Já passou algum tempo, mas só agora reparei que não comentei a participação no Rali Cidade de Beja. Não o fiz, nem o vou fazer pois dada a excelente capacidade de escrita do Zé, uma vez mais deixo a descrição a seu cargo (retirada do Ralis a Sul):
“Em primeiro lugar a nossa presença nesta prova só foi possível graças ao empenho e amizade do Director Desportivo Paulo “Estrelinha” Jesus, do Director de Logística Licínio Santos, do Responsável pelas imagens Tiago Santos e, claro, do nosso incansável Director Técnico Quim Almeida! Vocês acarinham-nos como se de uma equipa do Mundial se tratasse! Na verdade, e com a greve dos reboques, se não fosse a amizade do Paulo, que nos levou e trouxe o carro, a presença em Beja estava comprometida, pelo que o nosso resultado é dedicado a toda a família “Auto Estrelinha / CPJ / Tostas Club”. OBRIGADO COMPANHEIROS!
Depois de uns reconhecimentos que nos deixaram algo apreensivos com o troço escolhido pelo Aero Clube de Beja, que era extremamente rápido, começamos a pensar que o ponto alto do rali em termos de diversão e gozo seria mesmo a super especial.
Nesse “aquecimento” para o dia seguinte tentámos dar algum espectáculo sem cometer nenhum erro estúpido ou fazer algum “número artístico” menos próprio. A moldura humana impressionava pela quantidade e pela forma como puxava por todos os concorrentes sem excepção. Não fosse o facto dos pilotos nalgumas zonas do percurso apanharem o próprio pó e tinha sido a fórmula perfeita. Quanto a nós, tirando alguma dificuldade com a caixa de velocidades mas nada de muito penalizador, andámos para a frente mas também por vezes algo para o lado…
No Domingo de manhã entrámos para a primeira passagem com algumas cautelas, procurando acima de tudo divertirmo-nos e tentar acabar o rali para vingar o abandono de Vila do Bispo. As coisas lá foram saindo bem e tirando uma saída mais larga pelas estevas tudo correu normalmente, apesar de achar que era possível melhorar alguma coisa, nomeadamente a nível de trajectórias e travagens. Esta PEC serviu também para ver que cada quilómetro que passa (e estes passavam rápido…) eu e o Quim estamos mais entrosados e sintonizados, pois num troço tão rápido as notas das (poucas) curvas estavam muito boas e o timing perfeito.
Na segunda passagem íamos um pouco mais confiantes e voltámos a ir pastar às estevas precisamente no mesmo sítio da passagem anterior. Melhorámos 17 segundos, muito graças a algumas correcções nas notas, no entanto a caixa de velocidades começava a dar sinais de fraqueza, com maiores dificuldades em engrenar a segunda velocidade.
Na assistência a nossa equipa deu-nos as instruções claras “É para acabar com o carro inteiro que nós não te vamos buscar ao meio do mato”. Cumprimos à risca as ordens do Comandante Paulo Jesus e da sua tripulação e só tirámos 9 segundos à segunda passagem.
A caixa de velocidades estava cada vez mais “periclitante”, o Quim Macedo só me dizia para poupar o material e assim levámos a Ritinha ao 8º lugar da geral, conseguindo assim dar uma enorme alegria ao Quim Almeida, levando mais uma vez um carro da Auto Quim Motorsport ao Top Ten. Da próxima queremos é ter lá dois carros...nós e a dupla Paulo Jesus /Licínio como felizmente tem sido hábito nos últimos tempos.
Por sinal o selector da caixa entregou a alma ao criador quando se carregava o carro para o reboque, confirmando assim as nossas suspeitas de que a coisa estava por um fio.
Foi um rali onde me diverti mais do que estava à espera após os reconhecimentos, o troço era muito rápido, não tinha muita condução mas em contrapartida tinha muito público e um piso indestrutível que até ia melhorando de passagem para passagem.
Do ponto de vista desportivo a coisa dificilmente poderia ter corrido melhor. Ao fim e ao cabo conseguimos o título honorário de segundos melhores Algarvios, atrás do Ricardo Teodósio e estamos actualmente num impensável à partida da prova 5º lugar da geral no Challenge, muito graças à fiabilidade do carro e do carinho que o Quim Almeida coloca em tudo o que faz no “bólide”.”
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