quinta-feira, janeiro 10

Perigo no Safari?

As consequências da anulação do Lisboa-Dakar 2008 ainda não foram completamente contabilizadas, mas é da consciência global que foi um marco negativo na história mundial. Principalmente na abordagem dos problemas relativos ao terrorismo e consequentemente à segurança da prova.
Todos os dias surgem notícias sobre o Dakar. Reacções dos diversos quadrantes, entre concorrentes, equipas oficiais, organizadores, patrocinadores apresentam uma postura compreensiva, mas com atitude crítica. É do senso comum que algo correu mal na resolução do problema. Faltaram opções, alternativas, e será necessário repensar seriamente nas medidas a adoptar em situações semelhantes, principalmente as compensatórias.
Dentro em breve decorrerá outra prova, que neste momento será considerada de risco. A abertura do Intercontinental Rally Challenge, será no Quénia com a disputa do Rali Safari. Após as eleições presidenciais, os dois candidatos, governamental e da oposição, reclamam vitória e instalou-se um clima explosivo, movido por confrontos entre apoiantes das duas facções, e com intervenção constante do exército governamental. Todos os dias chegam relatos de ataques violentos ou movimentação de refugiados, num país em clima de guerra civil.
Se é verdade que a prova do IRC não tem o impacto de um Dakar, e que a ameaça não é terrorista, o perigo é real, e diariamente visível nos orgãos de comunicação. Após os acontecimentos de Lisboa, e questionados sobre a segurança da prova, a organização africana assegurou estar preparada para o evento. Para reforçar essa ideia, já avançou notícias que davam conta da presença dos principais pilotos da Fiat Abarth, Basso e Alen, para além da provável presença de Freddy Loix e dos principais concorrentes africanos.
Resta esperar por 21 de Março para verificar se tudo corre dentro da normalidade, e caso contrário se a entidade organizadora conseguirá lidar com factores adversos.

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