A terceira prova do mundial de ralis, o Rali do México, teve como vencedora a dupla Sebastien Loeb / Daniel Elena em Citroën C4 WRC. Depois de um percalço no shakedown, com o motor danificado e uma saga de troca de motores, parecia que o suspense sobre se a fiabilidade do C4 e a confiança de Loeb marcaria a prova, e seria mais um trunfo para os principais rivais.
O primeiro dia de prova foi dominado por Jari-Matti Latvala, que saindo da terceira posição aproveitava a estrada limpa deixada pelos concorrentes que o precediam. Surpreendentemente e motivado pela vitória na Suécia, Latvala parecia ter tomado o gosto pela vitória, e os concorrentes directos têm razões para se preocupar. Mas no segundo dia, virou-se o feitiço contra o feiticeiro, o mesmo é dizer que Latvala saia na frente do rali, e Loeb com alguns ajustes na suspensão deferiu um forte ataque e assumiu a liderança. Latvala não baixou os braços, e mantinha-se sempre muito próximo até que um problema no tubo do turbo provocou falta de potência, arrecandado-o da luta perdendo mais de dois minutos. Loeb apenas teve que manter o ritmo e levar o Citroën até final para arrecadar a 38ª vitória no mundial.
Outra das surpresas da prova foi protonizada por Chris Atkinson. O piloto da Subaru efectou uma prova muito rápida e segura, andando próximo dos dois homens da frente, mas faltava-lhe sempre um “bocadinho assim”. Aproveitou o azar de Latvala, para subir ao segundo lugar, averbando o seu melhor resultado até ao momento no WRC.O último lugar do pódio para Jari-Matti Latvala, há uns meses atrás parecia um excelente resultado, no entanto, e depois da exibição mexicana, sabe a pouco.
Na quarta posição ficou Mikko Hirvonen que abriu os troços no primeiro dia e foi constantemente batido pelo seu colega de equipa. Nunca esteve em posição de lutar pelo pódio e dois furos no segundo dia no mesmo troço fizeram-no perder ainda mais o tempo e disputar com Henning Solberg até à última especial, a quarta posição. No final, Hirvonen satisfeito por conseguir manter a liderança do mundial, manifestava preocupação por não conseguir imprimir o andamento de Loeb e Latvala. Henning Solberg que defendia as cores da Munchi’s acabou na quinta posição, com alguma frustação, pois um problema num amortecedor não permitiu responder a Hirvonen.
Na sexta posição ficou Matthew Wilson, que somou pontos pela Stobart, enquanto que na sétima posição ficou Federico Villagra no segundo Focus da Munchi’s. O piloto somou dois pontos no mundial, contando com o espírito de sacrifico de Jorge Perez Companc, que efectou grande parte da prova com o dedo partido. A fechar os lugares pontuáveis ficou o mexicano Ricardo Trivino em Peugeot 206 WRC.
Petter Solberg é que não deve achar graça nenhuma, pois o seu lugar de chefe de fila está ameaçado, pelas constantes boas exibições de Atkinson. Problemas de travões e embraiagem levaram ao abandono no segundo dia, mas regressou no SuperRally e ainda deu um ponto à Subaru.
Daniel Sordo voltou às boas exibições… no segundo e terceiro dia de prova, pois na primeira especial do rali danificou a suspensão do C4 e abandonou.
A Suzuki teve uma prova para esquecer, pois Toni Gardemeister e Per-Gunnar Andersson abandonaram com problemas de motor no primeiro dia de prova. Gigi Galli também abandonou após um despiste no primeiro dia, e não foi permitido o seu regresso após constatar que o rollbar não estava preservado na totalidade.
No JWRC Sebastien Oigier fez uma prova impressionante na sua estreia no mundial com o Citroën C2 S1600. O piloto que venceu o troféu C2 francês na temporada passada demonstrou uma maturidade considerável, não dando chance aos adversários, e somando uma vantagem confortável que geriu para os dois restantes dias de prova. O pódio ficou completo com o estónio Jaan Molder e o polaco Michal Kosciuszko, ambos em Suzuki Swift S1600.
Sem comentários:
Enviar um comentário