A dupla Pedro Peres e Tiago Ferreira em Ford Escort Cosworth dominaram de forma avassaladora a segunda prova do Campeonato Open, o Rali Portas de Rodão. Adoptando um ritmo infernal nas rápidas especiais de Vila Velha de Rodão e Nisa, Peres chegou a efectuar médias superiores a 129 Km/h, e deixou a demais concorrência a milhas.
Jorge Santos ficou na segunda posição com o Citroën Saxo Kit Car. O piloto de Baltar assumiu uma posição defensiva antes da prova, no entanto tal não se verificou, pois “espremendo” ao máximo um Saxo com pouca velocidade de ponta, acabou na segunda posição averbando mais um pódio.
Atendendo às limitações da viatura, João Ruivo e Alberto Castro no Fiat Stilo JTD pouco mais podiam fazer do que lutar pelo pódio, e assim o fizeram. Acabaram na terceira posição e principalmente conseguiram segurar a liderança do Open.
Finalmente Octávio Nogueira chegou ao final de uma prova com o Citroën Saxo Kit Car. Recuperando de uma queda de moto, participou numa prova onde a relação de caixa do Saxo não era favorável , foram impeditivos de lutar pelos lugares cimeiros. Almejou recuperar várias posições e acabou na quarta posição, que servirá de estímulo para o resto do campeonato.
Um pouco melhor que em Martinlongo, a dupla do Cartaxo Luís Mota / Ricardo Domingos efectuaram uma prova atacante. Mais rápidos e nos lugares cimeiros, para além do quinta lugar final, foram segundos dos 4x4 com o Lancer EVO IV.
José Sousa impôs-se entre os clássicos, somando nova vitória no Open (Frederico Ferreira foi desclassificado em Montelongo) e foi sexto da geral. Desta feita a rivalidade veio da parte de Joaquim Santos com o Ford Escort RS 1800, que ficou a apenas 8,5 segundos. Aníbal Rolo foi um dos pilotos do rali, chegou a comandar, mas um pião retirou-lhe a hipótese de lutar pela vitória, apesar de vencer vários troços.
Representante algarvio, José Teixeira foi chamado à “ultima hora” para navegar Rogério Martins na estreia com o Seat Marbella, que o piloto de Sintra usará no Open. Tendo em cota as características da viatura, do traçado da prova e à inexperiência do piloto poderá considerar-se uma prova evolutiva. Comparativamente a concorrentes com máquinas mais evoluídas efectuou tempos relativamente próximos, pelo que o último lugar na prova não seria desprestigiante. Certamente com outros Marbella’s a comparação será diferente.
A sorte nada quer com Ricardo Teodósio / Pedro Conde no Open. Voltaram a abandonar com problemas de motor, sem demonstrar o verdadeiro potencial do piloto e do carro. Um erro da organização os fez comandar o rali na primeira especial com 24 segundos de vantagem sobre Peres, com média acima dos 146 Km/h. Depois veio a rectificação, pois a verdade é que nos registos de tempo averbaram menos um minuto na especial.
O Rali Portas de Rodão teve, para além dos entregues pelas classificações oficiais, um prémio atribuído ao piloto que os Órgãos de Comunicação Social presentes entenderam ser a figura do rali. Assim e por decisão unânime, Pedro Peres foi o escolhido para receber o “Prémio Paulo Correia”, uma homenagem ao malogrado mecânico da Peres Competições que faleceu em 2007 precisamente no Rali Portas de Ródão quando carregava o carro da equipa. No final a família (Mãe e Irmã) de Paulo Correia fez a entrega do prémio a Pedro Peres numa cerimónia, como previsível, bastante emotiva.
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