segunda-feira, julho 7

Bruno Magalhães vitorioso nos Açores

Finalmente, a Peugeot saiu vitoriosa nos Açores à 13ª tentativa. A proeza de Bruno Magalhães, navegado por Carlos Magalhães, não será de toda uma surpresa, tal o domínio que o concorrente/equipa exercem no campeonato nacional de ralis, mas nos Açores existem sempre percalços. Basta relembrar que na temporada passada abandonaram nos dois dias e foi a única prova onde não pontuaram.

Nota positiva também para Vítor Pascoal que tira dividendos do projecto S2000. Adoptou um ritmo elevado, demonstrando maior adaptação ao Peugeot que não entrou em “modo de segurança”. Tem o mérito de estar no local certo para aproveitar os azares dos principais adversários, dando uma “dobradinha” Peugeot.

José Pedro Fontes também esteve muito rápido, talvez no seu melhor esta temporada. Depois de um toque, com um furo, e danos na suspensão terem atirado para a nona posição, e fora da contenda dos lugares cimeiros, teve uma atitude com raça. Venceu o segundo dia do rali dos Açores, bateu alguns recordes de troços, e acabou na terceira posição.

Horácio Franco fechou com “chave de ouro” a sua participação nos ralis açorianos. Ficou na quarta posição e foi o melhor Mitsubishi. Andou sempre muito rápido, na frente do pelotão açoriano (excepção a Peres), e mostrou que quem sabe nunca esquece. No final, referiu que ainda gostava de fazer mais um rali, internacional, com o amigo Fernando Prata, para fechar a carreira definitivamente.

Fernando Peres também esteve ao melhor nível, e foi o único a “incomodar” o Bruno Magalhães. As 7 vitórias que contém no palmarés não são fruto do acaso, e à partida do último dia estava em boa posição para somar outra. Mas a máquina pregou uma partida – depois de problemas com travão de mão, foi o diferencial traseiro que quebrou, e teve que efectuar uma especial com tracção dianteira. Perdeu muito tempo, e acabou na 5ª posição. No entanto, para o regional Açores, somou mais pontos aumentando a vantagem.

A armada espanhola não deixou grandes marcas nos Açores. Apenas Xavi Pons com Mitsubishi demonstrou andamento competitivo, até sofrer um violento despiste. Enrique Garcia Ojeda também andou na frente (4º lugar no 1ºdia), mas problemas mecânicos deixaram atrás. O melhor representante foi Yeray Llemes na sétima posição.

Albert Llovera foi o mais aplaudido pelo publico. Um reconhecimento pela lição de vida que este concorrente dá, apesar das suas limitações.

Nota negativa para alguns idiotas que tentaram sabotar a prova.
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