Marcus Gronholm e Timo Rautiainen venceram o Rali da Suécia, segunda prova pontuável para o WRC de 2007, alcançado desta forma a sua quinta vitória na prova e demonstrando que nos paises escandivos os nórdicos ditam as leis. Gronholm assumiu a liderança a meio da primeira etapa. Sem grande vantagem sobre os demais adversários, e com muitas queixas devido à falta de aderência (todos os pilotos queixavam-se) soube manter o ritmo. Desferiu um ataque forte na segunda etapa, que lhe deu uma vantagem tranquila, para abordar o último dia com maior tranquilidade.
Desta feita Sebastien Loeb não celebrou a vitória, mas o segundo lugar na Suécia poderá ser vantajoso. Ainda que tenha sido o único real adversário de Gronholm, faltou argumentos para desalojar o Ford da liderança. No primeiro dia deixou o C4 ir abaixo numa especial, e depois afirmou que o helicóptero, que o acompanhava ,estava demasiado baixo levantando neve e impedindo a visibilidade. Na segunda etapa uma má escolha de pneus acabou com as aspirações do francês.
O pódio ficou completo com Mikko Hirvonen, que no segundo Ford oficial secundou o “chefe de equipa”. Depois de um primeiro dia com problemas na direcção, travou uma luta interessante com os irmãos Solberg. Henning Solberg mostrou-se mais adaptado ao Focus WRC no Rali da Suecia, fazendo uma prova muito regular, não fosse uma saída na segunda etapa, que custou 30 segundos, certamente teria uma palavra a dizer quanto ao pódio.
Como tem sido habitual nos últimos anos, Daniel Carlsson tem uma palavrinha a dizer na Suécia. Desta feita com um Xsara da Kronos demonstrou alguns problemas de adaptação, mas estava bem posicionado na tabela para aproveitar os deslizes dos adversários e fechar a lista dos cinco primeiros.
Toni Gardemeister em Lancer WRC voltou a mostrar que está em grande momento de forma. Venceu a super especial de abertura do rali e lutou taco-a-taco nas primeiras especiais pela liderança. Com uma viatura ultrapassada que lhe deu problemas de transmissão, e impediu de chegar mais à frente, é natural que corram rumores sobre a possível saída do finlandês da Mitsubishi.
Manfred Stohl e Chris Atkinson ficaram nos restantes lugares pontuáveis. Se o resultado do austríaco é melhor que a exibição, o australiano da Subaru, na última etapa, teve o azar de sair de estrada e cair do quinto para oitavo.
Destaque ainda para o desempenho de Mads Ostberg em Impreza WRC, que venceu uma super-especial, e teve uma luta muito interessante com Jan Kopecky (Skoda Fabia WRC) e Patrik Flodin (Impreza WRC).
Gigi Galli entrou na prova “a matar” com o Citroën Xsara WRC da Aimont Racing, venceu uma PE, mas os exageros pagam-se caro, e sem surpresas despistou-se na quarta especial, perdendo quatro minutos e atrasando-se irremediavelmente.
Gigi Galli entrou na prova “a matar” com o Citroën Xsara WRC da Aimont Racing, venceu uma PE, mas os exageros pagam-se caro, e sem surpresas despistou-se na quarta especial, perdendo quatro minutos e atrasando-se irremediavelmente.
O segundo piloto da Citroën, Daniel Sordo, passou ao lado da prova. A falta de visibilidade na segunda especial levou a um despiste, que o fez perder três minutos. O resto da prova foi um calvário, pois o C4 ficou sem direcção assistida a meio da segunda etapa, e o próprio piloto não se sentia à vontade neste tipo de peso.
Falta falar de Petter Solberg, que foi uma das figuras da prova. Segundo líder do Rali (há muito que um Subaru não passava pela lideraça), a alegria do norueguês logo passou a tristeza. A falta de tracção do Subaru, aliado a problemas de travões fizeram-nos descer para terceiro. Para piorar as coisas, no segundo dia, um despiste o fez perder 13 minutos a tentar colocar a viatura na estrada. A equipa optou por abandonar, para poupar a mecânica do Subaru para o Rali da Noruega.
A equipa argentina Munchi’s também estreou-se no mundial, com Luis Perez Companc e Juan Pablo Raeis. Em estreia neste tipo de pisos, ambos os pilotos andaram no meio da tabela classificativa, em luta com os melhores elementos da Produção. Como se o resultado não fosse negativo, a desclassificação de Juan Pablo Raies no final da prova ainda veio piorar a prestação. Aparentemente, o Raeis descalçou as luvas antes de uma das SE, não conseguindo encontrá-las a tempo, fez a especial com apenas uma luva. Os elementos da organização aperceberam do facto, e a desclassificação foi consumada.
O Rali da Suécia também serviu para a primeira aparição do Peugeot 207 S2000 em competição, entregue ao local Jimmy Joge. Infelizmente não foi possível tirar nenhuma ideia das prestações uma vez que na segunda especial a caixa de velocidades cedeu e prova da equipa acabou.
A caravana muda-se de armas e bagagem para a Noruega, terceira prova do WRC.
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