O veterano piloto Freddy Loix volta em grande às provas internacionais, representando a Kronos, naquela que é apontada como a estrutura favorita ao IRC. O belga trás na “bagagem” muitas temporadas no mundial de ralis, ao serviço de diferentes marcas, mas nunca esteve em posição de discutir os lugares cimeiros, desempenhando funções de segundo piloto.
Freddy Loix começou a sua carreira nos karts, conquistando um título regional e algumas vitórias nos nacionais. Apesar da lógica pesar na contuinuidade em provas de pistas, Loix optou pelos ralis. A sua primeira viatura foi um Lancia Delta de Grupo N, em 1990. Na prova de estreia acabou na segunda posição do agrupamento. Foi sem surpresa, que Guy Colsoul decidiu colocar à disposição um Mitsubishi Galant de produção para a disputa do campeonato belga. Uma parceria que durou dois anos, e deu alguns frutos, com obtenção de alguns resultados positivos.
Em 1993, Freddy Loix firma contrato com a Marlboro World Championship Team. A tabaqueira foi crucial na carreira do belga.Foi incorporado no Opel Team Belgium, tripulando um Astra GSi. As primeiras provas foram de adaptação, mas em 2004 venceu a classe F2 no Rally Boucles de Spa. Repetiu a façanha mais três vezes e conquistou o título nacional de F2. Em 1995, manteve-se na equipa Opel, com o ponto alto a vitória da classe F2 no Rali de Sanremo, prova apenas pontuável para o mundial de 2L.
Em 1996, firmou contrato com a Toyota Team Belgium, que lhe valeu a presença em algumas provas com um Toyota Celica GT-Four. Uma das exibições marcantes ocorreu no Rali de Portugal, onde disputou travou uma emocionante disputa com Rui Madeira pela vitória. Nessa época, venceu os ralis de Condroz e Ypres, e ainda efectuou uma excelente exibição em Sanremo, que quase lhe valeu o pódio.
Provavelmente, atravessando uma das suas melhores fases, Freddy Loix voltou a repetir o segundo lugar no Rali de Portugal em 1997, mas desta vez a prova contava para o mundial de ralis, apenas sendo batido por Tommi Makinen. As exibições valeram uma chamada à Toyota Castrol Team, para disputar a título oficial o Rali de Sanremo, numa das primeiras provas do Corolla WRC (5º classificado).
Loix dava-se bem com os ares de Portugal, e voltou a subir ao pódio (3º) em 1998. Melhor apenas, o segundo lugar na Catalunha, em representação oficial da equipa nipónica, que sabendo da apetência pelo asfalto apostou no belga. Para além destes sucessos há a registar 3 vitórias no campeonato belga, sempre com o modelo Toyota Corolla WRC. Uma das vitórias foi no Rali de Ypres, aliás, Freddy Loix tem o nome associdado a este rali, pois conquistou 4 vitórias consecutivas, de 1996 a 1999, com Toyota Celica (2 vezes), Corolla e finalmente com o Carisma.
Em 1999, as ligações com a Marlboro permitem a passagem para a Mitsubishi Ralliart. Colega de equipa de Tommi Makinen, tripulava o modelo Carisma GT IV, que apesar de semelhante ao Lancer resultava do marketing da equipa Mitsubishi. Loix ganhou apetência pela quarta posição pois foi o melhor que conseguiu na Catalunha, Acrópole, Sanremo e Austrália. Manteve-se na MMR, nas temporadas de 2000 e 2001, mas sem grandes resultados. O piloto estreou o modelo WRC da Mitsubishi no Rali de Sanremo, mas este revelou-se pouco competitivo em relação aos restantes.
Em 2002 mudou-se para Hyundai World Rally Team, onde disputou duas temporadas do mundial com o modelo Accent WRC. A marca coreana revelava pouca competitivade, e por vezes aspirava apenas a um lugar nos 10 primeiros. A fiabilidade também não era um forte, pelo que das 24 provas que disputou com o Accent, abandonou 13 vezes, e o melhor registo é um 6º lugar na Nova Zelândia em 2002.
No final de 2003 firmou contrato com a Peugeot para a temporada seguinte. Mas quis o destino que a estreia ocorresse no Rali da Grâ-Bretanha, com um Peugeot 206 WRC, substituindo Richard Burns, a quem havia sido diagnoticado um tumor cerebral dias antes. Para a história fica a sexta posição alcançada na prova britânica. Também no final de 2003, participa no Rali de Condroz, auxiliando Bruno Thiry na conquista do título europeu de ralis, cujo principal rival era Miguel Campos.
Numa equipa profissional e com espírito vencedor, Freddy Loix revelou-se um… fiasco. 2004 foi ano para esquecer para Freddy Loix. Responsável pela estreia do modelo 307, e colega de equipa de Marcus Gronholm, apenas efectuou as cinco primeiras provas do mundial. Sem ritmo e sem resultados, não deixou alternativa a Jean-Claude Andruet, que teve de confiar a segunda viatura da Peugeot a Harri Rovanpera e Cédric Robert para o resto da temporada. Com o intuito de cumprir o contrato com a Peugeot, participou com um 206 WRC em algumas provas europeias. Entre elas o rali ADAC Eifel na Alemanha, que venceu.
O ano de 2005 foi de “regresso a casa”, o mesmo será dizer ao campeonato belga. Disputou-o com um Citroën C2 S1600 da Ecurie Duindistel, parceria que se manteve em 2006. Nesse final desse ano, passou para a Rene Georges e conduziu o primeiro VW Polo S2000 como viatura zero, no Rally de Condroz. Em 2007 efectuou o campeonato belga com o Polo, mas foi chamado a substituir Pieter Tsjoen no Europeu na equipa Vergokan, com um Fiat Punto S2000. A participação na Madeira foi desastrosa, com um abandono ao final da 4ª especial fruto de uma avaria. Voltou no regime SuperRally, mas não conseguiu rodar entre os mais rápidos. Deu um ar da sua graça, no Rally de Barum, que chegou a comandar, até despistar-se após um furo.
Para 2008 assinou contrato com a Kronos Team Belgium para disputar o IRC. Problemas nas especiais de abertura com o Peugeot 207 impediram de rodar nos lugares cimeiros em Instambul. Mas em compensação venceu a prova de abertura do campeonato belga, o East Belgian Rally.
Actualmente com 37 anos, mantém uma postura ofensiva, mas dificilmente conseguirá acompanhar os andamentos das “jovens feras” do IRC, para além da armada portuguesa.
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