A época de 2008 do Campeonato Mundial de Ralis está à porta, com o regresso de toda a estrutura, marcada por algumas novidades.
A Citroën Sport volta a apostar na mesma dupla de pilotos. O tetra-campeão mundial Sebastien Loeb aparece bem cotado para repetir os êxitos das últimas temporadas, e parte com natural favoritismo, principalmente quando comparado com os mais directos adversários. Daniel Sordo mantém pelo terceiro ano consecutivo o estatuto de número dois, no entanto deverá demonstrar rapidamente as razões da sua escolha, uma vez que na temporada anterior ficou aquém do esperado, sendo constantemente batido pelos actuais pilotos da Ford.
Do lado da Ford, a aposta na juventude promete dar frutos. Mikko Hirvonen acabou a temporada de 2007 em alta, com duas vitórias categóricas no Japão e Gales, superiorizando-se ao líder do esquadrão. Estas exibições, aliadas à rapidez e fabilidade auxiliaram na conquista do título de marcas. Mantendo a aposta nos “finlandeses voadores”, Jari-Matti Latvala mostrou argumentos que satisfizeram Malcolm Wilson, e permitiram a ascensão da Stobart para a equipa oficial. A saída de Marcus Gronholm deixa um vazio na equipa, e no mundial, no entanto estes dois concorrentes podem colmatá-la, e quem sabe incomodar Sebastien Loeb e a Citroën Sport. Como terceiro piloto da equipa aparece o Sheikh Khalid Al Qassimi, que participará em algumas provas com a marca oficial. Esta participação vem no seguimento da parceria com Abu Dhabi, que com um enorme encaixe financeiro acrescenta uma nova decoração ao Ford com elementos em cor de vinho, para além de alterar a designação da equipa – BP Ford Abu Dhabi World Rally Team.
Na Subaru, existe mais do mesmo, com Petter Solberg e Chris Atkinson a defenderem as cores azuis da marca japonesa. Os atrasos na construção do novo modelo deixam a Subaru atrás dos rivais directos. O começo do campeonato será com o modelo de 2007, que já demonstrou não ser o mais competitivo do pelotão. O regresso de Markko Martin para o desenvolvimento da nova viatura, pode ser encarado como uma aposta na competitividade, e quem sabe comparecer em algumas provas. A situação de Xavi Pons ainda não foi completamente esclarecida, embora alguns meios de comunicação espanhol dão como certo o fim do contrato com a Subaru.
Depois de alguns rumores que davam a provável a extinção da equipa, a Stobart volta ao mundial de ralis como equipa secundária da Ford. A grande novidade reside no ingresso de Gigi Galli, para ocupar o lugar de Jari-Matti Latvala. Alguns analistas explicam esta contratação vem no seguimento da entrada da Pirelli como fornecedora oficial de pneus do WRC, pois o piloto italiano é dos poucos que conhece bem a marca. Por outro lado, o carisma e a espectacularidade que lhe trás uma grande legião de fãs, e consequentemente retorno mediático também tiveram influência. Novidade também reside no ingresso de François Duval para algumas provas, principalmente asfalto, como piloto oficial (pontuando para o mundial de marcas). Henning Solberg mantém a parceria com a Expert, que lhe permitie efectuar todo o mundial com a Stobart, inclusive em algumas provas como piloto pontuador. Falta apenas referir que Malcolm Wilson deverá efectuar todo o mundial como piloto-extra da Stobart, mantendo o seu desenvolvimento.
A entrada da Suzuki no mundial de ralis é das principais novidades para a nova temporada, e conta com dois nórdicos para “mostrar serviço”. Depois de já ter desempenhado funções oficiais na Seat, Skoda e Ford, Toni Gardemeister volta a recolher o estatuto de oficial. Pelo meio passagens pela Astra e MMSP, onde fez algumas provas com Peugeot 307, Citrëmn Xsara e Mtsubishi Lancer. As melhores exibições do finlandês são com estatuto de privado, mas conta com maturidade e rapidez que poderão ser essenciais no desenvolvimento da viatura. Por outro lado, Per-Gunnar Andersson é recompensado pelos título mundiais junior alcançados ao serviço da marca japonesa, ascendendo a piloto do novíssimo SX4, com oportunidade de rivalizar com os demais WRC. Quanto à viatura, não será de esperar grandes resultados numa primeira fase, e a comprová-lo estão as exibições em Gales e Córsega. Esses maus resultados já fizeram vítimas, e a saída de Michel Nandan da equipa já foi consumada, sendo o seu lugar ocupado por Shusuke Inagake (ex técnico de Mitsubishi).
A equipa Munchi’s volta a apostar no mundial, com dois Ford Focus WRC entregues a Luis Perez Companc e Federico Villagra. Com esta entrada no mundial, a empresa de gelados argentina, fez com que o seu nome fosse divulgao mundo fora, como equipa mundial mas pouco mais a acrescentar. As pobres exibições dos seus concorrentes quase fizeram esquecer da sua existência, e a sua constante luta com elementos do agurpamento de produção ainda piora o seu estatuto. Acabaram o ano com apenas 14 pontos, ganhos principalmente com os abandonos em provas duras, do que com mérito próprio.
Para finalizar, referência à criação de uma equipa secundária da Citroën, que contará com Conrad Rautenbach e Urmo Aava como pilotos. Numa primeira fase participarão com o modelo Xsara WRC, esperando pacientemente que lhes sejam atribuidos os primeiros C4 privados para a restante temporada. Para a primeira prova apenas Rautenbach marcará presença, embora a partir da Suécia a equipa conterá também com o estónio Aava. As operações ficaram a cabo da Citroën Sport, que contaram com o apoio técnico da PH Sport.
As hostilidades estão marcadas para 25 de Janeiro, com a primeira prova, o Rali de Monte Carlo.
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