A primeira prova do Campeonato Nacional de Ralis ficou marcada por muitos casos organizativos que mancham a imagem do Targa Clube.
As primeiras críticas recaíram sob a escolha do piso e da altura do ano, nomeadamente, pisos em terra enlamendos no Inverno, que torna as viaturas praticamente inguiáveis. Depois (tomei conhecimento graças à Crónica do Dr. Vítor Calisto) ao aditamento que “obrigava” os concorrentes a se apresentarem na escadaria da Câmara Municipal da Póvoa do Lanhoso, de fato de competição, para uma foto de família. Algo que a maioria não compareceu. A partida não tinha sido registada, e já a prova era marcada por este insólito.
Mau mesmo aconteceu depois. Alguns concorrentes enganaram-se no percurso da primeira Super Especial de Póvoa do Lanhoso, nomeadamente, passaram ao lado de chicanes, e conforme o regulamento foram penalizados em três minutos. Ora os pilotos que foram penalizados alegaram problemas de travões para tal facto, e as penalizações foram retiradas... no final da prova. O que levou à situação ridícula: António Rodrigues foi um dos concorrentes que se enganou no percurso e com a penalização de três minutos imposta acabaria na 5ª posição. Vítor Pascoal ao chegar ao final do Rali estava na terceira posição, chegou a subir ao pódio para comemorar e o carro seguiu para as verificações. Foi um telefonema que informou a equipa de verificação que afinal o terceiro classificado foi António Rodrigues, e que a penalização inicial tinha sido retirada. A equipa Pascoal/Barbosa sente-se lesada uma vez que disputou a prova com a percepção que estava no terceiro lugar, e no final viu-se ultrapassada... por uma despenalização.
Mas a Organização encarregou-se de desorganizar ainda mais a prova. O caso do rali acontece à saída do parque de assistência de Vieira do Minho, na passagem para a segunda ronda do rali. No controlo de saída foi dito aos quatro primeiros concorrentes na estrada – Bruno Magalhães, José Pedro Fontes, Enrique Garcia Ojeda e Vitor Sá, para seguirem directamente para o troço de Salamonde, pois a especial de Anissó tinha sido anulada, devido à falta de condições de segurança.
A directora da prova, Berta Batista, decidiu anular o troço de ligação, mas o fez através de palavras, e não por adtamento, como manda o regulamento, tornando a decisão vinculativa. Foi o navegador José Pedro Silva que alertou para pelos regulamentos, os concorrentes devem passar pelo controlo de passagem em Anissó, e depois tomar o caminho alternativo no roadbook para o controlo seguinte em Salamonde. Ao deparar-se com o erro, Berta Batista dá nova ordem para que os concorrentes passem primeiro pelo controlo de Anissó e só depois seguissem para o troço seguinte.
Acontece que os quatro primeiros pilotos na estrada não passaram pelo controlo horário de Anissó, e sem um aditamento que o diga, os concorrentes não cumpriram o trajecto do rali. Reconhecidamente um erro da organização, nomeadamente da directora, as equipas não ficam ilibadas de não terem reparado no erro.
Alguns pilotos quiseram apresentar protesto, nos trinta minutos regulamentares a que têm direito, e lhes foi dito pela Organização que o tempo permaneceria “congelado” até final da prova. Na altura que lhes foi indicada quando quiseram apresentar o protesto ao Colégio de Comissários Desportivos, foram informados que o tempo já tinha passado, mesmo quando o cheque já tinha passado e um documento com seis páginas já estava redigido.
Com a”ausência” do protesto, a classificação final foi oficializada. Relembro que se o protesto fosse aceite, Bruno Magalhães, José Pedro Fontes, Enrique Ojeda e Vitor Sá seriam desclassificados, alterando por completo a classificação final.
Foto de Rali Online
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