimas temporadas, o Rally de Monte Carlo abre as hostilidades do mundial, e acaba o período de transição, em que os fãs ficam "sedentos de competição".
A primeira prova do ano servirá para verificar as mudanças implementadas, principalmente a nível dos pneus. A passagem dos BF Goodrich/Michelin para a Pirelli foi contestada e os críticos apontam a marca italiana como menos desenvolvida, ainda para mais incumbida de aplicar a nova regulamentação, com a supressão da mousse anti-furo. Se é verdade que o Monte Carlo não será a prova ideal para verificar a ausência da mousse, também é no asfalto onde a Pirelli manifestava menos à vontade.
Quanto aos competidores, foram poucas mexidas, numa mercado de transferências muito pacífico, sem grandes alaridos.
Sebastien Loeb entra com total favoritismo, para mais que seu principal rival, Marcus Gronholm, retirou-se da competição (pelo menos a nível oficial). Assim, à Citroën também seria importante um Dani Sordo mais coeso e competitivo, pois no ano transacto, a ausência de um número dois forte e regular foi decisivo no título de marcas.
A Ford entra em força, e apostando na juventude de Mikko Hirvonen e Jari-Matti Latvala para contrariar o favoritismo de Sebastien Loeb. O jogo de equipa será decisivo no resultado final, e caso se mantenha a fiabilidade destes concorrentes poderã existir uma surpresa final.
Desesperados devem andar os homens da Subaru. O patrão David Richards já disse que este ano têm que mostrar resultados, senão o projecto será questionado. O novo Impreza WRC ainda não está pronto, e o N12 não é eficaz perante os adversários. Petter Solberg e Chris Atkinson voltam a defender a marca japonesa, mas tendo em conta a época anterior, devem orar dia a noite para que o N14 venha rapidamente.
As maiores novidades ficam entregues à Stobart, com Gigi Galli e François Duval a tripularem o novo Focus 07. Duas jogas de mestre por parte da M-Sport: primeiro levam uma figura caristmática com uma grande legião de fãs, mesmo afirmando que "só tem passeado com a mãe" não deixará de mostrar serviço. Por outro lado, François Duval mostrou no final do ano passado estar particularmente à vontade no asfalto, e se pode "roubar pontos", mais vale que seja à Citroën. A marca inglesa dá continuidade aos projectos com pilotos promissores, afastando-os dos principais rivais.
A estreia da equipa oficial Suzuki, com o SX4 entregues a Toni Gardemeister e Per-Gunnar Andersson será interessante de seguir. Depois das más exibições na Córsega e Grã-Bretanha surgem dúvidas sobre o projecto, e a grande incógnita será sobre quais os rivais: WRC's privados, ou no pior dos casos, os melhores elementos da produção.
A prova também ficará marcada pela estreia oficial em competição do novo Subaru Impreza do Agrupamento de Produção tripulado pelo suiço Olivier Burri.
A prova começa esta quinta-feira (24 de Janeiro), com a realização das duas especiais nocturnas do Rali de Monte Carlo.
Sem comentários:
Enviar um comentário