O francês entrou a “partir” na 49ª edição da prova madeirense, literalmente. À passagem das chicanes montadas frente ao Palácio de São Lourenço, deu dois toques derrubando os pneus, deixando marcas no pára-choques frontal da viatura. Mesmo assim, com este “corta-mato” permitiu vencer a primeira superespecial e assumir a liderança da prova, com uma vantagem de 1,5 segundos sobre o segundo classificado. Tendo em conta as diferenças mínimas entre os concorrentes que se seguem (sempre décimas de segundo), este foi um tempo relâmpago.
Verdadeiro especialista na Super Especial madeirense, Renato Travaglia por pouco não repetiu mais um triunfo na 1ª PE. Mesmo queixando-se de dois pequenos erros, e recuperado de um valente gripe, que chegou a por em causa a sua participação, arrecadou o segundo posto e foi o melhor representantes dos Punto’s.
Bruno Magalhães também entrou com o pé direito, averbando o 3ª melhor tempo, a apenas duas décimas de Travaglia. Seguiu-se a armada Peugeot com Freddy Loix, um surpreendente Brice Tirabassi e também Luca Rossetti, que primou pelo espectáculo.
José Pedro Fontes e Vítor Pascoal foram, respectivamente 7º e 8º, separados por apenas 1 décima de segundo. O piloto de Amarante continua a surpreender, embora estes são os primeiros quilómetros de rali. Alexandre Camacho entrou muito cauteloso e apenas efectuou o 12º tempo, reconhecendo não correr riscos desnecessários.
A desilusão veio a parte dos Puntos oficiais. Umberto Scandola quedou-se pela 10ª posição, a 3,5 segundos de Voillouz, e pior Giandomenico Basso que ficou a 4,1 segundos, mostrando-se desagradado com o Punto Abarth, revelando alguma falta de confiança.
Entre os Grupo N tradicionais, Fernando Peres assumiu o favoritismo, efectuando a Super Especial em 1:37,0. A 2,3 segundos ficou Yeray Llemes, seguido por Adruzilo Lopes já a 3,5 segundos de Peres. O melhor representante madeirense foi João Magalhães (21º) com o tempo de 1:42,2, tendo a 3 décimas Rui Pinto que participa condicionado na prova. Filipe Freitas foi o mais rápido dos S1600, com o Renault Clio a ocupar a 16ª posição da geral.
O grande azarado do rali foi Celso Freitas, que ficou parado em plena super-especial com problemas na bomba de gasolina do Citroën Saxo. Perdeu 9 minutos até que a viatura voltasse a colaborar, no entanto conseguiu finalizar a prova especial.
A prova teve honra de transmissão directa na RTP-Noticias para o território continental (em directo desde as 17:00 para a Madeira), e contou com os comentários de Bernardo Sousa. Uma estreia positiva do jovem madeirense que participa no PWRC, mostrando-se à altura dos acontecimentos, mesmo quando alguns assuntos sensíveis eram abordados, nomeadamente os inúmeros abandonos que teve.
Infelizmente, a prova foi interrompida durante alguns minutos porque o Exmo. Presidente da República lembrou-se de promover uma conferência de imprensa importantíssima sobre o Estatuto da Região Autónoma dos Açores. Amanha de Amanhã começa a luta nas estradas madeirenses.
Sem comentários:
Enviar um comentário