Sete da manhã, preparado para arrancar para os troços. Desta vez contando com mais dois elementos na comitiva – Celso e Telmo, prontinhos para “comer pó e chuva”. O plano para o dia 2 era muito semelhante ao anterior: acompanhar as passagens na primeira especial das secções e se possível seguir para a última especial.
Já com a companhia do Zé, o destino foi a ZE 2 de Santana da Serra. Numa zona com alguma visibilidade e de fácil acesso, não foi estranho o facto de existir algum público, que mais tarde foi confirmada ter sido a zona com mais público do rali. Para primeira passagem, na parte de dentro da curva, dava para ficar a centímetros das viaturas, que ao passarem apontavam para o interior da curva. Luca Rossetti passou num ritmo verdadeiramente infernal, que deixou tudo o público ao rubro. Nesse local já levava vantagem sobre Vouilloz, que veio a confirmar no final com diferença superior a 16 segundos, sendo este último também ultrapassado por Vouilloz.
Numa zona com alguma malta, também e propício a alguma “galhofa”, que o diga os elementos da organização que tentavam colocar a publicidade da “Vodafone” na curva, que tiveram de ouvir todo o género de piropos, como o “Aí não”, “Só dá TMN”, ou “Aqui não existe rede”.
Teimosamente, a chuva teimava em aparecer, mas nunca mais do que 3 ou 4 minutos continuos de aguaceiros. Se por um lado foi incomodativa, por outro beneficiou a visibilidade, pois diminiu o pó levantando pela passagem dos concorrentes.
Como não podia deixar de ser o pelotão foi fechado pelo Carlos Lopes. A fama da lentidão deste concorrente ultrapassa-o, mas mesmo os que tinham dúvidas comprovaram mediante a passagem vagarosa, a mais de 5 minutos do concorrente que o antecedia. Quem não partilhou da mesma opinião, foi um fotografo presente, que após constatar o “apoio moral da comitiva”, desafiou-nos a alugar um Citröen C2 e efectuar melhor, pois falar é fácil, e só quem está lá dentro é que sabe. Certamente trata-se de um cliente, pois também foi dos poucos elementos que esperaram pelo último concorrente.
No intervalo entre as especiais, foi com Rouxinol Faduncho e um “Hotal Cabinda” ou um “Esgadanhado” que animou momentaneamente a malta. A promessa de febras pelos novos elementos ficou gorada, quando “sacaram” de umas sandes de omolete. O mesmo se aplicando da expectativa de uma mini fresquinha, que foi rematada com a oferenda de um… Bongo. Quem estava em alta era o Estrelinha e companhia. Com muitas minis, e um grelhador assava uns belos nacos de carne, depois de passar mais uma noite no local.
Uma ressalva para um grupo de amigos nortenhos que são adeptos do Quim Santos e se deslocou ao Algarve para acompanhar mais uma edição do Rali de Portugal. Na pessoa do Tó Luís, apressou a cumprimentar e congratular pelo trabalho efectuado no Ralisasul, principalmente no tópico do Joaquim Santos. Sempre animado conferenciou ser o 29ª Rali de Portugal consecutivo, e preparar-se para um 30ª “dourado”. Ao mesmo tempo confirmou a existência de contactos para uma festa de campeões… mas o segredo ainda é a alma do negócio.
A segunda passagem começou com alguma chuva, que tornava-se cada vez mais incomodativa. Desta vez a escolha da parte exterior da curva, num barranco revelou-se acertada, pois com maior ângulo de visão era possível ter outra perspectiva da passagem da caravana. Os andamentos eram mais contidos, principalmente depois dos muitos abandonos na primeira secção, e também dos problemas que afligiram alguns concorrentes. Neste altura o destaque ia para as boas exibições de Giandomenico Basso, Juho Hanninen e Andreas Aigner.
Infelizmente, em secções mais compactas tornou-se impossível deslocar a tempo para a última especial: Almodôvar. A opção passou por seguir para o parque fechado, e postiorimente acompanhar o pódio.
Aproveitando o passe de acesso às zonas de equipa deslocamo-nos para a assistência do Rossetti. Com a entrada de viaturas no parque de assistência, e constante mobilidade de jornalista, aproveitamos (eu e Márcio) para cumprimentar o justo vencedor do rali, e tirar uma foto com o mesmo (desconheço o paradeiro da imagem).
Para acabar o rali em beleza, acompanhamos a cerimónia do pódio, ao longe, pois a confusão era demasiada. Nisto, chega um sms dando conta que o grupo apareceu em directo na emissão da RTP. Que bela imagem televisiva. Já na vinda para a viatura cruzamos com os melhores portugueses: Bruno Magalhães/Mário Castro, a quem cumprimentamos e congratulamos pelo resultado.
Foi um Rali em cheio, desde os testes, shakedown, super-especial, dia 1, dia 2, parque de assistência e pódio. Valeu pela competitividade, mas também pela companhia. Foram uns belos dias, passados com malta 5 estrelas.
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